Efeito Bumerangue escrita por SofiaB, SarahRiot_


Capítulo 28
Capítulo 27 - I'll point you to the mirror


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!!! Desculpem minha incrível demora, tanto eu como Sarah tivemos de férias essa semana, foi puxadinho pra sair e depois pra ela betar. I'm sorry :// E ele ficou mais pequenininho, mas tenho notícias bombásticas pro próximo cap, com uma ideia fresquinha que acabou de sair do forno das ideias!!!! ~~esfrega as mãos do quão épico será seu plano~~ A dica é a seguinte: notaram que ainda ninguém colocou Franklin na setlist do AWKIF? Isso é porque Franklin ainda não existe. Mas existirá em breve LALALA
E EB só ficará mais tensa daqui pra frente LALALA DE NOVO OMDSFPOSMPGMO
Uma coisa muito mais importante que tudo isso (ou será igualmente importante? hmmm) é o seguinte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3397999517971&set=a.2300774248025.2102094.1509263265&type=1&theater
NOVENTA E NOVE REVIEWS!!!!!!!!!!!!!!!! AAAWWWNNNN *-* EB acabou de fazer nove meses dia 20 de Julho, por isso é apenas apropriado ♥
Vocês são todas muy lindas, obrigada a você que está lendo isso nesse momento, caso eu saiba ou não.
E curta o cap!!! Tem Playing God pra tocar!!! *-*



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Música do Capítulo:Playing God

POV Hayley

Levantei-me da cama com um suspiro, certa que as lágrimas se haviam esgotado. Desta, de vez.

Entrar no banheiro não era agradável. O espelho de frente para a porta era o meu pior pesadelo em tempos como esses. Quando alguém já se sente assim tão horrível, não precisa que lhe relembrem isso com sua cara distorcida numa máscara repulsiva, certo? Mesmo assim, dessa vez não evitei meu reflexo e me encarei bem nos olhos – talvez fosse a culpa que me levou a uma espécie de autopunição, mas o certo é que essa visão não melhorou minha situação em nada.

Encarando o fundo de meus olhos verdes agora baços, a primeira coisa que me veio à mente foi a última vez que minha cara esteve assim. Tinha sido a bem menos tempo do que seria de esperar de alguém como eu, e o mesmo nome estava presente, pairando, me assombrando: Josh.

Não sei que espécie de relação é essa que há entre nós, que sempre nos atrai apenas para depois nos machucar. E eu sempre acabo assim, fitando minha expressão deformada pela dor.

Mas dessa vez era diferente – ah, se era. Por uma mísera vez, a culpa não era de Josh.

Era minha.

E isso me fazia sentir pior do que nunca.

Flashes do nosso beijo turvavam meu juízo. Saber que, afinal, ele estava dizendo a verdade naquele momento também só apertava o nó que se instalara na minha garganta e que me impedia de falar, comer, cantar, ou sequer trautear qualquer melodia. Porém, eu sabia que esse nó, aparentemente igual aos outros, não se desfaria em lágrimas. Porque, ao contrário deles, ele não estava ali por tristeza – mas sim por raiva. Enquanto os erros de Josh me tinham levado a uma dor triste e apática, os meus próprios erros só me faziam sentir uma raiva inqualificável e acorrentada pela culpa. A única razão que me impedia de destruir tudo o que surgia no meu campo de visão era a certeza de que isso só me faria sentir pior e, se é que era possível, mais culpada.

Se eu fosse realmente um gênio musical, seria capaz de transformar toda essa puraloucura em melodia, não?

Suspirei de novo e deixei meu olhar cair da mira do espelho, envergonhada até de mim mesma. Como era possível que eu tivesse errado tanto?!

Por um qualquer motivo que eu estava incapaz de compreender, meu cérebro finalmente emergiu de todos os flashbackes inúteis e angustiantes e focou-se num único objeto: ao dirigir minha atenção para a pia debaixo do espelho, meu olhar fixou a tesoura pousada ali na borda.

Porque é que ela estava ali?

