The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 30
Tell Me Your Secrets


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda. Mais um capítulo pra vocês :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/167783/chapter/30

- Miranda

     “Cheque seus e-mails. Xoxo, Norah”. Li a mensagem que acabara de receber.

     - Scott? Me empresta o seu notebook? – Pedi, sorrindo como um anjo.

     - Não dá, estou usando, pega o do Justin. – Falou ele, olhando para a tela do seu computador.

     - Posso? – Mordi o lábio inferior. Não dava para perguntar ao próprio, já que ele havia saído do como Kenny.

     - Não acho que ele vá se importar. – Deu de ombros, ainda sem olhar para mim. Ri fraco, parecia meu pai.

     Assenti e voltei para o quarto do Justin. Peguei o Mac dele e sentei na cama. Tinha senha. Tomei impulso para ir perguntar ao Scooter se ele sabia a senha, mas não saí do lugar, decidi arriscar.

     - Vamos ver... Beliebers? Não, muito óbvio. Hm, família? Argh, isso é ridículo. – Ri de mim mesma. Fui na base do erro e da tentativa. Beliebers, não. Risca. Mamacita, o jeito como ele chamava Selena, não, risca. Purple Ninja? Hm, não. Desisti e decidi ir perguntar ao Scooter.

     - Eu não sei, é o computador pessoal dele, oras! – Falou, quando perguntei. Fechei a cara, ele não estava ajudando.

     Sentei de volta na cama, pensativa. Cara, isso só acontece porque a Norah pediu que eu checasse meus e-mails, mas que droga. Certo, se concentra. Aquela era uma cena engraçada. Lá estava eu, de short e regata, como se estivesse num domingo em casa, tentando descobrir a senha do astro teen, Justin Bieber.

     - Ah, vai qualquer coisa. – Falei para ninguém é apertei os dedos freneticamente. Claro que não ia dar certo, né. Impaciente, resolvi apelar. Coloquei meu nome. E de quebra coloquei o meu apelido também. Apertei a droga do enter com uma força um pouco exagerada e esperei o sistema avaliar a senha. Arregalei os olhos quando a foto de Jazmyn e Jaxon apareceu, como plano de fundo.

     Ok, aquilo era fofo e estranho ao mesmo tempo. Ignorei aquela sensação de “ai que lindo, é o meu nome” e cliquei no navegador. Hoje era o meu dia, para variar, a conexão estava lenta. Abriu o navegador, depois de dois séculos.

     Abri meu e-mail e procurei a última mensagem que Norah havia me mandado. Cliquei e logo vi do que se tratava.

     Um largo sorriso brotou em meus lábios. Era a foto do ultrassom do meu afilhado e sobrinho, Dylan. Havia também uma mensagem de som, anexado ao e-mail. Abri e quase chorei ao ouvir. Era o som das batidinhas do coração dele. Bum, bum, bum. Ah, Miranda, não chora!

     Fiquei ouvindo aquilo pelo menos mais trinta vezes, sorrindo feito uma idiota. Até o Justin entrar no quarto, sorrindo e me olhar, com seu computador.

     - O que... – Perguntou ele, me fitando.

     - Norah pediu que eu visse algo. Eu pedi ao Scooter o notebook dele, mas ele me mandou pegar o seu. – Expliquei rapidamente, mas acho que ele não pegou algumas partes.

     - Tá, não, tudo bem. Mas e a senha...?

     - Ah... Eu... Descobri. – Abri um sorrisinho tímido. Ele corou? Ou era só impressão minha.

     - Pois bem... – Pigarreou. – Vou tomar um banho e... – Não terminou de falar e entrou no banheiro.

     Ele estava com vergonha? Que bonitinho. Voltei minha atenção para a tela do notebook.

     - O que está fazendo aí? – Perguntou Justin, de repente ao meu lado, vestido. De onde ele surgiu mesmo?

     - Ah... Norah me mandou o ultrassom do bebê. – Falei, sorrindo.

     - Sério? Quero ver! Sempre achei legal ultrassom, eles parecem fotos de E.Ts... Ei! – Reclamou, quando dei um tapinha em seu braço.

