Voleur Sinderella escrita por Pequena em Paranoia


Capítulo 17
Capítulo 17 - Closer


Notas iniciais do capítulo

Descuulpa a demora! Festas de fim de ano, sabem como é, né?! Enfim, aqui estou eu atualizando um capítulo quentinho e pequenininho da minha liinda VS hahahahaha. Não me batam, ele ficou ULTRA CURTO e pode deixar muita gente com uma pulga atrás da orelha kk ou não...



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- Ela está estável, o pior já passou. – disse o médico, fazendo com que Charles e Ian pulassem dos bancos estofados do corredor. Os dois sorriram. – Se quiserem, já podem ir cumprimenta-la. Mas cuidado, ela está um pouco frágil...

Ian ensaiou uma cara de choro, mas se recompôs e apertou rapidamente as mãos do doutor, correndo para dentro do quartinho de Dannika. Mas Charles ainda demorou uns instantes para que entrasse também.

- Doutor, qual o quadro dos medicamentos que ela tomou? E para que eram? – o loiro questionou.

- Bem, havia uma quantidade enorme de compostos químicos no sangue da Srta. Jewel, tudo compatível com pílulas de emagrecimento. A Sra. Wady, agente da Srta. Jewel, disse que ela estava passando por um momento difícil da sua carreira e começou a tomar os remédios sob prescrição de um médico francês, mas parece que ela tomou muito mais do que devia. Muito mais! – o médico falava, olhando na prancheta em suas mãos a ficha média da moça. – Essa já é a terceira vez que ela vem para o hospital por conta de remédios...

- A primeira foi há mais de dez anos... – Charles sibilou. - Obrigado, doc.

Mas antes que pudesse entrar, ele pegou o celular novo e digitou uma mensagem rapidamente.

Ela já está melhor. Obrigado por ter se preocupado assim, mas a situação já está melhor. Assim que quiser pode subir, Claire...” ele dizia.

Com todo aquele segredo em jogo, Charles e Claire tinham que despistar que estavam juntos. Assim que chegaram, Claire pediu para esperar na recepção, enquanto ele ia atrás de Ian e do médico responsável por Dannika. Entretanto, não demorou nem meia hora para que o Hospital Saint Lourent ficasse cheio de repórteres atrás de notícias sobre a jovem modelo Dannika Jewel.

Quando Charles entrou no quartinho, viu Ian segurando fortemente a mão de Dannika, que sorria serenamente por debaixo dos vários equipamentos médicos, e Tânia Wady recostada na parede com o celular em mãos e uma grande agonia para não responder as ligações.

- Boa noite, príncipe... – Dannika murmurou.

Ela estava pálida e parecia sentir bastante dor, mas era apenas impressão. Já estava bem melhor, mas havia sofrido uma overdose com taquicardia, o que deixou a todos preocupados.

- Olá, Dannika... Como está se sentindo?! – Charles perguntou, sentando-se ao lado de Ian e tocando o antebraço da moça.

- Com fome. – ela falou baixinho, ainda sorrindo. – Por que demorou tanto?

- Estava falando com o seu médico. Mas isso não importa, você está melhor.

- Achei que você fosse me dar uma bronca por causa dos remédios. – Dannika disse, surpreendendo Ian e Charles – Outra vez, culpa deles. Prometo que não deixarei vocês mais preocupados.

Eles queriam do fundo do coração brigar com ela, mas aquele não era o momento. Era a segunda vez que Charles ia atrás dela num hospital e a terceira de Ian, e os dois ficavam cada vez mais aflitos.

- Argh! A imprensa já está soltando rumores nos websites! – Tânia berrou, jogando o celular no sofá para visitantes. Então se virou para Dannika com os olhos fulminando – Temos que preparar uma desculpa para a coletiva.

- Você já marcou uma coletiva? Ficou louca? – Ian sacudiu a cabeça. – Ela está fora de si, diga isso a ela, Charles.

- Você está fora de si... – Charlie sibilou.

- Não, você TEM que fazer isso. Sua carreira, lembra-se? Sua carreira está em jogo! Sempre esteve em jogo! – Tânia começou a berrar, se jogando no sofá dessa vez. – Pare de agir como uma adolescente, menina!

