Hot Summer escrita por Brenda_Silva, vaneblass


Capítulo 7
Capítulo 7 - Você Venceu




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Carla's POV
– O que pensa que está fazendo? - Falei histérica, atrás do palco, quase tropeçando no salto e com Kyu segurando meu braço.
– Eu é quem pergunto isso. O que você estava fazendo? - Ele falou em um tom alto também. Nem mesmo ele parecia acreditar no que tinha acabado de fazer.
– Dançando. Curtindo. Sou livre não sou? - Encarei-o, na esperança de que ele fizesse alguma coisa.
– Eu não te entendo Carla - Ele falou, decepcionado.
– Não faço questão que me entenda - Falei dando as costas, antes que aqueles olhos de Kyuhyun me enfeitiçassem pela milésima vez naquele mês – E além do mais, não preciso ficar aqui dando satisfações pra você. Adeus.
– Será que você não entende que eu te amo? Que droga! Será que é só você que não entende isso?
Parei de andar no segundo que eu ouvi ele dizer isso, e quase cheguei a voltar. Minha vontade era dizer que o amava também, mas eu não podia fazer isso.
"Que droga?" Que droga digo eu Kyuhyun. Não é fácil você não poder abraçar uma pessoa que diz te amar por medo de se machucar. Então, era mais fácil pensar; vai Carla, se faça de difícil pela última vez. Porque de certo essa vai ser a última vez. Ele não vai ficar indo atrás de uma quando ele tem milhares aos seus pés. Para homens é diferente; e principalmente para ele, é mais fácil.
– Então prova. Se você me ama como diz, você prova. Mas não me agarrando a força - Ele não vai fazer nada, pensei.
– De que jeito então?
- Eu não sei Kyuhyun. Eu não sei! Mas se você realmente quer ficar comigo, então me convença que isso não é somente um lance de verão - Supliquei, já limpando a teimosa lágrima que começava a cair.
Nesse momento Chulla chegou junto de Siwon e uns seguranças do local.
– Eles querem conversar sobre o que aconteceu...- Siwon chegou falando baixinho, puxando Kyu para seu lado. Os seguranças eram enormes, que nem mesmo Siwon que tinha todo aquele corpo parecia ter chance contra eles.
Abaixei a cabeça e comecei a andar em direção a saída, que nem ao menos sabia onde ficava. Olhei para trás na esperança de ver Kyuhyun, mas a única coisa que vi foi as costas daqueles seguranças ogros. Quando finalmente achei a saída, Well me esperava do lado de fora, todo encolhida por causa do vento. As outras meninas já tinham voltado para o hotel.
– Algum problema? - Ela perguntou. Eu certamente iria dizer que não, que estava tudo bem. Mas as lágrimas começaram a escorrer, entregando tudo.
– Eu acho que ele nunca mais vai querer olhar na minha cara...Acho que acabou de vez - Lágrimas...Por que insistiam em escorrer assim?
– Amiga - Ela tentou engolir o choro, na tentiva de ser a Well durona de sempre - Você não é a única! Olha, todas as meninas estão arrasadas. Mas vamos dar a volta por cima, eu prometo - Ela pegou na minha mão, caminhando até hotel. Ao chegar lá, somente Ayu estava acordada. Well foi tomar um banho e eu apenas troquei de roupa, atirando-me em cima da cama.

