The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 5
What difference it make? - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

OOI, bom aí está mais um capítulo para vocês :B Sabe aquela coisa minha de postar dois povs, um do Jus10 e outro da Miranda? Então, eu resolvi mudar um pouco. Enfim, chega de enrolação: Boa Leitura :D



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- Miranda

    - Vou sentir sua falta, pequena. – Ele beijou minha testa. A sua bagagem de mão atrapalhou um pouco que eu me aninhasse em seu abraço. Não queria deixá-lo ir.

     A verdade é: eu sabia que Tyler ocupava um espaço que Justin havia aberto aqui dentro, eu sabia que ele apenas amenizava a dor. E, principalmente, eu sabia que se ele fosse embora, eu ia acabar ficando muito pior do que eu já estava.

     Já fazia três dias desde que eu vi Justin de novo. E ainda assim parecia que fora ontem. 

     - Não mais que eu, Ty. Acredite. – Sorri fraco. Ele esboçou um meio sorriso e soltou minha mão, virando-se para entrar na sala de embarque.

     Uma lágrima solitária escorreu por minha bochecha. Comecei a mover meus pés.

     - Coitadinha! Tão nova e já passando por esse tipo de problema. A vida não é fácil. – Um casal de velhinhos sentados juntos assistiu a cena e comentou entre eles. “Vocês não fazem ideia do quanto.”, quis responder.

     Liguei o som do carro e esperei um pouco para dar partida no mesmo. Liguei o aquecedor também, tentando tirar os resquícios daquela manhãzinha fria, apesar de ser verão.

     “Justin Bieber e sua namorada foram vistos ontem, jantando num restaurante caro aqui em Atlanta. Parece que o casal está mesmo apaixo...” Desliguei o som, com certa brutalidade. Dei a partida no carro e saí do aeroporto de Atlanta.

     - Meu amor, espere! – Minha mãe pediu, antes que eu subisse correndo a escada. Parei e dei meia volta. – A gente tem que conversar.

     - Não pode ser depois? – Pedi, sorrindo fraco.

     - Não. – Meu pai estava ao seu lado. – É muito importante e tem que ser conversado agora.

     - Tudo bem, então. O que é?

     - Nós estivemos pensando e... Decidimos acabar com a poupança para a sua faculdade. – Minha mãe falou, categoricamente. Meu queixo caiu.

     - Como assim? Vão usar o dinheiro...? – Perguntei, saindo do pé da escada e me aproximando deles.

     - Não. O dinheiro vai continuar lá. Você vai ter que trabalhar para pagar sua própria faculdade. – Ela concluiu o decreto.

     - Mas... Mas, mãe! Isso é um absurdo! Por quê?

     - Achamos que é o melhor para você. Conversamos com um especialista e ele nos disse que isso vai te ajudar a formar certos valores.

     - Isso é ridículo! A Norah não teve que trabalhar para pagar a faculdade dela!

     - A Norah não sumiu de casa por sete meses, voltou namorando o primo dela e jogou um copo de água na cara de alguém! – Ela levantou a voz.

     - Mas...

     - Sem “mas”. Está decidido. – Ela estendeu um papel para mim. – Ligue para esse número, conseguimos um emprego para você.

     - Ah, isso não devia ser parte do processo de “formação de caráter e blábláblá”. – Resmunguei, indignada.

     - Miranda Stephen! Você fale direito comigo! – Ela pediu, quase gritando.

     - Não acredito nisso. – Murmurei, pegando o papel de sua mão com força.

     - Você pode ir para o seu quarto agora. – Meu pai disse, nada satisfeito com o rumo que aquela conversa havia chegado.

     Fechei a cara e disparei escada acima. Tranquei a porta do quarto e joguei a droga do papel em algum canto do quarto. Entrei no banheiro e tomei um banho longo.

     Sentei na cama e olhei o nada. Reconheci um pedaço à mostra de um papel fotográfico e fui pegar para ver o que era. Era uma foto minha... Minha e do Justin. Abri um sorrisinho e coloquei a foto em cima do criado-mudo. Era uma boa lembrança.

     Olhei o papelzinho jogado perto da escrivaninha e resolvi pegá-lo. Se não havia outro jeito, eu iria acabar tendo de ligar para o tal número e arranjar um emprego, se quisesse cursar a faculdade ano que vem.

     - Alô? – Uma voz rouca e grossa atendeu. Parecia cansada, como se estivesse dormindo ainda há pouco. Olhei para o relógio e me xinguei mentalmente. Eram nove horas da manhã agora. De certa forma, ainda era cedo.

