Pov, Sam

Havia se passado exatamente 48 horas desde a vinda conturbada do Benson ao meu trabalho, uma coisa que eu preferia nem lembrar, porem era o único fato que eu não conseguia esquecer.

Neste exato minuto eu só me perguntava aonde estava aquela garota sem medo que eu era, poxa tanta coisa poderia acontecer e mudar nesse tempo. A verdadeira Sam poderia simplesmente largar tudo agora e seguir com seus sonhos pendentes ou talvez bater na porta do seu vizinho e fazer ele deixa tudo, só para irem pra qualquer lugar aonde nada mais importasse.

Na verdade uma vida pode se modificar em segundos. No entanto, me encontro em mais um dia de trabalho sufocante. Mas tudo tem seu lado bom, nessa situação, entrava o fato de uma mente quase que 100% ocupada, então não sobrava espaço, muito menos tempo pra se lastimar.

Enfim... Trabalhava normalmente quando fui interrompida pelo som absurdo e alto que o telefone reproduzia.

Fiquei tão perturbada com o som daquele troço que logo atendi, e além do mais era o telefone da empresa no qual Jonny entrava em contato diretamente comigo, então era obrigação atender. E foi o que eu fiz.

– Oi Jonny. Falei cansada.

– Pow, você esta sentada? Ouvi a voz de Jonny ecoar do outro lado da linha.

– Porque? O que foi? Falei totalmente preocupada, afinal o tom dele me denunciava algo do tipo. - Alguma coisa aconteceu? Com Sophie? Falei desesperada.

– Não criatura acalma. Não tem nada com a Sophie. - Ele falou calmo -. POREM VOCE NÃO FAZ IDEIA DE QUEM ESTA AQUI FORA. A voz dele saiu escandalizada.

– Quem? Mordi o lábio inferior. Era um fato pra se ter curiosidade, mas só uma pessoa havia na minha mente.

– Vou manda-lo entrar, tenho certeza de que vai amar a visita. Ele ainda falava eufórico. Meu coração acelerou pelo simples fato de imagina a pessoa que estava ali, ou pelo quem eu queria que estivesse ali. Só poderia ser ele. SIM.

– Meu Deus, me dá um minuto. Desliguei o telefone imediatamente, nem queria discutir e insistir em saber quem era, apenas queria me apegar na certeza de que era ele, era o Freddie quem estava ali. Minha mente só se remetia que quando eu abrisse aquela porta eu iria ver o lindo cara de olhos castanhos sorrindo. E que ele iria pra longe, longe comigo e com Sophie. AI MEU DEUS!!!!!

Eu estava um caco. Rapidamente peguei minha bolsa e futriquei até achar um espelho.

Olhei aquele rosto cansado e de principio fui ajeitando meu cabelo, que na ocasião estava solto, peguei qualquer batom pra melhorar aquela aparência... Eu queria tomar banho... Sei laá colocar outra roupa...AI MEU DEUS EU IRIA PIRAR.

Porém não dava mais tempo, ouvi batidas na porta, fazendo meu coração parar imediatamente. ERA ELE...ERA ELE... VAMOS APARECE. ELE ERA O UNICO QUE SABIA QUAL ANDAR EU TRABALHAVA E AONDE EU TRABALHAVA, RECEPCIONISTAS OU QUALQUER PESSOA NÃO PODERIAM DAR INFORMAÇÕES PORQUE ERA ALGO RESTRITO. Mas já que a passagem dele ficou liberada só poderia ser ele, mesmo que nesses dois dias não tivemos trocado uma palavras. SEI LÁ, PODERIA ACONTECER.

– Pod.e Entrar.Falei Sem saber se me sentava ou ficava de pé. Por fim me levantei.

De acordo com que aquela porta foi abrindo meu sorriso foi também. ESPERA ESPERA ESPERA, PORQUE EU ESTAVA ASSIM? LEMBRE-SE DA ESCOLHA SAM, LEMBRE-SE DE QUE ELE ESCOLHEU ELA. PORQUE TODO ESSE EUFORISMO?