     - Ele não é um E.T, ok? – Fiz um bico, meu sobrinho era lindo.

     - Tá, desculpe. Posso ver agora?

     - Dispenso seus comentários, ok?

     - Ok. – Ele imitou minha voz, fazendo uma careta. – Ah, que bonitinho! – Continuou com a voz fina. – Espera, isso é uma mão? Parece um rabo e... Ei!

     Tomei o notebook de suas mãos e coloquei o player para tocar novamente. Tão lindo.

     - Ah, isso é o coração dele batendo?

     - É, Justin. – Já estava ficando irritada com ele.

     - Batida legal. – Observou. Olhei para ele, tipo, o quê?

     Assenti, olhando-o estranho. Justin levantou-se e pegou uma pasta. Deitou ao meu lado e começou a rabiscar algumas coisas. Respondi o e-mail de Norah, enviei e fechei o navegador. A foto havia mudado, e era uma foto minha. Mostrei o notebook a ele, arqueando uma sobrancelha.

     - Que foi? Você é muito fotogênica. – Explicou, fazendo-me rir.

     - E você é muito fofo. – Falei, enquanto desligava o notebook. Deitei ao seu lado, olhando o que ele fazia. Quando percebeu que eu estava ao seu lado, fechou a pasta com força. – O que é isso?

     - Uma música. – Respondeu, como se fosse óbvio.

     - Sim, mas por que eu não posso ver?

     Ele pareceu cogitar algo enquanto pensava. Por fim abriu a pasta e me deixou ver.

     - Meu Deus, que garota estranha. – Falei, lendo a letra. A menina era daquele tipo garota problemática, doida e drogada. Sei lá, só acho.

     - Não gostou? – Perguntou ele, me olhando.

     - Gostei, mas... Não sei, ela me lembra alguém, isso é estranho. – Falei, franzindo o cenho.

     - Te lembra alguém? Nossa, estranho mesmo. – Falou ele, sorrindo forçado.

     - É. O que são todos esses rabiscos em vermelho?

     - Scott deu uma olhada e sinalizou o que não está bom.

     - Ah. Eu acho que você poderia mudar a posição dessas frases. – Apontei.

     - Você acha?

     - Ficaria melhor. – Dei de ombros.

     - Ok. – Sorriu e sinalizou com uma setinha para inverter as posições. Que lindo eu ajudando ele com a música.

     - O que foi? – Perguntou, olhando meu sorriso.

     - É legal te ajudar com isso. – Falei, sorrindo mais ainda.

     Ele murmurou alguma coisa como um sim e fechou a pasta. Olhei para ele, confusa.

     - Não quero mais ajeitar essa música, não agora. – Explicou, jogando o objeto em algum lugar.

     - O que quer fazer então? – Perguntei, olhando o teto.

     - Já que você perguntou... – Falou e olhei para ele, vendo seu sorrisinho malicioso no rosto. Devo ter medo? – Tem algo que eu gostaria muito de fazer.

     Ele girou e se deitou em cima de mim.

     - Ugh. Você é pesado. – Falei, procurando ar.

     - Você que é magra demais. – Defendeu-se.

     - Jura? E eu achando que eu estava gorda. – Falei, bufando.

     - Você não é gorda, é perfeita. – Tirou uma mecha do meu cabelo do meu rosto enquanto falava. – Linda, engraçada, fofa, um pouco teimosa, mas faz parte, você é sexy...

     - Sexy? – Perguntei, arqueando uma sobrancelha.

     - Muito. – Piscou para mim. Senti minhas bochechas queimarem, e ele por sua vez as beijou. Seus lábios formaram uma trilha de beijinhos até chegar à minha boca.

     Empurrei-o de cima de mim e rolei na cama, rindo da cara que ele fez quando parti o beijo.

     - Sua cara... – Dizia, entre risos.

     - Deixa de coisa. – Bufou ele.

     - Foi engraçada. – Terminei minha frase.

     - Vem cá. – Me puxou, fazendo com que deitasse em seu peito.

