Always escrita por Jane Maddison


Capítulo 22
Forgiven


Notas iniciais do capítulo

Consegui fugir do castigo e postar aqui. Esse capítulo está tão, tão fofo *-*'
Espero que gostem (:



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Tudo começou a ficar escuro, e com pouco ar. Parecia que estávamos aparatando. O ar faltando de nossos pulmões, aquela sensação de mal-estar... E então, o frio chegou. Congelando nossos dedos, pernas, braços e praticamente todos nossos membros. Abri meus olhos rapidamente, e vi que o único que permanecia de olhos abertos era Harry. Ele deu um sorriso fraco e desviou o olhar.
Poucos segundos depois, fomos jogados no chão. Hermione caiu em cima de Harry e ele gritou de dor. Ela tinha colocado o cotovelo em seu olhos.

- O que... De onde vocês sairam? - Ouvimos uma voz assustada e levemente irritada. Era a Profª. McGonagall.
- Não saimos de lugar nenhum, professora. Aonde está o profº. Dumbledore? - Perguntei
- Na sala dele, oras. - Ela bufou, voltando sua atenção para uns papéis.

É claro! Nós usamos o vira-tempo na sala de Dumbledore, que era a de Transfiguração. Agora, a sala pertence à McGonagall. Harry me ajudou a levantar, e fomos para a sala do diretor. Assim que chegamos na gárgula, olhei para os lados. Não havia ninguém lá que podia nos informar qual era a senha.

- E agora? - Sussurrei, frustrada
- Não sei. Nós temos mesmo que falar com Dumbledore! - Hermione disse, suspirando.
- Não deveriam estar em aula?

Me virei, dando de cara com Snape. Ele tinha seu sorriso sarcástico no rosto, e uma expressão levemente curiosa.

- Nós precisamos falar com o Profº. Dumbledore, senhor. Poderia nos dizer qual é a senha? - Hermione perguntou
- Vocês não deveriam estar aqui. É horário de aula! Voltem para suas classes e depois, venham falar com Dumbledore. - Ele respondeu frio.

Harry me lançou um olhar suplicante. Eu era a única que poderia falar com Snape sem receber uma resposta desagradável. Era verdade que ele tratava melhor os alunos de sua casa.

- Por favor, Profº. Snape. É realmente importante! Eu não estaria com esse tipo de gente - apontei com desdém para Harry e Hermione - se não fosse importante.

Snape me olhou, analisando. Como se ele estivesse se perguntando se eu mentia ou não.

- Tudo bem, tudo bem. - Ele bufou - Chapéuzinho Vermelho - Sussurrou para a gárgula.

Assim que ela se abriu, Snape sumiu pelos corredores. Hermione soltou uma longa gargalhada e Harry a acompanhou. Fiquei olhando para os dois, sem entender.

- Posso saber o motivo da graça?
- Chapéuzinho Vermelho - Harry respondeu, sem fôlego - É o nome de uma personagem daquelas histórias infantis de trouxas. Nunca imaginei que Dumbledore colocaria essa senha.

Assenti com a cabeça, um pouco confusa. Batemos na porta e em poucos segundos, ouvimos a voz de Dumbledore.

- Entre!

Harry abriu a porta, entrando primeiro. Logo depois, fui eu e depois, Hermione. Dumbledore sorriu abertamente e apontou para três poltronas à sua frente. Nos sentamos lá.

- E então, como foi a viagem? - Ele perguntou, inclinando sua cabeça levemente para o lado.
- Estranha, como sempre. - Respondi, suspirando. - Essas viagens no tempo são muito desagradáveis.
- Isso é verdade, minha cara - Ele riu - Suponho que querem saber as alterações que causaram no futuro. Estou certo?

Assentimos com a cabeça, e Dumbledore nos entregou uma edição do Profeta Diário. Harry, que estava no meio, a pegou e começou a ler em voz alta.

