Procurando Remo escrita por Blue Jay Way, Bas
Notas iniciais do capítulo
que no filme seria desde "Corrente Leste Australiana" até "Porto de Sydney"
- Aí, a gente chegou, irmão! Dá o sinal, a tua estação ta aí, cara! – Dumbledore disse guiando os três para uma porta em sua sala que nenhum deles nunca tinha visto antes. Ele abriu, e, pelo o que dizia, deveria ser o corredor (enorme, escuro e cheio de quadros medonhos) da sala dos detentos.
- Onde? – perguntou Tiago confuso. – Não dá pra ver!
- Ali, eu já vi! – exclamaram Sirius e Pedro quando Dumbledore abriu a porta até então desconhecida.
- Ta falando dessa passarela de terror? – Tiago disse assustado.
- É isso aí, irmão! Primeiro, escolhe um parceiro pra sair – Dumbledore instrucionou. Os três amigos colaram os ombros uns nos outros.
- Seu parceiro tá no esquema? – o diretor voltou a falar.
- Tá. – Sirius respondeu pelos três.
- Já é! O Dippet agora vai dar um toque de como sair na malandragem! – Dumbledore disse apontando para o quadro do Ex-Diretor Dippet.
- Boa tarde! A gente vai fazer um salto bonito hoje! Quando a armadura te empurrar, dá um cut-back quando cair na parede! Dê uma guinada sinistra quando o Barão Sangrento passar por vocês! Então cuidado, e não esquece: rema, apóia e surfa! – o quando explicou animado. Eles não faziam a menor idéia do que era um cut-back e nem do que ele quis dizer com “rema, apóia e surfa”.
- Ele tá querendo dizer alguma coisa, eu sei disso. – disse Tiago para os dois outros. – Olha só, você é muito legal, mas eu não estou entendendo nada! Dá pra repetir a primeira frase?! – ele gritou para o quadro.
- O das-Diabretes, vai, vai, vai, vai vai! – Dumbledore falou animado, puxando Tiago e pelo colarinho e empurrando para o corredor. Tiago arrastou os outros dois pelo braço, os três gritando enquanto caíam no chão. Dumbledore fechou a porta.
Logo que se levantaram, uma armadura tentou ataca-los com uma espada enferrujada, e eles saíram correndo e gritando, já que não faziam idéia do que era um cut-back. Os três acabaram suportando ter um fantasma passando por você, já que não sabiam dar uma guinada sinistra. E saíram correndo até o fim do corredor sinistro, sem nem remar, apoiar e nem surfar. No fim do corredor não chegaram, mas terminaram a parte medonha.
Os três pararam para respirar num espaço maior com um uma estátua enfeitando o canto, só um capricho besta antes do resto do corredor. Que também era enorme. Ficaram lá rindo do que tinham passado.
- Isso foi bem...legal. – disse Tiago por fim. – Gostei de verdade.
Sirius sorriu e se virou para trás.
- Olha lá! A sala do Dumbledore! – ele disse como se fosse uma surpresa. Dumbledore havia aberto a porta outra vez, talvez para ver se os três haviam saído vivos.
- Hahaha! Mandou bem! Agora virem essas perninhas pro outro lado e nadem em frente pra sala! Aí, irmão! Vai na paz! – Dumbledore gritou de lá.
- Vai na paz, valeu, irmão Alvo! – Tiago respondeu rindo.
- Tchau! – eles ouviram todos os quadros se despedindo. – manda um abraço pro seu colega! – Dumbledore acrescentou.
- Tchau pessoal. – Pedro disse.
- Ah, o Remo ia adorar – lembrou Sirius pra sozinho. Isso pareceu despertar alguma lembrança em Tiago.
- Ah! O Alvo, Alvo! Eu esqueci! Quantos anos você tem?!
- Cento e cinqüenta, irmão! E ainda to jovem! Vai com tudo! – Dumbledore respondeu fechando a porta novamente.
- Cento e cinqüenta...cento e cinqüenta, eu não posso esquecer. – Tiago disse pra si mesmo. Então os três ficaram quietos para finalmente encarar o corredor que tinham que seguir.
- Puxa. – Sirius soltou.
- A gente vai pra lá? – Pedro perguntou.
- É. – Tiago respondeu.
- Sala dos detentos, sexto andar, número desconhecido. – Sirius citou.
- É. A gente vai andar em frente. – respondeu Tiago. E os três começaram a andar pelo corredor.