Durante oito dias não tivemos notícias dos meninos. Eles não iam mais no quiosque, na praia e nem mesmo chegamos a vê-los nas ruas, o que era frequente. Será que foi por causa da invasão do Kyu? Bem, podia ser. Tanto que não quis ler nenhum jornal, revista ou artigo que estivesse contando alguma coisa sobre o evento, que para falar a verdade, nem importava mais. Talvez eles teriam ido embora já, e isso, por mais que doesse, talvez fosse melhor.
Agora meus dias basicamente eram; do hotel ao quiosque, do quiosque ao hotel, todos os dias.
– Cheguei! - Falei com um certo entusiasmo. Nesse dia, somente Ayu, Carol e eu tínhamos ido trabalhar. Well e Bia disseram que tinham "coisas" à fazer, e estavam de segredinho desde a noite passada, após um longo telefonema que Well tinha recebido dois dias atrás.
– O que aconteceu com vocês duas hein? Alguém pode explicar? - Ayu disse colocando a bolsa em cima de sua cama.
Well e Bia se entreolharam, com um sorriso malicioso nos lábios.
– Bem...Vai ter uma festa de gala naquele hotel super chique aqui perto...E o dono do quiosque quer que alguma de nós vá acompanhando ele, já que ele é solteiro e pra ir nessas festas precisa de acompanhante - Well explicava, enquanto Bia tentava conter o riso. Ás meninas se assustaram a princípio; depois o pânico. Quem iria?
– Olha...De preferência aquela que fica bem em vestidos de festa e saiba andar de salto - Well falou, segurando uns catálogos na mão - A Carla é perfeita pra isso.
– É sim, a Carla se encaixa perfeitamente! - Concordou Ayu, fazendo todas as outras concordarem também.
– Não! Esquece, eu não vou. Por que eu? - Exaltei, sem acreditar no que estava ouvindo. Que injustiça! - Não quero, não quero! Com um velho? Nem chances! Não.
– Mas vai! Não tem outro jeito e você não tem escolha - Disse Bia, irônica. - É...Ele até já mandou o vestido.
– E vocês não me avisam nada? O que é isso? Quando é a festa?
– Amanhã - Well disse, gargalhando. As outras meninas não conseguiram segurar o riso também.
– O que?!?
- Amanhã - Repetiu.
Levei ás mãos a cabeça. Como elas fazem isso?
– Olha Carla, não se preocupe, nós te ajudamos! Ele já mandou o vestido de acordo com suas medidas, sapatos, seu cabelo eu que vou fazer e ele vai mandar um carro para te pegar...Sem contar que vamos ganhar bônus, vai ser ótimo para nós...Por favor... - Bia fez biquinho.
– Ok, se for pelo time, eu faço...- Não tinha como recusar. Eu iria acabar sendo obrigada do mesmo jeito. E uma graninha extra é sempre bem-vinda.
– Eu sabia! Vamos, experimentar seu vestido então - Well disse me puxando pelo braço. As meninas estavam todas sentadas na cama, rindo da minha cara. Era um vestido longo, vermelho, tomara-que-caia, bem marcado na cintura.
– Cuidado para não deixar o velho apaixonado - Brincou Ayu, enquanto eu ficava ali parada, com cara de idiota, pensando em somente uma coisa: Eu definitivamente tinha as melhores amigas do mundo...!

No outro dia, uma hora antes da festa...

Bia e Well começaram a arrumar meu cabelo duas horas antes do carro passar no hotel. Bia, que ficou encarregada de me ajudar a fazer o cabelo, fez uma escova e um coque bagunçado, bem simples, mas moderno. Well fez uma maquiagem leve, marcando bem meus olhos. Entrei no banheiro e para colocar o vestido, e não sorri nenhuma vez desde que levantei nesse dia.
– Vamos, mais animação menina. Como se comer e beber do melhor e de graça fosse ruim - Well falou enquanto ajeitava meu vestido.
– Então vai você, oras.
– Se eu tivesse metade da beleza que você tem minha querida, eu iria -Piscou. Que vontade de te bater Well! - Está perfeita amiga.
O telefone do nosso quarto tocou e Bia atendeu. Era a recepcionista, avisando que o carro já havia chegado e que estava me esperando.
– Você não vai se arrepender, eu garanto - Falou Bia, me empurrando para o lado de fora do quarto. QUE RAIVA! Desci o elevador sob olhares de todos do hotel. Até a recepcionista elogiou. Senti a bochecha queimar de vergonha, e tratei de me apressar. Dei de cara com um lindo carro preto do lado de fora, com um motorista japinha, baixinho, de terno, chapéu e luvas brancas me esperando na frente do carro.
– Carla-san?
– Hai...- Respondi - Eu mesma.
– Entre, por favor - Ele abriu a porta do carro e esticou as mãos para eu entrar. Senti meu corpo tremer de medo, afinal, nunca tinha visto o dono do quiosque.
O motorista entrou e começou a dirigir, e depois de uns minutos, já era possível ver o grande hotel. Iluminado, lindo, com várias pessoas muito bem vestidas do lado de fora. Mas ele acabou parando o carro um pouco antes, em um parque, que ficava um pouco a frente do hotel. Era cheio de flores, árvores e luzes.
– Seu acompanhante pediu para deixa-la aqui - falou - Ele já deve estar à caminho. "Ele só pode estar de brincadeira", pensei. Quase pedi para ele me levar de volta, mas respirei fundo e desci do carro. Dei longos passos até ás árvores, vendo de longe a recepção da festa e o motorista ir embora. Todas as mulheres recebiam uma rosa branca que era entregada pelo homem, ou seja, o par. Meu coração estava batendo tão forte que eu estava quase desmaiando ali mesmo.

