Procurando Remo escrita por Blue Jay Way, Bas


Capítulo 11
Corredor da Sala dos Detentos


Notas iniciais do capítulo

que no filme seria desde "Corrente Leste Australiana" até "Porto de Sydney"



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- Aí, a gente chegou, irmão! Dá o sinal, a tua estação ta aí, cara! – Dumbledore disse guiando os três para uma porta em sua sala que nenhum deles nunca tinha visto antes. Ele abriu, e, pelo o que dizia, deveria ser o corredor (enorme, escuro e cheio de quadros medonhos) da sala dos detentos.

            - Onde? – perguntou Tiago confuso. – Não dá pra ver!

            - Ali, eu já vi! – exclamaram Sirius e Pedro quando Dumbledore abriu a porta até então desconhecida.

            - Ta falando dessa passarela de terror? – Tiago disse assustado.

            - É isso aí, irmão! Primeiro, escolhe um parceiro pra sair – Dumbledore instrucionou. Os três amigos colaram os ombros uns nos outros.

            - Seu parceiro tá no esquema? – o diretor voltou a falar.

            - Tá. – Sirius respondeu pelos três.

            - Já é! O Dippet agora vai dar um toque de como sair na malandragem! – Dumbledore disse apontando para o quadro do Ex-Diretor Dippet.

            - Boa tarde! A gente vai fazer um salto bonito hoje! Quando a armadura te empurrar, dá um cut-back quando cair na parede! Dê uma guinada sinistra quando o Barão Sangrento passar por vocês! Então cuidado, e não esquece: rema, apóia e surfa! – o quando explicou animado. Eles não faziam a menor idéia do que era um cut-back e nem do que ele quis dizer com “rema, apóia e surfa”.

            - Ele tá querendo dizer alguma coisa, eu sei disso. – disse Tiago para os dois outros. – Olha só, você é muito legal, mas eu não estou entendendo nada! Dá pra repetir a primeira frase?! – ele gritou para o quadro.

            - O das-Diabretes, vai, vai, vai, vai vai! – Dumbledore falou animado, puxando Tiago e pelo colarinho e empurrando para o corredor. Tiago arrastou os outros dois pelo braço, os três gritando enquanto caíam no chão. Dumbledore fechou a porta.

Logo que se levantaram, uma armadura tentou ataca-los com uma espada enferrujada, e eles saíram correndo e gritando, já que não faziam idéia do que era um cut-back. Os três acabaram suportando ter um fantasma passando por você, já que não sabiam dar uma guinada sinistra. E saíram correndo até o fim do corredor sinistro, sem nem remar, apoiar e nem surfar. No fim do corredor não chegaram, mas terminaram a parte medonha.

Os três pararam para respirar num espaço maior com um uma estátua enfeitando o canto, só um capricho besta antes do resto do corredor. Que também era enorme. Ficaram lá rindo do que tinham passado.

            - Isso foi bem...legal. – disse Tiago por fim. – Gostei de verdade.

Sirius sorriu e se virou para trás.

            - Olha lá! A sala do Dumbledore! – ele disse como se fosse uma surpresa. Dumbledore havia aberto a porta outra vez, talvez para ver se os três haviam saído vivos.

            - Hahaha! Mandou bem! Agora virem essas perninhas pro outro lado e nadem em frente pra sala! Aí, irmão! Vai na paz! – Dumbledore gritou de lá.

            - Vai na paz, valeu, irmão Alvo! – Tiago respondeu rindo.

            - Tchau! – eles ouviram todos os quadros se despedindo. – manda um abraço pro seu colega! – Dumbledore acrescentou.

            - Tchau pessoal. – Pedro disse.

            - Ah, o Remo ia adorar – lembrou Sirius pra sozinho. Isso pareceu despertar alguma lembrança em Tiago.

            - Ah! O Alvo, Alvo! Eu esqueci! Quantos anos você tem?!

            - Cento e cinqüenta, irmão! E ainda to jovem! Vai com tudo! – Dumbledore respondeu fechando a porta novamente.

            - Cento e cinqüenta...cento e cinqüenta, eu não posso esquecer. – Tiago disse pra si mesmo. Então os três ficaram quietos para finalmente encarar o corredor que tinham que seguir.

            - Puxa. – Sirius soltou.

            - A gente vai pra lá? – Pedro perguntou.

            - É. – Tiago respondeu.

            - Sala dos detentos, sexto andar, número desconhecido. – Sirius citou.

            - É. A gente vai andar em frente. – respondeu Tiago. E os três começaram a andar pelo corredor.