- Mais ataques à trouxas, essa manhã. - Ele leu e fez uma pausa - Foram informados mais ataques à um vilarejo trouxa, nessa manhã. Aproximadamente trezentos trouxas foram mortos por bruxos. O ministério está investigando esse possível ataque de Comensais da Morte. A Marca Negra fora flagrada flutuando em algumas casas, mas não há nada confirmado. - Ele levantou os olhos para Dumbledore - Voldemort está atacando trouxas? - Harry perguntou
- Sim, ele está. Ele começou a atacar os trouxas e os bruxos também, sem motivo aparente.

Dumbledore olhou para mim, e sorriu.

- Eu estava pensando, Mellody. Voldemort está descontando sua dor em indefesos trouxas e... - O interrompi
- E a culpa é totalmente minha, é, eu sei. As coisas seriam muito melhores se eu ficasse, professor. Mas o senhor disse que era meu dever voltar à minha época. - Cruzei os braços.

A morte de trezentos trouxas e vários outros bruxos, era totalmente minha. Eu havia magoado Tom e por isso, ele estava atacando essas pessoas. Eu estava me sentindo um lixo, uma assassina.

- Não, não é sua culpa, Mellody querida. - Ele sorriu - Você me fez notar uma coisa que eu sempre dizia o contrário. Você provou que Voldemort tem e tinha um coração. Ele amou você, de verdade. Me lembro que no dia que vi vocês na minha sala, em 1946, e quando eu olhei para você, senti que você seria a salvação. Harry pode ser o escolhido, ele pode derrotar Voldemort facilmente. Mas você... Você pode mudá-lo. Você pode mudar o triste destino de muitas outras famílias bruxas ou trouxas. Você pode fazer Voldemort amá-la novamente, porque ele ainda a ama. Voldemort voltou à sua aparência humana. Ele só conseguiu fazer isso por causa do arrependimento, da saudade.
- Espera. O senhor quer dizer que eu devo procurá-lo? - Perguntei, confusa.
- Sim, eu acredito que ele, e você também, ficarão felizes em se reencontrar. Acho que vocês tem muito o que conversar.
- Ela não vai atrás de Voldemort! - Harry gritou - Desculpe, professor, mas isso é loucura. Nós sabemos que Voldemort é imprevisível. Ele pode matá-la!
- É um risco que Mellody deve escolher passar ou não, Harry. Voldemort nunca mataria ela, isso eu tenho certeza. Ela reacendeu uma coisa que ele nem acreditava ter. Ele a amou, e ainda ama. Todas as mudanças que ele fez, as mortes... Isso prova o quanto Voldemort sente falta de Mellody, o quanto ele está depressivo.

Senti minha cabeça rodar. Era muita informação para mim, naquele momento. A culpa, a saudade, a paixão, o desejo, a curiosidade, o medo... Tudo isso estava em mim.

- Então, Mellody... O que nos diz? - Dumbledore perguntou
- Eu... - Respirei fundo - Eu vou procurá-lo!
- Mellody, não... Não faça isso. É perigoso - Harry alertou. Sua expressão estava dolorida, como se ele tivesse levado um soco. - Eu sei que você o ama, que foi doloroso partir, mas...
- Mas nada, Harry. Eu vou procurá-lo, eu TENHO.

Dumbledore assentiu com a cabeça, sorrindo. Ele deu uma leve piscada e pegou um punhado de um pó prateado e me entregou.

- Acredito que ele está na Mansão Malfoy. Se estiver em perigo, mande um Patrono. Você consegue produzir um, certo? - Assenti com a cabeça. - Ótimo, ótimo. Estaremos torcendo por você, Mellody.

Sorri para Dumbledore, Harry e Hermione. Os dois me olhavam incertos, hesitantes. Me aproximei da lareira e joguei o pó de flu. Entrei nela, gritando Mansão Malfoy! e em poucos minutos, estava saindo de uma lareira, dentro de uma sala enorme.
Me levantei do chão, limpando algumas cinzas de minha roupa. Por algumas fotos penduradas na parede, sabia que estava na mansão dos Malfoy. O complicado será encontrar Voldemort nessa casa enorme!
Comecei andando pelas salas, corredores e não encontrei ninguém. Até que me deparei com uma mulher, alta, com cabelos loiros soltos e olhos azuis.

