Amor a Toda Prova escrita por Kah Moon


Capítulo 5
Capítulo 5 – Ódio


Notas iniciais do capítulo

Foi mal pela demora espero que gostem!!!! Desculpa qualquer coisa e mil beijos para aqueles que acompanham amo mt todos vcs!!!!



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Ela retirou uma adaga que tinha na cintura presa ao cinto da saia, e fechou a porta de um jeito que ficasse entreaberta. Ficou em silencio esperando o quer que fosse chagasse ao quarto.

A porta abriu devagar rangendo aos poucos e um rapaz passou por ela. Longos cabelos negros até a abaixo do quadril e um par de olhos verdes penetrantes. Ele olhou para Yuki e logo em seguida para o corpo imóvel na cama, ele olhava impassível, sem nenhuma expressão do que se passava na mente dele. Foi quando ele se virou para Yuki fixando nela seus olhos penetrantes.

 

- Onde está o Lantis?? – a voz dele era fria o causou um arrepio na menina.

 

- Eu não sei. – ela responde sem entender abaixando a adaga. – O que aconteceu aqui? – mesmo parecendo boba aquela pergunta ela tinha que fazê-la, pois parecia que ele sabia muito bem o que havia acontecido.

 

- Eu ainda não sei direito. – mais foi quando ele se virou e Yuki pode ver o selo em sua face, a marca dos guardiões do rei. Ela o observou por alguns instantes focando os olhos na marca que mais parecia um pássaro, e uma vontade imensa de tocá-la lhe apareceu. Mas tão logo o moreno percebeu o interesse na marca ele falou.

 

- Isso costuma acontecer de vez em quando.

 

- O que?

 

- A marca. – sorriu tentando parecer agradável mais não conseguia, sua foz era tão fria quanto o vento que soprava do lado de fora da casa. – Todos me olham na rua, muitos não gostam de vê-la. – fala com a voz embargada.

 

- Não se arrepende? – pergunta ela num impulso, aquele guardião do rei parecia triste demais aos seus olhos, se ser um guardião e carregar aquela marca, significar se tornar frio e sem sentimentos, ela realmente não queria que Lantis seguisse esse caminho, principalmente pelo jeito espontâneo do irmão, não importando com quem ele lhe dava.

O rapaz vidrou seus olhos em Yuki como se quisesse decifrá-la, como se quisesse entender aquela pergunta.

 

- “Criança impertinente!”

 

- Volte para casa. Aqui no momento não é lugar para crianças. E se Lantis voltar fale para procurar-me. Meu nome é Zeyne. Ele saberá.

 

Yuki achou melhor não se intrometer mais, mesmo não querendo deixar a casa. Saiu. Se os guardiões do rei estavam tão preocupados assim alguma coisa ruim estava acontecendo. Mas ela não sabia o que...

 

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- Claro! Você acha que eu vou tirar os olhos de você? Depois da ultima vez? De jeito nenhum. Não cometo o mesmo erro duas vezes. – fala permanecendo sentado na poltrona enquanto Nakina cansada se deita na cama resmungando.

 

- Idiota! 

 

“Como ele pode ser tão imbecil. Tudo bem, não é assim também. Mas porque tinha que ficar sentado numa poltrona de frente pra minha cama! Eu não consigo dormir com alguém me olhando, me vigiando! Parece até que eu to em casa!”

 

Nakina se revirava a todo o momento na cama sem vestígio algum de sono.

 

- Dá pra ficar quieta? – pergunta Lantis da poltrona encarando a menina que se sentou na cama fitando-o.

 

- Dá pra sair daqui? – retruca brava.

 

- Não. – responde sem dar importância a ela fechando os olhos.

 

- Então cala a boca e dorme! – ficou ainda mais nervosa quando viu que ele não lhe deu nenhuma atenção.

 

O tempo passou e a noite já ai longe quando Lantis acorda assustado, ele sentia uma alma se aproximando, mais não uma alma qualquer. Era uma alma assassina. A alma assassina que ele sabia muito bem quem era. Cannon. Lantis pulou da poltrona rapidamente e acordou Nakina sem cuidado algum.

 

- Vamos embora! – falou segurando os braços preso pelo selo e puxando-a.

 

- O que foi? – pergunta sonolenta e meio debochada.

 

- Você não sente. – os dois ficaram alguns minutos em silêncio enquanto desciam as escadas do hotel e ele recomeçou novamente a falar com um sorriso idiota nos lábios. – Claro que você não sente. Sua alma é igual à dele.

 

- Claro que eu sinto! – ela falou meio indignada. Como ele podia pensar que ela não era capaz de sentir uma alma como aquela? – Só que pra mim ele não representa perigo algum.

