The Sound Of 2 Hearts: Segunda Temporada escrita por Mariia_T


Capítulo 13
Here We Go Again - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Nossa, eu to me sentindo muito safadénha escrevendo essas coisas. Mas slá... acho que isso dá um q a mais na história. Boa leitura, espero que gostem.



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- Miranda

     Droga, meu coração estava batendo a mil. Parecia que eu ia ter um infarto. Abri a porta da escada de incêndio daquele andar e chamei o elevador. Puxei o ar com dificuldade, imbecil.

     Entrei no meu quarto e por lá fiquei até a hora de começar a me arrumar. Tomei um banho demorado, enrolei para me vestir, me maquiei muito vagarosamente. Parecia que meu subconsciente estava fazendo de tudo para que eu me atrasasse para essa festa.

     - Miranda? – Fredo chamou, do outro lado da porta.

     - Sim? – Coloquei o sapato de salto.

     - Já está pronta?

     - Estou. – Abri a porta, sorrindo forçadamente. Ele me olhou de cima a baixo e sorriu. – O que foi?

     - Você está linda. – Disse. Minhas bochechas coraram.

     - Obrigada.

     - Disponha. Vamos?

     - Claro. – Ele me estendeu o braço e eu segurei. – Onde estão os outros?

     - Já foram.

     - Ah, eu atrasei vocês... Droga!

     - Não! Que isso! Eles foram antes mesmo, coisa da Selena. – Explicou. Entramos no elevador e ficamos em silêncio. – Meu Deus, como você está bonita.

     - Para com isso, está me deixando sem graça! – Pedi, rindo.

     Ele riu de mim e nos conduziu até um carro esportivo na garagem do hotel.

     A boate estava lotada – repito, lotada – de fotógrafos na porta. Várias pessoas famosas saiam de carros luxuosos e entravam na boate. Fredo desceu do carro e o manobrista entrou. Aquilo era meio estranho. Mesmo todo aquele tempo com Justin, eu não havia me acostumado àquilo.

     - Ignore as perguntas e comentários, ok? – Ele sorriu e acenou. Assenti e me concentrei em não tropeçar em meus próprios pés.

     A música alta fazia o chão tremer, o baixo parecia acompanhar as batidas do coração. O interior da boate estava lotado de gente dançando, conversando. A decoração era roxa, preta e uma espécie de iluminação fluorescente dava o ar de mistério.

     Olhei em volta, procurando gente conhecida. Estávamos no topo da escada, dava para ver todo o interior da boate de cima.

     - Ali. – Fredo me puxou escada abaixo, indo em direção à garota com um vestidinho colado, prateado e curto. Ao seu lado estava o garoto mais lindo do mundo. Meu coração disparou. – Parabéns, Selenita!

     - Obrigada, Fredo! – Ela riu e o abraçou. – Miranda! Meu Deus, você está linda! – Ela me abraçou, para minha surpresa.

     - Que isso, você está maravilhosa. – Sorri, gritando as palavras por causa da música alta. Eu sentia o olhar de Justin em mim, mas ignorei-o.

     - Fredo, quero vocês na minha mesa. – Selena pediu e apontou qual era. Ele pegou minha mão e me arrastou para lá.

     - Você quer algo para beber? – Perguntou.

     - Pode ser. Uma coca. – Sorri.

     - Moça comportada... Já volto. – Brincou e saiu.

     Selena e Justin – o casal chiclete – chegaram e sentaram. Mexi no meu celular, disfarçando meu incômodo. Droga, eu ia segurar vela. Algumas pessoas passavam e falavam com Selena, dando-lhe os parabéns. Outras cochichavam e apontavam para nós. Eu podia imaginar o que que comentavam. “Oh, meu Deus! A ex do Justin na mesma mesa que o casal? Coitada!”, revirei os olhos.  

     - Então, está gostando da festa? – Selena perguntou. Era um pouco cedo para perguntar, não?

     - Claro. – Respondi, meio vaga. Selena sorriu e uma moça vestida com um terninho a chamou. Ela saiu, murmurando um rápido “com licença” e me deixou sozinha na mesa com o Bieber.

     - Você não parece muito à vontade. – Justin gritou.

     - Não estou. – Sorri, cínica.

