Nostalgia escrita por Larissa Oliveira
Notas iniciais do capítulo
Tava guardado há tempos aqui... Pensei em postar. Enfim, espero que gostem!
O garoto pegou uma pedra oval escura, e jogou-a em direção ao mar. Frustrado com a pouca força, tentou novamente.
Um pouco distante dali, Lílian Evans o observava. Sorriu com as inúmeras vezes que seu pequeno filho arremessara pedras. Seus cabelos ruivos longos dançavam suavemente com a brisa fresca.
- Harry, querido - chamou o garoto. – Eu posso ajuda-lo, não quero se se machuque.
- Não vou, mamãe. Acha que posso jogá-las até lá? - o sorriso maroto beirou-lhes o lábio. Ele apontou longe.
Tiago.
A dor tomou-a. Deixou os pensamentos divagarem um instante, e foi até Harry agachando-se.
- Força não define nada, querido. Determinação e coragem sim. - Seria isso que seu pai diria? Pensou. Não, não. Ele iria jogar pedras competindo com o filho. Por um momento, ela quis rir com a cena que imaginara. - Você tentou. Se conseguiu ou não, não importa. Apenas dê o máximo de si e tente. – finalizou sorrindo gentilmente.
O sol começou a se pôr. A ruiva observou o pequeno que ainda jogava pedras ao mar, a maré atingindo em cheio os pés do garoto. Admirou os cabelos rebeldes, as feições em perfeita semelhança herdadas pelo pai, e de si apenas a cor vívida dos olhos, em um tom verde.
Tiago. Muitas lembranças passearam felizes em sua mente. Mesmo sendo recordações, seu coração bateu fortemente, disparando. O sorriso dos lábios escapou-lhe até os olhos. Saudades. Dor. Amor.
A última noite também veio á tona. A noite em que morrera. Que dera a vida para salvá-la e seu filho. Lágrimas desciam fervorosamente seu rosto.
- Mamãe... Por que está chorando? - as pequenas mãos de Harry estavam em forma de concha sob seu rosto. Suas palavras soaram preocupadas.
Ela o fitou apenas por mais um único instante.
- Não se preocupe. Eu estou bem. Você se parece muito com seu pai.
O menino olhou-a triste. Lily rapidamente leu o que se passou por aquela pequena cabecinha. Ele pensara que isso era ruim. Que a magoava.
- Harry! Jamais pense assim. Nunca, entendeu? - Ele acenou. - Eu amei seu pai, como não vou amar ninguém mais. E tenho muito orgulho que se pareça com ele.
A verdade em suas palavras a inundou. É claro - pensou - eu sempre irei amá-lo. Até que um dia me junte a ele. Mas, por agora, tenho de cuidar do nosso Harry, meu amor. Enviou os silenciosos pensamentos na esperança que a brisa levasse-os. Na mais pura esperança que ele estivesse ali, protegendo-os.
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