Ela estava cansada. Desde que Scorpius Malfoy tinha lhe pedido en namoro, as coisas em casa não estavam indo muito bem. De um lado sua mãe, por vezes racional, levada pela mágoa trazida pela mentira. Do outro o pai, simples e fechado às suas palavras referidas a um Malfoy.

Mas por Merlin, será que não viam? Se contasse antes, não deixariam nada acontecer.

Se contasse antes, nada fariam de diferente.

Ele lhe fazia bem. Lhe fazia feliz. Mesmo com todas as contradições de uma geração antes, ela compreendia o loiro da mesma forma que ele fazia. Ele sempre a tomava nos braços com carinho, mordia seu pescoço e murmurava o quão importante ela era.

Não. Não. Rose Weasley já não era mais uma criança.

Talvez fossem essas as atitudes que Hermione e Ron temiam de sua filha, e para reprimí-la, agiam com certa infantilidade. Ela era incapaz de compreender os pais, e eles não estavam sendo plausíveis em compreendê-la.

Tomou por si só o silêncio. Era o tempo, o culpado, o infortunado. Respirou fundo e esperou as férias acabarem. No fim, é assim mesmo. O tempo é o juíz de todas as sortes.