 

- Claro! É farinha do mesmo saco!Provavelmente ele está vindo te salvar. – falou preocupado jogando-a no banco de trás do carro e se dirigindo para o da frente.

 

- Com certeza e quando ele chegar, anjo, você estará morto!

 

Ora afinal todos conheciam a fama de Lorde Cannon o maior assassino de anjos guerreiros já existentes, ele possuía o mais extenso livro, escrito a próprio punho, de como selar anjos, tanto guerreiros quando caídos. Era um mercenário, e não tinha pena de ninguém nem da própria família.

 

Quando Lantis deu a partida no carro, antes que saísse, alguém abriu a porta do veiculo e entrou se sentando no banco do passageiro. Lantis olhou espantando para o lado se deparando com uma figura feminina, sorridente, de olhos azuis e cabelos castanhos longos. Estranhamente ele conhecia aquela mulher mesmo tento certeza que nunca havia visto ela antes.

 

- Me dá uma carona? – pergunta encarando-o. Ela olha no espelho retrovisor e visualiza Nakina no banco de trás do veiculo com a cara amarrada e amassada por ter acabado de acordar. – Vocês não estão nada bem hein?

 

- Quem é você? – pergunta a ela, mesmo parecendo ser meio idiota. – Eu não sei por que mais acho que te conheço.

 

- E conhece. – ele responde firme. – Mais sugiro que siga bem rápido pela estrada se não quer que Lorde Cannon nos pegue.

 

- O que disse? – pergunta espantado atritando seus olhos com os dela.

 

- Siga rápido sim? – ela fala calma, mesmo que por dentro estivesse a mil por hora. Hinay havia acordado no meio da noite sentindo muita dor de cabeça e uma presença estranha e assassina próxima. Sabia que era Lorde Cannon. Não sabia o porquê, mais sabia que era ele. Ela saiu do quarto com o intuito de fugir mais ao passar perto de um quarto sentiu a presença de quem ela procurava. Lantis. Mais ele não estava mais lá. Ela se apressou descendo as escadas quando os viu saindo do hotel, e os seguiu até o carro. Mesmo estando nervosa e não sabendo direito o que fazer ou como agir abriu a porta do carro, e lá estava ela, sentada no banco do passageiro, mais calada do que nunca. Tentando se explicar mentalmente primeiro, para depois repassar para ele.

Já andava há algum tempo e Lantis já não se agüentava de curiosidade.

 

- Nós não nos conhecemos? – pergunta sem tirar os olhos da estrada.

 

- Ah! – Nakina revirou os olhos no banco de trás jogando com tudo o corpo contra o banco traseiro. – Cantada de anjo! Eu não mereço ouvir isso. - Lantis riu discretamente acompanhado pela garota que se apresentou logo em seguida.

 

- Meu nome é Hinay. – ela falou sorrindo lindamente para ele, enquanto Nakina não se agüentava no banco de trás.

 

“Essa garota me irrita! Porque tem que sorrir tanto assim? Parece um palhaço!”

 

- O meu é ...

 

- Lantis eu sei.  – Lantis a olhou por breves minutos esperando alguma resposta da parte dela. Olhe pra frente. – advertiu seria. – Eu sei que você deve estar se perguntando quem sou eu. Bem eu não sei direito, mais eu conheci um anjo a pouco tempo em uma, alto estrada. Ele me pediu uma carona, parecia meio perdido e machucado, embora a saúde estivesse aparentemente boa, mais no caminho ele começou a passar mal e pediu para parar naquele hotel e lá ele morreu. Mas antes ele me passou seus poderes e suas memórias e...

 

Lantis não deixou que ela terminasse.

 

- Quem é ele? – pergunta curioso com medo do que receberia em resposta.

 

- Hegle. – Lantis bufou batendo no volante com força. Não podia estar acontecendo. Seu amigo de infância, que sempre lutou ao seu lado agora estava morto. Como podia?Não tinha como.

 

- Como foi? – pergunta seco olhando para frente.

 

- Seu coração foi selado pela segunda e ultima vez. – quando ela falou, ele já sabia quem havia feito aquilo. Era a mesma pessoa que havia feito da primeira vez. O único assassino que sabia fazer. Lorde Cannon.

 

“Como isso foi acontecer! Logo Hegle, não entendo. Isso não é justo eu me apeguei muito a ele, era meu amigo desde muito pequeno! Isso não podia ficar assim! Mas o que eu posso fazer? Não posso me vingar. Tenho que tirar essa raiva do meu coração, mais ela não sai. O que aconteceu comigo? Nunca senti o que eu sinto agora. Uma vontade de gritar, de sair chutando e quebrar tudo pela frente. Como eu posso ter esses sentimentos? Será ódio? Mas não pode ser. Eu sou um anjo e anjos não sentem ódio.”

 


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