Meu Deus, ele está tão lindo!

Marcamos de nos encontrarmos para comer algo e depois sair. Porque se divertir é o básico em NY! Além do mais já estou com 26 anos e solteira há dois meses, estou querendo mais é curtir a vida, porém algo me diz Tom Kaulitz amará me ajudar com essa minha nova meta.

21h30minmin.

O taxi parou na frente do maravilhoso restaurante Tiene, nunca tinha vindo aqui antes, entretanto os críticos das revistas andam comentando muito sobre os divinos risotos que servem por aqui. Pela fila de espera no bar, agradeci por Tom já estar me esperando já na mesa. Assim que entrei no restaurante me deparei com um lindo visual modernista, as paredes estavam todas lotadas com fotografias contemporâneas de vários tamanhos, o chão era todo cheio de grafites, e as mesas estavam numa total desordem, o que me lembro o apartamento da Cindy Lauper depois de uma festa deslumbrante.

Depois de muito procurar finalmente avistei Tom me olhando com aquele jeito sexy que apenas o mesmo consegue ter, caminhei calmamente em sua direção tentando parecer o mais natural possível, consegui controlar meus passos até finalmente chegar a mesa, não podia simplesmente parecer a louca que já dorme sozinha á uns 3 meses sozinha.

_Tom que saudade – Digo enquanto o abraço de um jeito delicado, mas logo o sinto me puxando para mais perto e abraçando-me de um jeito forte e acolhedor, o aroma delicioso que exala do corpo dele faz me ficar em órbita por alguns minutos. Simplesmente torturante.

_Nossa você como sempre esta linda e fabulosa, sente-se – Disse ele puxando minha cadeira para eu sentar, realmente não fui a única que mudei nesses últimos 4 anos.

_Dessa vez você não conseguiu fechar o restaurante? - Perguntei rindo enquanto cruzava minha perna.

_Não, isso aqui é New York meu querer não vale muita coisa, porém eu tentei!

_Queria o restaurante fechado só pra mim – Digo fazendo voz de criançinha mimada e depois ambos rimos juntos - Fiquei super feliz quando recebi seu telefonema, estão fazendo shows pelo EUA?

_Não, nós estamos apenas gravando umas músicas para talvez um cd bônus, os meninos estão à maior parte do tempo na Califórnia, mas vamos ficar umas semanas em New York, então eu logo dei um jeito de descobri seu número.  Quem diria que você viraria uma das jornalistas mais influentes desse país?

_Nem eu acredito nisso! Bem, tive muita sorte na minha vida profissional, muitas pessoas gostaram logo da minha coluna, e fui ganhando mais espaço com o tempo, hoje até tenho uma coluna pra falar de coisas mais sérias no The New York Times, pelo menos nisso tive sorte! Já na vida amorosa fico que nem canguru vivo pulando dos relacionamentos!- Afirmei decepcionada comigo mesma. E o que falam sorte na vida azar no amor.

_Estamos no mesmo barco minha querida - Disse ele daquele jeito sedutor mexendo em seu piercing, realmente algumas manias não mudam.

_Então vão querer o que?-Pergunta o garçom muito animado, deve ser novo e ainda nutre aquela falsa esperança de começo de trabalho.

_Charles – Digo depois de ler seu crachá, isso o faz sorrir ainda mais- Eu acredito no seu bom gosto, o que me recomenda?

_Hoje chegaram ás massas, então uma lasanha parisiense seria uma boa opção, sem contar que as verduras chegaram ontem e o molho acabou de ser feito! E se eu fosse vocês pedia também o prato do chefe, hoje o mesmo parece estar bem feliz com a chegada das novas taças!- Afirmou Charles com sorriso extremamente satisfeito.

_Bem por mim tudo bem e por você Tom?-Perguntei enquanto devolvia o cardápio para Charles que ainda mantinha o sorriso estampado na face.

_Ta pode ser, desde que outro dia a gente possa ir no Mc Donald’s?-Propôs Tom devolvendo o cardápio para Charles que sorridente se retirou dali mais rápido do que eu imaginava.

_Certo, mas tem que ser amanhã tudo bem?

_Ta certo amanhã te busco no seu apartamento, e como anda a vida em New York? Namorando? Casada percebi que não está. - Disse ele apontando pra o meu dedo que não tinha nenhum anel de compromisso ou algo do tipo.

