E então, meus pés se frearam automaticamente, enquanto a queimação me fazia cravar as unhas no pescoço.

Eu caí de joelhos no chão, agarrada a mim mesma, enquanto olhava em volta e tentava contornar a situação.

Enquanto meus olhos varreram o local, eu reparei em uma casa, que não me parecia estranha, mesmo de longe.

Então, a ficha finalmente caiu.

Eu estava na casa de Charlie.

Ah Deus, eu não queria matar Charlie...

Eu podia sentir o nó na minha garganta só de pensar.

Mas então, notei que a origem do cheiro não era Charlie, mas sim outra pessoa.

Minha querida e amada mãe biológica.

Eu prendí a respiração, enquanto me controlava para não atacar a mulher a menos de seis metros de mim, varrendo folhas tranquilamente, sem imaginar alguém como eu atrás dela.

Me arrastei até uma distância consideravelmente segura, para não correr riscos.

E então, me levantei, com muita dificuldade.

E corrí para o mais longe possível daquela mulher.

Enquanto havia pensamentos demais para assimilar na minha cabeça, eu ainda conseguia ouvir os dos outros.

Enquanto corria pela floresta, quando finalmente cheguei próxima a minha casa, os pensamentos invadiram minha cabeça.

‘’O que ele fez com ela afinal?’’

‘’Alguém tem que ir atrás da Demi...’’

‘’Ela chegou!’’

‘’Espera...Ela está lendo nossos pensamentos?!’’

‘’O que foi papai?’’

Eu apertei as mãos na cabeça, enquanto tentava amenizar –inutilmente- a dor que crescia a cada minuto.

Eu sentí um par de braços que provavelmente seriam os de Emmett tirar meus pés do chão, mas não fiz nada.

Deixei que ele me carregasse até o quarto onde mamãe me esperava.

_É muita coisa para ela assimilar_ ela declarou, antes de fechar a porta na cara de Edward.

Eu me encolhí nos braços dos meus pais, enquanto tentava colocar as coisas no lugar.

Jacob nunca me amou.

Fui trocada por uma garotinha muito amável.

Quase matei minha mãe e meus dons estão evoluindo.

Não poderia estar melhor.

P.D.V Jacob

Eu era um idiota.

Mesmo que ninguém achasse isso, eu mesmo me considerava um completo idiota.

Mesmo não sendo exatamente culpado por ter tido dois imprinings, me sentia culpado.

Culpado por magoar a garota que disse que me amava, que confiou em mim, até por simplesmente ter nascido.

Eu corria descontroladamente pela floresta e, mesmo que meu cérebro fosse dominado pela garotinha de cabelos cor de bronze, uma parte ainda gritava ‘’Demi!’’ para mim e essa parte era não era ignorável.

P.D.V Desconhecido

Não acredito que ele havia feito isso com ela! Eu iria mata-lo.

Sorte a dele que ela me impediu, senão eu partiria seus ossos em dois.

Argh, não sei como, mas ele me paga.