Eu fui para o dormitório, quando entrei a Alice estava sentada na cama lendo e comendo Varinhas de Alcaçuz

- Lílian? O que está fazendo aqui? O encontro com o James não foi bom? – perguntou ela assim que me viu

- Oi Alice – falei – O James pediu para em me arrumar para receber meu presente

- Você ainda não ganhou o presente? Que droga – disse batendo o pé

- Ok, me ajuda a escolher uma roupa? – perguntei

- Mas eu não entendo nada de moda – disse botando o livro de lado e me olhando

- Só me dá sua opinião?

- Claro que sim! – respondeu sorrindo – Mas minha opinião não irá contar, não é mesmo?

- Depende

Eu fui até o guarda-roupa, abri, peguei um vestido, e um sapato, e me dirigi para o banheiro.

- Ei, me deixa ver – exclamou a Alice enquanto eu entrava no banheiro.

- Só quando eu me vestir – falei, fechando a porta e a trancando.

- Você é do mal! – exclamou ela

- Eu sei. Afinal, todo mundo tem seu lado maldoso.

- Louca

- Olha quem fala – disse enquanto me vestia

- Não, você é uma louca sem igual!

- Isso é um elogio? – perguntei com a sobrancelha arqueada

- Hum, de certa forma... – falou com um tom pensativo – Rápido, Lílian Evans, sua tartaruga.

- Fica quieta, já estou quase pronta

Olhei-me no espelho, estava com um vestido rosa claro meio bege, tomara que caia, e com babados. Um salto alto preto, agora só faltava a maquiagem e o cabelo. A Alice continuava a falar, porem agora eu não fazia ideia do que. Peguei meu estojo de maquiagem, o abri, peguei meu lápis preto, meu rímel também preto e um gloss. Queria uma maquiagem leve, então achei que está estava ideal. No cabelo fiz uma trança embutida que minha mãe havia me ensinado. Fechei os olhos e respirei fundo

- Lílian? Eu irei arrombar essa porta – falou a Alice, de repente ouvi um baque contra porta.

Eu a abri rapidamente, a Alice estava sentada, ou malhor, caída no chão massageando o ombro

- O que você vez? – perguntei pasma

- Tentei arrombar a porta – respondeu

- É ser muito tansa – disse a ajudando a levantar – Não seria mais fácil usar um Alohomora?

- É, às vezes eu esqueço que sou uma bruxa

- Ok, como estou? – perguntei ignorando a burrice da minha amiga

- Magnifica – respondeu me olhando dos pés a cabeça – Esplendida.

- Obrigada

- Mas sejamos sinceras

- Hum?

- Se eu disesse que está feio, você teria me ouvido? – perguntou ela

- Deixa eu pensar – disse botando o dedo indicador no queixo e depois respondi – Não

- Como eu imaginava – falou balançando a cabeça – Bom encontro

- Obrigada – disse me dirigindo a porta do quarto – Tchau, beijos

- Beijos – falou ela enquanto eu fechava a porta

Desci as escadas, quando cheguei lá em baixo o James estava conversando com o Sirius e o Remus. Quando me viu, parou de conversar com eles

- Nossa, você está perfeita – falou sorrindo e bagunçando o cabelo de um modo que só ele sabia

- Obrigada – falei, tive certeza que eu estava corando.

- É, Pontas – começou o Sirius – Tenho que concordar

- Desculpe-me, mas eu também – falou o Remus

- Almofadinhas, vá babar em cima da Marlene McKinnon. E você Aluado, vá ficar de queixo caído com a Dorcas Meadowes

- Ih, o Pontas está nervosinho – disse o Sirius rindo

- Vá incomodar tua mãe – disse o James

- Fiquem quietos por favor – interviu o Remus – Vamos Sirius – Ele começou a puxar o Sirius escada a cima em direção ao quarto deles

O James se virou para mim e ficou me olhando, botou a mão no bolso e puxou uma venda preta

- Ah não, não vou nem poder ver para onde estou indo? – perguntei

- Não – respondeu com um sorriso maroto no rosto

Suspirei, ele pôs a venda nos meus olhos

- Fica tranquila, não confia em mim?

- Claro que confio, mas... – disse

- Lílian, eu estarei te guiando – ele me interrompeu

Eu senti a mão dele tocar a minha, eu a segurei desesperadamente. Eu odiava ficar as cegas, isso era horrível. Mas, nesse momento, o que eu poderia fazer? Eu senti que saímos da Sala Comunal, estávamos subindo escadas, mais escadas e mais escadas

- Ai! – exclamei quando chutei a parede sem querer – James!

- Desculpa Lils – disse, eu podia ver ele bancando o cabelo todo bobo – Desculpa

- Tudo bem, não tem problema – falei

Nós continuamos a subir as escadas. De repente o James parou, e me segurou para que eu parasse também

- Se você batesse de cara na porta a culpa não seria minha – falou

Eu o ouvi sussurrar um “Alohomora”, e a tranca da porta se abrido. Nós começamos a subir escadas novamente, porém desta vez era em caracol. Afinal, para onde estávamos indo? Paramos novamente, ele soltou minha mão e desamarrou a venda. Quando eu vi onde estávamos, minha boca se abriu em um perfeito “O”.

Nós estávamos na Torre de Astronomia, mas ela estava linda. Não era escura como normalmente estaria, já que está de noite, estava iluminada por velas que pairavam em cima de uma mesa, mesa que alias estava maravilhosa, com uma decoração delicada, romântica, havia um vaso em cima da mesa, dentro deles tinha alguns lírios. O frio que aquelas paredes de pedra normalmente me davam, não apareceu. Olhei para o céu, estava uma noite estrelada, com uma linda Lua Minguante

- E então? – perguntou James – O que achou?

- Está lindo. Foi você que fez?

- Sim – sorriu – Alguns assaltos a cozinha

Ele me conduziu até a mesa, e puxou a cadeira para me sentar. Foi um jantar calmo e romântico. Jamais pensei que James fosse fazer algo assim, mas ele parecia ansioso com alguma coisa. Depois do jantar, uma das mãos dele estava segurando uma das minhas mãos, a outra mão ele colocou no bolso, e tirou um caixinha preto, de veludo. Meu coração disparou, estava prestem a sair pela boca. Ele se levantou e se ajoelhou ao meu lado

- Lílian – começou ele – Eu sei que talvez você diga que é muito nova, apesar de estar proibida disso, e que nós começamos a namorar esse ano. Mas Lílian, eu te amo desde o primeiro momento que te vi, nós estamos no final do ultimo ano do Hogwarts, nós fomos feito um para o outro, e o tal Voldemort está matando todo mundo, então não vejo porque não!

Ele olhou bem em meus olhos, meu coração disparou mais ainda, se é que isso é possível, ele respirou bem lentamente , segurou minha mão e continuou:

- Lílian Evans, casa comigo? - ele abriu a caixinha, dentro dela havia a alinça que todas as mulheres sonham

Eu não conseguia raciocinar direito. Eu tinha sido pedida em casamento pelo homem da minha vida, no nosso aniversario de namoro, no mais lindo encontro que eu já tive... Eu só podia estar sonhando!

- Sim – minha voz saiu fraca, devido a emoção, mas feliz

Eu estava com um sorriso no rosto, um sorriso que, por mais que eu quisesse, não conseguiria esconder.

FIM

Vestido da Lílian: