True Life escrita por JoyceSantana


Capítulo 15
finalmente, o "I do".


Notas iniciais do capítulo

Capítulo muuuuuuuuuuuuito bonitinho *-*



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Passaram-se dois anos desde aquele pedido um tanto idiota de casamento que fiz para Melanie. Decidimos esperar um pouco para dar um passo tão grande, afinal teríamos que cuidar de Jazmyn e tudo mais. Como ela já estava com dois anos e estávamos com tudo estabilizado, decidimos finalmente dar o grande passo.

E eu estava ali, com meu tuxedo preto, numa saleta, sozinho, com pernas que pareciam duas britadeiras. Tudo que eu pensava era: Eu tinha conseguido. Tudo que eu mais sonhei durante toda a minha vida estava prestes a acontecer. Eu já imaginava como Melanie estaria, lógico, mas acho que perderia o fôlego mesmo assim. Eu precisava me acalmar, ou colocaria toda aquela saleta a baixo.

– Hã, Derek? - disse Nick entrando receosamente - A notícia não é tão boa.

Da última vez que ele disse isso eu fiquei duas semanas trancado no meu quarto querendo morrer, então comecei a tremer. Levantei rápido e preocupado, o que tinha dado errado?

– O que foi?

– É o padre... Ele teve que ir embora. - disse coçando a cabeça.

Como um padre deixa um salão, sendo que tem uma cerimônia para abençoar em, o quê, vinte minutos? Eu comecei a suar cada vez mais, não estava acreditando que tudo estava dando errado, teria que cancelar tudo que planejamos e ver meu sonho se afastar cada vez mais.

– Velho, e agora? - perguntei preocupado - Sem padre não tem casamento! Eu não acredito disso... A Mel vai ficar arrasada! Por que ele foi embora?! - questionei Nick transtornado.

– Ah, sei lá... Parece que ele é judeu e descobriu que vocês não são. Eu até inventei uns sobrenomes, tipo "Wolowitz" - acabei rindo com sua fala - Mas ele não acreditou e simplesmente foi embora.

Ótimo. Simplesmente perfeito. Agora eu teria que cancelar tudo e ver aquela carinha de cachorro-sem-dono de Melanie. Jazmyn estava tão animada por entrar na igreja com as alianças, esteve treinando durante todos os preparativos. Enquanto eu me lamentava e tentava formular motivos para o acontecido, Nick parecia pensar profundamente em algo, com direito a mão no queixo e tudo. Aquilo me intrigou, então resolvi perguntar de uma vez.

– O que foi?

– E se eu abençoar a cerimônia?

Eu o olhei como se ele fosse um alien ou alguma coisa. Eu tinha duas teorias naquele momento: Ou ele tinha um rombo enorme nos ouvidos e não se ouvia (o que seria a explicação de muita coisa), ou ele realmente era retardado. Fiquei com a segunda, por força do hábito.

– O quê? - falei simplesmente, ainda digerindo aquilo - Você é padre por acaso? Tá escondendo alguma coisa de mim?

Ele riu mas parou ao ver que aquela hora não era apropriada para aquilo.

– Não, mas eu quero ver você casar. Qual é, cara! É só eu fazer um desses testes da internet e pronto! - disse ele se jogando na poltrona esperando a minha resposta.

Eu sabia que deveria xingá-lo de tudo quanto era nome e realmente acreditar na minha primeira teoria, mas eu não podia adiar aquele momento. Ele seria o que confirmaria tudo que eu sempre quis! Quando percebi, estava jogando meu celular para ele para procurar e começar logo aquele teste, indo contra todos os meus princípios.

– Tá, Google... - aquilo me fazia até rir de tanto nervoso - O que eu procuro?

– Sei lá... - falei gesticulando como um louco - Coloca "Teste para se tornar padre".

– Grátis, né? - completou me olhando como se eu fosse o retardado da vez. Ótimo.

– Vai logo! - o apressei, e logo olhei no relógio - Caramba, eu preciso avisar as pessoas!

– Então vai, diga que você irá atrasar... - olhou na tela - Meia hora.

– Tudo isso?! - perguntei confuso - Não é só perguntas sobre religião?

– Eu não sou muito uma pessoa de igreja... E preciso fazer bonito, quem sabe eu queira fazer isso para sempre?!

– Com um certificado de Internet. - falei sarcástico e corri até a igreja, para informar sobre o acontecido.

***

– Nick, a gente está nisso há quarenta minutos, a Mel vai achar que eu desisti! - falei ao vê-lo enrolar na penúltima pergunta.