     - Ér... Ahn, eu gostaria de falar com o senhor Good. – Pedi, tentando ser muito educada.

     - É ele. Pode falar.

     - Me deram seu número, dizendo que você tinha uma proposta de trabalho.

     - Ah, sim, a garota que ele estava falando. – Ele falou mais para si mesmo do que para mim. – Vou te passar o endereço, ok? Você vai para lá daqui a pouco. Estamos com a agenda um tanto apertada, não dá para ficar marcando entrevistas de emprego muito tardes. – Explicou.

     - Tudo bem. – Peguei papel e caneta. – Certo, eu estou indo para esse lugar. – Falei, depois de anotar.

     - Ótimo. Espere na recepção, eu vou chegar um pouco tarde, ok?

     - Tudo bem. Obrigada. – Desliguei. Analisei rapidamente o endereço, ele me era vagamente familiar.

     Desci a escada correndo e fui direto para a porta.

     - Aonde você vai? – Minha mãe gritou.

     - Trabalhar. – Resmunguei e duvido que ela tenha ouvido.

     Entrei no carro e dirigi até o tal lugar. Meus pais não aceitariam que eu trabalhasse em qualquer lugar, não é? Devia ser um lugar bonito, legal e... Era uma gravadora. Fiquei olhando atentamente antes de sair do carro. Haviam milhões de gravadoras em Atlanta. Não podia ser aquela.

     Respirei fundo e saí do carro. Caminhei pelos arbustos que decoravam a entrada do estabelecimento. O ar-condicionado me recebeu quando eu passei pela porta. Havia uma movimentação normal ali, coisa matinal, as pessoas ainda estão acordando, tanto que o cheiro de café era sensível ali. Avistei uma plaquinha indicando a recepção e fui para lá.

     - Bom dia! – Falei, tentando passar algum tipo de empolgação. A moça que estava por trás do balcão apenas me encarou. – Ér, eu estou aqui para uma espécie de entrevista...

     - Ah sim, a garota das dez. – Ela riscou alguma coisa num pedaço de papel. – Pode aguardar aí, o responsável já vai vir falar com você, ok?

     - Certo. Obrigada. – Sorri.

     Apoiei-me no balcão e esperei. A recepcionista ficou me encarando por longos minutos. Houve uma gritaria terrível do lado de fora da gravadora. Coisa de gente famosa, concluí, com uma careta.

     - A gravadora lança muitos sucessos, não é? – Comentei com ela, tentando fazê-la parar de me encarar.

     - Sim. – Ela abriu um sorriso, encantador por sinal, mas ela claramente não estava sorrindo para mim. – Posso te fazer uma pergunta?

     - Claro.

     - Que tipo de namorada não sabe aonde seu namorado trabalha?

     - Talvez ela só não se importe. – Respondi.

     - Hm, é, acho que muita gente tem a maior sorte do mundo e nem sabe, não é?

     - Pois é. Sei bem como é. – Sorri para ela.

     A moça se levantou e cumprimentou alguém. Reconheci pela voz e gelei. Usher. Ele passou por mim sem me notar, também pudera, eu meio que abaixei a cabeça, fingindo procurar algo que obviamente não havia caído no chão. Quando ele saiu, levantei a cabeça de novo e notei um sorriso ainda maior na cara da mulher.

     A porta da gravadora se abriu e a gritaria pôde ser ouvida.

     - Bom dia, shawty. – Outra pessoa dessa vez parou para ficar na recepção. Encarei o chão. O tal responsável que ia falar comigo estava demorando.

     - Bom dia. – Ela sorriu. – Sua agenda está lotada hoje e temos algumas surpresinhas.

     - Adoro surpresinhas. – Ele baixou o tom de voz.

     - Fala, JB! – Mais outra voz familiar ribombou pela sala da recepção. Todos nós viramos a cabeça automaticamente. Meu queixo caiu e a raiva tomou conta de mim. Ele me viu. – Você veio! Não achei que viria! – Falou comigo e os dois restantes se viraram para mim.

     - Miranda? – Justin pareceu levar um susto.

     Ótimo. Respirei fundo e esperei uma explicação da parte do Scooter.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso aí. Eu particularmente não gostei muito do final, mas enfim. Boa sorte para quem vai fazer o ENEM amanhã/hoje :B Muita calma, muita paciência, são seis horas de prova... presta atenção na redação. É METADE DA NOTA ;)Ok, beijinhos gatas ♥