     - Então...

     - Aqui está! Ei, Biebs! – Fredo enfiou o copo de coca na minha frente. – Está gostando? – Perguntou a mim.

     - Claro! – Abri um grande sorriso. Justin me olhou como se eu fosse um ET.

     - Fico feliz. – Ele sorriu também. Tomei um gole da coca e respirei fundo. Justin se aninhou em sua cadeira e nos observou, atentamente. Fredo passou o braço por meu ombro, para meu total constrangimento.

- Justin

     Ela estava linda e pensei em dizer a ela, mas a coragem não me veio. Ela fazia aquilo comigo, me deixava sem palavras, sem reação. Aquele vestido fazia cada curva de seu corpo saltar aos seus olhos. E a maioria dos caras ali também a notaram.

     E tempos antigos, eu passaria o braço por sua cintura e ninguém mais olharia. Mas nem isso Alfredo sabia fazer. Ela ia ficar à mercê de qualquer um essa noite. Miranda passou a mão pelo cabelo cacheado e olhou em volta.

     - Você não parece muito à vontade. – Gritei, por causa da música alta.

     - Não estou. – Ela abriu um sorrisinho.

     - Então...

     - Aqui está! – Um cara colocou um refrigerante na frente dela. Estava quase dispensando o garçom quando ele virou o rosto e vi que era o Fredo. – Ei, Biebs! Está gostando? – Voltou a falar com ela.

     - Claro. – Ela abriu um sorriso enorme. Por que ela mentiu?

     - Fico feliz. – Sorriu Alfredo. Encostei-me às costas da cadeira e os fitei. Fredo passou um braço por seu ombro. Era só eu ou o clima estava estranho ali?

     - Então... – Tentei puxar assunto. Mas acho que seria mais fácil se eu estivesse sozinho com um dos dois. – Já viu quem está aí, Fredo? O Chris está por aí... – De repente achei um bom assunto que me salvaria.

     - Jura? Onde ele está? Vou procurar... Já volto, docinho. – Fredo levantou e saiu dali. Docinho, por favor.

     - O que... – Miranda começou a falar, mas parou e me encarou.

     - Ele é muito chato quando flerta com garotas. – Expliquei-me. Ela corou. Aquilo me divertiu.

     - Ele não estava flertando comigo. – Ela abaixou a cabeça, sem graça.

     - Não, que isso, imagina. – Provoquei.

     - Você é idiota, Bieber.

     - E você é chata. Sabia?

     - Sabia. Tyler só me disse isso um milhão de vezes. – Disse. Lá vem ela com esse papo de Tyler.

     - Você parece gostar muito do seu primo. – Observei.

     - Gosto sim.

     - Gosta mais dele do que gostava de mim? – Pressionei.

     - Não vamos falar sobre isso, ok? – Ela pediu, me olhando nos olhos. Senti algo por dentro estremecer.

     - Por que não?

     - Porque não é adequado. Justin, fala sério, você está namorando, não deve ficar tocando nesses assuntos. – Ela me repreendeu.

     - Você me chamou de Justin. – Sorri, ignorando o sermão.

     - Você é inacreditável. – Ela colocou a mão na testa.

     - Obrigado. – Passei a mão no cabelo. Ela bufou e se levantou, indo para algum lugar.

     Levantei-me também e fui para o bar. Estava morrendo de sede. Sentei na banqueta e pedi uma coca. Pelo canto do olho, vi Miranda sentar numa outra banqueta um tanto afastada da minha. Ela me viu e eu acenei, sorrindo. Eu adorava ser irritante.

     - Te achei! – Selena colocou uma mão em meu ombro, me dando um susto. – Você sumiu!

     - Estava com sede. – Mostrei o copo a ela, que revirou os olhos. – O que foi?

     - Vamos tirar algumas fotos. E depois, quero uma dança especial com meu namorado lindo. – Sorriu ela, pidona.

     - Tudo bem. – Levantei-me e a segui. Olhei para trás e vi um cara falando com Miranda. Droga.

     - Ai, Justin! Meu pé! – Selena reclamou baixinho em meu ouvido.

     - Desculpe.

     - Tudo bem, só se concentra. – Pediu.

