Cheguei ao portão e vi o Guilherme encostado no seu carro com um óculos de sol, reparei e vi que ele era lindo, cheguei perto dele e o abracei e dei um beijo no rosto dele.

Guilherme: como foi a prova?

Isa: difícil, mais consegui faze-la.

Bruno: e aê primo. – o Bruno chegou com o pessoal e foram o cumprimentando.

Jaci: depois que você almoçar, passa lá em casa um minutinho? – a Jaci me perguntou, mais eu sabia que o que ela realmente queria dizer era " menina, depois você me conta tudo"

Isa: passo sim.

Eles foram embora.

Guilherme: é sobrou nós dois.

Isa: pois é – estava com o frio na barriga, não sabia o que fazer, e parecia que ele também não.

Guilherme: eu não conheço muito bem essa cidade aqui, mais meu patrão me passou um endereço de um restaurante, e ele disse que é ótimo.

Isa: então vamos lá – entramos no carro e fomos – eu demorei me acostumar com essa cidade também, mas agora depois de um ano conheço como a palma de minha mão.

Guilherme: então dá próxima vez, você que vai decidir aonde vamos.

Isa: próxima vez?

Guilherme: se você quiser é claro.

Isa: tudo bem, eu escolho da próxima. – ele sorriu.

Estava um silencio, que começou a me incomodar, sempre quando tinha algum silencio eu começava a pensar em coisas que não devia.

Isa: ér ... vamos ver o que você esta ouvindo – falei ligando o som do carro e ouvindo as musicas que tocava no pen drive dele, tinha de tudo de pagode á internacional – bem eclético você em?

Guilherme: eu gosto de musica, mais prefiro pagode e internacional.

Isa: eu também  - coloquei em uma musica qualquer e deixei tocando.

Guilherme: chegamos.

Depois de 20 minutos chegamos, o restaurante era bem bonito, entramos e ele falou nossos nomes e sentamos, estava cheio, com alguma mesas vazias com uma placa de reserva em cima.

Isa: deve ser bom mesmo, porque está cheio aqui.

Guilherme: você se importa de aqui esta cheio, podemos ir a outro lugar se preferir.

Ele é muito fofo, se preocupou se eu gostei ou não.

Isa: eu adorei aqui, eu gosto de ficar perto de pessoas, principalmente pessoas que eu gosto.

Guilherme: também, mais gosto de ficar sozinho também.

Isa: eu adorava ficar sozinha, mas nos últimos acontecimentos ficar sozinha não é uma boa ideia, sempre vem pensamentos  e lembranças que não gostaria de lembrar.

Guilherme: mais é bom que colocamos os nossos pensamentos em ordem.

Isa: verdade – o garçom chegou e nos fizemos os pedidos.

Guilherme: eu sei muitas coisas sobre você sabia?

Isa: como assim? Alguém já andou falando mal de mim pra você? – dei uma risadinha.

Guilherme: eu sei coisas que eu mesmo deduzi e coisas que o Bruno me contou, mais nunca falou mal, sempre bem, e eu me encantei mais ainda.

Isa: ah então você sabe tudo sobre mim, o Bruno é um dos meus melhores amigos, e sempre esteve comigo – ele sorriu de lado – mais me fala o que você deduziu sobre mim.

Guilherme: primeiro você é de São Paulo, segundo consegue virar duas doses de tequila sem ficar tonta – ele riu e eu também – terceiro tem um sorriso mais lindo que eu já vi, quarto tem um olhar triste, mas tenta esconde-lo de todos, e por ultimo não mesmo importante é uma pessoa muito forte e muito especial.

Fiquei de cara com tudo isso que ele falou, fiquei vermelha.

Isa: não tenho nem o que falar. Mas obrigada.

Guilherme: acertei todos ou errei algum?

Isa: acertaram todas, parabéns.

Guilherme: muito obrigado senhorita.

Ficamos conversando sobre tudo, ele me contou sobre sua vida e tudo mais, ele não quis me contar o que o Bruno tinha  falado, ele falou que não importava que queria saber de mim o que ele poderia saber, que o que importava mesmo era aquele momento. Nosso almoço chegou, comemos e depois de um tempo fomos embora.

Isa: eu vou perguntar o Bruno, aquele fofoqueiro o que ele falou de mim pra você. – eu tentei pela milésima vez saber o que ele sabia de mim. Ele apenas sorriu – obrigada pelo almoço e pela companhia, eu adorei.

Estávamos em frente a minha casa, ele estava escorado em seu carro e eu estava de frente para ele. E por um momento esqueci toda aquela dor, e também de um certo alguém, eu poderia dizer que sim, eu estava bem e mais importante estava feliz, a companhia dele era muito boa.

Guilherme: eu que agradeço, adorei nosso almoço, e a companhia então melhor ainda.

Isa: bobo.

Guilherme: linda.

Isa: toda vez que eu te chamo de bobo você me chama de linda percebeu?

Guilherme: percebi, agora eu sei mais duas coisas sobre você.

Isa: eu estou adorando isso, então me fala.

Guilherme: primeiro você é muito perceptiva com as coisas, repara no olhar, nas pessoas e nos lugares.

Isa: eu costumo reparar mesmo os olhares, pois a boca é traiçoeira ela pode mentir, mais o olhar não ele nunca mente.

Guilherme: verdade, e a segunda é que nesse nosso almoço você sorriu não apenas com os lábios e sim com os olhos.