– Eu quero responder bonito, que droga, Derek! - respondeu ele bravo olhando para a tela. Como eu estava de frente, eu não via as perguntas, então fui ver o que ele queria tanto responder.

– Ah, fala sério! São 12 apóstolos, é só colocar o número 12!

– Derek, eu posso desistir, você sabe disso. - falou simplesmente, com um olhar um tanto irritante. Eu apenas bufei e sentei onde estava antes, apenas esperando. Eu odiava depender daquele garoto.

Depois de muita enrolação e dúvidas sobre igreja, (eu também me choquei, acreditem) Nick finalmente tinha se tornado padre. Pelo menos era isso que o GodBlessYou.com dizia. Eu senti pena do clero de Stratford.

– Tudo bem, vamos! - falei tirando o IPhone de suas mãos.

– Preciso imprimir! - me interrompeu pegando o celular de volta, me impedindo de desligá-lo.

– Imprimir?! Nick, não precisa. Ninguém vai pedir o certificado para você, relaxa. Vamos! - falei puxando novamente, mas ele hesitou mais uma vez - O que foi?

– Eu quero imprimir.

Se ele não fosse meu melhor amigo que estava salvando meu casamento e meu bolso de mais despesas, eu estaria socando sua cara naquele momento. Lá estava eu, deixando minha namorada esperando no altar, esperando um idiota imprimir um certificado idiota de um site que foi idiota o bastante para aprová-lo no teste. Era até cômico, na verdade.

Os olhos brilhantes de Nick ao segurar o papel eram impagáveis, o que me fez rir e, consequentemente, acalmar. Resolvi tirar uma com a sua cara.

– Padres não podem namorar, Nick.

Ele parou de andar e me olhou apavorado. Eu segurei o riso e esperei sua reação.

– As gatinhas não precisam saber. Eu só quero andar de ônibus de graça. - falou andando tranquilo em direção a porta da igreja, me deixando para trás. Eu apenas ri e senti meu bolso vibrar.

– Alô?

– VOCÊ É UM FILHO DA MÃE! - gritou a pessoa do outro lado, que me fez até afastar o telefone - VOCÊ É UM IDIOTA, GAROTO... COMO VOCÊ PÔDE DEIXAR A MEL AQUI?

– Tia Judy?! - sempre ela, sempre... - Peraí, eu tô aqui na igreja!

– O quê? - falou interrompendo os xingamentos - Mas... Porque não chegou? Está quase uma hora atrasado! Melanie está deseperada e Jazmyn está te procurando.

Eu não podia perder mais tempo, então simplesmente desliguei sem avisar e corri para a porta, do lado de Nick.

– Temos que entrar imediatamente, ou eu perco tudo. - falei ofegante, Nick apenas assentiu.

– Ok. Pronto, cara? - falou segurando meus ombros e sorrindo.

– Finalmente, sim. - falei e ele me abraçou rápido, antes de abrir a porta. Eu o segurei - Sabe o que dizer, né?

– Tudinho, relaxa.

Eu apenas sorri e fizemos nosso toque de mãos, antes de entrar correndo na igreja. Sob os olhares confusos de todos os presentes, Nick foi pela lateral em direção ao altar e eu corri pelo corredor central, ouvindo alguns comentários no caminho. Jazmyn sorriu para mim e Melanie me olhou confusa.

– Cheguei. Podemos começar. - falei ofegante assentindo para Nick, que já estava em seu posto.

– O que... O que ele está fazendo aqui? - perguntou claramente confusa apontando para o "padre".

– Serei seu padre esta noite. - disse com uma voz estranha, que fez metade da igreja rir.

– O que aconteceu? - sussurrou ela para mim, ainda desnorteada.

– O outro era judeu, então Nick fez um teste na Internet e virou padre. - falei receoso já prevendo uma reação negativa.

Muito pelo contrário, Melanie apenas sorriu bobo e suspirou, com aquele sorrisinho que eu tanto gostava.

– Não acredito que fez isso por nós. Eu realmente pensei que você tinha partido.

– Nunca, meu amor. - susurrei perto de seu ouvido, que a fez arrepiar.

Depois de tudo estar resolvido, finalmente percebi seu vestido. Aquela garota me fazia sentir como um completo nada, ela estava completamente perfeita. O vestido era branco - dã - com alguns brilhantes, nada tão sofisticado. Melanie não gostava de chamar atenção, o que era irônico, na verdade. Eu me hipnotizei em seu corpo, apenas esperando Nick começar a cerimônia.

