Prologo

P.O.V. Edward

Estava em meu piano, criando uma nova melodia.
Eu sou príncipe da Ilha Mors, uma das muitas ilhas que ficavam a oeste da Dinamarca. Geograficamente, isso é tudo que sabemos do nosso país, porém posso afirmar, não existe país melhor que o nosso.

Enquanto eu compunha uma musica patriarca, minha irmã entrou na sala de musica. Ela ficou me observando tocar por alguns minutos, e logo depois foi atrás de seu violino e começou a me acompanhar.
Rose também era ótima com musica. Na verdade, ela sempre quis dançar ballet, mas devido ao fato de ser princesa nunca pode ser uma bailarina – ela sabe todos os passos, mas nunca se apresentou uma vez na vida.
Quando ela me viu tocando piano pela primeira vez, ela viu que a musica era algo que era possível para ela, e também seria sua válvula de escape.

Mudamos o ritmo da musica para algo mais melancólico. Esse era o preço do poder. Nós nunca poderíamos simplesmente fazer o que queríamos, pois o país sempre estaria á frente de nossos desejos – como nossos pais nos ensinaram e como nós ensinaríamos nossos filhos.
Depois de um bom tempo de melodia ininterrupta, fomos terminando a musica. Demos um suspiro e olhamos um para cara do outro.
- Sempre servir o país, com garra, força de vontade e determinação. – Dissemos com certo deboche, parte do pacto que faríamos para assumir o trono. Logo depois sorrimos. Rose e eu nos entendíamos quando estávamos quietos, mais do que se falássemos mil palavras.

Depois disso tudo aconteceu rápido demais. Mamãe e um homem loiro fardado entraram na sala correndo. Mamãe parecia desesperada e tinha lagrimas em seus olhos.
- Filhos, algo muito serio aconteceu. Façam tudo o que Carlisle disser! – Ela disse em um tom alarmista. Ela correu em minha direção e me abraçou e beijou, e fez o mesmo com Rose. – Eu amo vocês. Protejam-se! E aconteça o que acontecer, vivam o que vocês tiverem que viver. – Ela sussurrou para nós, e na mesma velocidade que entrou, ela saiu da sala. Rose e eu nos entreolhamos assustados, não entendendo nada.
Então o homem loiro que provavelmente se chamava Carlisle se aproximou e disse:
- Altezas, o país de vocês não é mais seguro. Peço que me acompanhem para outro lugar, apenas provisoriamente. Vocês precisaram saber de muitas cosas, mas por hora só peço que confiem em mim. Sigam-me.
Ele saiu porta a fora e gritou por nomes e logo depois voltou com soldados. Eu e Rose nos entreolhamos agora apavorados. O que estava acontecendo?

Por Rose, eu decidi me mostrar destemido e respeitar minha mãe. Eu peguei em suas mãos e segui o homem. Por dentro eu estava morto de medo, embora eu não soubesse exatamente de quê.