Always escrita por Jane Maddison


Capítulo 20
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Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem (:



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Tom me levou para meu dormitório, e saiu para monitorar os corredores. Tomei um banho rápido e deitei na cama, os gritos de Rachel ainda ecoavam em minha mente, fazendo-me dar alguns sorrisinhos involuntários.
Fechei meus olhos, relembrando toda a cena e acabei adormecendo.

Mellody's pov off.

* * *

Mellody se sentou. Ela estava deitada na grama úmida da Floresta Proibida. Não sabia o motivo de estar lá, nem o por quê de ter acordado lá. O céu ainda continha um tom azul escuro, e a lua cheia brilhava fortemente no céu. Ela se levantou, confusa e assustada. Ouvia risadas por todo o lado e passos também. Pareciam estar se aproximando e aquilo estava a deixando completamente apavorada. Não eram risadas normais, e sim, risadas cruéis, sádicas.

- Aonde ela está, milorde? - Mellody ouviu uma voz rouca perguntando. Ela o reconheceu na hora, era Abraxas Malfoy.
- No centro da floresta, Malfoy. Tenha paciência, por favor.

Dessa vez, tinha reconhecido a voz de Tom. A voz fria e inexpressiva que ele só usava com seus ''amigos''. Em poucos minutos, eles chegaram. Abraxas e Tom não estavam sozinhos, mas sim acompanhados por mais 11 homens ( ou mulheres ) usando longas capas negras e máscaras no rosto. Um deles gargalhou ao ver a expressão assustada de Mellody.

- Não tenha medo, Mellody, querida. Nós só iremos cumprir o ritual – Tom disse, ficando de frente à garota.
- Ritual? Que ritual? - Ela perguntou apavorada. Seu tórax subia e descia rapidamente, como se ela tivesse acabado de sair de uma corrida de uma hora.
- O ritual, Mellody. Para se tornar uma de nós. - Tom explicou calmamente – Você sabe, todos eles têm a marca, a minha marca.
- O quê? Eu vou ter ''Tom Riddle'' em alguma parte do meu corpo?

Ela perguntou, mais assustada ainda. Todos eles riram, exceto Tom. Ele continuava calmo, como se aquelas perguntas não o incomodassem. Mellody ouviu um deles dizer ''Como essa garota é tonta!'', mas simplesmente ignorou.

- Não, Tom Riddle não. Você terá uma marca negra, deixe-me explicar melhor. Uma marca aonde sempre que eu precisar, ou sempre que vocês precisarem, basta tocar a marca e todos nós aparataremos para o lugar aonde fomos chamados. - Ele explicou – Malfoy, venha aqui! - Ordenou.

Abraxas andou até Riddle de cabeça baixa. Tom segurou seu pulso esquerdo e levantou a manga de sua capa, expondo uma marca em seu antebraço. Havia uma serpente e um crânio. Mellody prendeu a respiração.

- Essa é a marca negra?
- Sim, Mellody. E você a terá também, dentro de alguns minutos.
- Mas... Desculpe-me dizer, é muito feia. Ela combina com vocês, garotos, mas para mim... - Ela foi interrompida por Tom
- Não é nada que você deva se preocupar, minha querida. Sua marca será um pouco diferente dos outros, porém terá o mesmo uso.
- Diferente como? Tom, você não tem muito gosto para coisas femininas, sabe. Se quiser ajuda, eu posso dar algumas sugestões.
- Não preciso de sugestões, Mellody. Eu sou o líder aqui, eu decido como as coisas serão. Mas como eu disse, não se preocupe. - Tenho certeza absoluta que gostará da personalização que eu farei, afinal, somos noivos, não é? É minha obrigação saber do que minha noiva gosta.

Mellody ficou em silêncio, sem mais nada para dizer. Ela estendeu o braço direito para Tom, que encostou sua varinha de leve na pele da garota. Ela fechou os olhos, não sabia se doeria ou algo do tipo e escutou um tipo de explosão. Sentiu seu braço esquerdo inteiro arder e queimar fortemente. Era pior, muito pior que a maldição cruciatus. Mellody caiu de joelhos no chão, controlando um grito de dor que estava entalado em sua garganta. Ela sentia tudo rodar ao seu redor. A única coisa que conseguia ouvir eram as risadas dos Comensais.

