Wired Life escrita por Storn


Capítulo 9
Courage - Le chapitre huit.




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– ARME! – Grita a ruiva pela milésima vez. – Eu. Não. Estou. Apaixonada. – Fala pausadamente, guiando o cavalo com o garoto montado.


– Tem certeza? Então o quê foi aquilo?! – Arme fala, com um sorriso malicioso. – Oh! Por favor! Parem! – Grita, se jogando ao chão, e, consequentemente chamando a atenção dos que andavam por lá.


– Arme, pare com isso. – Fala a loira, ainda nauseada. Aquela presença maligna... Ela sentiu isso já pela... 3ª ou 4ª vez...


– Nós temos que encontrar um curandeiro... – Murmura Elesis, ajeitando o capuz que havia colocado no azulado. Por algum motivo, aquelas pessoas não o olhavam com simpatia. Já estavam andando á algum tempo sob o céu sem estrelas. Era uma noite sombria, diferente da de onde morava... Onde um dia morou...


– Ei, vocês! – Grita um homem de altura mediana, cabelo preto com alguns intrusos grisalhos e pele parda. – O que fazem aqui á essa hora da noite?! – Indaga enquanto aperta o passo á direção do grupo. Logo nota a presença do azulado. – O quê ele está fazendo aqui... – Murmura, permitindo de a ruiva ouvir.


– Nós estamos atrás de um curandeiro! Esse forasteiro foi envenenado por uma tribo e logo que cheguei aqui com ele, foi espancado por um grupo de brutamontes sem o quê fazer! – Elesis fala um pouco alterada. O homem a olha de cima abaixo e dirige o olhar para o garoto.


– Venham para a minha casa então. - Fala, recebendo um olhar suspeito das garotas. – Eu sou um curandeiro. – Murmura, agora com as garotas indo atrás dele. Logo chegam á uma casa simples, mas bonita. Por dentro era bem organizada, com móveis de uma madeira bem clara, paredes pintadas de um tom pastel e grandes janelas que permitiam a entrada da luz da noite, junto á brisa fresca da chuva recente. O curandeiro adentra um quarto, ajudando o azulado á andar. – Ao menos o corpo dele anda. – Fala em um tom sarcástico e o senta na cama. – Fique quieto aí, entendeu? Não queremos que mais um daqueles seus agradáveis amigos o espanque. – Fala, recebendo um sim em resposta. Sai do quarto e fecha a porta, encontrando-se com as garotas sentadas no sofá da pequena sala. – Me diga qual era o veneno que deram á ele. – Falou, sentando-se em um banco á frente do sofá.


– Eu não sei qual era o nome. – A ruiva responde, olhando para o homem. – Aliás, qual é o seu nome. – Fala, com um tom duro.


– Nem eu sei o nome de vocês. – Fala, sorrindo.


– Meu nome é Elesis. – A ruiva fala, fitando a janela. Estava uma noite realmente escura.


– Meu nome é Lire, prazer em conhece-lo – Fala a loira, sorridente como sempre. Ela e o homem trocam um aperto de mãos e logo a maga fala:


– Meu nome é Arme! – Fala, igualmente cumprimentando o homem.


– Muito bem... Meu nome é Axel, e, como sabem, sou um curandeiro. Conheço aquele garoto á um tempo, e recomendo uma coisa: afastem-se dele ou saiam de Canaban o mais rápido possível. – Fala, com a voz amigável. O que o homem falou deixou Elesis furiosa, fazendo-a se levantar precipitadamente.


– COMO?! – Grita, assustando os presentes. – Quer que eu me afaste dele?! Não! – Se tocando do que havia falado, sentou-se rapidamente no sofá, se encolhendo de vergonha. O que tinha de errado com ela?! Por que estava daquele jeito?! Aquilo já estava se tornando vergonhoso demais para ela... Axel, percebendo o desconforto da garota, sorriu, pegando um caderno e abrindo.


– Pode indicar qual foi a erva? – Pergunta, mostrando o caderno para a ruiva. Ela rapidamente passou os olhos pelas folhas que ali tinham até encontrar a planta.


– Essa. – Fala, apontando para a amostra.


– Hm... Essa é uma erva que era utilizada pelas tribos á muito tempo atrás. Usavam para descobrir pessoas possuídas pelo espírito maligno. – Fala, olhando com curiosidade a amostra. – É... Pelo jeito você se meteu em uma bela encrenca Ronan... – Murmura, dando um sorriso fraco.


– AHÁ! – Elesis grita, dando outro salto do sofá. – Então é esse o nome do desgraçado! – O homem leva um susto com o repentino pulo dela, largando o livro.


– Sim. Então, continuando. Essa erva é uma espécie de veneno e remédio, que entorpece os sentidos. Pelas pessoas que consumem o chá dela ficarem em estado de transe, eles acreditavam que era porque a erva havia retirado o espírito maligno, e que o mesmo havia consumido o espírito da pessoa. Vai demorar um pouco para ele se recuperar, já que o organismo tem que se livrar das propriedades químicas da erva. – Dá uma pausa e olha atentamente para a janela.


– Então... Vai ser quanto tempo? – Lire pergunta, percebendo que elas não sairiam dali.


– Varia de pessoa para pessoa. No caso dele... Pode ser que demore anos para se recuperar totalmente. Pode ser que demore apenas uma semana... Não sei quanto tempo exatamente. – Fala, se levantando. – Melhor eu começar logo á tratar isso. – Pega algumas folhas dentro de um armário e vai para dentro do quarto. A ruiva, curiosa como sempre, vai atrás dele. Observa ele amassar as folhas até formar um líquido verde. – Fique quietinho aí. – Fala, e o garoto, invés de ficar quieto, tenta fugir, só que é como se estivesse preso. – Pode ir pegar água? – Pergunta para a ruiva, que sai do quarto indo atrás de água. – Muito bem... – Não sabia como tirar a camisa do azulado, então, rasgou, não ligando muito para a peça. Logo começa á passar o líquido, incomodando um pouco o garoto. – Esqueci-me de avisar que isso ia incomodar! Bem, aviso um pouco atrasado, mas, antes tarde do que nunca... – Fala, continuando á passar o líquido por mais uns segundos. Logo pega um copo que havia pegado antes de entrar e faz o garoto beber. De pouco em pouco o azulado apagou, deixando o curandeiro satisfeito. Então ele saiu do quarto, impedindo que a ruiva fosse lá. – Ele tem que descansar... Quem sabe amanhã tenha algum minuto lúcido? – Falou, levando a ruiva e as outras garotas para uns quartos vagos.


A ruiva, pensativa, ficava encarando a janela, pensando em como estava agindo por esses dias. Tinha muitas perguntas para aquele garoto, chamado de Ronan por aquele curandeiro. Já havia ouvido falar daquele nome, mas... Não se lembrava de absolutamente nada. Sentia-se uma idiota. Será que estava... Não. Finalmente conseguiu dormir, acordando ao amanhecer do dia seguinte. Resolveu ir ver o azulado, já que ele poderia estar acordado, e até mesmo lúcido. 


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