PDV Annabeth

Como base de operações eu havia escolhido uma cabana velha e meia desfeita no topo de uma colina, no meio do deserto. Observei a área com um par de binóculos, mas não via nada a não ser extensões de areia. Foquei outra vez. Desta vez consegui ver uma nuvem de poeira deixada por carros militares. Olhei no relógio.

Está na hora do show.

O plano era simples e eficaz. No chão do deserto havia cabos de mineração ligados a timer box. A área tinha sido definida pelo meu pc através de imagens tridimensionais. Era uma espécie de ratoeira. Mal os carros passem…buuuum.

- Área preparada, Annie. – disse Thalia. – Detonação ao primeiro contato.

O alvo aproximava-se cada vez mais.

- Bem na hora.

Plano minuciosamente calculado, trabalho de equipa… sinceramente achei que tudo iria correr bem.

Pena que não correu como o esperado.

Peguei novamente nos binóculos.

Boa, - pensei – quem foi o idiota que resolveu vir fazer cross agora?

Mandei as imagens para Thalia.

- Recebeste as imagens?

- É uma ameaça?

- Talvez seja um maluco que…

Ele ia direto á armadilha. Ele tocou no laser.

O ecrã do pc piscou vermelho. Merda.

- Contagem iniciada.

Ouvi Thalia perguntar:

- Eles estão na zona de fogo, certo?

- Não. As cargas vão explodir mais cedo.

Trabalhei op mais rápido possível, desconectando os fios, anulando comandos. Consegui evitar a explosão.

Fui ver onde estava o invasor. Já estava fora do carro. Ele usava um capacete e óculos de proteção e um lenço ao pescoço. Peguei os binóculos para ver melhor. Não acreditei no que vi.

- Só podes estar a brincar!

Ele estava… não acredito que o tipo veio pró deserto apenas para fazer as suas necessidades fisiológicas.

- Civis!