Esquecida escrita por mirco25


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oi!
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“Hã... entra, por favor...”

Carly abre passagem para a loira entrar, em parte temerosa por ela ter descoberto seu affair com Freddie e estar ali para o acerto de contas. Sam sempre foi muito mais forte do que ela, o resultado de uma briga não teria como ser favorável a Carly.

“Obrigada.”

Sam lhe dá um sorriso tímido e triste. Não, ela não estava ali para um acerto de contas ao estilo Puckett.

“Belo apê, Carls. Gostei.”

A loira se senta no sofá da sala, cruzando delicadamente as pernas. Sam havia mudado muito, tanto em aparência, quanto em comportamento.

“Obrigada, Sam...”

“Você deve estar se perguntando por que estou aqui, né?”

Com uma cara desconfiada, a morena acena positivamente.

“Várias coisas... estou te interrompendo em algo?”

“Na verdade, estava preparando a janta...”

“Oh. Continue, por favor, eu me sento lá na cozinha.”

“Não esquenta, eu termino depois. Você parece ter coisas importantes pra me dizer.”

“Tenho...”

Sam respira fundo, buscando coragem para dizer o que precisa dizer.

“Bom... primeiramente, quero te pedir perdão por ter deixado a nossa amizade morrer. Eu... tipo... quando vi como era ser popular, mudei totalmente. Não vou mentir, naquela época eu gostava, mas hoje me arrependo. Ainda te considero minha melhor amiga, mas eu sei que falhei muito contigo. Você me perdoa?”

Sam estende sua mão direita em direção a Carly. A morena pega a mão da loira com suas duas mãos e sorri para ela.

“Claro, Sammy. Eu nunca, nunca deixaria de te perdoar. Só lamento termos perdido tantos anos... mas agora a gente compensa!”

Com tristeza, Sam olha para baixo. Seus olhos começam a brilhar, mas ela segura o choro.

“Que foi, Sam?”

Carly coloca sua mão suavemente sobre a bochecha da amiga, preocupada com o que ela tem a lhe dizer.

“Acho que não vai dar pra gente compensar, Carls... eu...” Sam tropeça nas palavras, elas parecem não querer sair – “... vou morrer.”

Carly arregala os olhos e fica boquiaberta.

“C-como assim?”

Sam começa a chorar.

“Eu... tenho um tipo de câncer incurável... devo ter uns dois ou três meses de vida...”

As amigas se abraçam emocionadamente, Carly não acreditava no que Sam havia acabado de lhe contar.

“Oh, Sam! Deve ter alguma saída!”

“Não tem. Já consultei dois especialistas e fiz ligações... esse tipo de câncer é muito agressivo e não tem tratamento.”

“Oh, meu Deus! E o Freddie, e o seu filho?”

“Esse é outro dos motivos por eu estar aqui... Carly, eu sei que você e o Freddie tiveram um caso.”

Carly estremece por dentro. Ela realmente sabia, então.

“C-como... você descobriu?”

“O Freddie mudou muito comigo, parou de me procurar, começou a me ignorar... eu sabia que tinha algo estranho, então, num dia, eu fui até o serviço de vocês, e vi você saindo com ele toda animada, segurando o braço dele...”

“O-olha... Sam... desculpa, eu... devia, mas não consegui... o Freddie também tentou resistir...”

“Calma, Carly. Eu também traí muito o Freddie, não tenho raiva de você. Na verdade, isso até me fez abrir os olhos, e, ainda que contra a vontade do Freddie, me deu o maior presente da minha vida, o Karl...”

“Então você...”

“Sim. Eu furei as camisinhas e passei a seduzir o Freddie, até conseguir engravidar. Pra mim, era a maneira de manter o Freddie comigo. E estava dando certo, nossa vida depois do Karl melhorou muito.”

 “Mas há alguns dias senti uma dor forte nas costas... e então descobri esse maldito câncer!”

Sam não aguenta e começa a chorar de soluçar; Carly, que também já estava chorando, se aconchega ao seu lado e a abraça forte.

“Oh, Sam... se tiver alguma coisa que eu possa fazer...”

“Na verdade, tem sim... eu queria... que você tomasse conta do Freddie e do Karl quando eu morrer.”

Carly arregala seus olhos, fica com uma cara de espanto.

Sam sorri, o primeiro sorriso que ela dá na noite.

“Calma, Carls... não estou dizendo pra você já deitar com o Freddie durante meu velório... o que eu quero dizer é difícil.”

Sam respira fundo novamente. Agora que ela sabe da doença, percebe que está mais difícil respirar fundo, possivelmente o tumor já estava ocupando um espaço razoável do seu pulmão.

“Bom... você deve saber que o Freddie é fraco, frágil... tenho certeza que ele vai desabar quando souber desta notícia e principalmente quando eu me for. Eu sei que ele sabia dos meus casos, mas nunca me falou nada porque não queria se separar de mim... talvez fizesse isso por você, mas, como eu desconfiava, quando ele soube que estava prestes a ter uma família, resolveu ficar.”

“E eu conheço demais meu nerd, eu sei que ele vai se afundar sem ninguém pra lhe dar apoio, Carly... a Marissa está ocupada no outro lado do país casada com aquele ricaço, não vai querer saber de vir aqui pra cuidar do Freddie... e o Karl... vai precisar de uma mãe.”

“Você está me dizendo pra ocupar o seu lugar?”

“Eu sei que você ainda gosta do Freddie, do mesmo jeito ou mais quando éramos molecas... e ele também gosta de você, Carls...”

“Eu... preciso pensar.”

“Claro.” Sam se levanta.

“Eu preciso voltar pra casa, tenho de dar a notícia pro Freddie...”

“Quer que eu te leve pra casa?”

“Não, eu pego um táxi. Você sabe onde a gente mora, né?”

Carly acena com a cabeça.

“Então, se você se decidir, dá uma passada lá em casa... vai conhecer o Karl.”

“Vou sim.”

“Tchau, Carls...”

“Tchau, Sam...”

Sam pega um táxi em frente ao prédio e vai até sua casa. Freddie já havia apanhado Karl e estava preocupado com ela.

Ele havia feito o jantar e separado um prato para Sam, que, ao ver o gesto, sorri e o beija nos lábios carinhosamente.

Mais tarde, Karl já está dormindo e o casal se prepara para se deitar.

Sam que está sentada à penteadeira, observa pelo espelho Freddie tirando sua camiseta e puxando o edredom para se deitar.

Ela se vira.

“Baby, tenho uma coisa muito séria pra te contar...”


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Notas finais do capítulo

Tá terminando!



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