The Stripper escrita por Annye, Raah Lima


Capítulo 22
Capítulo 21 - New York


Notas iniciais do capítulo

Gente, vou poupá-los de minhas justificativas aqui nas notas iniciais. Apenas 2 avisos:
1º) Estamos em reta final. YES!
2º) Os últimos capítulos saem sábado (se vocês forem bonzinhos ;D)
Aproveitem o capítulo.
Boa leitura.
P.S.: Essa fic também começou a ser postada por mim no Fanfiction.net. Apenas para avisar, caso vejam, não se trata de plágio, ok? :D



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Capítulo 21 – New York

P.O.V. Bella

Saí do LAX de madrugada, e quando cheguei a NY já era de manhã. Allie veio comigo de um lado, e para meu desprazer Jacob veio sentado do outro lado. Eu já estava começando a sentir antipatia por ele. Poxa, porque ele não me deixava em paz?! Em compensação alguém finalmente me deixou em paz. Edward ficou a semana inteira sem me procurar novamente, e eu me sentia horrível. Ah, não, eu conscientemente não queria vê-lo. Mas fora minha mente, meu coração e todo resto do meu corpo ansiava por ele. Eu queria vê-lo, tocá-lo, falar com ele. Mais um pedido de desculpa e não resistiria...

“Que bom então!” – Minha maldita consciência me disse. Ela estava certa, não ia deixar ele me magoar ainda mais. Estragos mais que suficientes foram feitos...

Instalamo-nos no hotel, Allie com o quarto de frente ao meu e Jacob ao meu lado esquerdo. Prego!

Nem tive tempo de reclamar mais a insistência de Jacob, já que tivemos um almoço network. Fui apresentada aos sócios e diretores da filial, e tomei algumas decisões ali mesmo. Tinha que elogiar Jacob: ele era um ótimo gerente. Voltei para o quarto muito feliz, porque finalmente tinha exercido minha profissão. Eu mostrei meu valor, e ia continuar fazendo um trabalho excelente ou não me chamava Isabella Swan!

Assim que cheguei ao quarto dei de cara com uma Alice eufórica.

- VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! – Disse ela euforia, porem com um tom de ultraje.

- Você achou o seu irmão? – Perguntei inocente. Vai saber né...

- Não. – Ela disse mais calma. – Os taxis aqui são uma loucura, vou esperar até o movimento dar uma baixada. – Revirei os olhos. Até parece que numa cidade como NY o movimento abaixaria. – O que eu tenho pra falar é muito mais surpreendente. Adivinhe quem está aqui? – Pelo tom dela, sabia que não iria gostar. E não me surpreendo, já que ultimamente minhas surpresas tem sido bem desagradáveis.

- Deixe-me ver... Hm... Edward? – Ele era de NY afinal, vai saber que resolveu voltar para cidade natal...

- Bem, sim. – Ela disse um pouco surpresa por eu ter acertado. – Mas você jamais adivinhará com quem aquele cara de pau estava falando! – Congelei na hora. Não, ele não podia estar fazendo aquilo comigo.

- Tânya Denali. – Cuspi o nome com nojo, e Allie me acompanhou com uma careta.

- Não podemos deixar por isso amiga. O que vamos fazer? – Ponderei um pouco e tive uma idéia.

- Edward pareceu sentir-se um pouco... Enciumado quanto ao Jacob. Não sei se foi verdade ou fingimento, mas independente, não seria interessante se os dois nos vissem juntos? – Disse com um sorriso triunfante. Eu sei, era delírio achar que ele sentia algo por mim (principalmente ciúme). Mas eu tinha que tentar.

- Ideia genial Bells! E a Vacatânya vai pirar quando ver que nada do que fez surtiu efeito! – Sorri mais ainda.

Muito satisfeita com meu plano fui até o quarto de Jacob. Quando olhei para baixo estava com a roupa que tinha ido para o almoço. Era uma saia e blusa sociais normais (e eu já tinha tirado o terninho). Em compensação, meus cabelos ainda estavam presos em um coque e meus sapatos eram de salto agulha; Tinha que dar certo.  Bati na porta, já me arrumando para ficar o mais sensual o possível. Quando Jacob abriu a porta arregalou os olhos ao me ver.

