Amor a Toda Prova escrita por Kah Moon


Capítulo 8
Capítulo 8 – Yuki Luta




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Yuki seguia sua vida normalmente mais estava muito preocupada com Lantis que ainda não havia retornado e mais com Zeyne; aquele homem era perigoso e a menina sentia isso, ela pôde ver quando ele a olhou com olhos cheios de uma frieza estranha e uma superioridade irritante.

Ela prendeu os cabelos que iam até a cintura em um coque, deixando alguns fios soltos por sua face alva, enquanto vasculhava a cozinha em busca de um tempero qualquer quando ela sentiu algo estranho, como se uma aura parecida com a de Hegle invadisse sua casa e logo após esse pressentimento, uma luz intensa invade a casa se extinguindo na sala. A menina nem se dá ao luxo de pensar direito e corre em direção ao local se deparando com uma mulher caída, com os cabelos negros espalhados pelo chão, e o corpo jogado, parecendo uma boneca de pano, a moça levanta a cabeça para a menina, focando seus olhos azuis nos dela.

 

— Yuki. – Hinay não a conhecia, mas tinha as lembranças dela e sabia que somente com a irmã de Lantis, estaria realmente segura, pois Hegle havia feito algo proibido.

 

A menina a olhava assustada,quando ouviu a moça proferir seu nome em um fio de voz então,foi como se ela visse Hegle em sua frente e teve a certeza que estava encrencada.

 

Ela correu em direção a Hinay ajudando ela se levantar, o que causava imensa dor a morena no lugar em que Cannon havia selado seu coração. Era irônico, muitos anjos demoravam séculos para serem selados, alguns nem o são, enquanto ela, com apenas um dia, já havia sido selada.

 

 

 

O anjo depois de ter tomado seu café e abastecido o veiculo continuava a dirigir agora rápido pelas estradas, com certo alivio no peito, não sabia por que nem como, mas tinha certeza que Hinay estava bem, e sem querer deixou um sorriso sincero escapar por seus lábios bem feitos, o que não passou despercebido pela menina ao seu lado, que também sorriu,gostava de vê-lo daquele jeito não sabia por quê.

 

— Do que ri? – ele perguntou sem fita-la, com uma voz divertida; ela sem mais delongas respondeu no mesmo tom que ele havia usado.

 

— De você. – ele a encarou pelo espelho retrovisor.

 

— Sou tão engraçado assim?

 

— Talvez. – ambos sorriram cúmplices entrelaçando os olhos que ansiavam por palavras diferentes daquelas.

 

 

 

 

Yuki já havia cuidado de Hinay e voltara à cozinha para terminar de preparar a comida para seus irmãos quando ela escuta batidas vindas da porta. Sucessivas e fortes. Ela abriu, sem delongas ou medo, se deparando com dois homens altos, um de cabelos verdes e o outro de cabelos de um negro azulado, que a encaravam e ela não pode deixar de notar a cicatriz, igual à de Zeyne.

 

— Podemos entrar? – o de cabelos negros perguntou dando um passo a frente.

 

— O que vocês querem aqui? Lantis não esta em casa. – retrucou encarando-os com seriedade. Sabia muito bem que não podia deixá-los ver Hinay, senão estaria em maus lençóis.

 

— Queremos falar com você Yuki. – a garota franziu o cenho, ainda muito nervosa.

 

— Não costumo receber visitas quando meu irmão não está por isso não os convido a entrar, se tiver alguma coisa para dizer, diga aqui na minha porta a frente de todos que podem ver. – Yuki era decidida e não se entregaria assim tão fácil, não entregaria Hinay.

 

— Tem certeza disso? – o homem de cabelos cor de limão perguntou dessa vez, irônico olhando por cima do ombro dela, que não moveu um músculo sequer.

 

— Tenho. – ela o ameaçou somente com o olhar, mas aquilo não era coisa a se fazer com um guardião do rei.

