The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 54
Won't You Save Me?


Notas iniciais do capítulo

Postei errado HSIAOSJAISH
Um mês certinho, haha. Desculpe, meus amores. Eu realmente não estava em condições de postar aqui. Briguei com meus pais, fiquei de recuperação, trabalhos, problemas e tal, nem rola, gente. Mas nesse fds eu tirei uma folga e cá estou SHAUSHA
Espero que me perdoem :B



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Os dias passaram voando. Não entendia o que acontecia com o tempo quando eu estava com aquela garota. Parecia que foram horas e não três dias. Não havia nada que me agradasse mais que poder gastar todo meu tempo disponível apenas recuperando o tempo perdido.

Eu pensava em muitas coisas enquanto a observava dormir. Pensava em principalmente como aquele dia em especial chegou tão rápido e eu nem havia criado coragem para pensar na minha despedida. Eu não queria uma. Por mais egoísta que fosse, eu queria minha baixinha comigo. Sempre.

Não tinha Justin Drew Bieber sem ela. Eu era incompleto. Desci meu olhar para o chão, procurando alguma saída para todo aquele pesadelo.

- Está na hora, não está? – Ouvi sua voz suave ocupar o lugar do silêncio no quarto. Levantei os olhos do chão e a encontrei acordada, sentando-se.

Não respondi. Não queria dizer aquilo em alto e bom som, não queria que aquilo fosse declarado oficialmente.

Como confirmação, Norah entrou no quarto com uma bolsa em mãos. Ela não disse nada além de que eu me retirasse do quarto e foi o que fiz, com alguma relutância. Esperei encostado na parede do corredor, oposta à parede da porta do quarto dela. Depois de alguns minutos, as duas irmãs saíram do quarto. Miranda estava com uma roupa normal, fora de seus pijamas. Mostrei um sorriso forçado e ela me acompanhou. Entrelaçamos nossas mãos e caminhamos até a porta principal do hospital onde esperava o carro do pai dela... E o início de outro sonho ruim.

Ficamos um tempo apenas observando o dia bonito que fazia em Atlanta. O céu estava azul e sem nuvens. Uma leve brisa soprava de algum lugar e trazia o cheiro de café recém-feito das cafeterias.

- Eu não quero ir, Jus. – Miranda derramou sua primeira lágrima.

- Eu sei, meu amor, mas você tem que melhorar. E se esse é o preço, temos que pagar. Por você, por nós. – Limpei a lágrima.

Ela assentiu, relutante. O carro que a levaria para o aeroporto chegou. Os pais dela e Norah já colocaram as malas no porta malas.

- Miranda... – Charlie chamou, com um semblante triste. A porta do carro estava aberta.

Meu coração se apertou quando a ficha caiu. Ela ia embora, e Deus sabe quando ela volta para mim. Senti seus braços em volta de meu pescoço e as lágrimas quentes molharam minha blusa.

- Eu não quero ir, Jus. – Ela sussurrava ao meu ouvido. – Por favor, eu quero ficar aqui com você. Não deixa eles me levarem, Justin.

- Miranda, Miranda. Me escuta. Você vai lá, vai fazer aquele tratamento e vai voltar bem. Você vai voltar bem para que a gente possa ficar junto. Vai voltar para mim. – Segurei seu rosto entre as mãos e olhei em seus olhos.

- Não, Justin. Não. – Ela parecia apavorada, como se pensasse que o pior poderia acontecer.

- Miranda. – Foi a única coisa que falei. Tentando ser firme.

E então eu tive medo. Medo de perder minha garota, medo de não estar lá quando ela precisar, medo de que o pior acontecesse e eu não estivesse com ela.

Mordi o lábio, segurando o choro. Eu ia perder meu ponto de paz.

Desde que as coisas começaram a piorar de verdade com ela, parece que minha vida virou de cabeça para baixo. Tudo dava errado, não importava o que eu fazia. Sempre dava errado. No estúdio, nas entrevistas, com o pessoal da equipe... E sempre que eu abria a porta daquele quarto e via aquele sorriso, todos meus problemas desapareciam, porque ela estava bem, e aquilo me fazia bem.

- Promete que não vai se esquecer de mim, Jus? – Seus olhos estavam cheios de lagrimas novamente.

- Isso será impossível. Você e eu somos um só, como poderia me esquecer de uma metade minha? - Abri um sorriso vacilante, mas sincero.

- Eu te amo tanto. - Ela sussurrou.

- Eu te amo ainda mais.

Miranda esboçou um sorriso e selou nossos lábios em um rápido beijo.

- Esse não é um beijo de adeus. – Explicou, mas parecia dizer mais para sim mesma que para mim.