– Deixei você esperando por muito tempo? - Ouvi uma voz atrás de mim. Não...Não podia ser!
– Kyu...? O que está fazendo aqui? - Estava sem palavras. Não era para ser meu chefe? Eu estava sonhando...?
– Desculpe-me, é que eu tive que insistir para me deixarem entregar a flor pessoalmente - Ele falou, chegando perto de mim.
A cada passo, eu perdia o ar. Ele estava mais lindo que nunca
– Você está linda Carla. Aqui está sua flor.
– As meninas falaram que era o...
– Seu chefe, claro - Ele completou, sem graça - Pedi para inventarem alguma coisa. Era o único jeito de trazer você aqui.
– Elas me enganaram...! - Falei, levando a mão a boca, ainda sem acreditar na situação.
– Elas não mentiram sobre a festa - Ele falou, sorrindo - É um baile beneficente e eu quero que você seja minha acompanhante. Muitas bandas foram convidadas.
– E os meninos ?
– Eles não virão, mas vou ajudá-los com as meninas. Quer dizer, nósvamos ajudar. Assim como a Carol e a Well me ajudaram. Agora, se você não se importar...Podemos entrar?

Senti o coração bater forte quando ele pegou na minha mão e começamos a caminhar juntos em direção a entrada do hotel. Toda a raiva que sentia poucos minutos atrás, se transformaram em alegria e eu não consegui parar de sorrir. Aquilo parecia um sonho! Kyuhyun entregou o convite para a recepcionista e fiquei surpresa ao saber que a festa na verdade, estava ocorrendo do outro lado, no jardim. Havia muitas pessoas conhecidas. Fiquei um pouco assustada, porque todos olhavam para nós e logo começavam a comentar com a pessoa que estava ao lado, ou simplesmente faziam aquela cara de espanto.
No meio da jardim, havia uma pista de dança, onde vários casais estavam dançando juntos. Kyuhyun percebeu que eu olhava para a pista de dança e teve uma reação mais surpreendente do que há alguns dias atrás naquele show.
– Posso ter a honra de dançar com você? - Ele pediu, se ajoelhando diante de mim.
– Seu louco! - Falei baixinho, sorrindo - Levanta daí, todo mundo está olhando.
– Só se você disser que sim - Ele falou como se eu tivesse coragem de dizer que não. Ele se levantou e lá fomos nós para a pista de dança, dançando juntinhos.
– Eu não sai dançar valsa Kyu...
– Eu também não. Vamos aprender, juntos.
Como era bom senti-lo tão perto de mim. Era como se eu não precisasse de mais nada para ser feliz. Deitei minha cabeça no seu ombro, implorando para que o tempo parasse. Mesmo errando o passo e um pisando no pé do outro algumas vezes, continuava perfeito.
– Eu pensei que você nunca mais fosse olhar para mim depois daquele dia...
– Eu não conseguiria fazer isso Carla...Quando eu disse que te amava, não estava mentindo.
– Depois de tudo o que eu fiz, você ainda gosta de mim?
– Mais do que nunca. Eu te amo.
Levantei a cabeça para olha-lo, mas não tive coragem de beija-lo. Afinal, tinha muitas pessoas com camêras ali.
– Ué...Por que parou? - Ele perguntou, franzindo a sobrancelha.
– Porque as pessoas vão tirar fotos Kyu,e tem um monte de cantor aqui que vai ver... - Ele me olhou nos olhos como quem diz "E daí?"
– Você é minha namorada. Minha. E eu tenho o direito de beija-la - E pela segunda vez naquele mês ele me roubou um beijo.
Mas agora, com direito a telespectadores famosos e lentes.
Aquele garoto...Aquele garoto sabia mexer comigo. E não havia mais dúvidas; eu o amava também. Não tinha porque negar, fugir ou esconder. Estava na cara. E se ele estava disposto a lutar por nós, era porque valia à pena lutar por esse amor, mesmo que parecesse impossível.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Reviews são sempre bem-vindas hihi
Obrigada à todos que acompanham e principalmente à Brenda, porque sem ela não existiria essa fic! Kissus da Rô *33*



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