Ian se levantou e encarou o olhar enfurecido de Tânia, mas ficou apenas parado, em seguida pousando os olhos em Dannika.

- Tome mais cuidado da próxima vez. – ele disse com a voz rouca e saiu do quarto com rápidos e pesados passos.

Charles viu que a raiva subia sua cabeça, principalmente quando ele bateu a porta. Não havia muito que pudesse fazer, mas por impulso ele se levantou também, beijando a testa de Dannika e indo atrás do outro rapaz.

- Ian! – ele berrou no corredor para que o moreno se virasse, já estava há alguns passos de distância e deu a volta, esquecendo toda a paciência que tinha. – Ei, o que há de errado com você?

- Errado comigo?! – Ian berrou, indo de encontro a Charles – Essa não é a primeira vez que eu vejo a Dannika parar no hospital por causa dessa história de modelo! Nem a sua primeira vez! E você pergunta o que há de errado comigo?!

- Ela está melhor, já podemos ficar tranquilos, Ian! – Charles falou mais severo.

- Eu fico com raiva é do rosto dela. Ela faz essa cara boazinha, sorri e finge que nada está acontecendo só porque está com você!

- Dannika não quer nos preocupar...

- Ela não quer TE preocupar! Aquela garota é louca por você desde... – de repente Ian parou e percebeu que a expressão de Charles não havia mudado, ele não estava surpreso – Você já sabe. Sabe o que ela sente por você, não sabe?

Charles entreabriu a boca, mas apenas duas palavras saíram dela.

- Ian, eu...

Mas antes que continuasse falando, passos ecoaram no corredor e os olhos de Charles foram diretamente para a dona dos passos, o que fez com que Ian também se virasse e desse de cara com Claire.

- Ian?! – ela falou, aproximando-se dele sem ao menos olhar para Charlie. – E então, como ela está?!

- Claire? O que está fazendo aqui?

- Eu vi a notícia e vi para cá assim que pude! Mas e a Dannika?

Ian olhou de canto para a porta do quarto dela e respondeu com um grande suspiro:

- Está estabilizada e bem melhor. Se quiser, já pode ir falar com ela.

A moça assentiu com a cabeça e passou pelo primo serenamente, fingindo que Charles não estava ali e entrando no quarto de Dannika. Entretanto, Charlie não conseguiu evitar arrastar sua visão nela enquanto andava.

- É melhor pararmos com essa discussão... – Ian murmurou, coçando a cabeça. – Ela te falou sobre o celular grampeado?

- Falou sim. Estamos suspeitando de que o contratante esteja envolvido com tudo. – Charles disse, voltando a olhar para Ian – É melhor tirarmos o dia de folga, deixar Dannika se recuperar mais e pensar no próximo passo.

- Temos que descobrir se ainda perseguem você, sabe disso.

- Sei sim, estive pensando em contatar a intermediária, Marianne, e organizar mais um roubo para confirmar as suspeitas. Mas não vamos nos preocupar com isso agora. Vou voltar para casa, minha madrasta deve estar com raiva uma hora dessas.

Ian assentiu com um balançar de cabeça, também tinha de ir. Ambos fizeram questão de sair e não voltar ao quarto de Dannika. Charles principalmente, pois ainda disfarçava conhecer Claire Perrault para seu primo.

Com tanto barulho do lado de fora do hospital por conta da fama de Dannika Jewel, os dois rapazes tiveram trabalho para sair do prédio e evitar a imprensa – por sorte, Tânia apareceu em seguida para dar suas explicações – de tal maneira que mal perceberam o movimento de outro garoto ao entrar discretamente no hospital e se encaminhar na direção do quarto da moça.

Pesadamente, entretanto, ele olhava para Charles passando, mas continuou seu caminho até adentrar no cômodo onde estava apenas Dannika e Claire.

- Rato?! – Dannika murmurou.

Os olhos de Claire voaram para a porta e viram o rapaz franzino entrar com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco e encolhido entre os próprios ombros.

- Olá... – ele falou de mansinho, passando o olhar pelo quarto e fungando de leve.

- O que está fazendo aqui? – indagou Claire, levantando apenas uma sobrancelha e se sentando num sofá. – Não sabia que vocês se conheciam.

Rato apenas sorriu para Claire e arrumou os óculos, encaminhando-se para o lado de Dannika de maneira terna.