- Continue a andar, continue a andar... – Sirius começou a cantar.
- Sirius... – censurou Tiago.
E Sirius continuou, dessa vez cantarolando com a boca fechada.
Foram andando, mas o corredor parecia não ter fim. Todas as salas em que eles passavam estavam com suas potas escancaradas, mostrando claramente que estavam vazias. E então, continuaram andando.
- Poxa, tá demorando um bocado... – Tiago disse depois de muito tempo andando.
- Ah, que tal a gente brincar? – sugeriu Sirius.
- Tá bem.
- Eu to falando de uma coisa que tá vestida de preto...e é pequena... – Sirius começou.
- É de mim. – Tiago adivinhou rápido, sem muito entusiasmo.
Pedro riu e resolveu arriscar também.
- Essa você nunca vai adivinhar: tá de preto, é pequeno...
- Sou eu. – Tiago disse de novo.
- Ah, tá bom, espertalhão, agora eu vou pensar – disse Sirius. – é pequeno... tem óculos...
- Eu. E a próxima, adivinha: sou eu também. – resmungou Tiago.
- Ai, eu to chocado.
- Espera, espera...eu tenho certeza que a gente já passou por essa sala antes. O que quer dizer que de algum jeito a gente tá andando em círculos num corredor, o que quer dizer que a gente não tá andando em frente! – Tiago disse.
- Calma, relaxa, respira... – disse Sirius respirando fundo. Tiago imitou. Os dois terminaram o exercício de respiração.
- Agora é só a gente perguntar pra alguém. – Sirius concluiu.
- Ah, legal, perguntar pra quem, pro nada? Não tem ninguém aqui!
- Tem que ter alguém bobinho, a gente tá em Hogwarts, não somos os únicos aqui, vamos ver... – e Sirius começou a girar em busca de vida humana. Ninguém em nenhuma sala que os cercava. Então eles se voltaram para o fim do corredor novamente. E alguém havia aparecido.
- Tem alguém sim! Com licença! – Sirius já ia correndo para o vulto no fim do corredor, mas Tiago o segurou.
- Sirius, não! É alguma pessoa sombria e misteriosa, e se formos lá, ele vai engolir a gente e cuspir os ossos dos três!
- Porque as pessoas baixinhas odeiam perguntar?
- Eu não vou discutir a minha altura! Sabe o que eu vou discutir? A nossa sobrevivência!
- Quer sair daqui, não quer?
- É claro que quero!
- E como é que a gente vai fazer isso se não tentar e ser otimista? Hm?
- Sirius, você não tá me entendendo bem...
- Vamos, confia em mim nessa.
- Ahh...tá bem.
Sirius se adiantou até o vulto que se aproximava.
- Com licença! Oii! Amiguinho! – Sirius chamou. – sejam educados, digam oi – ele cochichou para os outros.
- Oi. – os dois disseram meio tímidos.
- Um amigo nosso, o Lemo...
- Remo. – Tiago corrigiu.
- É! Foi levado para...
- A sala dos detentos. – Tiago cochichou.
- É! E é importante que a gente chegue lá o mais rápido possível, então será que dá pra dar uma força? – Sirius continuou tentando falar com o vulto.
- Vamos, amiguinho, vamos! – Sirius encorajou.
- Sirius...amiguinho aqui sou eu, acho que o que está vindo não é muito amiguinho não.
- O, Ranhoso! Ranhoso, tá, é o Snape... – Sirius concluiu. – ele só deve falar Snapês... – acrescentou para os outros dois, meio preocupado.
Snape se aproximou a ponto que os três pudessem vê-lo. Então, como se fosse óbvio e normal Sirius encheu o peito de ar, abriu a boca e começou...
- PROCURAAAANDOOO REEEEEEEEEEMMOOOOOO! OOOONDEEE ÉÉ QUE ELEEEE TÁÁAAAA?
- Sirius,o que tá fazendo? Você sabe mesmo falar Snapês? Pára com isso... – Tiago cochichava aflito.
- QUEEEEROOO SABEEEERRR-R COMO CHEGAAAAR LÁÁÁÁÁ! – ele continuou, ignorando Tiago.
Snape se virou como se quisesse ir embora.
- Viu? Agora ele tá indo embora, ele não vai voltar mais...
- CHEEEGAAAA MAAAA-AAAAA-AAIIIIIIIIISSS-UAHAHHHHHH...
