A Forbidden Girl escrita por Sarah


Capítulo 4
Tratos e Acordos.




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            Virei o rosto e vi ninguém menos que Jacob em cima de uma árvore batendo no meu vidro, ta agora ele é oficialmente louco. Porque ele não pode fazer como as pessoas normais e entrar pela porta?

            Fui até a janela e arqueei uma sobrancelha esperando uma explicação que não veio. Ele falou tanto – principalmente o que não devia – e agora fica calado. Acho que estou em uma casa de loucos, fujam para as montanhas enquanto ainda da tempo.

            - Por favor? – ele faz cara de cachorro(lobo) pidão.

            Suspirei e abri a janela, ele entrou com um pacote nas costas e sentou na cama intacta. Encostei no armaria esperando que ele falasse algo, tipo de onde eu vim as pessoas não entram pela janela.

            Ele não disse nada, qual é? Ele simplesmente estava entediado com seus alegres amigos lobisomens que querem me matar e decidiu que ia ser legal entrar pela janela do meu quarto.

            Ele abriu a boca, acho que está pensando no que falar. Por mais que eu tenha toda a eternidade para ouvir isso eu quero acabar com isso logo, então é melhor ele dizer alguma coisa logo.

            - Acho que você quer que eu diga algo – ele fala com um sorriso amarelo.

            - Eu não quero que você diga e sem explique – falo contando mentalmente até 10 – de onde eu vim as pessoas entram pela porta depois de bater, estava tentando se matar?

            - Eu não morreria se caísse da árvore – diz ele rindo como se eu tivesse contado uma piada muito engraçada.

            - Mas sim se eu não tivesse notado que era você e acabasse atacando – digo maldosa fazendo ele parar de rir e ficar pálido – então...?

            - Eu acho que estou sendo ridículo com você – diz ele, nossa ele acabou de descobrir o mundo.

            - Jura – digo sarcástica.

            - Estou te devendo desculpas – fala ele.

            - Nossa, conseguiu deduzir isso sozinho ou alguém teve que te dizer – digo rindo, agora é a hora da vingança pelas frases nada legais e por ter me espionado.

            Ele fechou os punhos e pareceu realmente irritado comigo. Será que eu fui longe demais? Eu não sou sacana nem nada, é que eu gosto de me vingar é bom e faz bem pra alma... Ta que o Edward disse que eu não tenho mais uma, mas deixa quieto.

            Ele bufou estressado e começou a abrir a janela, merda vou ter que falar alguma coisa porque dessa vez a errada sou eu. É obvio que eu não vou me desculpar, ele é o errado não eu. Segurei o pulso dele com força.

            - Olha eu não fiz por mal – digo sincera – é que eu estou bolada com você por ter me espionado e de seus comentários super legais.

            - Isso foi um pedido de desculpas?- fala ele.

            - Não – sorrio – eu não sou o tipo de garota que se desculpa e sim do que age, eu só não quis que isso acabasse comigo de culpada.

            Jacob sorrio animado, ele tem um sorriso contagiante. É acho que ele é o lobisomem(garoto) menos chato que eu já conheci.

            - Então, vamos tentar nos dar bem? – diz Jacob.

            - Não se isso vai dar muito certo – digo e ele me olha surpreso – seus amigos me odeiam mais do que tudo e eu e minhas amigas idem... Se descobrirem que temos qualquer coisa que não seja ódio um pelo outro estamos fritos.

            Ele pareceu entender que nossa amizade é impossível. Nós nunca deveríamos ter nada além de ódio um pelo outro, Jacob talvez seja um pouco legal assim como o pai que é simplesmente incrível.

            Jacob pegou o que escondia atrás das costas, era uma caixinha de veludo vermelha bonita e delicada. Eu queria sair dali, mas parecia ter algo ali que simples me impedia de fazê-lo.

            - Então vamos ser amigas escondidos – diz ele e eu mordo o lábio inferior.

            Eu simplesmente não sabia o que queria. Uma parte de mim estava animada com aquilo e queria sorrir e dizer que aquilo era empolgante, mas havia uma outra parte mais realista... Essa parte me dizia parar cair fora que aquilo não seria nada bom.

            A minha segunda parte deve ser a razão, porque ela está certa. Quer dizer a minha vida já não é complicada sem ser amiga de um lobisomem que na frente dos outros tem que fingir que me odeia?