- Bella, o que você faz aqui? – Quando ele me perguntou isso eu soltei meus cabelos do coque. Era um tanto teatral, mas porque não sexy?

- É que eu queria jantar Jake... O que você acha? – Falei sensual, enquanto passava a mão por seu abdômen malhado.

- Cla-claro. – Ele gaguejou. Sorri.

- Me pega ás 18h. – Eu disse e simplesmente dei as costas. Eu sei que era maldade usar ele, mas... Ah que se dane, ele, Edward e Tanya que fossem para o inferno juntos!

Quando cheguei em meu quarto Alice já estava me esperando com kits de maquiagem, revistas de penteado e varias roupas.

- Certo, então temos até as 18h pra te deixar linda, vai pro banho e vamos agilizar. – Ela disse me apressando e quase me jogando dentro da banheira do hotel.

Alice era uma pessoa que jamais ficaria desempregada. Se a moda falhasse, ela ainda podia organizar eventos. Se organizar eventos falhasse, ela podia ser cabeleireira. Se ela não pudesse ser cabeleireira, poderia ser fada madrinha. Eu tinha que comentar que estava absolutamente linda? Alice sempre fazia um ótimo trabalho.

- Eu repito você está estonteante essa noite, Bells. – Jake disse pela milionésima vez. Eu já estava exausta desse discursinho barato dele, o que era muito estranho. Idiota e doentio também eram palavras que se encaixavam bem nessa hora. Eu fui apaixonada por ele anos a fio, e levei nosso fracassado relacionamento de ensino médio como algo sério que não deu certo graças a minha incapacidade. No entanto, aqui estamos nós, e nesse momento, a única que parece querer acabar de vez qualquer tipo de futuro relacionamento entre nós sou eu. – Eu estou te aborrecendo? – Ele perguntou depois de eu ter suspirado bem alto. Tentei melhorar minha insatisfação então.

- Não, não é você. – “É só o fato de eu esperar ver uma naja e um rato, e infelizmente toda a companhia que eu tenho é de um asno.” Pensei. – É só o lugar. Meio barulhento para um hotel, não acha? – Resolvi desconversar. A merda já estava feita, já estava na mesa do restaurante do hotel com Jacob, e nada de Tânya ou Edward. O jeito seria passar uma noite “agradável” com Jacob, e desencanar de vez de Edward e Tânya. Missão cumprida, eu cuidaria da minha vida, e torceria para que os filhos deles tivessem a voz horrível da mãe e aquele coco gigante que o pai chama de cabeça.

- Bom, eu gosto do ambiente. Principalmente da companhia. – Disse Jacob pegando na minha mão por cima da mesa. E lá vamos nós! Inconscientemente eu olhei em direção da porta, e ele pareceu notar que minha impaciência estava relacionada a isso. – Você está esperando por mais alguém? – Ele perguntou, também impaciente com minha total falta de interesse em sua pessoa.

- Não Jacob. Não estou esperando ninguém, só estou vendo que foi um erro vir aqui com você. – Ele pareceu bem ofendido com minha declaração, e logo respondeu.

- Erro Bella? Poxa, depois de todos esses anos eu estou vindo atrás de você e é assim que você pensa? Um erro? – Ah, aquela foi a gota d’água, e eu não raciocinei direito minhas próximas palavras.

- Sim Jake, um erro. Eu tenho que falar. Quem me deu um fora há seis anos? Quem esmagou o coração de uma garota, a ponto de fazer ela ficar anos sem querer se relacionar com mais ninguém, só pra não acontecer de novo? E quando ela finalmente se recuperou, lá vem ele novamente, achando que pode com um jantar recuperar aquilo tudo que perdeu... – E de repente as palavras começaram a fazer sentido. Não sei se para ele, mas para mim sim. Jake foi tudo pra mim um dia. Como as paixões arrasadoras de ensino médio, tivemos um fim arrasador. Mas, porque motivo eu permaneci com a mente de uma garota de dezessete anos para qualquer relacionamento novo? Aquela não era eu, e eu percebi que eu podia ser outra pessoa bem melhor com Edward. Com ele eu fui eu mesma. Boba, apaixonada, mas real. Acho que a palavra é crescida. Era isso, eu precisava crescer. Cortar o mal pela raiz era a primeira coisa a ser feita. – Quer saber Jake?  Eu lembro de quando você terminou comigo. Suas palavras exatas foram: “Um dia a gente cresce, e vê que nossas necessidades mudam, ficar com você é perder o meu precioso tempo com alguém que não me faz bem, sendo que eu posso encontrar e ficar com alguém bem melhor.” Então é isso que eu tenho pra te dizer agora. Demorou seis anos Jacob, mas eu não sinto mais absolutamente nada por você. – Eu constatei orgulhosa de mim mesma no fim, enquanto me levantava da mesa. Era isso então o alivio do termino?