- Tá vendo, ele ficou ofendido. – disse Pedro.
- Vou tentar dialeto. – concluiu Sirius enchendo o peito de ar novamente.
- UAHHAAHHHHHHHHHHHHHHHUUUUAHHH!
- Sirius, isso tá mais pra dor-de-barriguês.
- Vou tentar Sebosês.
- Não, não tenta Sebosês...
- GUAAAAAHH! BLAAAAAAAHHH! GLAAAHHA!
- Não, parece prisão de ventre...
- Acho que tá parecendo Severês, não parece Severês?
- Não parece Severês, parece uma coisa estrnha...
- UUUUHHHHL...
- Ah, ainda bem que ele não está de mau-humor...
Então Snape se virou fazendo sua capa dar aquelas voadinhas que sempre aontecem nos filmes e foi caminhando firmemente até o trio, como se estivesse decidido a atacá-los...
Enquanto isso, na Sala dos Detentos...
- Olha só isso, Minhoca, nome-limpo total...e a gente deve tudo isso a você.
Deb arrancou a lista das mãos de Gil e começou a procurar o nome de sua “irmã” Flo.
- Nove horas, entra o zelador! – Estela avisou, observando Filch voltar para o corredor depois da sua ronda pelo quarto andar. – vai ser agora, agora, olha só... vai até o banquinho, larga as chaves...shhh. Aí vem ele!
Filch meteu a cabeça pra dentro da sala, Deb imediatamente escondeu a lista no bolso.
- Avise a Darla que vamos adiar a nossa detenção, querida... eles me parecem bem comportados e temos um problema no segundo andar... – Filch disse para a gata (é, concordamos que ele é doido de pedra). Então o zelador se afastou e foi resolver ser problema no segundo andar.
- Você ouviu essa, Minhoca? – Gil perguntou. Remo saiu de dentro do crânio que estava na mesa.
- Ouvi, ele vai adiar a detenção! Só falta devolver a lista lima pra gaveta.
- E você vai encontrar seus amigos.
- Vou, oras.
- Claro que vai...eu não me surpreenderia se eles estivessem lá fora nos corredores, esperando você.
- É...
De volta ao corredor...
Snape veio se aproximando com uma expressão ameaçadora e parou na frente dos três.
- A gente tá num corredor com o Snape, não tá vendo? – Tiago cochichou para Sirius.
- Eu sei, eu falo Snapês, a propósito... – respondeu Sirius.
- Não fala nada! Você é doido e agora eu to aqui preso com vocês dois! – Tiago sussurrou de novo.
Snape começou a se balançar para frente e para trás e encarar o teto.
- O que é isso agora? - Pedro estranhou.
- Não sei. Vou perguntar. – respondeu Sirius. –QUAAHHHAAALLL EEEHHHH AAAAHHAA PAAARAAHHHDAAHH?
Surpreendentemente, Snape entendeu, também encheu o peito de ar e repondeu.
- IOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHHHHHH!!
- O que aconteceu? – Tiago perguntou.
- Acho que a gente parou.
- É claro que a gente parou, Sirius, para de tentar falar Snapês...aqui não está meio vazio?
- Hm, eu diria meio cheio.
- Pára com isso, tá meio vazio! – Tiago brigou. Mas Snape interrompeu com outro berro-uivo-guincho ensurdecedor.
- IIIOOOOOOOOOOOOUOOOOOOOOOOHHHOOOOOOUUHHH!
- Tá legal, essa aí tá difícil...Ou ele disse pra gente ir pro fundo desse corredor e entrar na porta de madeira escura...ou que Raimundo não compra maçã do amor quando tá na feira da rua.
- É claro que ele quer que a gente vá para o fundo do corredor, o Filch deve estar lá! Fala pra ele que eu tão to a fim de virar sabão!
- Tá bem... EEEEEELL...
- Pára de tentar falar com ele!
- Bahh, vamos logo. – interrompeu Pedro puxando os dois pelos braços.
- VAAALLLHEEEEEEEEEUUUUUUHHH – ele agradeceu enquanto arrastava os outros dois para o fim do corredor.
- Puxa, não sabia que você também falava Snapês. – disse Sirius.
Eles andaram até o fim do corredor e se depararam com várias portas de madeira, agora só tinham que decidir qual era mais escura... Estavam quase achando.
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COOOOOOOO-OHH-OMEEEEEEEEEEHHHHNNNTHHEEEEMM...
por favor :)