– Sam? Ouvi uma voz masculina bem conhecida se pronunciar. Porem não era a de Freddie, confesso que meu sorriso se desfez na mesma hora, mas a pessoa que estava ali merecia minha atenção.

– Brad. Finalmente conseguir enxergar o cara parado ali naquela porta. Soltei um sorriso, quase que forçado, minha decepção não poderia ser visível. Porem, como disfarçar?

– Posso? Ele me olhou ainda parado a porta.

– Claro. Claro. Falei assentindo e soltei outro sorriso fraco. Brad entrou sem exitar e então assim fui ao seu encontro.- Nossa, belo escritório. Ele falou olhando em volta.

– Obrigada. Bom... sente-se. Apontei para o sofá que havia ali, o mesmo em que Freddie dormiu.

– Claro. Brad respondeu sorrindo. Confesso que eram aqueles tipos de sorriso dele que me deixava por alguns segundos sem ar. O bastou aquele sorriso, calmo e irresistível pra aquela decepção se encobrir. Brad lentamente foi até o lugar e sentou-se.

Eu me dirigi até uma cadeira confortável que havia a frente do tal sofá, apenas separados por uma mesa de media largura.

– Então. Sem ser indiscreta, mas como me achou? Disse desta vez o fitando. Era uma pergunta precisa.

– Eu tenho meus informantes. Ele soltou um sorriso seguido de outro meu.

– Jonny. Revirei os olhos ainda sorrindo.

– É foi ele. Ele respirou fundo. Estava totalmente sem saber o que fazer, poxa. Não sabia como agir.

– Bom. Nos dois falamos igualmente. E sorrimos igualmente

– Sem ser indiscreta mais uma vez, mas o que veio fazer aqui? Relaxei um pouco minhas costas, ainda sem tirar os olhos dele.

– Bom...è que... Ele começou a gaguejar. Levantei as duas sobrancelhas esperando o restante da Frase. - Encontrei seu amigo, o Jonny aqui perto, na mesma hora que recebi uma ligação de uma amiga a Kirsten lembra? Brad completou e eu apenas assenti. Kirsten na verdade era uma amiga louca da Wendy, louca, rica. Porem muito boa gente. - Pois então, vai ter a inauguração de um restaurante dela, e kirsten ficou sabendo que você estava na cidade, e pediu pra que fosse também, e como Jonny estava ali, pensei. Porque não chama-la agora? Ele falou nervoso.

Tentei falar alguma coisa, porem não saia nada da minha boca.

– Vai ter a banda que você gosta,eu poderia te levar. Ele insistia.

Não sabia o que falar. Não sabia o que dizer. Não sabia como da continuação aquilo. Entre muitas aspas, aquilo seria um encontro?

Pov, Freddie

Havia se passado dois dias após o meu incidente no escritório da Puckett. Um dia que poderia ser apagado da minha memoria, afinal foi o dia da minha escolha, e eu tinha decidido viver sem minha vida. E isso era tão estranho, porque era como se nada mais funcionasse. Era como se estivesse no mundo apenas, para estar. E nada mais.

Porem, havia um lado bom nesse ponto de vista, se é que podemos dizer isso.

Sem vida, eu não teria um coração batendo, e provavelmente não sofreria mais por Sam. E assim eu daria continuidade no plano de fazer as pessoas felizes. . . Acho que isso poderia me fazer feliz, apenas era só da tempo ao tempo.

Mas no momento o que mais era prioridade era Sophie e bem estar da Carly e da criança que ela carregava, tinha que me apegar nisso. Para pelo menos tentar, se não eu não teria forças...Fazer Sophie e Carly feliz, isso era uma meta agora.

E falar em Sophie, queria ressaltar o avanço que tivemos no nosso relacionamento. Eu tinha momentos com ela, que pra mim.... Eram inexplicáveis descrever.

Impressionaste como apenas o sorriso dela modifica meu humor, meu dia, meu ponto de vista da vida.

Agora eu contava com os inúmeros telefonas dela, já que um celular foi um dos presentes de aniversário reservados pra ela. Não me aguentei, então tive que entregar o primeiro logo, para loucura de Sam. Quer dizer...Só soube que Sam ficou louca com o presente porque Sophie me contou, depois do tal incidente nunca mais havia falado com ela. Acho que isso era um dos fardos que se deu com a minha escolha...

