The Stripper escrita por Annye, Raah Lima


Capítulo 12
Capítulo 11 – O Jantar


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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P.O.V. Rose

Ao longo da semana já havia recebido várias ligações, sobre o jantar. Só falei a verdadeira finalidade do jantar para meus pais, e claro os pais de Royce também sabiam.

Foram semanas bem difíceis pra mim, pois além de estar em duvida sobre o casamento (eu até poderia mentir dizendo que eu já estava com absoluta certeza, mas era só isso, mentira.), eu me aproximei de Emmett. Certo, antes de me condenar, eu juro que tem uma explicação.

Eu estava na praia com a minha tia Esme. Além de meus pais ela foi à única que eu contei e o real motivo sobre o jantar – na verdade, poderia dizer que só contei o real motivo pra ela, já que só ela sabia da minha confusão (e até de Emmett).

- Você ficou com o stripper?! – Perguntou ela desesperada.

- Não, não. Eu acabei dormindo... Mas antes eu tenho certeza que eu me insinuei até não poder mais. – Ela começou a rir nessa hora.

- Ah, você pareceu a sua mãe agora... – Ela disse ainda rindo.

- Como assim minha mãe? – Perguntei assustada. Era possível que minha mãe...

- Todos nós temos histórias. Mas eu só tenho um conselho Rose: não se case.

- Tia, você anda bebendo? Eu não posso não casar com Royce! – Eu disse alterada... Aquilo era loucura!

- E por que não?  Rosalie, você mal têm 25 anos. Se você realmente gostasse de Royce, eu falaria que era apenas um peso na consciência; aliás, um peso infundado, uma vez que era sua despedida de solteira. Mas você não gosta. – Ela me disse com a voz do conhecimento. Então eu me rendi.

- Tia, mesmo que eu não o ame... Estou com Royce há tanto tempo. E, de alguma forma, ele é o que eu espero pra mim. Alguém que possa estar comigo, formar uma família, me dar filhos...

- Mas você o ama? – Ela perguntou me interrompendo. – Faria tudo pra estar com ele? Você e eu sabemos que a resposta é não. Então, eu só peço Rose, pra que você não insista no erro – ela disse pegando em minha mão e olhando em meus olhos. – Você ainda é nova sim, ainda pode ter filhos e uma família. Só não desperdice mais você mesma com um relacionamento sem futuro. Experiência própria. – Eu sabia quando tinha perdido uma discussão. E também sabia que igual a Bella, Esme tinha razão sobre Royce e eu. Mas não cederia tão fácil. O meu único plano desde sempre fora esse casamento, e eu conseguiria realizá-lo.

- Você pareceu minha amiga agora, blargh. – Eu disse soltando nossas mãos.

- Bom, sua amiga deve ser muito experta. Agora, eu sei que a conversa está ótima, mas já faz 10 minutos que aquele rapaz ali atrás está te olhando, e agora, que você já sabe a minha opinião e têm todo meu apoio, é melhor você ir pra lá. – Ela disse apontando para o cara, então não tive escolha se não olhar.

Claro, para tudo ser mais louco, o cara era ninguém mais, ninguém menos que Emmett, que depois de ver minha tia apontando e eu o olhando, não pensou duas vezes e veio em nossa direção.

- Oi Rose! – Ele me cumprimentou, enquanto eu ainda estava estática de choque.  Tia Esme estava realmente louca pra me jogar assim nas mãos de qualquer estranho que me olhava.

- Er... Oi.- Eu disse saindo do choque. – Emmett, essa é minha tia Esme, tia, esse é Emmett. – Disse apresentando-os e levando um pequeno risinho de tia Esme pelo reconhecimento do nome a pessoa.

- Bom, eu já estou de saída. Foi um prazer Emmett. – Ela disse apertando a mão dele. – Tchau querida. – Ela veio me dar um beijo, e sussurrou no meu ouvido: “vê se não dorme dessa vez.”, e saiu rindo. Era só o que me faltava, além de amigas loucas, agora minha tia era louca. Se eu não a conhecesse falaria que ela anda muito com a Renée...

- Então... – Emmett começou depois de um tempo que minha tia foi embora – Você pensou sobre o que eu te propus? – Ele disse se referindo ao emprego.

