Voleur Sinderella escrita por Pequena em Paranoia


Capítulo 9
Capítulo 9 - Thnks Fr Th Mmrs


Notas iniciais do capítulo

Ian é um lindo *-* sou meio que apaixonada por ele, assim como pelo Charlie e pelo Wolfgang (WTF?!) e por isso espero que não o odeiem depois desse capítulo... Ou do próximo... Ou do logo em seguida... Enfim, o que importa é que eu demorei um pouco para postar esse capítulo de certa forma rápido.



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Ian sorriu novamente abraçado com Charles, ambos incrivelmente altos, enquanto Rato permaneceu com seu olhar vagando entre pasmo sobressaltado. Entretanto, o loiro não o deu atenção, Ian estava ali na sua frente!

– O que aconteceu com você depois de todos esses anos, Ian, meu amigo?! – ele berrou, não disfarçando o riso.

– Eu e Dannika fomos para a França, ela a trabalho e eu com minha mãe. E você? O que aconteceu para estar morando no sótão de sua própria casa?!

De repente o sorriso dele diminuiu, mas desta vez o riso em seus lábios era o de alguém que recordava algo. Meio distante, deixando a consciência de Ian parecer pesar.

– Esqueceu que meu pai faleceu, idiota?

– Desculpe-me, não falei por mal. – falou Ian, pousando a mão no ombro do amigo – Fazia realmente muito tempo que não nos falávamos, eu e Dannika estávamos com muita saudade, sabia?

– Estava com saudades dela também, espero que não esteja forçando muito nessa história de ser modelo.

– Quando ela quer algo não tem quem a faça desistir, só não quer mesmo ir para a faculdade. Eu passei na Universidade de Paris, estou cursando medicina, sabia? – ele se exaltava ao falar de se mesmo, ainda que tentasse conter ao máximo a própria alegria

– Você é um gênio, bom amigo! E ainda diziam as más línguas que estava indo para a França por causa da Dannika.

– Se nós nos casássemos eu seria o homem mais feliz deste planeta.

– Cale a boca, criança, e pense nos estudos antes de pensar em como ela fica bonita nos desfiles da Victoria’s Secret.

Rato já ouviu falar da tal amiga de infância de Charles, mas ele nunca fez o tipo que falava muito de si mesmo ou de seu passado. Dannika Jewel nasceu em Auckland e de lá partiu para a França em busca de ser uma modelo profissional, ironicamente, tendo como empresária a Sra. Tânia Wady, amiga de Maxine. Desde então Charles nunca mais teve contato com ela, via apenas sua aparência ser vendida nos catálogos de lingeries e propagandas de perfume francês.

Na época em que o pai de Charles, Lucio Gareth, era vivo Charlie freqüentava a alta-sociedade, vivendo sempre junto de duas pessoas, Ian Leroy e Dannika Jewel,que se tornaram seus melhores amigos. Entretanto, ainda quando jovens, Dannika e Ian foram embora, num tempo que coincidiu com a morte de Lucio.

Ainda sim, os dois garotos se olhavam como se quase nenhum tempo tivesse passado. Certamente tinham crescido e Charles continuava mais alto que o outro, ambos tinham belezas quase idealizadas e um humor nostálgico imenso.

– Vamos descer, eu te preparo um café. – Charles falou, passando pelo amigo e abrindo a porta do quarto. Então atravessou o olhar pelo quarto e deu de cara com o olhar de Rato fulminando. – Já ia me esquecendo, este é meu amigo Jack Lourette.

Ian virou-se para Rato e lhe estendeu a mão com um tipo de sorriso pretensioso que apenas o próprio Rato percebeu.

– Meu nome é Ian Leroy, é um prazer conhecê-lo.

– Pode chamá-lo de Rato, esse é o apelido dele.

– Mas eu prefiro Jack mesmo. – interrompeu Rato extremamente ligeiro – Não gosto do meu apelido de Rato...