Ele logo limpou a garganta e respirou fundo, certamente procurando as palavras mais sofisticadas em seu banco de memória. Acabei rindo com seu esforço.

– Derek foi meu amigo pela vida toda, Melanie também. Acho que posso dizer melhor do que ninguém que essas pessoas são seres humanos incríveis, que merecem toda a felicidade do mundo por simplesmente existirem. Posso dizer também que é uma vitória eles estarem neste altar, esperando esta bênção, já que Derek lutou muito para conseguir o coração desta garota. Ela foi bem difícil, podem acreditar, eu vi essa missão de perto. - todos riram, inclusive Mel, meio corada - Mas estou feliz que ela foi cumprida. Eu nunca vi os olhos desse garoto brilharem tanto ao pousar em Melanie, então acho que ela deve ser suaMrs. Right.Como eu não presto atenção nas cerimônias normais, eu vou pular para o que mais interessa, até porque aquele negócio todo é chato pra caramba. - disse ele para os convidados, que não conseguiram segurar o riso.

Jazmyn entrou na igreja segurando uma cestinha com as alianças e eu me segurei para não chorar ali mesmo. Eu poderia muito bem segurar minha homossexualidade reprimida naquele momento.

– Obrigado, princesa. - falei baixo em seu ouvido, que apenas riu e me abraçou. Logo saiu e foi para perto de minha mãe, que não conseguia segurar o choro.

Nick logo pegou as alianças e entregou uma para cada um de nós, se preparando para falar - ou inventar - os votos.

– Derek, - começou me olhando e segurando o riso - você aceita Melanie Parker como sua esposa, prometendo amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza... Até que a morte os separe?

– Mas é claro. - falei sorrindo, o que a fez rir também. Nick direcionou-se para Mel.

– Melanie... Eu não lembro mais os votos, então você promete amar o Derek até quando ele ficar doente, duro ou morrer? Pode bater nele, sem problemas.

Nem eu consegui segurar o riso depois dessa, junto com a igreja inteira. Nick realmente deveria seguir aquela profissão, iria fazer sucesso.

– Claro que aceito. - disse parando de rir e me olhando terno. Eu parei de rir gradativamente e me perdi em seus olhos.

Nick riu contido e voltou à seriedade, encerrando a cerimônia.

– Então... Já que todo mundo aceitou... Com o poder investido em mim pelo estado de Ontario, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva, tigrão. - disse me dando um tapinha nas costas.

Eu apenas ri e me aproximei de Melanie, arrepiando quando senti a leve pressão de seus lábios contra os meus. Tenho certeza que ela compartilhava do mesmo pensamento naquela hora:Conseguimos.

Wooow, olha a língua aí, tem uma criança aqui! - disse Nick nos interrompendo.

Apenas rimos novamente e eu dei-lhe mais um tapa na cabeça, antes de irmos para o exterior da igreja, onde eu recebi doses um tanto violentas de arroz. Enquanto eu reclamava, Melanie apenas ria da minha situação.

– Tá rindo do quê, garota?

– De você, ai Derek... Não, não faça isso! - falou ao me ver com a mão cheia de arroz indo em sua direção - Para Derek!

Vi ela correndo para dentro do carro e acenei para os convidados, entrando também no veículo:

– Party time!– gritei antes do carro começar a se movimentar. Pude ouvir algumas risadas antes de fechar o vidro.

Gradativamente paramos de rir e ficamos nos encarando, Melanie e eu. Eu estava tão feliz naquele momento que não sabia o que dizer ou fazer. Eu não acreditava que tinha casado com 19 anos, da forma mais bizarra possível, tendo meu melhor amigo como padre (revelando também uma vocação reprimida). Eu não podia estar mais radiante.

– Você está perfeita. - sussurrei perto de seus lábios ao deitar em cima dela, no banco mesmo.

– Derek, peraí... Ai! - falou quebrando totalmente o clima, me fazendo rir baixo - Esse vestido é muito apertado, fala sério!

– Relaxa, eu posso tirar ele pra você. - brinquei sorrindo malicioso, ela apenas me deu um tapa desengonçado no braço - O que foi?! Agora eu realmente posso fazer isso!

Ela apenas mostrou a língua e me puxou pelo colarinho até nossas bocas se tocarem levemente. Eu até aumentaria as carícias se aquele motorista idiota não tivesse escolhido o caminho mais curto para chegar até o salão de festas. Melanie riu ao ver meu descontentamento e me tirou de cima dela, arrumando o cabelo.

