Release Me escrita por Usagi


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Gente, oi. Sério, vão me perdoar pela demora, não é? Eu estava sem ideias. Bloqueio criativo, isso mesmo, mas pelo menos fiz 3 capítulos de uma vez, mas dividi e esse é o último que ficará tão curtinho q. Aliás, quero abrir uma brincadeira aqui: O que acham que o Kamijo fez, na verdade? Me contem nos reviews, hai? Kissu kissu ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/167415/chapter/3

Hizaki estava em casa arrumando sua roupa para sair com o namorado. Os olhos com uma maquiagem bem feita e o rosto de uma coloração rosada sem exageros encantava Masashi que estava deitado na cama esperando que o outro terminasse de se aprontar.

-Hiza, Hiza! –A voz de Masashi saiu como um sussurro.

-Sim?! –O outro disse virando-se com o batom destampado em mãos.

Masashi levantou-se se aproximando do namorado e segurando o rosto deste entre as mãos. Os olhos tão encantadores fecharam-se e um leve bico formou-se no rosto de Hizaki que teve o beijo que esperava concedido. Os braços do baixista esquentavam-no como um grande cobertor. Apertou-o contra o corpo deixando a cabeça descansar no peitoral alheio.

Saíram de casa rumo ao La Tendresse, o “barzinho” onde eles passavam horas conversando com o grupo de amigos de antigamente e que sentiam falta. Depois do rumo que a vida de Kamijo tomou, todos se tornaram distantes uns dos outros. 

-Acho que quero ligar para Teru. Sinto que ele está mal. –Hizaki disse pegando o celular na bolsa.

-Nee. Não é necessário. Vamos jantar juntos, sem ninguém mais, hm?

Masashi segurous as mãos do lolitos a sua frente e um sorriso apareceu em seu rosto logo seguido por um segundo que dominou o rosto de Hizaki.

Teru queria ser salvo por uma ligação naquele momento. Estava sentado no sofá ao lado de Kamijo vendo TV em seu próprio apartamento que foi invadido pelo outro. Ainda estava passado pelo fato e mesmo assim, não sabia como mandá-lo embora. Mordia os lábios e a boca abria por alguns instantes, mas nada das palavras tomarem forma e saírem como um xingamento ou para tirar satisfação.

Lavantou-se indo até seu quarto. Ainda estava em sua casa e tinha o direito de sentir-se mais à vontade. Tirou a roupa com que tinha ido almoçar e colocou uma camiseta larga e um short justo que ficou coberto pelo grande tecido. Soltou o penteado que tinha feito no cabelo e tirou a maquiagem jogando água no rosto. 

Ao olhar no espelho novamente, assustou-se com a presença do vocalista atrás de si. Sentiu as mãos de Kamijo em sua cintura e um arrepio correu-lhe pelo corpo. Mesmo sabendo de tudo o que o outro havia lhe feito, Teru não conseguia controlar o coração.

Já fazia 2 anos do fim do Versailles e toda a culpa era daquele que estava o abraçando e que fazia muito além disso na época da banda. Kamijo o usava para tanto e como pode ser tão burro em não ter feito nada antes?  Virou-se ficando com o rosto quase colado ao do outro e logo teve os lábios atacados. Por alguns instantes, perdeu toda a consciência e deixou levar pelo charme e do gosto daquela boca tão conhecida, mas estava diferente. O gosto do álcool barato que Kamijo havia ingerido estava causando ânsia no menor, que recuou junto de um tapa no rosto do outro.

-Ah! –Kamijo exclamou em um grito.

Os olhos raivosos viraram-se para o agressor e mantinha-se sério e tentando não mostrar o lado triste e piedoso que queria ter o antigo Kamijo de volta. Respirou e expirou algumas vezes até ter forças e continuar.

-Eu tenho cara de idiota, Kamijo? Você fez tudo o que fez e eu ainda lhe dei uma chance de se redimir, mas mesmo assim, fez outra merda. Largar-me sozinho naquele bar ou sei lá o nome daquele lugar e ir embora com a primeira vadia que lhe aparece? Muito digno e muito sua cara. –Com os olhos marejados, não deixava que as lágrimas caíssem.

Os olhos do ex-vocalista viravam de uma lado para o outro nos orbes tentando entender e descobrir onde estava o Teru fofo, bobo e criança que teve como seu durante bons tempos. As mãos foram até a cabeça como se estivesse pensando, mas nada vinha em mente. A cabeça estava muito cheia de bebidas para conseguir raciocinar. 

-Sai! –Teru encurtou a conversa. 

Empurrando o outro para fora com muita força, já que este tentava resistir sem argumentos validos. Jogou-o dentro do elevador e deixou ir. Caiu sentado encostado na porta de seu apartamento e por fim, deixou que longas lágrimas marcassem o rosto. Soluçava e desejava que não o visse nunca mais e que ninguém aparecesse naquele momento, mas, provavelmente, nenhum dos desejos seria realizado.

Ouviu uma voz grossa e um bater de porta logo ao seu lado e, para evitar que vissem o estrago que se formou em seu rosto, continuou de cabeça baixa até para de ouvir os passos e sim o vaso que ficava em cima de uma mesinha que enfeitava o corredor cair e se quebrar no chão.

-Merda! –O outro presente no local disse.

Reconheceu aquela voz, agora mais de perto. Não podia deixar que o visse daquela forma. Estava horrível, mas na verdade, sempre se sentira feio em frente a uma pessoa tão perfeita quanto Mana. Por que tinha de ter traços tão marcantes e um olhar tão vago e que não revelava nada? Queria poder trocar palavras diretamente com ele, mas sabia que iria ficar mudo ou começaria a tremer.

Mana encostou a testa na porta e cobriu o rosto com as mãos pensativo. Kaya era louco, só podia. Começou uma briga absurda porque o visinho ficou reparando em seu corpo sem camisa. Como ele sabia disso? Sabia ler mentes agora? O visinho lhe fez o favor de trazer a comida e Kaya foi mal agradecido. Conhecia o namorado que tinha e a personalidade deste, mas hora se irritava. Balançando a cabeça negativamente, pode ver o pequeno corpo sentado em frente à porta ao lado. Não queria falar com ele, mas ele parecia tão pequeno que pode confundi-lo com um garoto de no máximo 16 anos. 

-Garoto, está bem? –Perguntou de longe.

Teru sentiu o rosto ferver e não queria levantar-se para conseguir olhar diretamente naqueles olhos. Pensou em abrir a porta e entrar em seu apartamento e se trancar ali para sempre, mas aquele era o único momento que teria para começar uma conversa com Mana, mesmo que fosse ter como assunto seus problemas ridículos com Kamijo. Com certeza, as histórias de Mana eram mais interessantes do que as suas.

-Estou. Arigatou, nee.

-Espere. Está chorando?

O mais velho aproximou-se agachando ao lado do outro e tirando alguns fios de cabelo de frente de seu rosto. Encarou-o até que Teru fez o mesmo e os olhos se encontraram fazendo com que Mana se assustasse e fosse um pouco mais para trás. Era tão infantil aquele rosto à sua frente. Aquela pessoa em si lhe lembrava algum parente. Kanon, quem sabe, mas não. Ela era até mais madura do que o que encontrara em sua frente. “Este menino precisa de ajuda.” Pensou Mana-Sama.

“Por que ele veio falar comigo? Será que não sabe que brigou com o companheiro por minha causa?” Teru falou para si enquanto levantava-se tomando distância do outro, mas o que queria era abraçá-lo e não sabe de onde tirou tanta cara de pau ou força de vontade e assim, realizou seu desejo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Release Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.