- E eu, Hermione Granger

Hermione não estendeu a mão para Riddle, apenas sorriu fraco. Ele também não se preocupou em estender a mão.

- Harry P... - Dei uma cotovelada de leve em seu estômago. Ele me olhou com um pouco de raiva. - Petter. Harry Petter.

- Ah, sim. - Riddle sussurrou indiferente - Posso ajudar em alguma coisa?

- Precisamos falar com Dumbledore. - Hermione disse.

Riddle assentiu com a cabeça, e pediu para seguirmos ele. Eu estava bem atrás dele, enquanto Granger e Potter estavam atrás de mim. Observei aquele garoto à minha frente. Não parecia ser o futuro Lord das Trevas. Era um simples garoto, um pouco aborrecido, mas não parecia tão malvado. Ele parou em frente à uma sala grande.

- Professor Dumbledore? - Chamou.

O professor apareceu. Ele tinha cabelos que batiam até seus ombros, e eram escuros. Sua barba não era tão comprida, na verdade, era uma barba normal, escura também. Ele tinha o mesmo sorriso simpático no rosto, e seus olhos demonstravam curiosidade.

- Ah, senhor Riddle! Quem são? - Perguntou apontando para nós.

- Mellody Avadak, Hermione Granger e Harry Petter. - Riddle respondeu. - Querem falar com o senhor.

- Oh, querem? Bom, sentem-se então! Obrigado Tom.

Riddle saiu da sala dando de ombros. Nos sentamos em três cadeiras posicionadas em frente à sua mesa. Ele se sentou também, e nos olhou pedindo uma explicação.

- Meu nome real é Mellody Avadak Slytherin, nós somos de 1996. Esses dois idiotas – Apontei para Potter e Granger – Me trouxeram para o passado. - Expliquei.

- Isso mesmo, professor. Meu nome é Hermione Granger, somos mesmo de 1996. Nós trouxemos Mellody para o passado, querendo fazer com que ela impeça Tom Riddle de se tornar o bruxo mais temido Voldemort, que matou diversas pessoas inocentes.

- O QUE? - Gritei. - Eu não vou impedir ninguém!

- E você, Petter? - Dumbledore perguntou.

- Eu sou, na verdade, Harry Potter. Filho do Tiago Potter, e da Lílian Evans. No futuro, sou conhecido como “o garoto que sobreviveu”, pois na mesma hora que Voldemort matou meus pais, tentou me matar utilizando A maldição da Morte, mas minha mãe colocou um feitiço de proteção que me deixou com apenas essa marca – Potter levantou um pouco seu cabelo, mostrando a conhecida cicatriz.

- Interessante... Então o plano de vocês é impedir que Tom Riddle se torne Voldemort? - Dumbledore perguntou.

- Esse é o plano DELES! - Falei, cruzando os braços. - Não vou impedir ninguém, na verdade, não quero ficar no passado. Meu lugar é no futuro! Se vocês querem entrar numa missão suicida, fiquem à vontade. Eu vou é voltar para o meu ano! - Peguei o vira-tempo da mão do Harry e dei dez giros.

A única coisa que aconteceu foi uma explosão. O vira-tempo explodiu em vários pedacinhos, cortando toda minha mão. A sangue-ruim da Granger gargalhou, enquanto Dumbledore e Potter vieram me ajudar.

- Pelo pouco que conheço sobre vira-tempos, acredito que vocês não poderão voltar à 1996 tão cedo... - Dumbledore comentou, fazendo uma careta. - Vamos fazer o seguinte, conversarei com o diretor Dippet, vocês entrarão no sexto-ano normalmente, serão selecionados como todos e continuarão suas vidas normalmente, até eu conseguir consertar isso. - Ele apontou para o vira-tempo. - Mas precisarão de uma história...

- Meus pais foram mortos, então desde meus três meses morei com os pais de Hermione, que sempre me trataram como filho. Nós estudamos em casa, até eles decidirem nos colocar em Hogwarts para aprendermos melhor. - Harry prôpos.

- Como é ótimo ser excluída! - Falei sarcástica – Minha história precisa ser simples, e fácil de se lembrar. Não quero ficar decorando um pergaminho! Que tal, eu ter estudado em uma escola de Magia em outro país, e meus pais decidiram me colocar em Hogwarts. Simples, não? - Cruzei os braços, bufando.

- Bem simples, Senhorita Slytherin. Seu sobrenome será normal, ou somente Avadak? - Dumbledore perguntou, anotando algo.

- Tanto faz. Pode ser somente Avadak.

Dumbledore ajudou os outros dois nas suas histórias, enquanto eu fiquei lá, morrendo de tédio. Felizmente, já estava anoitecendo e haverá a nossa seleção de casas e eu poderei dormir em paz. Ainda estava com a missão dos dois na minha cabeça. Eles eram muito loucos em querer impedir o Lord Voldemort!

Dumbledore nos guiou até o Salão Principal, e foi falar com Dippet. Nos sentamos em uma mesa qualquer, e observamos tudo. Meus olhos estavam, especialmente, na mesa da Sonserina. Riddle tomava alguma coisa indiferente, com os pensamentos longe.

- Harry Petter! - Dippet o chamou, estendendo o chapéu seletor. Potter subiu e sentou-se no banquinho rapidamente.

O chapéu gritou Griffinória, e Potter foi para lá todo animado. Logo, Granger foi chamada. Também foi para Griffinória. Eu tinha certeza absoluta que iria para Sonserina, e estava feliz. Ficar longe daqueles dois seria ótimo para minha “nova vida”;

- Mellody Avadak – Dippet me chamou.

Todos me olharam rapidamente, e voltaram a olhar para o chapéu. Eu sentia somente um olhar pousado sobre mim, Tom Riddle. Ele me fitava com um misto de curiosidade, tédio e indiferença. Sentei no banco, e o chapéu foi colocado na minha cabeça.

- Mellody Avadak Slytherin – Ele sussurrou meu último sobrenome bem baixinho – Vejo tudo o que aconteceu com você, e vejo seus talentos. Seria um desperdício te mandar para Griffinória, mesmo achando que você se daria bem melhor lá. Mas está no seu sangue ser Sonserina, certo? Então, SONSERINA! - O chapéu gritou.

Todos da mesa esverdeada aplaudiram e gritaram animados. Inclusive ele! Quer dizer, ele só aplaudia, mas me surpreendeu. Sentei no lugar mais afastado, e fiquei contemplando meus horários, que já haviam sido entregues. Todas as aulas eram juntas com Griffinória, infelizmente.

- Mellody, certo? - Ouvi uma voz feminina ao meu lado. Levantei meus olhos, e me deparei com uma garota loira, olhos verdes e um sorriso no rosto. Assenti, indiferente. - Meu nome é Jane Wattson, seja bem vinda à Hogwarts. Seremos companheiras de quarto! - Ela disse animada

- Isso é ótimo! - Murmurei irônica, voltando minha atenção ao meu horário.

- Você tem os mesmo horários que Tom! - Ela comentou, um pouco surpresa. - Que interessante...

Não respondi. Peguei um livro qualquer na minha bolsa, e comecei à lê-lo. Ela se afastou, foi conversar com alguém bem longe de mim. Agradeci mentalmente. Finalmente, paz! Pelo menos era isso que eu pensava, até ouvir uma voz rouca sentando à minha frente.

- Então você é do tipo fechada? - Riddle perguntou, puxando seu material.

- Digamos que sim. - Sorri fraco. - E você?

- Não sou muito diferente de você... Não gosto de pessoas!

- Finalmente encontrei alguém como eu – Comentei. Aquela conversa estava um tanto quanto interessante.

- Wattson disse que você tem o mesmo horário que eu. Posso vê-los? - Perguntou. Dei de ombros e entreguei meu horário para ele. - É, são os mesmos... Não entendo. Ninguém tem o mesmo horário que eu.

- Acho melhor começar a se acostumar em não ser o único nesse quesito, então. - Ele olhou para mim com um pouco de raiva, e sorriu falso.

- É, eu irei.