– Pronto? - me perguntou entre selinhos rápidos.

– Fazer o quê, né?!

Ela apenas riu e me deu mais um beijo rápido antes de sair pela outra porta, não me dando nem chance de mostrar meu cavalheirismo de dar a volta no carro e abrir para ela. Aquela garota era estranha. Linda, mas estranha.

***

A festa já estava rolando há horas, várias pessoas já estavam praticamente entrando na ressaca (várias pessoas = Nick) e tudo estava correndo dentro dos conformes, o que me acalmou. Eu simplesmente estava adorando ver Melanie dançando com Jazmyn, aquela era a coisa mais fofa do mundo. Entre inúmeras congratulações e vários desejos de felicidades para o casal, alguns deles ousavam em perguntar sobre Jazmyn, que agora se acabava nos brinquedos junto com as outras crianças. Eu hesitava um pouco, mas Mel respondia naturalmente, o que me aliviava. Era bom tudo estar às claras.

E então algumas pessoas foram se despedindo, inclusive nossos pais, que carregavam um envelope suspeito em mãos.

– A festa está maravilhosa, queridos, mas nós já vamos. - começou minha mãe abraçando Mel fortemente.

– Mas antes, queremos entregar-lhes isso. - desta vez, a mãe de Mel me entregou o tal envelope - Sigam as instruções, hein?

Assentimos confusamente e eles deixaram o local, rindo internamente. Ficamos uns bons minutos encarando aquele envelope, querendo saber o que raios continha dentro dele.

– Abre logo! - disse Mel me dando um tapa, de repente. Eu ri e abri logo o envelope.

– É um mapa. - falei analisando o papel cheio de nomes e linhas - Eu não entendi.

– Mapa? - repetiu ela mais confusa que antes - Não tem mais nada no envelope?

Vasculhei o mesmo em busca de mais alguma coisa e encontrei o que parecia um bilhete. Melanie me olhou como se quisesse dizer "Eu sabia, você tem que me ouvir mais vezes", mas eu o ignorei totalmente.

Sigam o caminho marcado com caneta permanente vermelha no mapa. Nos agradeça depois, na segunda. -li o que ele dizia.

Mel rapidamente tomou o mapa de minhas mãos e o abriu totalmente, talvez procurando o tal caminho. Logo vimos um risco vermelho bem grande, o que indicava que o caminho era bem grande.

– É uma caça ao tesouro! Minha mãe sabe que eu amo isso, com certeza a ideia foi dela. - disse ela como se fosse óbvio. Eu apenas a encarei estranho e tive uma ideia.

– Que tal a gente começar?

– O quê? - perguntou distraída.

– A seguir o mapa, dã. - falei dando um leve tapinha em sua testa.

– Mas, Derek... E os convidados? - perguntou preocupada, mas eu sabia que ela queria ir também.

– Os únicos que me importam é Jazmyn, meus pais, seus pais e Nick. Todos já foram, então que se dane! Vamos, Mel, anda!

Ela apenas suspirou e me puxou para a parte dos fundos do salão, que dava para uma portinha de saída. Fomos correndo até o carro e eu me matava de rir com os seus tropeções devido ao vestido. Ela apenas fechou a cara e entrou no carro sem falar nada.

– Mel, qual é... Eu tô brincando! Quer que eu tropeçe também? Assim todo mundo fica envergonhado. - falei dando partida no carro e saindo rapidamente dali.

– Não, só quero chegar logo neste lugar. - disse num tom mais leve, me fazendo rir.

Tínhamos inúmeras teorias sobre o que nos esperaria no destino. Mel insistia que iríamos encontrar algo valioso dentro de um baú e se assustava quando eu brincava - brincava! - que assassinos nos esperavam com seus machados na porta da frente. Por um momento ela quis voltar, mas eu logo retirei o que disse, eu realmente queria ver se não era verdade.

Logo chegamos. O lugar era mesmo bem longe de Stratford, umas duas horas e meia de viagem. A fachada não era tão convidativa, o que me fez arrastar Melanie até a porta, não me importando com seus tropeções companheiros que quase me levavam junto. Lá encontramos mais um envelope, de tamanho menor.

– Você abre. - disse me empurrando para frente, com medo.

– Porque eu?

– Pode ser uma bomba, e eu tenho uma filha para criar.

Eu apenas a encarei incrédulo e peguei o tal envelope pequeno. Ao balançá-lo, não parecia que tinha papel dentro, o que me fez ficar em alerta.Nota: Tínhamos nos esquecido que nossos pais tinham armado tudo isso.