- E então, como você está?

- Vou sobreviver... Obrigada por estar aqui. – ela respondeu com seu sorriso encantador de sempre – Sabe, Charles acabou de descer.

Claire arregalou os olhos e chegou mais perto dos dois.

- Você se encontrou com ele?!

Mas quem se surpreendeu na hora foi Rato.

- Como assim eu o encontrei? Você conhece o Charles?!

Ela engoliu a seco e percebeu o olhar desconfiado dele, mas antes que pudesse falar algo, ou inventar alguma desculpa, Dannika intercedeu por ela, falando:

- Eu e Charles nos encontramos com ela na biblioteca uma vez. Claire não gostou dele, você sabe como ele pode ser rude.

Dannika queria disfarçar com Rato com a história da rudeza de Charles, enquanto Claire simplesmente se agoniou por não poder contar que o conhecia melhor.

“Rato não gostaria que eu me intrometesse na amizade dos dois.” Ela pensou, acomodando-se por um segundo no sofá, antes de seu celular tocar. Era Wolfgang.

- Licença, eu tenho que atender esse telefonema... – Claire disse, saindo devagar do quarto com o celular em mãos. – Alô?

- Claire, onde você está? – ele perguntou rouco.

- Estou no hospital, uma amiga passou mal. Por que?!

- Está ficando tarde, você saiu sem motorista e não deu notícias. Só queria saber onde você estava.

Ela olhou o relógio, já havia passado de meia noite.

- É, vou ligar para o Wallace, logo estarei chegando em casa. Obrigada por se preocupar. – as palavras saíram de sua boca amargamente.

- Está ótimo. Cloud está te esperando, querida.

E assim que desligou o telefone, Claire sacudiu a cabeça, balbuciando com nojo.

- Era o que me faltava! Agora ele pensa que é meu marido mesmo!

- E ele é... – Rato riu, saindo do quarto.

- Obrigada por me lembrar disso! – Claire revirou os olhos, em seguida rindo com Rato – E a Dannika?

- Foi descansar, mas está melhor. – ele respondeu meio nervoso.

Fazia um tempo que os dois não se viam, mas Rato continuava o mesmo desengonçado nervoso enfiado no casaco velho. Ela sorriu bobamente.

- Agora eu tenho que ir, talvez volte amanhã se a Dannika ainda estiver aqui. – Claire sibilou.

- É, eu também quero conversar um pouco com ela... – Rato falou entre dois fungados.

- Se nos encontrarmos eu aproveito e te levo para conhecer uma amiga muito querida. – ela riu-se enquanto ele ficou parado sem entender – Chantau Torrance é o nome dela, avó de Allen. Você vai gostar bastante dela.

.

Auckland, Nova Zelândia. 3 de novembro.

E assim que o relógio bateu duas da madrugada, Charles pegou seu celular antigo e discou um número que apenas ele e Rato conheciam. O objetivo não era fazer aquilo no momento nem tão cedo, mas ele não viu outra saída se baseando no que Dannika havia reunido.

- Marianne, aqui é Sin.

- Sin, há quanto tempo não nos falamos. – Marianne respondeu com sua voz aveludada de boneca pelo telefone. – Presumo que já tenha recuperado meu diamante.

- Ainda não, estou com alguns problemas para reavê-lo. Mas, nesse meio período, queria saber se você não tem outro trabalho para mim.

Um rápido silêncio se fez.

- Eu tenho um trabalho apenas, mas não quero dá-lo a você antes recuperar o meu diamante.

- Confie em mim, eu vou recuperar. – ele falava sério, sentando-se na beirada da janela do sótão. – Só preciso de um trabalho, estou parado há três semanas.

Novamente, silêncio.

- Passarei as instruções na segunda feira que vem. Nunca imaginei que você fosse ficar como ela.

- Não a mencione. – ele rosnou no telefone. – Espero seu telefonema na segunda.

Rapidamente, Charles desligou o telefone. Tinha saído de si por alguns segundos, mas respirou fundo, tinha de manter a calma àquela altura do campeonato.


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Notas finais do capítulo

ELA?!?!? hohoho morram de curiosidade kkk só que não. Enfim, espero que tenham curtido o capítulo e tals, não deixem de mandar reviews (:
Closer é uma música da banda Kings of Leon haha



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