- Para ser bem sincera? Eu não acho que seja uma boa idéia. Quer dizer, seria um sonho uma galeria que eu pudesse expor o que eu quisesse, quando eu quisesse. Fora que ser rodeada de artes, uau... Seria um sonho. Mas...

- Porque “mas”? Seu sonho está a um centímetro de distância, é só dizer sim. – Ele disse com um sorriso cheio de covas que era a coisa mais linda que eu já vi. Até sorri com só por ele estar sorrindo.

- Não é tão simples assim. Eu estou passando por momentos complicados e decisivos da minha vida e...

- E você vai poder se distrair. Eu juro que se você aceitar não vou forçar a barra. Trabalho só a hora que você estiver inspirada. – Eu parei para refletir. Eu estaria mesmo sendo muito tola se não aceitasse. Fora que Emmett conseguia mexer comigo. Ele era tão insistentemente convincente que conseguiu.

- Está bem, você conseguiu me convencer. Eu aceito. – Disse sorrindo pra ele.

Depois disso eu passei a semana inteira indo ao seu quiosque na praia para fechar algumas coisas, e na outra segunda, ele me apresentou o salão que seria a galeria. Eu confesso que eu não esperava nada de muito concreto, então me surpreendi quando vi tudo que Emm planejara. Ele pensou em cada detalhe minimamente. Tinha até um lugar para apresentação – como dança e teatro contemporâneo – e vários lugares para exposição. O lugar tinha dois andares, sendo que em cima, ele dissera que iria montar um estúdio para que os artistas criassem tudo lá mesmo. Confesso que no momento eu pensei que dado momento, aquele lugar seria ideal até para dar aulas.

Eu sempre tive um problema: até nos meus sonhos eu mantinha os pés no chão. Eu sempre quis coisas que eram totalmente possíveis, para nunca me decepcionar. Então, pela primeira vez eu estava ali, sonhando alto.

Ao longo da semana eu percebi que quem despertava esse meu lado era Emm. Ele me contou sua história – o menino órfão que depois que saiu do orfanato conquistou tudo na vida. – e depois disso, eu fiquei totalmente encantada. Ele já passara por tanta que coisa, que pra mim era impossível entender como ele conseguia ser tão divertido e de bem com a vida. Eu sorria todo o tempo ao seu lado. E depois de alguns dias, eu realmente queria estar com ele.

- ...E eu até consegui a imprensa. Essa galeria vai virar ponto turístico. – Emmett disse animado. Já se passava das 14h, e mesmo sabendo que eu provavelmente chegaria atrasada (e conseqüentemente Alice me mataria), eu não queria ir embora. Cara, como eu odeio esse jantar!

- Isso é ótimo. Bem Emm, acho que já está na hora de eu ir.

- É, eu também. O cabeça não virá hoje então, alguém tem que trabalhar. – Só para mostrar como mundo era pequeno, eu havia descoberto há alguns dias que meu primo Edward e Emmett eram colegas de quarto.

- Já que você falou nele... Eu preciso conversar com ele. – Eu disse olhando seriamente.

- Deixe-me adivinhar: a mãe dele? – Eu apenas assenti. – Eu peço pra ele te ligar. – E então eu sorri. Eu não havia contado muito sobre Edward pra Emm (e eu tinha a mais absoluta certeza que ele também não havia o feito.), mas de alguma forma ele sabia. Emmett era uma pessoa muito intuitiva, e, na maioria das vezes sua intuição estava certa. Ele mesmo já me disse que em muitas situações de sua vida, foi a sua intuição que o salvou.

- Obrigada Emm. Agora, acho que eu tenho mesmo que ir. – Eu disse pegando a minha bolsa e respirando fundo para tomar coragem de levantar.

- Sabe, parece que você não está muito animada com esse seu jantar de noivado...

- Não é um jantar de noivado. É mais... – Como sempre, eu não sabia como explicar esse jantar. – É como um tempo. Um tempo para pensar. – Emmett deu um sorriso.

- Você quer desistir não é? – Eu arregalei os olhos nessa hora. Desistir nunca esteve em meu vocabulário, imagine se eu ia começar a usar essa palavra a partir do maior sonho de minha vida!

- Jamais! Eu sempre quis casar. - Fui enfática.