     Ficamos em silêncio por um tempo. Mas não havia nada de errado, muitas das vezes nós não precisávamos falar muitas coisas. As pontas de seus dedos roçavam em meu ombro, fazendo cócegas.

     - Você sente saudade de casa? – Perguntou ele.

     - Às vezes. – Admiti.

     - Sinto muito. – Falou, suspirando.

     - Por quê?

     - Eu que dei a ideia a Scooter, eu meio que te arrastei para cá.

     - Ei. – Virei-me para ele, apoiando meu queixo em seu ombro, olhando em seus olhos castanhos. – Eu estou bem aqui, sério.

     - Mas você chora. E eu só te faço mal, nem sempre estou com você...

     - Ah, Jus... Acredite, eu estaria muito pior se estivesse longe de você. – Falei, sendo sincera.

     - Sério? – Ele abriu um sorrisinho, olhando o teto.

     - É. – Assenti, olhando-o.

     - Mas você ainda sente saudades de casa. – Insistiu.

     - É porque eu fiquei sete meses longe deles, sem contato nenhum. E quando voltei, já viajei de novo. – Expliquei, esperando que ele compreendesse.

     - Falando nesses sete meses... Por que você viajou? Quer dizer, você foi mesmo, por minha causa? – Ele era cauteloso com as palavras.

     - Fui. – Confessei, saiu mais como um sussurro.

     - Então, você nunca gostou de verdade do Tyler. – Conjecturou. Não era uma pergunta, me senti meio ofendida.

     - Claro que gosto dele! – Falei, usando o presente. Só me dei conta depois que a expressão dele mudou.

     - “Gosto”? – Repetiu, como se a palavra doesse de ser dita.

     - Desculpe... Ele é meu primo, claro que eu gosto dele, Jus. – Corrigi.

     - Isso é verdade?

     - Que razão eu teria para mentir?

     - Certo.

     - Ele não vai voltar. – Previ. – Acho que só o verei novamente daqui uns mil anos.

     - Assim espero. – Suspirou, aliviado. Bati nele. – Ser sincero agora é crime?

     - É. – Fiz um bico.

     - Desculpe, criancinha.

     - Vou pensar no seu caso. – Brinquei.

     - Você já pensa em mim direto, que diferença vai fazer?

     - Há, convencido!

     - Não sou!

     - É sim!

     - Milhões de garotas dizem que eu sou lindo, um deus grego e coisas do tipo, como você quer que eu reaja?

     - Quero que você não aja como se eu pensasse como todas as outras.

     - Você não pensa. Por isso você fica me chamando de imbecil e idiota para lá e para cá.

     - Porque você é. – Constatei o óbvio.

     - Viu? Você é diferente. Ontem, quando te falei do filme Diário de Uma Paixão, você disse que não gostava. Se fosse qualquer outra garota comigo, aposto que ela teria dito que gostava também, só para ganhar pontos comigo. – Exemplificou.

     - Isso é bom? – Franzi o cenho.

     - É perfeito, porque você é única para mim. – Ele deu um beijinho no meu nariz. Gostei daquilo, gostei de verdade.

     Dei um selinho nele. Eu adorava aquele jeito como ele dizia as palavras de modo tão singelo e o modo como elas tinham um efeito incrível sobre mim.

     - E você ainda sente falta da sua família. – Disse, pensativo.

     - Jus, tira isso da cabeça, por favor. Eu estou bem aqui. Mal posso esperar para a turnê começar, já pensou? Que sonho! – Falei, animada ao me lembrar da segunda parte da turnê que começaria em algumas poucas semanas.

     Ele apenas assentiu e não disse mais nada. Deitei a cabeça novamente em seu peito. Justin começou a mexer em meu cabelo e logo adormeci.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Curtiram? Gente, eu acho que devo estar deixando vocês confusas, se vocês tiverem alguma pergunta, qualquer mesmo, faz no review, oks? HAHA, mas eu não vou dar spoiler u.u
Beijinhos minhas lindas, to indo lá responder seus reviews ♥