- Eu vou esperar você voltar para mim. – Dei um selinho demorado nela. – Minha baixinha.

Miranda sorriu um sorriso estonteante. Daqueles que só eu consigo provocar. Não que eu seja convencido, mas acredito que eu faço Miranda tão feliz quanto ela me faz.

Me abraçou pela ultima vez e virou-se para entrar no carro.

- Miranda! – Jazzy saiu correndo do carro, seguida pelo meu pai, segurando algo atras das costas.

Miranda se virou para ela e se ajoelhou para ficar na altura dos olhos dela.

- Oi meu amor! – Miranda sorriu.

- Você vai embora? – Jazmyn perguntou.

- Eu vou. – Miranda deu um sorriso triste.

- E você vai voltar?

- Eu... - Miranda mordeu o lábio inferior, reprimindo algumas lagrimas. – Eu não sei.

- Você vai lembrar de mim?

- Claro. – Miranda deu um sorriso contido.

- Mas você pode acabar esquecendo. – Minha irmã fez um bico.

- Claro que não, pequena.

Jazmyn ficou calada por um segundo. Depois colocou as mãos para a frente, mostrando seu ursinho de pelúcia favorito.

- Eu quero que você cuide dele. O nome é Teddy. – Jazmyn estendeu a ela o brinquedo.

- Jura? – Miranda não escondeu a surpresa.

- É para você se lembrar de mim. O Bieber vai com você?

- Não, Jazzy, eu não vou com ela. – Respondi por Miranda, que segurou o choro de novo.

- Então você lembra do Bieber também. – Jazmyn abriu um sorrisinho encantador.

Miranda sussurrou um "obrigada" e mordeu o lábio inferior. Jazmyn foi para perto do meu pai e Miranda se levantou.

- Lembre de mim. – Apontei para o bicho na mão dela.

Ela assentiu, derramando algumas lágrimas de novo e me abraçou forte.

- Miranda! – Charlie a chamou de novo.

- Vai lá. – Dei um beijo em sua testa e sorri. Miranda balançou a cabeça, como se não quisesse, mas foi ainda assim.

Vi o carro partir e desaparecer quando dobrou a esquina. Senti o peso daquilo tudo cair sobre meu corpo, segurei o choro por não muito tempo, até minha mãe me abraçar. Aí eu chorei tudo o que estava guardando.

- Ela vai voltar, não vai? – Perguntei, contra seu cabelo.

- É difícil dizer, Jus. – Afagou meu cabelo.

- Não era isso o que eu queria ouvir. – Soltei uma risada sem vida.

- Ela vai voltar assim que estiver bem. – Garantiu. – Vamos para casa, você precisa relaxar.

Assenti e me deixei ser arrastado até o carro por Kenny. Queria me soltar dele e ir atrás daquele carro, mas não podia, e aquilo me corroía por dentro.

- Vai deitar um pouco, meu amor. – Minha mãe me deu tapinhas nas costas, me conduzindo até a escada.

Obedeci, sentindo-me exausto de repente. Talvez deitar na cama e ficar por lá não era má ideia. Tomei um banho demorado e relaxante, apesar de não querer tirar o cheiro de Miranda de mim.

Como seria sem ela? É, eu consegui passar sete meses longe dela, mas eu também estava magoado e tinha uma "distração" como Selena. Agora era diferente. Ela precisava de mim e eu não podia fazer nada. Só podia ficar aqui e esperar, como um nada, esperar que ela voltasse para mim enfim.





- A vida é uma pista de mão dupla. – Falei, dando de ombros. – As pessoas vêm e vão, temos altos e baixos, risos e choros. Não acho que há muito que possamos fazer com isso. A vida é engraçada e irônica.

A plateia daquele talk show me aplaudiu, acho que por minha resposta. Abri um sorriso tímido e como quem dizia “é isso aí” encolhi os ombros.

Era uma ferida aberta e eu simplesmente me deixei tirar tudo o que tinha de dentro dela, ultimamente.

O que há de errado com Justin Bieber?” eu li uma vez numa manchete de uma banca de revistas. O que não havia de errado com Justin Bieber, é mais fácil de responder.

Um dia, dois dias, uma semana, um mês, dois, três. Esse era o problema. O tempo se passava em punhados e mesmo assim não parecia chegar nunca o tão esperado dia que aquele pesadelo todo ia acabar.

Nós viramos o casal famoso, conturbado, que não podia ficar junto. No Twitter, sempre via as meninas falando sobre isso, querendo fotos, notícias, qualquer coisa. Eu também queria.