- Eu acredito nisso. Mas na realidade, desde... – ele pirragueou um pouco incerto – desde a “festa”, não parece que você está certa quanto ao seu noivo. – Ok. Ele estava certo, e eu já havia pensado nisso um milhão de vezes. Mas eu nunca dou meu braço a torcer. Levantei da mesa de uma vez e apenas soltei:

- Eu sei muito bem o que estou fazendo da minha vida. E eu aceitei trabalhar com você, por isso, acho melhor esquecer minha vida pessoal. – E então eu me virei. Eu me arrependi instantaneamente, já que eu sabia que tinha sido um exagero dos grandes. Mas de alguma forma, eu fiquei irritada por até ele (na teoria, um estranho), perceber que eu já não era capaz de fingir que gostava de Royce. Ah, também contava alguns pontos que Emmett me deixava nervosa e que de alguma forma eu estava sentindo mais química com ele do que com meu noivo.

- Rose espera! – Ele gritou, e então eu me virei de volta pra ele. – Independente do que acontecer nesse jantar... Você precisa saber de duas coisas. A vida é sua, e só você decide. Essa é a grande verdade, e realmente não importa o que os outros vão dizer, porque só você pode viver sua vida. Meu lema. E a segunda coisa. – Ele então levantou minha cabeça e me fez encarar seus olhos – Se alguma hora você quiser fugir, você sabe onde me encontrar. – E então ele me deu aquele sorriso que tirava meu fôlego.

Eu já estava naquele jantar ao que me parecia, uma eternidade. Para o meu desespero, ao olhar para o relógio não faziam nem vinte minutos que eu tinha descido.

Nesse momento eu estava numa roda “conversando” com mamãe, tia Esme e tia Renée. Para a minha surpresa (nem sei por que ainda me surpreendo), tia Renée e tia Esme se conheciam. Tia Esme tinha se mudado para a mansão vizinha a de tia Renée. Nesse momento as duas falavam do bebê que tia Renée esperava. Minha mãe tinha ficado feliz, apesar de muito surpresa. Acho que a conversa fluía muito bem, mas eu não conseguia me concentrar em nada.

- ... Não é querida? – Minha mãe tinha perguntado algo e eu mal escutara.

- Oi? Desculpe-me, eu não prestei atenção. – Então as três mulheres riram.

- Aconteceu algo querida? – Tia Esme me perguntou um pouco preocupada.

- Não. Só estou procurando Bella e Allie? Você as viu? – Perguntei para tia Renée. Ela fez aquela cara suspeita de quem estava aprontando e respondeu nervosamente.

- Er... Não. Quer dizer. Talvez... É... Bella está lá fora. Provavelmente. Ou lá em cima... Ou, er... AH, olha quem chegou! – Ela disse apontando para Law, que tinha acabado de entrar na mansão. – Lauren deve estar sozinha, é melhor você ir conversar com ela! – E então tia Renée praticamente me empurrou em direção a ela.

- Oi amiga! - Law me cumprimentou.

- Oi Law. Porque está chegando tão tarde? – Eu perguntei maliciosa. Lauren tinha um namorado, porem ele estava em algum lugar da Europa. Por isso, ela vivia galhando ele. Confesso que eu não achava assim tão ruim, já que provavelmente ele também chifrava ela sempre que possível.

- Você sabe o motivo bobinha... Agora, você podia me explicar direito o motivo desse jantar não é? – Seria bem difícil fazê-lo, já que nem eu sabia direito como explicá-lo. Mas depois de pensar um pouco, percebi que não havia um motivo para não compartilhar a historia completa com Lauren (já que ela era minha amiga há tanto tempo quanto Alice ou Bella). Mas não daria pra ser ali, então eu resolvi puxá-la para o jardirm.

- Vem comigo. – Royce, ainda nem havia chegado à residência. Eu sabia que teria tempo suficiente. Só esperava que Lauren também entendesse meu ponto de vista (diferente de Bella, ela era totalmente a favor de Royce). Fui ao jardim montando meus argumentos, mas ao chegar lá, quase tomei um susto; lá estava Royce, Bella, Alice, Jasper, Jessica e EDWARD. Royce tinha uma fisionomia quase assassina, principalmente para Jess. Ao olhar para o lado, constatei que Lauren não parecia surpresa, igual a mim, mas sim, assustada. Cansei de tanta tensão e finalmente perguntei: - O que diabos está acontecendo aqui?


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