- Sim, dói um pouco. Logo irá passar, você verá. - Tom sussurrou em seu ouvido. - Vou te levar para meu dormitório, está bem? Tenho algumas pomadas que podem melhorar um pouco sua dor.

Ela sentiu dois braços quentes passarem por baixo de seu corpo e se aninhou em Tom. As lágrimas começaram a descer involuntariamente. Não estava chorando pela dor, e sim por se mostrar fraca.

- Vão para seus dormitórios! - Rosnou Tom.

Ela ouviu passos e seu corpo se mexia delicadamente pelo andar de Tom. Não soube quanto tempo demorou até chegar ao quarto, mas assim que deitou na macia cama, simplesmente apagou. Mellody entrou em um sono profundo, sem sono. Seu braço latejava agora, como se a lembrasse do que aconteceu.
Tom deitou Mellody em sua cama e andou em direção à sua estante de poções e pomadas. Ele ouviu a porta se abrindo, e fechando, em seguida.

- Ela está bem? - Abraxas perguntou, se cobrindo.
- Não, mas ficará. Estou procurando minha pomada para aliviar a dor. Você a viu?
- Ahn... Eu... - Tom se virou para olhá-lo. Abraxas estava corado, e coçava a nuca.
- Aonde está minha pomada? - Tom perguntou, respirando fundo.
- Eu peguei ela e passei numa garota. Sabe Tom, as virgens são as que mais reclamam... Ainda sobrou um pouco, mas pensei em te devolver assim que eu conseguir uma nova. Não sabia que você iria fazer a marca na Mel.
- Espere. Você usou a minha pomada para aliviar a dor de uma das garotas que você vive transando? - Tom perguntou, incrédulo. Ele sentia vontade de pular no pescoço do loiro e esganá-lo, mas se controlou
- Ela não é aquelas de sempre. É Melissa Garden, do quinto ano. Você sabe que eu sempre quis ela, Tom. E finalmente eu tive chance!

Os olhos de Abraxas brilhavam e ele estava mais corado que antes. Tom bufou e se virou para sua estante novamente. Ele sabia que um dia, Abraxas ainda usaria algo seu, então conseguiu uma segunda pomada. Estava bem escondida, no fundo de todas as poções da verdade. Pegou-a e andou até Mellody. Sentou-se na cama, e observou-a por um instante. Seu cabelo negro estava depositado pelo travesseiro, como uma cascata. Sua respiração estava calma e serena. Ela parecia um anjo, e tinha um pequeno sorriso no rosto. Tom tentou entrar em sua cabeça, porém estava bloqueada. Mellody era uma boa oclumente, coisa que Tom não sabia. Ele pegou seu braço esquerdo, um pouco ressentido, e começou a passar a poção gelada e gosmenta pelo braço de sua noiva.

- Você acha que fez certo em expulsar a Nightmare? - Abraxas perguntou, quebrando o silêncio. Ele estava observando todo o carinho de Tom com Mellody, achando aquilo muito estranho. Tom era carinhoso somente com Mellody.
- É claro que sim. Por mais que esteja curioso em saber coisas do futuro, Rachel queria matar Mellody. Não iria permitir isso, nem por mil informações.
- Ual! - Abraxas exclamou surpreso – Você prefere não saber quem será no futuro e salvar Mellody? Caramba, Tom! Mellody te mudou mesmo, heim.
- Ela não me mudou! - Tom bufou, não acreditando em si mesmo – Eu só me preocupo com ela. Continuo sendo o mesmo. Faça uma merda e verá o que acontece com você.

Abraxas deu um risada sem humor, e deitou de costas para Tom. Ele colocou a pomada dentro de seu malão e deitou ao lado de Mellody, com cuidado para não acordá-la. Mellody respirou fundo e depositou sua cabeça no peito de Tom. Ele apenas colocou sua mão em sua cintura, de leve. Fechou os olhos e adormeceu.