            - Continue a andar, continue a andar... – Sirius começou a cantar.

            - Sirius... – censurou Tiago.

E Sirius continuou, dessa vez cantarolando com a boca fechada.

Foram andando, mas o corredor parecia não ter fim. Todas as salas em que eles passavam estavam com suas potas escancaradas, mostrando claramente que estavam vazias. E então, continuaram andando.

            - Poxa, tá demorando um bocado... – Tiago disse depois de muito tempo andando.

            - Ah, que tal a gente brincar? – sugeriu Sirius.

            - Tá bem.

            - Eu to falando de uma coisa que tá vestida de preto...e é pequena... – Sirius começou.

            - É de mim. – Tiago adivinhou rápido, sem muito entusiasmo.

Pedro riu e resolveu arriscar também.

            - Essa você nunca vai adivinhar: tá de preto, é pequeno...

            - Sou eu. – Tiago disse de novo.

            - Ah, tá bom, espertalhão, agora eu vou pensar – disse Sirius. – é pequeno... tem óculos...

            - Eu. E a próxima, adivinha: sou eu também. – resmungou Tiago.

            - Ai, eu to chocado.

            - Espera, espera...eu tenho certeza que a gente já passou por essa sala antes. O que quer dizer que de algum jeito a gente tá andando em círculos num corredor, o que quer dizer que a gente não tá andando em frente! – Tiago disse.

            - Calma, relaxa, respira... – disse Sirius respirando fundo. Tiago imitou. Os dois terminaram o exercício de respiração.

            - Agora é só a gente perguntar pra alguém. – Sirius concluiu.

            - Ah, legal, perguntar pra quem, pro nada? Não tem ninguém aqui!

            - Tem que ter alguém bobinho, a gente tá em Hogwarts, não somos os únicos aqui, vamos ver... – e Sirius começou a girar em busca de vida humana. Ninguém em nenhuma sala que os cercava. Então eles se voltaram para o fim do corredor novamente. E alguém havia aparecido.

            - Tem alguém sim! Com licença! – Sirius já ia correndo para o vulto no fim do corredor, mas Tiago o segurou.

            - Sirius, não! É alguma pessoa sombria e misteriosa, e se formos lá, ele vai engolir a gente e cuspir os ossos dos três!

            - Porque as pessoas baixinhas odeiam perguntar?

            - Eu não vou discutir a minha altura! Sabe o que eu vou discutir? A nossa sobrevivência!

            - Quer sair daqui, não quer?

            - É claro que quero!

            - E como é que a gente vai fazer isso se não tentar e ser otimista? Hm?

            - Sirius, você não tá me entendendo bem...

            - Vamos, confia em mim nessa.

            - Ahh...tá bem.

Sirius se adiantou até o vulto que se aproximava.

            - Com licença! Oii! Amiguinho! – Sirius chamou. – sejam educados, digam oi – ele cochichou para os outros.

            - Oi. – os dois disseram meio tímidos.

            - Um amigo nosso, o Lemo...

            - Remo. – Tiago corrigiu.

            - É! Foi levado para...

            - A sala dos detentos. – Tiago cochichou.

            - É! E é importante que a gente chegue lá o mais rápido possível, então será que dá pra dar uma força? – Sirius continuou tentando falar com o vulto.

            - Vamos, amiguinho, vamos! – Sirius encorajou.

            - Sirius...amiguinho aqui sou eu, acho que o que está vindo não é muito amiguinho não.

            - O, Ranhoso! Ranhoso, tá, é o Snape... – Sirius concluiu. – ele só deve falar Snapês... – acrescentou para os outros dois, meio preocupado.

Snape se aproximou a ponto que os três pudessem vê-lo. Então, como se fosse óbvio e normal Sirius encheu o peito de ar, abriu a boca e começou...

            - PROCURAAAANDOOO REEEEEEEEEEMMOOOOOO! OOOONDEEE ÉÉ QUE ELEEEE TÁÁAAAA?

            - Sirius,o que tá fazendo? Você sabe mesmo falar Snapês? Pára com isso... – Tiago cochichava aflito.

            - QUEEEEROOO SABEEEERRR-R COMO CHEGAAAAR LÁÁÁÁÁ! – ele continuou, ignorando Tiago.

Snape se virou como se quisesse ir embora.

            - Viu? Agora ele tá indo embora, ele não vai voltar mais...

            - CHEEEGAAAA MAAAA-AAAAA-AAIIIIIIIIISSS-UAHAHHHHHH...

            - Tá vendo, ele ficou ofendido. – disse Pedro.