Estava mentindo. Nunca se importou em ser chamado daquela maneira, só não tinha ido com a cara de Ian por todo o instante em que estivera ali. No momento em que as palavras dele soaram, Charles mal se importou com a arrogância ou que tinha ficado com raiva do que quer que fosse, Ian estava ali!

Os três rapazes desceram as escadas e foram para a cozinha do casarão, Rose e Rhonda apenas olhavam maravilhadas para Ian passando pelo corredor, trancadas em seus próprios quartos, sua aparência era encantadora ainda mais pelas roupas escuras e de um casual elegante que elas admiravam. Sempre foram muito espalhafatosas e vestiam roupas chamativas, por isso se deixavam chamar tanto a atenção.

– E o que está fazendo na cidade, afinal? – riu-se Charles. – Quero dizer, tenho certeza de que não veio a Auckland apenas para lembrar-se da boa vida.

A visão de Ian arrastou-se pela cozinha, dando um longo gole no café. Sua visão bateu rapidamente com o olhar fixo e desconfiado de Rato do outro lado, soltando um leve suspiro para o amigo loiro.

– Vim visitar a família, digamos assim. – ele respondeu. – Tranquei a faculdade lá em Paris e vim passar uns meses por aqui, visitar meus tios e meus primos.

– Jura? – Charles mantinha-se em seu lugar, desta vez diminuindo o sorriso. – Não conhecia sua família daqui.

– Já deve ter escutado o nome de minha prima, Claire Ariosto Perrault...

De repente os olhos de Ian, verdes intensos, encararam os azuis de Charlie como se aquela fosse uma disputa de poder. O clima pesou no mesmo segundo.

Rato viu que o olhar de Charles se agravou. Não entendeu ao certo, mas pareceu que Ian o quis afugentar, mas ele se manteve firme, fuzilando o próprio amigo com um olhar sórdido e sério. Saberia ele algo sobre a outra noite?

– Queria poder falar com você a sós, Charles. – disse Ian deixando o barulho do encontro da xícara com o pires ecoar.

– As meninas estão lá em cima, não conseguem escutar o que falamos. – respondeu o loiro ainda sério. – Quanto ao Rato, tudo que falar para mim ele deve escutar também.

– E quanto ao seu detetive, Byron, creio que deixou algo para poder lhe vigiar onde estivesse. – as palavras de Ian eram como flechas sendo jogadas uma após outra com um sangue frio enorme, assustando o próprio Rato, principalmente por saber sobre Eudes Byron e o que ele fazia ali.

– Já retirei tudo que pudesse me comprometer desta cozinha, de meu quarto e do porão, fale logo o que quer, bom amigo. – sua ironia era nítida pela voz, fazendo retorcer a espinha de Ian.

O moreno continuou onde estava, assim como Charles. De repente, um surto de idéia veio na mente de Rato e ele estava completamente tenso com a situação.

– Eu o vi. Vi seu rosto por detrás daquela máscara preta que aos olhos bobos disfarça quem você é. Fui eu quem viu quando você foi desmascarado, e na mesma hora percebi quem era você...

O coração de Rato pulou para fora se sua garganta. Para ele aquela situação era um completo desastre, nunca Charles fora pego e ali estava de mãos enfaixadas e com uma testemunha de que havia realmente sido ele. Não adiantava se fazer de desentendido, mas Charlie continuou com a mesma expressão rústica e séria.

– Que provas você tem disso? – Rato quase berrou.

– Não preciso de provas. Desde o momento em que sou sobrinho de Devoir Perrault não preciso de nada disso. E, deixe-me ver suas mãos... – bruscamente ele pegou o braço de Charles e a palma de sua mão repleta de ataduras, olhando para seus dedos completamente lisos – Por isso não há digitais, você não tem. Por causa do uso dos produtos de limpeza, eu suponho.