     A música que o DJ tocava era especialmente lenta. Selena estava com seus braços em volta do meu pescoço e sorria. Não havíamos aberto uma roda para dançarmos, mas as pessoas que estavam na pista de dança nos davam espaço para balançarmos para lá e para cá.

     Quando a música acabou, Selena subiu no palco e disse algo que realmente me surpreendeu. Tudo bem que ela era maior de idade e eu já havia experimentado esse lado mais “rebelde” dela, mas...

     - O bar está liberado, galera! A festa começa aqui e agora! – Ela piscou e desceu rebolando do palco. Hein?

     - Você...

     - Vem, quero que você experimente uma coisa! – Ela me puxou para o bar e pediu uma bebida. – Tome.

     Peguei o copo de suas mãos e olhei a bebida amarela. Virei de uma vez e quase engasguei. Eu já havia experimentado bebida alcoólica antes e não havia terminado bem.

     - Mais uma...

     - Não, Sel, melhor não. Você pode ser presa por isso. – Segurei seu braço. Ela riu.

     - Besteira, amor. Mas se você não quer, eu quero. – Ela entornou a bebida num só gole.

     - Vai com calma.

     - Eu sei me virar. – Virou mais outro copo, isso sim.

     - Esquece, te vejo por aí. – Dei um beijo em sua bochecha e virei para sair dali.

     - Ei. – Ela puxou meu braço e colou nossos lábios. O gosto de álcool era forte. Separei-me gentilmente dela e sorri. – Vou ficar com minhas amigas, ok?

     - Ok. Vou dar uma andada, te acho depois.

     - Tá. – Ela sorriu e caminhou na minha direção oposta.

     Virei-me e dei de cara com Alfredo.

     - Ah, cara, que susto. – Falei.

     - Foi mal. Viu a Miranda? Não sei aonde ela se meteu...

     - Da última vez que a vi ela estava aqui, no bar. – Olhei em volta e constatei que ela não estava ali.

     - Vou procura-la, obrigado. – Colocou a mão em meu ombro e foi em direção aos banheiros.

     Tentei lembrar como era o cara que estava com ela mais cedo. Não o achei na pista de dança, pelo menos não consegui vê-lo. De súbito, lembrei-me que aquela boate... Tinha quartos. Eu não ligava que ela estivesse num quarto com aquele cara, mas a curiosidade era mais forte que eu e, com certa relutância, fui procurar no segundo andar daquele lugar.

     Havia um largo corredor, luxuoso, assemelhava-se a um corredor de hotel cinco estrelas. Muitas portas de cada lado. Aquilo era patético. A boate era equipada para “diversão excepcional”, pelo que parecia.

     Ali em cima estava mais silencioso que lá embaixo, por isso, se você se aproximasse da porta, poderia ouvir o que se passava lá dentro. Muitas das portas estavam trancadas e algumas estavam abertas, mas o quarto estava relativamente vazio.

     Aproximei-me de uma e pude distinguir duas vozes. Senti meu corpo ficar tenso ao ouvir uma voz muito familiar. Para minha surpresa, eu ligava para aquilo. E muito. Desci correndo as escadas e corri para o primeiro piso. Um garçom passou, com uma bandeja cheia de bebidas. Peguei uma e entornei.

     Como uma garota tão fofa, delicada... Meiga como Miranda poderia fazer uma coisa dessas? Simplesmente não entrava na minha cabeça.

     Não entrava na minha cabeça o fato de que ela havia, sim, superado. Eu era parte do passado dela agora. Virei outro copo. Maldição!


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Notas finais do capítulo

Olha, eu achei que ficou ruim. Mas me digam vocês... Essas coisas mais... slá, vulgares (vamos chamar de vulgares), deixam como a fic? O que vocês acham delas? Tipo, é muito importante para mim, sabe. Porque eu pretendo colocar um pouco mais disso ao longo da fic, só que sem exagerar. Não pretendo aumentar a censura da fic HSUAHSAUH q. Então, me digam o que acharam, ok? Beeijinhos, amo vocês. Ah, eu vi todos os reviews que vocês, suas perfas, me deixaram, mas eu to muito sem tempo de responder. Logo mais eles estarão respondidos, ok? Obrigadinha gente, love ya ♥