- Espera, espera, espera. – Jacob pediu segurando minha mão. – Você descobriu então? Bella, eu era um babaca no ensino médio, e eu jamais deveria ter te dispensado. Eu fui... Envenenado Bella, e você não pode me culpar, sabe que eu sou facilmente manipulável na mão de mulheres bonitas e... – Epa, do que ele estava falando?

- Como assim mulher bonita? Envenenado? Descobri o que Jacob? – Disse ainda em pé, e ele me encarava ainda segurando minha mão. Eu não estava entendendo mais nada, eu tinha a mais absoluta certeza, desde sempre, que o nosso término fora a idéia que ele mais se felicitava na vida.

- É melhor se sentar Bella, a história é longa. – Ele disse suspirando resignado. Sou muito curiosa, e por isso resolvi voltar pra mesa. Alem do mais, estava com a total convicção que mesmo que Jacob chorasse e se arrastasse, eu não voltaria com ele, logo, essa história seria provavelmente, eu esclarecimento do que motivou a ele ao nosso término. O garçom veio bem na hora que nós sentamos, (provavelmente checar se tudo estava bem), e então fizemos nossos pedidos.

- Certo, eu fico, você conta. – Disse assim que o garçom saiu. Com mais um suspiro, ele começou.

- Olha Bella, é difícil para mim. Mas ressaltando, eu era um idiota, e hoje eu sou diferente...

- Jacob, se é uma longa história comece logo, quero o desfecho antes que o restaurante feche. – Cortei-o. Nossa, eu estava tratando ele com total indiferença, mas não era planejado. Era espontâneo. Ah, o doce gosto da superação.

- Certo. – Ele respirou fundo e finalmente começou. – Tudo começou na noite do nosso baile do segundo ano. Lembra? Aquele do dia dos namorados... – Inconscientemente eu soltei uma risadinha, mas logo me recompus. Como esqueceria o melhor baile da minha vida? A melhor e mais elaborada maldade de ensino médio aconteceu naquela noite, e custou toda a dignidade da Tânya. Tudo bem que agora eu é que estou pagando, já que ela me prometeu “vingança”, mas mesmo assim valeu muito à pena (principalmente ao ver a cara dela de derrota naquele dia). – Acho que você lembrou. – Jake constatou após a minha risada. – Antes daquele dia, eu entendia perfeitamente o seu ponto de vista. Jasper e Alice eram meus amigos também, e Tânya ia ser uma grandessíssima filha da puta com eles. Por isso que eu ajudei a tramar todo o lance do baile. Porem o seu ódio te cegou aquela noite. Lembra daquele filme “Carrie – A estranha”? – Eu assenti. – Naquela noite eu juro que vi o mesmo olhar enlouquecido da Carrie nos olhos da Tânya.

“Ela estava perdida, era fato. Não sabia se saia correndo e batendo em todos nós, ou se ficava e chorava. Você ria mais que todo mundo, Bella, mas eu, mesmo com toda babaquice senti pena dela. E a cada segundo, ela era mais e mais humilhada. Não vou ser hipócrita, e dizer que eu mesmo não ri, quando aquele balde de gosma (seja o que for aquilo) que jogamos nela a fez tomar um tombo épico. E depois tombar de novo quando tentou levantar. Mas quando ela finalmente saiu do salão com aquele grito sufocado eu me senti mal.”