– Fale logo o que quer. – mandou, Charles, fazendo com que o outro retraísse as mãos para junto de seu próprio corpo.

– Não é obvio? Eu quero o diamante de volta ou vou denunciá-los.

Charles tinha uma expressão completamente diferente daquela de minutos anteriores. Era como se tivesse sido apunhalado pelas costas, mas se mantivesse firme para manter controle da situação, chegando a soltar um sorriso de lado meio insultante.

– Charles, você é o maior ladrão da Nova Zelândia, rouba jóias e dinheiro há anos, saindo em mais diversos jornais. Não acha que é muita inteligência sua e de seu amigo para que fiquem se expondo assim, correndo risco de serem presos? Eu vou embora daqui assim que souber do diamante de meu tio.

– E o que pensa que eu o deixaria ir assim, sem mais nem menos?

Rato arregalou os olhos para o amigo sem saber ao certo o que falar.

– Você não vai me matar. – riu Ian com um ar confiante. – Me entregue logo o diamante, Charles, meu bom amigo.

– Infelizmente, você veio num dia ruim. – Charlie sorriu, dando um gole no café que preparou – Não está conosco.

Um frio retorceu Ian por completo.

– E com quem está? – desta vez deixou transparecer a impaciência.

Meu bom amigo, deveria ter prestado mais atenção naquilo que aconteceu na cena do crime. Estou com minhas mãos queimadas, por onde acha que eu fugi...?

– Ei, Charles – interrompeu Rato – tem certeza de que é uma boa id-

Sua fala fora interrompida por um olhar rápido do loiro. Ian sequer pensou e respondeu no mesmo instante.

– Pelos cabos, logicamente. Uma idéia realmente suicida, mas você fugiu... – então um estalo veio à sua mente de repente – Não poderia carregar o diamante em suas mãos, sequer escondê-lo nos bolsos do smoking...

Um suspiro caiu sobre o corpo de Charlie, antes que dissesse:

– Outra pessoa o roubou, não eu. – e todo o sangue do rosto de Ian desapareceu como se estivesse para desmaiar ou ser jogado de algum precipício – Agora pode ir embora, Ian. Não quero sua presença repugnante aqui, já que esteve para jogar uma amizade de anos no lixo sem ao menos saber da verdade tudo isso. Sinta-se à vontade para fazer o que quiser quanto ao meu nome e as provas que tem ou não sobre mim.

O olhar de Charles não mudava, mas seus olhos azuis estavam começando a ficar vermelhos. Vermelhos e inchados, ele estava para desabar. E Rato percebia, vendo aquela situação, tanto nele quanto em Ian que estava completamente desnorteado.

Ian por um segundo achou que tivesse a solução de um grande problema e fazia exatamente o que Charles achava que faria.

– Você – continuou o loiro – acha que está certo e que não existe possibilidade de ter errado. Não seja assim tão perfeccionista.

– Pare de falar assim, Charles

– Então vá embora.

Ian hesitou e desvencilhou sua posição firme e confiante, mas a retomou após respirar fundo algumas vezes e pegar o celular no bolso do casaco, ligando para alguém, enquanto os outros dois rapazes apenas observavam.

– Sou eu. – ele disse ao telefone – Você estava parcialmente certa. Quero que entre agora, temos muito o que conversar...

E desligou o telefone no mesmo instante.

– Com quem falava? – Rato falou como se o atacasse.

– Diga-me, – sibilou Charles – Dannika sabe realmente de toda sua teoria?

– Por que não pergunta você mesmo...?

E o eco da campainha da porta da frente ecoou por todo o salão de entrada do casarão.



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Notas finais do capítulo

Quero logo apresentar a Dannika *-* lindaaaa! Espero que não estejam odiando o coitadinho do Ian hahaha ele não é malvado nem um falso...
Thnks Fr Th Mmrs (thanks for the memories)é uma música da banda Fall Out Boy :D



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