Donas de Casa Desesperadas escrita por Dark Angelus
Na varanda da casa da Magali, ela traz chá para as amigas, que estão relendo o bilhete da Mary Alice.
Mônica: Acho que devemos entregar o bilhete para o Paulo.
Denise: Ele ainda está em luto. Seria de mal gosto.
Marina: Deveriamos tentar fazer isso de uma maneira gentil.
Magali: Essa eu quero ver. "Oi, Paulo, quer um chá? A propósito, veja só que misterioso, pode ser por isso que sua mulher se matou. Curioso, não?".
Denise: Podemos chamar a policia.
Magali: Pode ter sido uma brincadeira.
Marina: Se foi, é uma de péssimo gosto.
Mônica: Não, isso foi sério, sei que foi. Temos que descobrir o que aconteceu.
Magali: Ok, digamos que haja uma chance de descobrirmos. Também há uma chance de não gostarmos de saber o que aconteceu.
Mônica: É melhor do que ficar nas sombras, imaginando.
Marina: Acho que é a pergunta de sempre, não é? O quanto nós sabemos de nossos vizinhos?
Todas encaram a rua, e alguns vizinhos passarem.
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Mary Alice: Depois de conversarem por horas, minhas amigas não decidiram o que fazer com o bilhete. Então, elas decidiram ir dormir, e conversar melhor na manhã. Mas nenhuma delas dormiu a noite. Todas ficavam pensando no meu suicídio, e no quão sozinha e desesperada eu deveria estar me sentindo. Sabe, solidão é algo que minhas amigas entendem bem até demais.
No quarto de Denise, ela está deitada na cama, olhando para o lado de Carlos, vazio. Ela está brava e frustada.
No quarto de Magali, ela olha para o lado vazio da cama que Cascão estaria ocupando, se não estivesse novamente em uma viajem de negócios.
No quarto de Mônica, deitada na cama, ela olha para o teto, respirando fundo.
No quarto de Marina, ela está lendo um livro, e encara o lado da cama de Franja vazio. Ela levanta e desce para a sala, onde Franja está dormindo no sofá-cama.
Marina: Hum-hum.
Franja acorda assustado.
Franja: Ah, tô acordado, eu...
Marina: Bom. Eu tenho uma pergunta para você.
Franja: Ok...
Marina: Lembra de quando você me pediu em casamento?
Franja: Pelo amor de Deus...
Marina: Você inventou um tipo de foguete, e voamos perto das estrelas por um tempo. Tomamos vinho de maçã, e quando terminamos, você disse: "Marina, se você se casar comigo, eu prometo de amar para o resto de minha vida." E mesmo estando noiva do Xaveco, e meu pai odiando você, eu aceitei.
Franja: Foi há muito tempo.
Marina: Amanhã vamos cancelar o advogado de divórcio, e vamos começar a fazer terapia para casais.
Franja: Marina, eu...
Marina: Franja, você prometeu.
Franja: ....Certo.
Marina sorri.
Marina: Ótimo. Vou esquentar um leite para mim. Deseja algo para beber?
Franja: Qualquer coisa, menos vinho de maçã...
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