Mordomo Dedicado escrita por Constance
Notas iniciais do capítulo
Depois de ler "Marido Ideal" de Oscar Wilde, me senti inspirada a compor esta rápida conversa entre Michael e Albert, seu mordomo, que é em demasia, eficiente.
-Chame Clarice para mim! É extremamente necessário que ela esteja aqui!
-Não, não consigo enxergar um só motivo para concordar com você.
-Eu preciso dela…
-O que é “precisar” de alguém?
-É acreditar que pode-se adoecer caso a pessoa não esteja por perto.
-Bobagem! Seu aspecto é completamente saudável.
-Mas meu coração (aperta o peito) está para morrer!
-Não se preocupe, chamarei um cardiologista imediatamente.
-Eu preciso de minha Clarice… somente dela…
-Creio que não, precisa você, de uma série de pessoas, seus empregados, médicos, costureiros, sapateiros, e no momento inclusive, um novo professor de francês, Julline faleceu.
-Julline? Mas, como?! … Clarice pode sem dúvidas, dar-me aulas de francês!
-De forma alguma!
-Clarice é francesa!
-Nacionalidade não é diploma.
…
-Posso vê-la?
-Mas é claro que pode! És provido de visão, Michael.
-Poderia me chamar de McGregory?
-Tenho que voltar a dispor de formalidades?
-Não, só queria saber se ainda me respeitava…
-Não compreendo.
-E nem precisa, a vida para com você é muito gentil. Sequer conhece a amargura da dor de amar…
-Você está errado!
-Estou? Já amor, Albert?
-Não falo sobre isso. Você está errado em sua pronúncia. Venha, vamos para a sala de estudos.
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