            - Vou tentar dialeto. – concluiu Sirius enchendo o peito de ar novamente.

            - UAHHAAHHHHHHHHHHHHHHHUUUUAHHH!

            - Sirius, isso tá mais pra dor-de-barriguês.

            - Vou tentar Sebosês.

            - Não, não tenta Sebosês...

            - GUAAAAAHH! BLAAAAAAAHHH! GLAAAHHA!

            - Não, parece prisão de ventre...

            - Acho que tá parecendo Severês, não parece Severês?

            - Não parece Severês, parece uma coisa estrnha...

            - UUUUHHHHL...

            - Ah, ainda bem que ele não está de mau-humor...

Então Snape se virou fazendo sua capa dar aquelas voadinhas que sempre aontecem nos filmes e foi caminhando firmemente até o trio, como se estivesse decidido a atacá-los...

 

Enquanto isso, na Sala dos Detentos...

            - Olha só isso, Minhoca, nome-limpo total...e a gente deve tudo isso a você.

Deb arrancou a lista das mãos de Gil e começou a procurar o nome de sua “irmã” Flo.

            - Nove horas, entra o zelador! – Estela avisou, observando Filch voltar para o corredor depois da sua ronda pelo quarto andar. – vai ser agora, agora, olha só... vai até o banquinho, larga as chaves...shhh. Aí vem ele!

Filch meteu a cabeça pra dentro da sala, Deb imediatamente escondeu a lista no bolso.

            - Avise a Darla que vamos adiar a nossa detenção, querida... eles me parecem bem comportados e temos um problema no segundo andar... – Filch disse para a gata (é, concordamos que ele é doido de pedra). Então o zelador se afastou e foi resolver ser problema no segundo andar.

            - Você ouviu essa, Minhoca? – Gil perguntou. Remo saiu de dentro do crânio que estava na mesa.

            - Ouvi, ele vai adiar a detenção! Só falta devolver a lista lima pra gaveta.

            - E você vai encontrar seus amigos.

            - Vou, oras.

            - Claro que vai...eu não me surpreenderia se eles estivessem lá fora nos corredores, esperando você.

            - É...

 

De volta ao corredor...

Snape veio se aproximando com uma expressão ameaçadora e parou na frente dos três.

            - A gente tá num corredor com o Snape, não tá vendo? – Tiago cochichou para Sirius.

            - Eu sei, eu falo Snapês, a propósito... – respondeu Sirius.

            - Não fala nada! Você é doido e agora eu to aqui preso com vocês dois! – Tiago sussurrou de novo.

Snape começou a se balançar para frente e para trás e encarar o teto.

            - O que é isso agora? - Pedro estranhou.

            - Não sei. Vou perguntar. – respondeu Sirius. –QUAAHHHAAALLL EEEHHHH AAAAHHAA PAAARAAHHHDAAHH?

Surpreendentemente, Snape entendeu, também encheu o peito de ar e repondeu.

            - IOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHHHHHH!!

            - O que aconteceu? – Tiago perguntou.

            - Acho que a gente parou.

            - É claro que a gente parou, Sirius, para de tentar falar Snapês...aqui não está meio vazio?

            - Hm, eu diria meio cheio.

            - Pára com isso, tá meio vazio! – Tiago brigou. Mas Snape interrompeu com outro berro-uivo-guincho ensurdecedor.

            - IIIOOOOOOOOOOOOUOOOOOOOOOOHHHOOOOOOUUHHH!

            - Tá legal, essa aí tá difícil...Ou ele disse pra gente ir pro fundo desse corredor e entrar na porta de madeira escura...ou que Raimundo não compra maçã do amor quando tá na feira da rua.

            - É claro que ele quer que a gente vá para o fundo do corredor, o Filch deve estar lá! Fala pra ele que eu tão to a fim de virar sabão!

            - Tá bem... EEEEEELL...

            - Pára de tentar falar com ele!

            - Bahh, vamos logo. – interrompeu Pedro puxando os dois pelos braços.

            - VAAALLLHEEEEEEEEEUUUUUUHHH – ele agradeceu enquanto arrastava os outros dois para o fim do corredor.

            - Puxa, não sabia que você também falava Snapês. – disse Sirius.

 

Eles andaram até o fim do corredor e se depararam com várias portas de madeira, agora só tinham que decidir qual era mais escura... Estavam quase achando.

 

 


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Notas finais do capítulo

COOOOOOOO-OHH-OMEEEEEEEEEEHHHHNNNTHHEEEEMM...
por favor :)



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