- Posso ajudar? - Ela perguntou, com um sorriso simpático no rosto. - Sou Narcisa Malfoy.
- Ah, sim... Eu... Eu queria saber se o lorde das trevas está aqui. - Perguntei, encolhendo os ombros. Ela arregalou os olhos rapidamente e colocou uma máscara de frieza em seu rosto
- Quem é você?
- Ah, que falta de educação a minha - Ri sem graça - Sou Mellody Avadak Slytherin.

Narcisa colocou a mão no coração e recuou alguns passos. Ela colocou as costas na parede e me encarou, com os olhos arregalados. Dei um pulo de susto com a reação dela.

- O que está fazendo aqui, garota? Se o lorde te encontrar, ele provavelmente irá te matar! - Ela sussurrou
- Eu não me importo. Eu preciso falar com ele, Sra. Malfoy. Nem que seja a última coisa que irei fazer

Narcisa olhou para os lados e me guiou. Ela subiu as escadas, até ir para o último andar. Havia uma única porta, era negra. Ela bateu na porta, hesitante. Ouvi um barulho vindo de dentro, mas não entendi. Narcisa abriu a porta e fez um sinal para que eu esperasse do lado de fora. Ela entrou e fechou a porta. Não consegui ouvir nada. Encostei meu ouvido na porta para tentar ouvir alguma coisas, mas na mesma hora a porta foi aberta violentamente e eu caí no chão. A primeira coisa que vi foi um par de sapatos sociais pretos. Levantei meus olhos e vi Tom. Ele tinha uma expressão furiosa no rosto. Me levantei rapidamente e o observei. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, mas o verde que sempre me enlouqueceu continuava ali.

- Tom... - Sussurrei, com um sorriso no rosto.

Controlei a imensa vontade de pular em seus braços e abraçá-lo. Percebi que havia vários comensais observando, inclusive Narcisa. Ela tinha uma expressão de que se jogaria na minha frente, se Tom tentasse me matar. É, eu não consigo parar de chamá-lo de Tom. Mesmo ele sendo Voldemort agora, ainda é Tom para mim.

- O que faz aqui, sua desprezível? - Ele perguntou. Seu tórax subia e descia rapidamente.
- Tom, eu... - Ele me interrompeu
- NÃO ME CHAME DE TOM!
- Tudo bem, tudo bem. Como quer que eu lhe chame?
- Como todos! Você não passa de uma comensal para mim. - Ele praticamente cuspiu essas palavras.
- Certo, milorde. - Sussurrei - Eu queria lhe pedir desculpas. Tentei te avisar, mas você não acreditou. Eu sei que te magoei, sei que você deve ter sofrido muito. Tudo o que eu mais queria era continuar lá, do seu lado, mas não dava. T-Milorde, eu... - Respirei fundo, tentando vê-lo com a minha visão embaçada pelas lágrimas que já desciam pelo meu rosto - Eu te amo. - Sussurrei.

Ele pegou sua varinha e apontou para mim. As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto mais rapidamente. Eu poderia morrer. Eu não iria lutar. Peguei minha varinha e a joguei longe.

- Me mate, Tom. - Sussurrei. - Se você não for me perdoar, então me mate. Ou então, eu mesma farei isso. Prefiro estar morta do que viver em um lugar aonde você não esteja do meu lado.

Ele continuou em silêncio, com a varinha apontada para mim. Quando achei que ele iria lançar um feitiço silencioso em mim, ele me puxou para um longo e apertado abraço. Comecei a soluçar, abraçando-o. Mas era de felicidade. Aquele abraço significava tudo para mim. Com aquele abraço, Tom havia dito que me perdoava. Ele podia simplesmente me matar e tudo estaria acabado. Mas aquilo... Aquilo fez com que a minha esperança reacendesse. Tom ainda me amava.

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Notas finais do capítulo

Mereço reviews, heim, heim? *o*'



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