Capitulo 14. The love not just

Fazia muito tempo que ele não à via... Já estava á sentir sua falta.
Se não tivessem brigado... Se não tivesse beijado aquela garota...
Se aquela cena não tivesse sido vista, se aquelas lágrimas não tivessem existido... Se tudo aquilo não tivesse ocorrido...

Mas ele ainda sonhava que logo iria tê-la em seus braços... Novamente.
E iria abraçá-la, amá-la, dar todo o carinho possível...
Queria ela ali.

Já fazia um mês que haviam brigado. E ele precisava dela.
Ele só queria se desculpar.
Mas algo fez as esperanças de isto ocorrer de forma alegre, desapareceram.

“Eu só preciso de você aqui comigo minha pequena” – Eram os pensamentos dele.

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Estava amanhecendo, o vento frio entrava pela janela, os pés descalços pelo chão de madeira se arrastavam.

“um mês” – Era a única coisa que ela conseguia pensar.

A morena pegou seu uniforme é vestiu-se bem devagar não se importando se estava atrasada ou não. Já não importava nada agora. Desceu as escadas é sentou-se a mesa com seus olhos verdes sem brilho.

- Bom dia Hikari – A mãe da garota sorria mesmo sabendo que ela não responderia.

Hikari bebeu um copo de suco, levantou-se e saiu pegando sua mochila que estava jogada no sofá.

- Eu não agüento ver minha filha assim Tamaki. – A senhora Masayoshi falava com os olhos marejados.

- Eu estive pensando... Se ela esta assim por causa do vizinho.

- Se é pelo bem da nossa filha, nós devemos permitir que ela veja ele de novo. – Ela falava em meio de lagrimas.

O senhor Tamaki estava pensativo. – “Sim, se é pro bem dela então eu... Eu a deixo ver ele de novo.”

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O sinal tocava é ela se levantava da sua cadeira como um corpo vazio... Sem alma.

- Hey, er... Oi Hikari. – Mais o que? Por que diabos Ayame estava falando com a morena?
 

- Bom dia Ayame - As palavras saiam daqueles lábios frios... Tão frios como o vento que entrava pela janela.

- Hikari... Eu só queria me desculpar por tudo que eu te fiz... Sabe é muito ruim você ser a mais bonita do colégio é der repente aparece uma menina mais bonita e doce – Ela tentava articular as palavras, mas estava muito envergonhada. – Eu quero pedir desculpa de coração.

- Eu aceito suas desculpas Ayame. – Hikari tentava forçar um sorriso, mas não conseguia sorrir quando estava faltando uma parte dela.

- Espero que agora agente seja amigas. – Ayame dava um grande sorriso mesmo sabendo que a morena não retribuiria.

A menina pegou suas coisas é foi andando ate chegar à rua de sua casa. Não. Isso não poderia estar acontecendo. O que ele queria? Arruinar mais ainda sua vida?

Estavam de frente um para o outro, novamente. O silêncio prevalecia de forma cruel... Esperavam a iniciativa do outro. Mas nenhum se pronunciava. A garota olhava-o nos olhos, o encontro chocante do castanho com o verde sem brilho ás vezes era interrompido por somente os piscares dos olhos.
O delicado aroma floral dos cabelos negros dela era aspirado cuidadosamente por Kyo. Ela fazia o mesmo, mas aspirava ao odor masculino de seu corpo... Aquele perfume impregnava seu corpo e seus sentidos. Tão maravilhada estava... Tão encantada...
Para todos que sempre esperaram de Hikari, seu olhar frio e indiferente, uma surpresa magnífica. Tinha uma expressão séria, mas ao mesmo tempo, seu olhar tinha seu toque alegre, devido ao reencontro com ele. Já que a última vez que se viram, a raiva por aquele beijo que nunca deveria ter acontecido.
Se desculpar parecia tão difícil e penoso para os dois lados. Mas alguém iria começar. E seria agora.

-... Hikari, eu... – Apenas saíram murmúrios daqueles lábios. Forçou sua voz um pouco, até chegar ao seu tom normal. -... Eu quero...

- E talvez eu não queira. – Mentia para si mesma, e para ele... Mas era preciso... Suas palavras ásperas saíram uma á uma de forma calma e impiedosa.

- Mas... Eu vim aqui, para me desculpar. – Não se exaltava.

- Eu sei. Mas não será necessário.

- Não... – Foi dito por ela, após o primeiro passo que Kyo dava direcionado á ela. –... Pense... – Mais um passo e estava com seu corpo á três palmos do dela. Já sentia a respiração, desceu o olhar acima dos seios dela. A sua pele, coberta por um fino tecido, movia-se. Seu coração pulsava com rapidez. O braço direito dele alcançou uma parte do pescoço, e de sua face pálida e aquecida. Seus dedos finos, porém grossos, roçavam sobre a pele feminina. -... Não me toque... – Mas algo dizia ao contrário, Hikari se arrepiou ao seu toque.

- Me desculpe. - Os lábios encontraram-se. O toque foi sublime, perfeito. Kyo a sentia amolecer, não tentava mais se afastar, nem lutar contra o beijo. Então ele fez. Iniciou aquele beijo lento e delicado, era tão bom... Sentir novamente aqueles doces lábios tocando lentamente o seu. O corpo dela se aproximou por vontade própria... E ninguém se importava... Ninguém...
Algumas lágrimas escorriam dos olhos de Hikari, percorriam sua face, molhando a dele. Eles se afastaram pra tomar fôlego.

- Eu te amo – A voz dela parecia que iria sumir, e se misturar com o ar... Se perder...