Eu lembrava-me vagamente de a ter usado para acertar a franja ainda nessa manhã, mas minha mente turva acreditou, por um momento louco, que ela estivesse ali por… destino.

Saída. Escape. Fuga.

Can’t make my own decisions

Or make any with precision.

Well, maybe you should tie me up

So I don’t go where you don’t want me.

(Não consigo tomar minhas próprias decisões,

Or tomar qualquer uma com precisão.

Bem, talvez você me devesse amarrar

Para que eu não vá para onde você não quer.)

Tudo isso correu meus pensamentos, enquanto minhas mãos, quase no automático, separavam as lâminas da tesoura, abrindo-a e elevando-a ao nível dos meus olhos. Analisei as pontas aguçadas e as arestas afiadas com precisão, mas antes que qualquer outro pensamento se pudesse materializar – e, quem sabe, levar-me mais longe – minha mãos deixaram o objeto cair na pia, fazendo soar um baque metálico pelo cômodo. Mas não fiz caso ao barulho. Minha mente já tinha despertado de seus devaneios loucos e isso acontecera, ironicamente, por prender meu olhar nele mesmo de novo, através do espelho.

Fitei meus olhos verdes outra vez, mas agora não estava mais observando os meus erros. O que eu via era tudo o que eu tinha passado para chegar a esse momento. Tudo o que eu já tinha vivido. E o que eu estava achando não era uma pessoa tão má e perversa como me imaginava até aí.

You say that I’ve been changing,

That I’m not just simply aging.

Yeah, how could that be logical?

Just keep on cramming ideas down my throat.

(Você diz que eu tenho mudado,

Que não estou simplesmente envelhecendo.

Como é que isso poderia ser lógico?

Continue apenas empurrando ideias por minha garganta abaixo.)

Passei por tantos apertos e situações… más,mesmomás, que não fazia sentido eu estar olhando agora dessa forma para uma lâmina. Divórcio, bullying, discussões… tudo isso eu aguentei do melhor jeito que pude, sem pensar nunca em formas de aliviar o peso. E agora estava cedendo por ter errado? Tudo bem que fora um erro pesado, mas quem poderia me apontar o dedo? O próprio Josh tinha errado também, e não fora só dessa vez. Além disso, o que ele estava fazendo para se redimir? Certo que ele tinha direito em estar magoado, mas então eu também tinha.

O erro tinha sido das duas partes.

E olha só como ambas acabaram.

You don’t have to believe me,

But the way I, way I see it,

Next time you point a finger,

I might have to bend it back

Or break it, break it off.

Next point you point a finger,

I’ll point you to the mirror.

(Você não tem que acreditar em mim,

Mas da forma, a forma que eu vejo,

Da próxima vaz que você apontar um dedo,

Eu talvez tenha que o dobrar para trás

E arrancá-lo, arrancá-lo.

Da próxima vez que você apontar um dedo,

Eu apontá-lo-ei para o espelho.)

Sábado, 20 de Fevereiro

Sarah

Acabei de reler minha última entrada, escrita apenas há dois dias. Como as coisas mudam repentinamente… Ontem, descobrimos que Josh sempre dissera a verdade e que tudo fora, afinal, um plano qualquer de Jenna e Chad, vai-se lá saber por quê. Depois de o diretor nos comunicar isso, decidimos nos redimir de imediato e preparamos tudo rapidamente para tocar Emergency para Josh.

O que não correu de todo como esperávamos.

Aliás, nós fizemos tudo como imaginávamos, mas Josh… ele está zangado. Mesmo muito zangado. E isso é compreensível sim, e talvez ele só precise de tempo, mas ele está agindo como se fôssemos os únicos errados.

If God’s the game that you’re playing,

Well, we must get more acquainted,

Because it has to be so lonely

To be the only one who’s holy.

(Se Deus é o jogo que você está jogando,

Bem, devemos conhecer-nos melhor,

Porque tem que ser tão solitário

Ser o único que é santo.)

Como eu vejo, a situação é a seguinte:

Sim, nós devíamos ter acreditado nele.

Sim, nós somos os maiores errados.

Não, não somos os únicos errados.