“Ainda naquela noite, vocês todos se divertiram sem nenhum ressentimento, e ninguém julgou o que fizemos errado, pois Tânya era uma vadia e merecia o pior. Mas eu não. Eu passei o resto da festa lamentando o que tínhamos feito. Eu tentava disfarçar, dancei um pouco com você, um pouco com o pessoal... Mas ela não saia da minha cabeça.”

“Assim se passou a semana, e quando ela voltou pra escola, apenas pra te jurar vingança eu fui atrás dela.”

“– O que você quer? Me humilhar mais um pouco? – Ela disse amarga e cheia de ressentimento.”

“ – Não. Eu queria me desc...”

“ – Me poupe! – Ela me cortou. – Depois de tudo que eu passei, não me venha com um pedido, achando que será melhor, que eu vou ficar menos traumatizada, que um dia eu não vou acordar chorando ao me lembrar dessa noite...”

“E então eu a beijei. Por impulso é claro. Mas eu o fiz.”

“Nos meses seguintes eu me comunicava com ela, e ai ela me convenceu a ajudá-la na sua vingança.”

“ – Bella te ama. O que mais dói em mim é meu orgulho, e o que mais dói nela é o sentimento. Não posso fazer os amigos se afastarem dela, mas se você desse um fora, bem feio nela, seria suficiente. Minha vingança. – Tanya me convenceu um dia após nos encontrarmos.”

“Estávamos ficando, e eu não consegui pensar direito. Sentia pena dela, e seria uma vingança quase limpa. Você não ia se ferir muito...”

Eu estava em choque. O garçom chegou com nossa comida, mas eu não podia nem olhar pra frente. Por um tempo eu precisei filtrar as informações.

Jacob me traíra. Jacob era a “vingança” de Tânya. Ela tinha conseguido então, mas há anos. Logo...

Edward. Edward me amava. Ele me amava certo? Ele foi atrás de mim, é claro que me amava!

Não consegui mais controlar meu sorriso, e para melhorar, assim que levantei minha cabeça Edward me encarava parado na porta do restaurante. Ele tinha um rosto desolado. Mas isso logo iria mudar. Não pensei muito na minha próxima ação, apenas sai correndo atravessando o salão e abraçando o homem que tinha me feito feliz de todas as formas possíveis. Aquele que me fez ver que não podia viver sem ele. Uma vez em seus braços eu o beijei. Como se fosse à primeira vez. E de fato, era, se contarmos que agora não havia mais mentiras, nem fantasmas, nem passado entre nós. Finalmente livres, e prontos para o “daqui pra frente”.

Quando terminamos nosso beijo, me dei conta que eu tinha apenas uma coisa a fazer antes de dar as costas definitivas ao meu passado.

- Me espera, aqui. – Eu disse para Edward, dando mais um selinho nele, que apenas assentiu com uma cara curiosa.

Então eu virei as costas pra ele e fui em direção a Jacob, que estava em pé com uma cara de indignação. Antes que ele pudesse falar, fiz um sinal com minhas mãos para ele ficar quieto, e ele então ficou parado olhando para mim.

Rapidamente eu peguei a taça de vinho que eu estava tomando e joguei na cara dele.

- Aproveitamos que estamos num dia de voltar ao passado, não receba isso mal, era só o que eu queria ter feito quando terminamos. – E então eu voltei para Edward, pegando em sua mão, e de mãos dadas, nós saímos do restaurante, deixando ali Jacob, e a parte que me atrapalhou por tantos anos em minha vida.


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Notas finais do capítulo

Ok, agora que vocês já leram e estão um pouco menos bravas (os) comigo, vou falar pq demoro TANTO: Entrei na facul esse ano. Estou no último módulo do ensino técnico (sim, TCC). No meu "tempo livre", corro atrás de emprego. Aos sábados, eu faço coreografia. Aos domingos, tenho compromissos inadiáveis. Não tenho mais vida social, galera.
Mas terminar essa fic é uma questão de honra, e JAMAIS vou abandoná-la.
A propósito, quem ainda acompanha essa fic, é um LINDO (A)! *---*
Gostaram do Capítulo? O que vocês acham do final? Será que vai dar pra resolver tudo ou precisaremos de uma segunda temporada...?
Comentem! :D