The Life Of A Demigod escrita por Bruna


Capítulo 11
Nova escola


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela pequena grande demora suahsuahsuahsuahuh estou morrendo de preguiça de escrever, eu sempre escrevia no tédio da aula e terminava no pc, agora que estou de férias a criatividade some.



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  Eu nem tinha percebido que tinha cortado meu pé, provavelmente com uma pedra, mas isso não importa. Consegui distrair Rafael por uma hora mais ou menos, sempre que ele parecia querer perguntar alguma coisa eu falava que meu pé estava doendo e pedia para ele pegar alguma coisa ou falava alguma coisa que não tenha nada haver com deuses gregos, mitologia, monstros etc. Eu sabia que ele não era burro e logo iria me perguntar alguma coisa, e eu não saberia o que responder. Aquilo? Ah, era só uma cobra. Pensei, mas é claro que ele não iria acreditar. Ta bom, minha mãe era Atena e eu não conseguia nem ao menos achar uma resposta inteligente para dar a ele, tem alguma coisa errada ai.

   -O que era aquilo lá fora, aquela cobra com uma cabeça brilhante?

   -Hã, eu não sei. Mas não tinha nada brilhando na cabeça daquilo. –Eu tentei fingir que não sabia de nada.

   -Claro que tinha, você não acha que eu estou delirando, acha?

   -Sim, e essa não é a primeira vez que acho. – Ri e ele me encarou sério como sempre fazia com as minhas piadinhas sem graças. Ele ainda devia achar que tinha algo estranho acontecendo, mas não queria parecer um maluco de novo. Cara, como eu queria ser maluca e estar só imaginando aquilo tudo.

   -Deve ser meus pais. – Eu disse, ouvindo uma buzina que vinha da frente da casa dele. – Se nossos pais perguntarem nada disso aconteceu e eu só tropecei e cortei o pé em uma pedra ok?

   -Nada de cobras! – Ele disse, já me dando tchau.

    Nunca pensei que iria ser tão estranho ver meus pais depois de tudo isso. Eles estavam normais, como se nada tivesse acontecido, e nada realmente aconteceu para eles mesmo. Minha mãe começou a fazer perguntas sobre o lugar enquanto meu pai só ouvia. Eu não mudei muito ao descrever o acampamento meio sangue, falei da casa grande, de Quíron, dos meus amigos de lá, dos chalés (sem falar que cada chalé representava um deus grego). Só tirei a parte das atividades, inventei algumas que havia visto em alguns filmes, pular no rio, competições etc. Seria difícil esconder isso dos meus pais mas eu não podia fazer nada.

   Meu final de semana com meus pais foi normal, nada de monstros, deuses ou pessoas idênticas a mim. Passou tudo bem rápido, de repente já tinha que estar no acampamento, parecia que haviam passado apenas dois dias. E eu ainda não tinha procurado aquela menina parecida comigo, Nathalia. Eu poderia dar a desculpa que minhas aulas iriam começar mais cedo, voltar antes e procurar a menina, é eu estava muito curiosa.

   Me desculpem pelos poucos detalhes que estou dando agora mas sou assim, é difícil prestar atenção nos detalhes, principalmente quando não é nada de mais.

 Assim que voltei para o acampamento tudo voltou ao normal, até me esqueci da Nathalia por um tempo, o que foi bom para me concentrar mais nas atividades do acampamento.

  A se quiserem saber, descobri que o outro botão do meu canivete era uma espada, nada de mais, prata, 45 centímetros, mas era bem útil para os dias de caça a bandeira ou para os treinos.

  Em janeiro não tivemos nenhum encontro com nossos pais pois eles estavam muito ocupados (ou com preguiça ou se esqueceram de seus filhos mas é melhor eu não falar nisso pelo amor que tenho pela minha própria vida).

   Eu nem precisei dar desculpas para sair antes do acampamento, meus pais ligaram lá e pediram para eu voltar por que minhas aulas já iam começar. Não sei como Quíron tem um telefone se ele fala que é perigoso. Ele tentou convencer meus pais mas não funcionou, é claro.

Escola nova, professores novos, pessoas novas. Nada de tão diferente, foi muita sorte eu ficar em uma escola por um ano e meio, como ano passado.

   Como todo começo de ano, fui procurando minha sala entre todas as do primeiro ano, vinte no total. Meu nome estava na sala 18, entrei e por sorte fui uma das primeiras a achar a sala então eu pude escolher um lugar no fundo da sala, eu gostava de ficar no fundo, os professores não olhavam pra mim então eu não precisava fingir que prestava atenção na aula. Mas é claro que iriam me colocar na frente pela minha dislexia.

   Os alunos começaram a chegar, lotando a sala. Ninguém que eu conhecia até agora, ótimo por um lado. Logo depois do primeiro professor, um homem que já deveria ter passado da meia idade, gordinho e baixinho e que aparentava ser brabo, entrar na sala Laura apareceu, pedindo desculpas pelo atrasado, como sempre. Ela acenou pra mim e sentou em uma  carteira vaga na frente. Ótimo, pelo menos ela me entende, não vou ser a única anormal nessa sala.

  Tivemos uma aula inicial de matemática com o professor Jorge, o senhor gordo e baixinho que acabei de apresentar. Mais depois uma mulher mais jovem, com cabelos castanhos enrolados entrou na sala, pelo o que eu consegui ouvir no meio de tanta gente gritando na sala seu nome era Ana Paula, e era professora de história e religião. Bom, o resto da aula continuou sendo um saco, no recreio conversei com Laura que também não tinha feito nenhuma amizade até agora, quem é que quer ser amigo de uma pessoa com dislexia e déficit de atenção nesse mundo aonde as pessoas só ligam para a perfeição?

   Para a minha tristeza e a da maioria dos alunos, ainda tínhamos aulas extras nas segundas e quartas a tarde. Mais chatice e menos tédio para as minhas tarde, viva.

   Na tarde seguinte sai para procurar Nathalia, a menina parecida comigo. Não iria ser difícil se ela estivesse no centro, minha cidade era pequena, ela não teria muito aonde ir. Mesmo sim ainda era uma tentativa inútil e é claro que não a encontrei.

    Tentei procurar ela em alguma rede social na internet, ela morava em uma cidade grande, provavelmente devia ter pelo menos uma. Nada, eu não sabia seu sobrenome, procurei somente por “Nathalia” no facebook, devo ter adicionado umas dez que apareceram como resultados principais e nenhuma era ela. E eu, curiosa não agüentava mais, precisava saber por que ela era tão parecida comigo.


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