It’s just my humble opinion

But it’s one that I believe in,

You don’t deserve a point of view

If the only thing you see is you.

(É apenas minha humilde opinião

Mas é uma na qual eu acredito,

Você não merece um ponto de vista

Se a única coisa que vê é você.)

E foi exatamente para dizer isso que eu pedi a todo o mundo que se reunisse hoje de manhã.

Lá estávamos nós os sete sentados – como seria de esperar – em roda na garagem de Hayles. Ela estava com uma das piores caras que já vi nela, as olheiras mais que fundas e os olhos raiados de vermelho. Mas a expressão dela não estava mais tão abatida. Era como se tivesse acendido uma luz qualquer lá dentro desde a manhã anterior. Imaginei que minha própria expressão desse a mesma impressão, ao contrário do que eu via nas faces culpadas e deprimidas ao meu redor.

- Bem, nós claramente precisamos conversar.

- Sem ofensa, Sarah, mas não vejo o que poderemos dizer – adiantou Zac de imediato. Às vezes esqueço que a situação de irmão é com certeza duplamente mais difícil.

- Também sem ofensa, Zac, mas acho que todo mundo está um pouco cego pela culpa.

- Como assim? – vi nos olhos dele que, se ele não estava ofendido, estava perto disso. Suspirei e senti Taylor apertando minha mão. Mesmo assim, ele também me olhava de um jeito confuso.

- Sarah acha que a culpa não é toda nossa – respondeu Hayley, cortando-me o início da fala. Na verdade, ainda bem que isso aconteceu. Eu iria enrolar, mas ela foi direta ao ponto. – Eu concordo com você.

- Ok, ok, do que vocês estão falando? – Jane perguntou, tão confusa quanto os restantes.

- Eu sei que nós erramos com Josh. Isso é um fato mais que consumado por essa altura. E eu não o estou acusando de nada, certo? Mas pensem desse ponto de vista: nós erramos, sim, mas já pedimos desculpa. Estamos nos redimindo. Estamos fazendo tudo o que podemos. Ninguém pode exigir mais de nós.

- Sarah— Zac iria me interromper se eu não fosse mais rápida.

- Zac, eu sei o que você vai falar. Que nós erramos demais. Sim, isso é verdade, mas de que é que vale chorar sobre leite derramado? Não me diga que isso é que é redenção, porque você sabe que sofrer, já nós sofremos muito. Desculpem, mas eu não aguento mais todo esse drama. Nós estamos sim arrependidos; não temos que ser os maiores infelizes à face da terra para o provar. E Josh tem o direito de estar magoado, com certeza, mas não tem o direito de nos recriminar eternamente, quando ele próprio não é perfeito.

This is the last second chance.

I’m half as good as it gets.

I’mon both sides of the fence.

Without a hint of regret

 I’ll hold you to it.

(Esta é a última segunda chance.

Eu sou metade tão bom quanto é possível.

Estou dos dois lados da cerca.

Sem uma ponta de arrependimento

Irei responsabilizá-lo.)

Meus amigos pararam para digerir tudo o que eu havia dito, cada um nas suas interpretações pessoais. Dei-lhes o tempo que precisavam, enquanto eu própria pensava no que tinha dito. Podia até ser um pouco insensível, mas eu sabia que tinha razão. Entrar em depressão agora era completamente inútil.

Poucos segundos depois, Hayley apertou minha mão, levando minha atenção junto. Ela sorriu sinceramente para mim, algo que seria totalmente inesperado de um semblante no estado em que o dela se encontrava. Ela parecia agradecer-me, mas eu não sabia a razão. Seria por dizer as coisas que ela estava sentindo? Ou por confirmar que isso não era mero egoísmo, mas até bom-senso?

