O sol já estava no meio do céu o que, segundo Victória deduziu, indicava que era mais ou menos meio dia. Seu estômago roncava já fazia algumas horas, mas desde que saíra do hospital de madrugada só parou de correr no momento em que tropeçou e resolveu abandonar Isabella na floresta.

Com fome e certa de que já estava longe o bastante do hospital resolveu, mesmo sem parar de correr, olhar para as árvores ao seu redor procurando algum fruto comestível, ficou durante alguns minutos olhando de um lado para o outro em busca de comida. Estava tão concentrada em correr e ao mesmo tempo encontrar algo para saciar sua fome que não escutou o barulho do mar e assim acabou caindo de um desfiladeiro, havia várias pedras grandes na parede do local e conforme ia caindo e gritando cada vez mais alto Victória ia se chocando com várias pedras, dessa forma seus ossos se quebraram e seu corpo ficou todo lesionado.

Havia uma pequena parte em que havia areia na parte final do desfiladeiro, mas infelizmente o vento arrastou a jovem para o mar onde tentou lutar contra a morte, mas em vão, seu corpo quase não se mexia devido as fraturas e por fim acabou morrendo afogada.

Enquanto isso, no hospital...

– Querida, se acalme, a polícia vai encontrar nossa filha. Eu tenho certeza!

Mesmo fazendo todo o possível para acreditar no que o marido dissera Reneé não conseguia se livrar dos soluços e lágrimas incessantes. Os horrores aos quais sua filhinha recém-nascida poderia estar sendo submetida eram criados pela mente da mãe e enquanto eram reproduzidos em sua mente pareciam mais e mais reais. O esforço de todas as pessoas presentes no hospital para tentar consolá-la eram inúteis, pois só ela sabia do que Victória era capaz, e por isso nenhuma frase bondosa a fazia se sentir sequer um pouquinho melhor.

- Encontramos pistas de que ela pode ter ido pela mata, por isso vamos fazer uma busca por lá. Embora seja obrigatório eu admitir que as chances de encontrá-la são praticamente nulas.

Charlie ficou em sua mente amaldiçoando o policial, pois assim que este terminou de falar sua esposa desatou em um choro ainda mais triste e um aparente desespero.

Enquanto o policial tentava arranjar uma maneira de ajudar Charlie a consolar Reneé recebeu uma mensagem no rádio dizendo que haviam encontrado uma mulher morta, provavelmente por afogamento, na praia de La Push e sua presença era obrigatória no local. O policial rapidamente se despediu do casal e foi para La Push.

Ao chegar no local verificou que a morte tinha sido mesmo por afogamento e encaminhou o corpo para o legista, algumas horas depois o laudo do especialista chegou na delegacia, nele afirmava que a mulher encontrada era Victória.

O policial enquanto ia para o hospital dar a notícia a Charlie e a Reneé tentava imaginar quais palavras usaria para dizer que a filha deles muito provavelmente estava morta em algum lugar da praia de La Push ou do Oceano. Reneé com certeza iria entrar em uma séria depressão e Charlie também, apesar de que provavelmente tentaria se mostrar forte, estaria por dentro tão triste quanto a esposa.

As previsões do policial não se mostraram falsas, aconteceu exatamente o que ele previra.

Reneé ficou durante algum tempo sem saber o que fazer, depois desatou em um choro que demonstrava quão grande era seu desespero. Já Charlie tentava consolar a esposa, mas seu semblante indicava a tristeza que sentia por perder para sempre sua primeira e única filha.

Enquanto isso na casa dos Cullen...

– Pronto querida, tudo o que compramos mais cedo acabou de ser entregue, está tudo na sala.

– Nossa, que bom que não demoraram para entregar, querido. Bem, vamos começar logo, estou ansiosa para preparar o quarto da Bella. Tenho certeza que vai ficar bem meigo.

– Disso não tenho dúvidas, pois bem, vou pedir a Alice e Edward para tomarem conta dela enquanto arrumamos tudo. Vai vendo as coisas enquanto eu levo Bella para o quarto de Alice.

– Tudo bem, Carlisle.

Carlisle levou a pequena Isabella até o quarto de Alice, a garota era toda amores com a nenê, já dava para ver que no futuro elas iam ser realmente grandes amigas, mas no momento Alice cuidava dela como se fosse uma boneca linda e frágil.

Ao chegar na sala Carlisle reparou que sua esposa já havia separado tudo e seu trabalho foi simplesmente carregar tudo para o quarto, com direito a ajuda do pequeno Edward que adorava ser prestativo aos pais.

Depois de poucas horas o quarto de Isabella estava pronto, todos os integrantes da família tinham certeza que nunca encontrariam um quarto de bebê mais lindo e meigo que aquele, afinal depois de ter dois filhos e de ajudar suas amigas a planejar o quarto de seus filhos, Esmé podia ser considerada uma expert no assunto.

Mesmo tendo poucos dias de vida, Bella aparentou uma felicidade muito grande ao entrar no quarto, parecia que o trabalho de Esmé havia sido aprovado, o que gerou sorrisos de toda a família.

- Mamãe, agora eu finalmente tenho uma irmãzinha com quem brincar, porque o Edward não nunca quer brincar de Barbie ou de casinha comigo, ele só fica com aqueles carrinhos horríveis e chatos dele – disse a pequena Alice com um contagiante sorriso no rosto.

– Hey, suas bonecas que são horrorosas!

– O que vocês dois acham de parar de brigar e me ajudarem a cuidar de Bella?

– Isso mesmo, ajudem sua mãe que eu acabei de receber uma ligação e vou ter de dar uma passada no hospital, mas prometo que volto logo. E olha só que legal, você nem vai precisar de uma boneca de brinquedo, agora você vai cuidar de uma de verdade, mas lembre-se que ela é mais delicada e precisa de mais cuidados, Alice. E Edward, que tal você ajudar sua mãe enchendo a banheira?

– Pode deixar, papai! – disseram Alice e Edward juntos.

Continua no próximo capítulo...