 

— Não se sente ameaçada por nós? – ele perguntou e mais uma vez Yuki o desafiou somente com a voz, e isso foi a gota d’água para ele,que desembainhou sua espada reluzente contra ela.

 

Desesperada a menina fechou a porta, atrás de si, dando um salto por cima deles, parando do outro lado da rua; ela os encarou novamente e retirou de sua cintura uma adaga que se desdobrou, depois de um cântico proferido por ela, em uma espada. Claro que Yuki não tinha experiência em batalhas mais havia aprendido muitas coisas com seu irmão, para que na ausência dele a menina pudesse defender sua casa e suas irmãs.

 

— Vou te ensinar que não deve desafiar um guardião do rei assim! – ele gritou indo ao encontro dela. As espadas se cruzaram num tilintar surdo, de laminas que se chocavam a cada golpe que repercutia negativamente na menina que não estava acostumada.

 

Seus cabelos prateados antes amarrados se soltaram sendo levados com o vento para o lado oposto onde ela estava fazendo-os se espalharem contra seu rosto. Yuki não se importou em estar se deteriorando, nada a faria convida-los a entrar uma vez que eles não podiam entrar desde que ela não os convidasse. Mesmo o guardião não tendo lhe acertado nenhum golpe, ela estava cansada.

 

Depois de cruzarem espadas por muitas vezes, Yuki se afastou cravando a espada no chão, se ajoelhando, se sentindo estranhamente cansada. Ela tossiu e uma torrente vermelha saiu por sua boca pequena e frágil; o homem a sua frente, com nenhum pouco de compaixão, se aproximava a paços lentos da menina que com as mãos sujas de sangue pegou novamente a espada pronta para se defender quando em sua frente surge a imagem de um homem, alto, ombros extremamente largos e cabelos longos e negros.

— Já chega Mike. – ele proferiu e a voz soou rouca e terna aos ouvidos da menina ajoelhada, que agradeceu mentalmente por aquele homem ter interferido na batalha, não tinha mais forças para se defender das investidas daquele guardião de cabelos cor de limão, que agora ela sabia chamar Mike, se lembraria bem dele. – Vão para casa vocês dois, eu me encarregarei dela. – os dois se entreolharam e desapareceram na escuridão, enquanto Zeyne se virava para fitar Yuki que novamente tossia sangue.

 

Ele vislumbrou a imagem daquela menina, tão frágil a sua frente e ao mesmo tempo tão corajosa por enfrentar Mike daquela maneira. Ele estendeu sua mão direita para ela que a recusou. Ela não havia reconhecido.

 

—Ainda posso lutar sabia. – ela falou desafiadoramente o encarando com seus orbes azuis corajosos. – Não pense que sou tão indefesa.

 

— Não pode. – ele disse sem mais delongas a pegando no colo e levando-a para dentro de sua casa, onde a depositou em cima do sofá da sala. Yuki o olhou seria enquanto ele afastava uma mecha de cabelo de seu rosto.

 

— Como conseguiu entrar?  — era só isso que ela queria saber no memento devido às dores no corpo. Mais ainda que Zeyne a tenha salvado, ela não confiava nele.

 

— Tenho passagem livre por sua casa. Lantis confia muito em mim. – ele emboçou algo que parecia um sorriso, enquanto Yuki permanecia com a cara fechada. Ela pensou um pouco e se levantou com intuito de ir para seu quarto quando ela sentiu as pernas perderem a força e o chão ficar cada vez mais perto.

 

 

 

 

Quando a noite já chegava Lantis estava cansado, mais não pararia, pois sentia que algo os estava perseguido, ele fechou a cara e acelerou ao maximo o veiculo,causando certa inquietação na moça que estava sentada no banco de trás.

 

— O que foi? – ela perguntou chegando mais pra frente encarando o semblante serio que o anjo havia tomado de uma hora para outra.

     


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