Abri um sorrisão, eu não podia acreditar que uma pessoa que eu conheço a pouco tempo sabia muito sobre mim, até os meus segredos mais profundos, como por exemplo a tristeza.

Isa: e isso eu devo a você.

Guilherme: eu te fiz sorrir de verdade, quer dizer, te fiz esquecer um pouco dessa tristeza?

Isa: sim, mais não pense que é só você que sabe coisas sobre mim não, eu também sei coisas sobre você.

Guilherme: então me diga.

Isa: você não tem que voltar a trabalhar não, já é 13:30.

Guilherme: volto as 14:00, mas me diga o que você sabe sobre mim.

Isa: é coisas que eu descobri sobre você nesse almoço, mais eu vou deixar para quando formos sair de novo, não quero que você chegue atrasado no serviço por minha causa.

Guilherme: então deixa para amanha a noite pode ser?

Isa: pode sim. E lembre-se eu que escolho o que vamos fazer.

Guilherme : sim senhora.

Dei um abraço nele e um beijo na bochecha, o abraço dele me transmitia paz, conforto, era muito bom.

Isa: então ate amanha, vou ver onde posso te levar e te ligo marcando as horas, mais aqui você não estuda?

Guilherme: já estou de férias.

Isa: sorte a sua.

Guilherme: fico esperando a sua ligação – ele meu deu um outro abraço  e tentou me dar um beijo na boca, mais eu desviei.

Isa: ér ... desculpa, mais não estou com cabeça para isso ainda.

Guilherme: por causa do Gustavo?

Isa: Bruno te falou? – ele fez que sim com a cabeça – pois é, desculpe.

Guilherme: problema não minha linda.

Me deu mais um abraço e um beijo na bochecha e entrou no carro.

Guilherme: espero você me ligar.

Isa: tudo bem, tchau.

Ele deu um tchau e saiu, entrei em casa e já era quase 14:00, subi para o meu quarto, coloquei um short e tirei meu colete e fui conversar com a Gabriela.

Ela me contou que estava muito feliz com o filho que estava esperando, sua gravidez não era de risco, mas tinha algumas precações que tinha que tomar. Ela me perguntou como que foi meu almoço e eu contei tudo, contei como ele era um fofo, e ela disse que ficou meio desconfiada de eu sair com ele por causa do Gustavo, mais que mesmo não conhecendo o Guilherme já gostou dele, só por ele me fazer sorrir.

Quando deu 16:00 liguei para a Mari e para a Babi para irem na casa da Jaci para fazermos a noite do pijama e conversar sobre tudo. Elas concordaram e combinamos de ir 16:30. Liguei para a Jaci a comunicando que iriamos para a casa dela.

Arrumei algumas coisas para levar e meus materiais de amanha, já que iremos dormir lá. Chegamos lá e eu comecei a falar como foi meu almoço e tudo mais.

Jaci: acho que só de você falar o que ele fez para você hoje eu já me apaixonei por ele.

Começamos a rir. Todas nós sabíamos que ela estava brincando.

Babi: é primo do seu namorado menina, e tira o olho que ele já é da Isa.

Isa: falando nele, ele me mandou um mensagem.

Peguei meu celular e li a mensagem só para mim e estava escrito:

“mais uma coisa que eu sei de você, ta na hora de parar de sofrer agora você vai é ser feliz! Te adoro minha coisa linda”

Li alto para as meninas.

Mari: ele é um amor.

Ficamos conversando mais, e a Jaci contou que teve a primeira vez dela com o Bruno ontem, ficamos insistindo com a Babi e falamos que ela também já tinha ido com o João, mais ela disse que não.

Babi: eu não fui ainda não gente, eu juro – ela falou pela milésima vez.

Isa: precisa jurar não Babi, eu acredito em você.

Babi: obrigada né.

Mari: antes que comecem a me perguntar eu não fiz nada, afinal comecei a namorar ontem.

Isa: todos vocês já sabem que eu fiz com Gustavo há muito tempo, e para falar a verdade foi perfeito.

Jaci: quando está apaixonado é assim mesmo.

Isa: é mais agora eu tenho que desapaixonar.

Mari: desapaixonar? Essa palavra existe?

Isa: não sei, mais no meu vocabulário sim, desde hoje que o seu irmão resolveu passar com a Barbie oxigenada na minha cara.

Mari: ele na podia fazer isso, mais Isa, nossa amizade não vai mudar não vai?

Isa: logico que nada vai mudar entre a gente.

Eu não queria falar do Gustavo com mais ninguém, mais eu precisava desabafar com alguém, ver o Gustavo com a Daniela, eu me senti humilhada, sim humilhada! O tanto que eu sofri e corri atrás, o tanto que o amei para ele jogar no lixo,  eu estava com muita raiva dele, ele não tinha o direito, eu fiz papel de palhaça para a escola inteira, mais isso não importava,  o que importava é que eu fiz todos ao meu redor, todos que gostam de mim sofrer junto comigo por causa dele, isso não estava certo, ele nem esperou um tempo, já foi logo se agarrando com a Daniela, então eu decidi que não sofreria mais, e por mais difícil que seria eu iria esquece-lo, não esqueceria o que passamos juntos, isso não, porque foi muito especial para mim, mais esqueceria esse amor que eu sinto por ele, hoje quando eu estava com o Guilherme eu esqueci um pouco essa dor, mas quando fico sozinha ela vem com tudo dentro dim.

Fomos dormir e já era 23:00.