_Acabei de sair de um namoro sério e resolvi curtir a vida de solteira e você?

_Na mesma desde que nasci, a não ser a época que nós estávamos juntos, então a onde ta morando?

_Aqui perto - Digo tentado acabar com o assunto por ali. Sempre acho muito prepotente e metido da minha parte quando falo que morro numa cobertura de frente para o Central Park.  

_Estou hospedado aqui perto, ali perto do Central, então está feliz?

_Feliz não, mas estou contente por estar aqui com você, como esta a Lizzie?

_Super feliz, virou uma mãezona.

Comecei a rir enquanto bebia meu refrigerante. E estranho pensar em uma Lizzie amorosa e babona, entretanto como falam que uma filha muda tudo na vida de uma mulher.

Quando começamos a comer, o silêncio tomou conta da nossa mesa, também quem conseguiria falar enquanto pode desfrutar de uma lasanha tão boa quanto essa. Enquanto comíamos, comecei a pensar que se Tom me beijar hoje à noite e bem possível que eu retribua com a mesma intensidade, porque pra falar a verdade eu amo Tom, porém de um jeito diferente de qualquer tipo de amor que já tive com alguém. Um amor que só consigo sentir quando estou perto dele.

_Lizzie vive falando de você, ela não sabe nada do nosso passado escuro, com certeza Lizzie vai te procurar quando chegar amanhã em New York.  Sua amiga está vindo da Alemanha com a Sophie e as babás!

 _Mal chegou e já está me arrumando um problema, mas mudando de assunto como anda a banda?

_Normal.  E como e ser a jornalista mais badalada da cidade?

_Normal a mesma coisa de sempre - Digo indiferente depois de um sorriso e uma meia risada.

Após o jantar maravilhoso, decidimos andar alguns quarteirões até o Aubette onde em minha opinião tem o melhor martíni com maça da cidade.

No caminho até o bar 3 pessoas nos pararam, a primeira foi para mim, a segunda uma fã do Tom que nos obrigou a fugir dela e por último um casal de namorados que nem sabia quem a gente era, apenas pediu pra a gente tirar uma foto deles no Central Park.

Assim que chegamos Tom foi pegar as bebidas, me sentei em um dos sofás do fundo, aqueles tradicionais e frios sofás de couro do Aubette que costumam ficar quentes com certa facilidade dependendo de quem os usam.  

Sinto a bebida do jantar se misturam com a cerveja que Tom comprou para nós no meio do caminho, talvez o martíni não seja uma boa sugestão, estou achando que seria melhor um suco de aspirina.

Começamos de novo a falar do que havia acontecido com ambos nesses anos, foi quando comecei a dar certa atenção aos lábios de Tom. Meus lábios começam a sentir vontade de tocar nos dele, então o álcool me da coragem para me inclinar para frente. Então acontece um beijo lento e calmo.

_Uahh, por essa eu não esperava, eu não reparei que isso vinha na minha direção...

Foi quando o interrompi com outro beijo um pouco mais animado, no qual tive que me aproximar mais dele fazendo nossos corpos se tocarem.

_Nem isso- Disse ele me olhando daquele jeito que tanto amo, realmente eu estava com mais saudade do que imaginava dos lábios de Tom, também quem mandou beijar tão bem.

 O beijei pela terceira vez e acrescentei um pouco de língua só para garantir.

Conversamos mais um pouco e com o passar do tempo comecei a me sentir vagamente atraída por ele novamente, Tom tem um belo corpo e um lindo antebraço. Nós nos beijamos algumas outras vezes e aquilo que sentia por ele antes começa a voltar, a cada beijo aquele meu desejo por seu lindo corpo parece se acender cada vez mais, entretanto a cada vez que nossos lábios se tocam acabo lembrando-me de Georg, daqueles lábios alemães que eu realmente amei mais do que tudo nessa vida.

Quando saímos do Aubette aos beijos Tom logo chama um taxi pra mim, com um pouco de dificuldade já que ambos parecíamos não querer parar de nos agarrar no meio da calçada, assim que o taxi chegou me senti meio aliviada por Tom não me propor de passarmos a noite juntos, porque do jeito que estou exaltada sou bem capaz de aceitar e depois me arrepender quando o acordasse com ele ao meu lado.