William Sem Sorriso escrita por Constance
Notas iniciais do capítulo
Basicamente, não importa se se está bem, se está triste, ou com ódio, desde que a sua expressão facial não demonstre. O mundo está repleto de pessoas curiosas, mas sem nenhum interesse e sensibilidade.
Estava cansado, estressado, ah, mas isso era automático, não do cansaço, mas de todos os dias, por que não estaria? Era o que sua feição dizia… Era o que a sua feição fazia com que todos acreditassem, aquele rosto no qual um sorriso não combina, tampouco uma lágrima… por que mesmo que doesse, que diferença faria? A feição era a mesma, a seriedade tão indiferente da qual nem mesmo as dores são capazes de mudar. Mas o que esperar? A sociedade é uma aparência e tem um aspecto detestável, e assim consecutivamente se cultiva, por que seria diferente? Se é isso que as pessoas vêem, então é assim que você é, para elas.
Bateu a porta ao entrar, passou a chave na porta, uma volta apenas… suspirou, virou então a chave mais uma vez, por precaução, nunca é demais. Olhou para os gatos, sentiu uma angústia mista de contentamento. “São os meus gatos, não são ‘só’ os meus gatos… são sim, os ‘meus’ gatos” – ele disse, primeiras frases de seus monólogos. Era uma sensação de solidão, onde estão as pessoas? Era uma sensação de contentamento… pessoas chatas. Não sabia o que pensar, no entanto, parecia pensar demais. Negligente ou só indiferente?
A casa passava a impressão de estar sempre apinhada de gente, apinhada de gente ocupada que passa por ali, mas não vive ali. Haviam muitos enfeites e tudo era amontoado. “Não procure encontrar nada com facilidade aqui, Willian, você vai levar, horas, melhor esquecer.” Desistiu de encontrar qualquer razão plausível para os seus sentimentos e foi fazer qualquer coisa útil, mas sem importância
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Agora parece um pouco demais, mas eu vi William em outra pessoa.