Madame Giry, que era a pessoa que lhe tirara daquele pesadelo levou ele até uma região que o Visconde reconhecia ser os quartos da ópera,

- Madame Giry... – Começou Raoul

- Por favor, senhor, eu não sei nada além do que voce sabe!

- Isso não é verdade! – Falou o visconde, seguindo-a até seu quarto – Por favor, fale o que você sabe... pelo bem de todos nós!

Ela pensou por algum tempo o que iria responder, ou se iria responder, até dar a sua resposta:

- Tudo bem, senhor. Aconteceu a muitos anos atrás e eu era uma garota... eu estudava para ser uma bailarina, uma entre tantas. Estávamos em um circo e vimos várias pessoas impressionante lá, artistas. Alguns podiam prever o futuro, outros conseguiam se dobra completamente e outros cuspiam fogo. Nós ficamos impressionadas...

- O que isso tem a ver com o Fantasma da Ópera? – Perguntou o Visconde.

- Espere eu contar a história toda. Lá no circo, havia um lugar que atraiu todas nós com o título “O Filho do Diabo”. Nós entramos e vimos que havia um menino preso por grades, com um pano na cabeça e um brinquedo de madeira nas mãos, que provavelmente ele mesmo tinha feito. Um homem alto e gordo chegou falando “vejam o filho do diabo!” e tirou o pano de seu rosto. Ele era deformado, horrível, algumas chegaram a grita, mas logo começaram a rir e jogar moedas na cara no menino. Talvez eu tenha sido a única que não tenha rido dele.

- Assim que as outras garotas foram, eu fiquei lá. – Continuou – então o mesmo homem que parecia ser o “dono” dele chegou para catar as moedas jogadas pelas meninas, mas ele esqueceu a porta da jaula aberta e uma corda no chão. O menino pegou-a rapidamente e matou o homem enforcado, pegando seu brinquedo. Mas outros homems chegaram gritando “assassino”, ele começou a correr e eu o segui, mas a um certo ponto, ele não sabia mas para onde ir, e eu o levei para a ópera por uma passagem que levava ao subsolo dela. Os seus perseguidores não o acharam e eu o deixei vivendo lá. A ópera era... seu playground... e ele viveu lá... agora ele é um gênio, senhor, um arquiteto, artista, designer,\um mágico... um gênio!

- Mas parece que essa genialidade virou loucura agora, Madame Giry. – Concluiu Raoul, saindo da ópera com Christine, levando-a para dormir em sua casa, que era mais seguro.