No começo, era bem suportável. No mesmo dia em que viajou, ela ligou para mim para contar como estava sendo. E foi assim durante uma semana. Depois viraram SMS, depois alguns e-mails, depois algumas ligações que eram feitas pelos pais dela para minha mãe e depois disso, nada. Nada. Nem uma notícia, nem um “olá, saudades!”.

E o pior, o pior de tudo, era a minha própria mente que me torturava com pensamentos terríveis. Eu sempre me pegava imaginando o pior.

- Arroz colorido, JB? – Kenny perguntou, apontando para a travessa de arroz que o garçom havia colocado na nossa mesa.

- Pode ser. – Empurrei o prato para perto dele e suspirei. Scooter suspirou e comeu um pedaço de seu frango xadrez. – Quando vamos voltar para Atlanta?

- Três dias, JB. – Ryan estava com a gente, acompanhado também de sua namorada, a Ashley. – Depois, Europa. – Abriu um sorriso enorme.

- Eba. – Falei, sem a menor vontade.

- Vamos lá, loirinho. – Ken pediu, me dando algum apoio moral, sei lá.

- Vai ser divertido. – Dei de ombros. No final sempre era.

Peguei meu garfo e comecei a comer o arroz colorido que Kenny havia colocado em meu prato. A fome não me incomodava muito ultimamente. O sono, esse sim era um problema, mas fome não.

Olhei pela janela e me perguntei o que ela estaria fazendo agora. Aquilo era o que mais rondava minha cabeça; se ela estava pensando em mim, como eu estava sempre pensando nela.

- Pronto? – Ouvi a voz de Scooter, de repente ao meu lado. Olhei para cima, saindo de um transe que era quase constante. Assenti, largando o garfo no meu prato quase intocado e levantei.

Voltamos para o estúdio e retomamos as gravações de onde paramos. E assim o dia caminhou até seu fim. Cheguei a casa mais exausto que de costume, tão calado como sempre. Minha mãe estava na sala, lendo um de seus não-sei-quantos-livros.

- Como foi hoje, meu amor? – Ela me percebeu na porta, olhando a mobília sem realmente ver.

- O de sempre. – Respondi, indo para a escada.

- Sei. – Ela já sabia o que aquilo queria dizer. – Filhote, pega algumas cocas antes de subir?

- Claro. – Fui para a cozinha e abri a geladeira. Abracei um bom número de latas e voltei para a sala. – Aqui.

- Pode subir agora. – Sorriu e apontou para a escada. Fiquei sem entender nada, mas a preguiça de falar qualquer coisa me fez dar meia volta e subir as escadas.

Abri a porta do meu quarto com bastante dificuldade e larguei as latinhas no closet. De repente, gritaria e confusão.

- O que é isso? – Gritei para os macacos no meu quarto. Eles riram.

- Surpresa, JB! – Chaz gritou.

- Scoot disse que você estava em emergência. – Ryan bagunçou meu cabelo, me empurrando na cama em seguida.

- Então... – Chris ligou minha TV e o Xbox. – Viemos animar você.

- Trate de ficar animado, estamos recebendo caro para colocar um sorriso no teu rosto, pirralho. – Ryan deitou-se na cama, folgado. Revirei os olhos e suspirei.

- Que cheiro é esse? – Perguntei.

- Nunca falha. – Chaz riu. Foi no meu closet (onde eles provavelmente se esconderam) e voltou com algumas caixas de pizza. Abri um sorriso, sentindo muita fome de repente. Peguei um pedaço da pizza de sal e a abocanhei.

- Que isso, menino? Estava amarrado? – Chris estava rindo com Ryan. Ignorei a piadinha e continuei devorando meu pedaço – suculento, por sinal – de pizza.

- Três dias, hein? – Ryan observou, pegando um dos controles e selecionando seu time no FIFA.

- Três dias. – Confirmei, agora abrindo uma lata de coca.

- Animado?

- Sempre. – Respondi, dando de ombros. – O rei aqui tem que dominar. – Abri os braços, convencido.

- Não se acha não, Baby. – Chaz jogou um travesseiro em mim.

- A gente corta essas suas asinhas, fadinha. – Chris simulou uma tesoura com os dedos.

- Vamos ver quem é a fada. – Desafiei e peguei o controle da mão de Ryan, iniciando uma partida com Chris.

Scooter tinha razão ao deduzir que meus melhores amigos iriam colocar um sorriso no meu rosto.




Uma mesa no meio de um pátio, aberto, em Londres. Scooter havia enlouquecido, qual é! As meninas se amontoavam de todos os cantos, querendo arrancar algum pedaço de mim. Essa seria com certeza a tarde de autógrafo mais alucinante da minha vida.