MAS...MAS, hoje iria ser um dia pra relaxar, um dia pra encaixar as coisas que eu mesmo havia deixado fora do lugar. Na ocasião, uma miga nossa Kirsten que está na cidade inaugurando seu restaurante, convidou a mim e a Carly para uma ''festa'' que ela mesmo iria proporcionar, eu imaginaria o quão seria regada a bebidas e a loucuras, porem era um restaurante, poderia ser tudo calmo.

Talvez eu tivesse tendo uma oportunidade de colocar algumas conversas em dia com Carly, rever amigos antigos e comer bem.

Já estávamos em casa pra isso depois de um dia exaustivo de trabalho. Carly se aprontava enquanto eu a esperava la em baixo.

Eu odiava ficar sozinho, porque sempre SAM vinha como uma onda na minha mente. Me lembrava de tudo que passamos, dos sonhos que tive com ela, dos momentos Inesquecíveis que tive com ela...Mas foi a minha decisão e por esse tempo, não teria mais volta. OK FREDDIE, PARA, PARA , PARA!

Graças a Deus, Carly não demorou muito. Estava simples, porém linda. Teria que admitir que a muito tempo não a via assim tão bem, com maquinagens marcantes e com um sorriso.

– Você está linda. Falei me aproximando dela e lhe dando um singelo beijo, algo que eu não fazia a muito tempo.

Até mesmo ela se assustou com minha atitude. Mas como disse, era hora de voltar a minha antiga vida e toca-lá pra frente. Dês de que Sam se mudou, minha vida havia parado e era tempo de voltar ao normal.

– Você também esta muito bonito. Ela sorriu sem jeito.- Obrigada. Bom agora vamos? Falei e ela logo me respondeu com um simples ''SIM''.

Saímos dali e fomos partindo para o tal restaurante que ficava no centro de Seatle. No caminho tudo foi bem descontraído, ouvimos musicas da tal banda que Kirsten falou que teria. A musica era boa, bem calma e como sempre me fazia lembrar da Sam.

I'm fading out, everything I know is wrong ( Eu estou sumindo, tudo que eu sei está errado)

So put me where I belong ( Então me coloque aonde eu pertenço)

Que injustiça de musica .

Por fim, não demorou muito pra encontramos o lugar que pra mencionar já tinha uma intensa movimentação de carro. Procurei o lugar mais próximo e estacionei. Só de relance olhei os carros que tinham ali, provavelmente o meu era o único ''pobre'' . Os carros iam de BMW a Ferrari.

– Com certeza é uma festa da Kirsten. Carly falou olhando para os lados, também observando os carros. Eu sorri e peguei na sua mão, novamente arrancando um olhar surpreso dela.

Caminhamos até a entrada e logo fomos recepcionados por uma moça que verificou nosso nome em uma lista em um Tablet.

Óbvio que entramos, e lhe digo o restaurante tirava o ar de qualquer pessoa.

O lugar era extremamente refinado. E Se fosse pra eu pagar, não pensaria duas vezes, levaria Carly para longe dali.

Olhei o lugar em volta, já com bastante pessoas.

Logo fomos acomodados em uma mesa, nos serviriam bebidas o que óbvio não poderia faltar em uma a festa na qual Wendy estivesse organizando e nem que Kirsten tivesse participando.

Carly não bebeu, no entanto eu já dava meus primeiros goles em uma tequila tão gostosa, que sinceramente.

A noite iria ser boa.Passou cerca de 10 minutos, Wendy veio falar comido e com Carly e depois nos levou pra uma mesa exclusiva que na qual só tinha amigos, logo depois Gibby chegou com Tasha, Wendy estava acomodada.

– Aonde esta o Brad? Carly perguntou fazendo a atenção de todos se voltar pra ela.

– Se for aquele ali. Wendy apontou para o outro lado e virei-me para olha-ló.

E por um momento um breve momento, eu repassei meu olhar novamente por aquele lugar, até chegar a recepção.

E somente ver o que eu estava vendo, me fez cair em pedaços.