Era uma... Chave. Uma pequena chave. Respirei aliviado e logo presumi que era a que abria a bendita casa. Logo virei-a e senti as mãos de Melanie em minha cintura, o que denunciava seu medo de entrar ali. Mas, ao vermos o que tinha naquele cômodo, ela foi a primeira a querer explorá-lo.

– Não acredito que eles fizeram isso. - murmurou ela deslumbrada, assim como eu.

O lugar estava decorado com inúmeras luzinhas, literalmente espalhadas pela casa toda, da cozinha até o banheiro. Qualquer lâmpada a mais ali era totalmente desnecessária. Eu não conseguia raciocinar direito, aquilo era muito bom.

Mel me olhou sorrindo bobo e logo fitou meus lábios. Eu fiz o mesmo e me aproximei, segurando sua cintura forte. Selei nossos lábios lentamente, já tendo em mente onde tudo aquilo acabaria.

Minhas mãos começaram a trabalhar sozinhas e, quando percebi, elas já estavam desfazendo o delicado nó de seu vestido. Logo depois deles vinham alguns botões, mas aqueles eram meio complicados.

– Posso rasgar? - falei ofegante desistindo de tentar desabotoá-lo.

– Pode. - falou rindo baixo, voltando a me beijar.

Rasguei o tecido branco com toda a minha força, vendo-o deslizar sobre seu corpo até encontrar o chão. Todas as minhas fantasias estavam se realizando naquele momento, eu não poderia estar mais feliz.

Logo a coloquei no meu colo e procurei a cama mais próxima, não queria fazer aquilo em pé. Logo a coloquei no colchão delicadamente, tirando minha camiseta antes de voltar a beijá-la novamente. Suas mãos pequenas dançavam em minhas costas, me fazendo arrepiar e delirar.

Aquele momento era todo perfeito, eu finalmente seria capaz de saber se aquela pela era realmente tão macia quando parecia, sentir seu corpo tão convidativo, tão atraente. Agora sim, Melanie Parker era minha. Só minha.

Acho que nenhum dos dois considerava as outras vezes como primeiras vezes, pelo menos eu não. A minha primeira vez era ali, com ela, a outra foi somente uma preparação. Eu gostaria de pensar que com Johnson também foi, para ela.

Nada ali era proibido, cheio de vingança, ódio ou luxúria, era só suas pessoas apaixonadas transpirando amor puro. Era totalmente natural, do jeito que deveria ser. Eram duas pessoas certas uma para a outra, fazendo o que julgavam certo naquele momento. Melanie Parker era parte essencial da minha vida, disso eu tinha certeza. Logo estávamos exaustos, sorrindo bobos para o nada. Eu apenas dei-lhe um selinho demorado enquanto acariciava sua barriga e adormeci, pensando que, se eu morresse naquele momento, eu morreria feliz. Porque finalmente tinha Melanie ali do meu lado, exatamente do jeito que deveria ser.

***

Vê-la acordar ali, em meus braços, com seus cabelos incrivelmente emaranhados e modelados daquele jeito me deixava totalmente sem ar. Seu sorriso sonolento me fazia realmente acreditar que qualquer problema não seria completamente nada para nós. Que, mesmo jovens, seríamos maduros o bastante para criar uma criança, manter uma casa, construir uma vida. Eu tinha a esposa mais estranha, linda e engraçada do mundo, isso era uma vantagem bem grande. Eu estava bem, nós estávamos. Iríamos nos dar bem. Pelo menos era isso que eu pensava.



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Notas finais do capítulo

Gente, ignorem esse final, eu perdi o outro e fiz esse agora, rapidinho.
COMO 6 TÃÃÃÃÃ~~AÃÃÃO?
Ai gente, aconteceu tanta coisa *-*
A Jujuca103 tá me ajudando de uma forma completamente linda, até me deu uma ideia para a segunda temporada da série, tá bem tensa mas bem legal! Eu estou pensando seriamente em fazê-la.
MUITO BEM, EU NUNCA FIQUEI TÃO ENVERGONHADA DESCREVENDO A NOITE DE UM CASAL COMO EU FIQUEI COM O JBABY E A MEL, CARAMBA. E NEM TINHA NADA PROIBIDO, FOI PURO SENTIMENTO! Mas foi estranho escrever, sério. Me digam o que vcs acharaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam!
Beijo gatinhas, panquecas, 22ks!