Cap. 1 – Honras aos noivos!

- Como está sua cabeça Leah? – Emily me perguntou, sentada ao meu lado (não que eu gostasse dessa proximidade toda, ainda mais vinda dela)

- Bem. – embora eu quisesse dizer: melhor que seu rosto. Mas achei que não era a hora de destilar veneno. – O que queria me dizer, Sam? Diz logo, está desperdiçando o meu tempo. – olhei minhas unhas perfeitas. As vezes eu sou tão narcisista!

- Nós vamos nos casar! – Emily disse-me com um entusiasmo contido. Como se tivesse medo de me ver chorar, mas eu não sentia a mínima vontade de chorar agora.

- Legal. – disse normalmente.

- Você não ficou triste? – era impressão minha ou ela parecia desapontada com isso?

- Eu deveria ficar triste? – me virei para ela. – E você não ficou feliz? – devolvi.

- Ahn eu… é claro que estou feliz! Estou me casando com a pessoa perfeita para mim. E todo mundo vê isso.

- Realmente, eu não ligo. Já foi o tempo, e eu já esperava por isso desde que minha mãe começou a sair com o Charlie. Vocês são meio lentos né? Eu não ligo, deixei de ligar pra vocês faz tempo. – respondi a verdade. Meu mundo não girava ao redor de Sam e Emily, só machuca um pouco. Acho que porque eu não consegui esquecê-lo.

- Eu estou confuso, Leah. Você por acaso está saindo com alguém? – ele se dirigiu a mim, como um irmão protetor e ciumento, sempre, aliás.

- Não que isso te interesse né Sam? – perguntei irritada. Desde que estávamos conversando que Embry e Jacob não tiravam os olhos de mim. Mas que porra é essa?

- Eu só estou cuidando de você… - ele me disse em tom magoado.

- Sinceramente? Cuida da sua noivinha que você ganha mais. – me levantei, procurando minhas chaves. – Alguém quer carona? Não? Ok. – eles nunca aceitavam mesmo. Só o Embry.

- Eu quero. – Embry me disse.

- Você não. – Sam retrucou. Fiquei muito puta.

- Porque não? Posso saber?

- Por nada, Lee. – Emily respondeu, olhando feio para Sam. Eles definitivamente estavam me escondendo alguma coisa.

- Eu e Embry temos assuntos a tratar. Coisas de homens, você sabe. – ele estava me expulsando??? Cacete, tô perdendo a minha moral.

- Tá bom né. – disse, já que o ótario do Embry não disse nada, apenas abaixou os braços.

…*…*…*…

Constrangedor. Foi a primeira coisa que eu pensei assim que entrei em casa. Minha mãe e Charlie abraçados na sala, assistindo a um filme antigo qualquer.

“Te amaré por siempre” – o cara do filme falou, ouvi mamãe suspirar. Ele estava morrendo.

Isso não me tocou nem um pouquinho. Na verdade eu quis vomitar.

- Mãe que merda é essa? – coloquei minhas chaves no cinzeiro e comecei a tirar as botas.

- É um filme, que você deveria ver também. Tão…

- Nojento. – respondi terminando de tirar as botas. – Sinceramente, porque você não aluga… sei lá um filme de terror bem sangrento ou com tortura… essas coisas que você aluga me dão vontade de vomitar!

- Leah… você se importaria de me ajudar na delegacia? Eu preciso de uma secretária e sua mãe disse que você ainda não trabalha…

- Mãe! Agora você quer que eu trabalhe? – ok, eu tinha entendido bem. Jessica trabalhava na delegacia com ele. Não precisavam de mim lá.

- Claro que não minha filha! – mamãe se fingiu de ofendida, mas não manteve o meu olhar. – Eu gostaria sim… que você arrumasse um emprego. – ela admitiu.

- O que? – ouvi o meu irmão, ele estava chegando agora. Então a ‘conversa de homens’ ou fora rápida, ou nem fora, ainda seria. – Leah e trabalho não combinam mãe!

- Hey eu posso trabalhar!

- Aham e eu sou um macaco saltitante que odeia banana.

- Tá duvidando de mim pirralho? – perguntei em pé.

- Não tô duvidado, tô afirmando. – joguei a minha bota no meu irmão. Acertei a parede. Antes de jogar o outro, mamãe estava ralhando com nós dois.

- Mas vocês dois! Não tem vergonha? Nem quando tem visita aqui vocês se comportam adequadamente!

- Mãe, o Charlie não é mais visita… - Seth disse encolhendo os ombros.

- Nunca foi. Desde que eu me lembro…

- Meninos, vamos parar de brigar. – Charlie disse – São só por uns dois meses, Leah. Até Ângela poder voltar do intercambio. E essa experiência será boa para você… conhecer pessoas novas, sair um pouco daqui. Será bom para você.

- Tudo bem, quando eu começo? – não tinha escapatória mesmo.

- Amanhã, às 8. Seu uniforme está na sua cama, filha.

- Vou subir, estou com sono. – subimos eu e Seth. Ele estava tão calado. – O que houve? – perguntei quando chegamos lá em cima.

- Você nunca pensou em sair com mais ninguém certo?

- Vamos discutir com quem eu saio ou deixo de sair? É isso?

- Ahn não… é só… deixa pra lá.

- Ok, vou dormir. Me acorde se eu me atrasar para a ronda.

- Tá. – ele entrou no quarto dele (que era em frente ao meu) e eu entrei no meu também.

Me joguei na cama e não vi mais nada.

To Be Continued…