Alguns punhados de seguranças tentavam controlar de algum jeito aquela multidão, mas mal conseguiam manter-se de pé. Ria enquanto assinava um monte de CDs, DVDs, revistas, cadernos e mais outra porrada de coisas do tipo. As garotas conversavam comigo animadamente, me contando viagens cansativas até aqui, de mesadas economizadas, de vídeos, de tudo. Eu amava aquelas meninas.

Meu sorriso sumiu quando a pulseira apareceu na minha frente, estendendo-me uma revista para assinar. Olhei para cima, rapidamente, e tive acho que a maior decepção da minha vida. Não era ela.

Passei a prestar atenção naquilo depois que vi outras duas garotas com a mesma pulseira no pulso. Aquilo havia se tornado moda? Como assim? Isso é palhaçada comigo, não é? Senti a indignação tomar conta de mim enquanto continuava assinando.





Meu coração estava acelerado. Por Deus, minhas mãos pareciam poças d’água e minha ansiedade transpassava meu corpo. Mal podia acreditar, depois de tanto tempo.

O carro parou uma rua antes de onde seria a sessão de autógrafos. Aquele nó na garganta foi aumentando gradativamente. Ken abriu a porta para mim, com um sorriso maior que a Rússia no rosto. Ele estava tão feliz quanto eu, era uma surpresa para ambos, mas ali estávamos. De novo.

- Podemos ir? – Ele quis saber.

- Claro. – Respirei fundo, arrumando o pequeno presentinho nas mãos. Respirei fundo de novo e me obriguei a andar.




- Onde está o Kenny? – Chamei Scooter, sem tirar os olhos da blusa que assinava.

- Eu não sei, ele não estava aqui com você? – Scooter fez uma cara de pura confusão.

- Não, tem mais de hora que eu não o vejo. – Admiti, franzindo o cenho.

- Justin, assina para mim? – Uma garotinha estendeu a mão com um bloquinho cor de rosa. De novo a pulseira em seu braço. Se ela não fosse tão baixinha e não fosse quase impossível não vê-la, nem teria levantado os olhos. Estava fazendo aquilo sempre que via a pulseira, ciente de que se olhasse, me decepcionaria de novo.

- Claro. – Sorri e peguei outra caneta, já que aquela que eu estava usando havia acabado.

- Obrigada, JB. – Ela deu a volta na mesa e me deu um abraço. Não me contive e a abracei também, me sentindo bem com aquilo.

Voltei minha atenção à mesa e suspirei. Aquela multidão não parecia acabar nunca. Era a Bieber Fever, baby. Uma foto foi colocada à minha frente, uma bem estranha, pelo fato de eu não me lembrar de ter posado para ela. Dei de ombros, as fãs geralmente descobriam coisas que nem eu mesmo sabia. Olhei para frente, vendo aquela mesma pulseira que eu vira milhões de vezes no mesmo dia.

- O que eu escrevo? – Perguntei, enquanto escrevia a assinatura.

- Ah, não, deixa a mensagem para o meu amiguinho. – A voz tremendamente familiar disse.

Meu sistema nervoso parou de funcionar por uma fração de segundo. Em seguida, o Teddy foi colocado à minha frente, sentado quase em cima da foto que eu estava autografando. De súbito, notei que havia um silêncio enorme ali, um silêncio anormal para a multidão. Minha respiração estava falhando e eu reuni coragem para olhar para cima.

- Oi. – Sua voz doce disse, acompanhada de um sorriso tímido. Levantei da minha cadeira num pulo, quase passando por cima da mesa. Dei a volta rapidamente e a envolvi em meus braços, sentindo meu coração vibrando em meu peito.

- Isso é um sonho? – Perguntei, baixinho.

- Eu sinceramente espero que não. – Ouvi sua risada em meu ouvido e foi quase como estar no paraíso.

Afastei-me um pouco dela, apenas o necessário para fitar seus olhos, com um sorriso idiota no rosto. Obrigado, Deus, obrigado por trazer minha garota de volta para mim.




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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Bom, em breve, postarei os finais alternativos. Adorei essa ideia gente SHAUSHUAHS
Esse capítulo começou bom, aí ficou podrinho e terminou ainda pior, mas eu não consigo fazer melhor :c
Enfim, vocês querem o Final 1 primeiro ou o Final 2? haha, tem MUITA diferença entre eles, believe me.
UUUH QUEM CURTIU O CLIPE DE BF? E Turn To You, mó fofinha né gente? Aw Jusz10, deixa de ser lindo *o*
xx babes ♥



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