            Eu meio que sei que isso só vai me machucar e no final eu vou acabar me arrependendo. Eu me arrependi quando aceitei o pedido de Daniel e mesmo esse sendo só amizade tenho agora o mesmo medo.

            Mas quem liga para a razão? EU prefiro me virar e ver no que vai dar é mais empolgante. Afinal o que será da eternidade sem um pouco de emoção, é Jacob você acabou de conseguir uma amiga muito doida.

            - Acho que seria encantador sermos amigas as escondidas – falo calma, mas mostrando como estou animada – mas se você aprontar alguma... – ameaço.

            - Eu prometo que seremos os melhores e mais fieis amigos – fala ele também animado com isso.

            - Nada mais, nem nada menos – agora tenho mais um amigo. EBA!

            Ele abriu a caixinha e lá tinha duas correntes com dois anéis cada uma. O que esse lobo está aprontando agora? Acho que ai tem mais coisa do que me disse. Ele pegou um dos colares e me mostrou.

            - Pra selar nossa amizade – ele colou em mim um dos colares e o outro nele.

            Nos sentamos e começamos a conversar de coisas totalmente banais ou que vivemos. Jacob me contou sobre quando virou lobisomem e que já chegou a amar a sua melhor amiga.

            Ele me disse que não a amava mais, achava que já gostava de outra pessoa e isso me deixou estranha. Quando perguntei quem era a pessoa que ele já amou fiquei surpresa ao saber que era Bella.

            Depois disso ele me pediu uma resposta já que respondeu a minha pergunta. Eu sabia que daí vinha bomba, mas eu aceitei. E não é que eu estava mesmo certa? Ele me pergunto de minha amizade com Billy.

            Contei para ele o que nunca contei para ninguém, disse que Billy e minha mãe haviam namorado quando jovem e depois de muitos anos o contato não se perdeu. Com o tempo acabamos ficando grande amigos. Ai veio a parte de onde meus problemas começaram.

            Contei para ele que comecei a ser perseguida, que 2 pessoas especiais me protegeram, que ignorei os avisos e como fui ingênua ao acreditar em Daniel. Jacob me abraçou forte e isso foi bom.

            Ele era quente e fazia parecer que meus problemas não eram nada. Eu me sentia incrivelmente segura e aquilo foi perfeito. Coloquei meu rosto em seu peito e senti aquele delicioso ar, estava deliciando aquele momento.

            Jacob tinha as mãos em meus cabelos onde ele os cheirava como se tivessem um cheiro desconhecido. Estranhei, que eu me lembre eles estão com cheiro de maça verde o que não é nada demais, só não disse nada para não sair daqui.

            Então de repente dei por mim e o encarei tentando descobrir o que aqueles olhos diziam. Nada, absolutamente nada. Isso é tão frustrante quanto acordar no Natal com seu pai bêbado, sem presente e sua mãe jogando na sua cara que Papai Noel não existe quando você só tem 4 anos de idade e ainda é feliz.

            - Está com fome? – pergunto, ele ainda é humano e tem fome.

            - Um pouco e você? – diz ele tentando ficar normal.

            Eu sei que pra ele ainda é difícil. Quer dizer ele devia odiar vampiros como eu por termos que nos alimentar de sangue. Deixa eu ver, estou com fome? Não acho que não agora.

            - Nem um pouco, quer fazer o que? – digo.

            - Sei lá, gosta de motos? – diz ele e eu sorrio.

            - É um dos meus sonhos de consumo, junto com uma prancha de surfe – falo animada.

            - Pranchas de surfe não são caras – diz Jacob revirando os olhos.

            - Mas eu teria que ter aulas de como andar em uma – eu o lembro.

            - Eu tenho uma moto, vamos dar uma volta? – diz ele.

            - E se nos virem? – digo o lembrando que ainda era segredo nossa amizade.

            - Eu não disse que íamos andar aqui em La Push ou Forks – diz ele e eu sorrio animada

 – Gostei – digo – mas você é o encarregado de me espionar né? – desanimo.

- Sabe que eu goste disso – fala ele me abraçando – assim posso ficar bem pertinho de você.

Eu sorrio, o Jacob é um ótimo amigo e eu sei disso. Estou muito feliz de ter aceito essa amizade.

- Mas está noite será Paul que fará isso – diz ele.

- Porque? – pergunto aturdida.

- O Sam ainda não me disse, mas serão coisas de lobo – diz ele e eu sorrio desanimada.


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Notas finais do capítulo

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