Mellody continuava sonhando. Estava em um castelo feito de ouro e diamantes. Ela era a rainha e Tom, o rei. Estava deitada em um sofá confortável e estralou os dedos. Uma garota descalça, suja, usando um vestido imundo e com seus cabelos loiros oleosos e presos num coque muito mal feito, apareceu de cabeça baixa. Ela se aproximou de Mellody.

- O que deseja, majestade?
- Cerejas. Muitas cerejas! - Mellody ordenou, lançando um olhar de desprezo para a escrava – E trate de não colocar suas mãos imundas nas minhas frutas, Nightmare.
- Mellody! - Rachel disse alto. - Mellody, você vai se atrasar para Poções!

A voz de Rachel mudou, se transformando na voz de Tom. O castelo estava sumindo de sua vista e ela abriu os olhos. Tom estava de costas, somente de calça. Ela olhou ao redor, bocejando. Abraxas estava vestido, fazendo uma redação rapidamente. 

- Como está se sentindo? - Tom perguntou, olhando para seu braço.

Mellody piscou duas vezes sem entender. Ela olhou para seu braço e viu a marca lá, com uma vermelhidão em volta. Parecia ter tomado um choque. Ela, deitada na floresta proibida, os comensais, Tom marcando-a como uma comensal também, a dor... Tudo passou diante de seus olhos. Ela sentiu a dor novamente, mas passou em segundos. Mellody observou a marca novamente. Tom havia dito que era diferente dos outros, e estava certo. A serpente estava enrolada numa rosa com espinhos, e o crânio estava menor, em baixo. Estava, de certa forma, até bonito.

- Bem, eu acho. - Mellody respondeu, dando de ombros.

Ela se levantou e tudo girou ao se redor. Sentiu quatro mãos a segurando, e assim que retornou ao normal, viu que Tom e Abraxas a segurava.

- É, você não se alimentou direito e estava muito cansada. Acho que terá que comer bastante para recuperar a energia – Tom disse, sorrindo fracamente.

Abraxas ainda a segurava, mas assim que viu o olhar ameaçador de Tom, soltou Mellody no mesmo instante e voltou para sua cama.

- O que foi, Tom? - Ela perguntou, vendo a expressão triste dele.
- Eu... Eu não sei. Achei que seria uma boa ideia colocar a marca negra em você, já que tanto queria fazer parte de tudo. Mas agora eu, eu meio que me arrependo. Você não precisava dessa marca idiota, isso te deixou muito fraca.
- Não se preocupe, Tom. Eu vou comer bastante e vou ficar melhor, prometo. - Mellody sorriu convincente
- Não, não vai. Seu braço vai arder por anos, até seu organismo se acostumar com a magia negra. Você está pálida, Mel. Seus olhos perderam o brilho e seu sorriso não é mais contagiante. Você está mal, muito mal. E a culpa é toda minha!

Tom se distanciou de Mellody e saiu do quarto. Ela tentou segui-lo, mas Abraxas não deixou.

- Deixe-o sozinho um pouco. Tom é meio bipolar, sabe. Ele precisa pensar um pouco e assim que fizer, vai te procurar. Sei disso por experiência própria. E agora, mocinha, é meu dever assegurar que você vai ficar bem. Então vamos descer para o salão principal e se empanturrar de comida!

Abraxas disse, guiando Mellody. Os dois desceram para o salão principal, que se calou assim que chegaram. Dumbledore se levantou de sua mesa e foi até Mellody. Ele pediu para Abraxas se retirar e levou Mellody até seu escritório. Assim que chegaram, ela viu Harry e Hermione lá também.

- Sente-se, Mellody. - Dumbledore disse, calmamente. Mellody se sentou, olhando para Harry e Hermione. Dumbledore respirou fundo antes de dizer – Tenho uma péssima notícia à vocês.   


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Notas finais do capítulo

Desculpe pela demora, meus amores. Fiquei de castigo por uns tempos, e quero que prestem bem atenção à uma coisa: Só vou poder postar nos finais de semana. Meus pais estão controlando minha internet aqui e só vou poder usar de final de semana. Espero que vocês compreendam, eu queria muito conseguir postar todos os dias. Mas isso tem seu lado bom. Eu terei mais tempo para melhorar os capítulos e deixá-los maiores.
Revieeews? (:



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