Ignorei a curiosidade e sorri de volta, abraçando-a de lado. Sentia-me abençoada por ter cada uma daquelas pessoas à minha volta, e isso incluía Josh também. Por que iria eu desonrar Deus, me deprimindo por algo que eu mesma fiz? Essa era a altura de agradecer as bênçãos que tinha e deixar que a gratidão me redimisse. Porque, como meu avô sempre falou, é a gratidão que te transforma numa pessoa melhor e não o ressentimento. Deixar-nos permanecer no mesmo estado de culpa que surgiu depois das palavras de Josh ontem é assinar nosso retrocesso. Por outro lado, aprender a ver as coisas boas de toda essa situação e seguir em frente, com calma, mas firmemente, é o melhor que podemos fazer. E quem sabe, talvez isso venha a ser necessário no futuro – e aí ficaremos felizes por termos aprendido a lição.

- Então o que você sugere que a gente faça? – Zac perguntou, depois de um longo suspiro.

- Nada. A bola está do lado de Josh, certo? Temos que esperar que ele decida o que quer fazer.

- Me parece que ele já decidiu – ironia. Ótimo.

- Você acha mesmo, Zac?  Josh deu uma segunda chance para Jenna e Chad. Eu sei que ele está magoado conosco, mas o tempo vai aplacar um pouco esse sentimento. E aí… bem, aí haverá espaço para o perdão.

Zac voltou a parar para pensar, criando-se um pequeno silêncio.

- Bem, Sarah, acho que você merece um prêmio de clarividência – que outra boca falaria isso senão a de Jeremy? Dei uma risada que me coube bem, depois de tudo o que passamos.

- Agradeça ao meu avô. Ele falou comigo ontem e me orientou demais.

- Agradeça você. Não pense que leva o prêmio sem fazer discurso de agradecimento.

Ri de novo, ouvindo outras pequenas risadas acompanharem a minha.

- Isso quer dizer que você está concordando comigo, Jerm?

- Como eu não concordaria? Não acho que isso nos vá retirar o sentimento de culpa de uma hora para a outra, mas também não acho que é esse seu objetivo. Você tem razão. Fizemos o que tínhamos a fazer. Agora temos que esperar o melhor e seguir em frente.

Sorri com as palavras de Jeremy e, sobretudo, com o brilho que seus olhos apresentavam de novo. Olhei em volta da roda, parando em cada cara: Jeremy, Jane, Lisa, Zac, Taylor e Hayley. Todos me sorriam de volta, com um aspeto completamente diferente do que ostentavam quando entraram. Agradeci interiormente por essa capacidade que temos de ultrapassar as coisas. Agradeci por meu avô também.

- Vamos? Está na hora de ir rockar para o estúdio – encerrei o assunto, me levantando e vendo as horas no celular. Travis nos esperava dentro de meia hora e o carro da empresa estaria estacionando lá fora dentro de momentos. Zac e Lisa vieram conosco hoje, o que me alegrou bastante também. Finalmente pudemos mostrar-lhes o trabalho que temos feito. Incluí-los na nossa aventura.

As coisas  que deveríamos ter feito com Josh.

I know you don’t believe me,

But the way I, way I see it,

Next time you point a finger,

I might have to bendit back

Or break it, break it off.

Next point you point a finger,

I’ll point you to the mirror.

(Eu sei que você não acredita em mim,

Mas da forma, a forma que eu vejo,

Da próxima vez que apontar um dedo,

Eu talvez tenha que entortá-lo

Ou arrancá-lo, arrancá-lo.

Da próxima vez que apontar um dedo,

Apontá-lo-ei ao espelho.)


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Notas finais do capítulo

Pequenito, né? Mas eu acho importante *-* A ceninha com Hayley foi algo completamente inesperado que me passou pela cabeça assim que visionei esse cap. E bem, o que virá nos próximos caps nasceu bem assim também, mas será algo muuuiiiittoooo maior ^^ Parei kkkk
E espero que tenham apreciado a clarividência de Sarah e seu avô ~~amem Mr Bayley~~, pq isso é o que fará eles continuarem pra frente com todo o projeto do álbum e da banda.
E..... tou com sono. Passei o dia nesse computador, Deus meu OPDSMPOSMGPMO
MAASSSSSS eu vos amo demais ♥ ♥ ♥
Vocês são todos lindíssimos e yo os quiero muchisimo ♥
Obrigada por toda a felicidade, babies :*****



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