Julia Pônada

Hoje era quinta-feira pela manhã e eu queria morrer. Eu estava tendo aula de história. Eu tinha uma vontade enorme de pregar a língua da professora na parede só para ela parar de falar. Mas eu não fiz. Infelizmente eu não tinha um prego comigo. Suspirando eu abaixei a cabeça para tentar dormir, mas como tudo o que eu tentava fazer não funcionou, e graças as janelas da sala de aula, que hoje decidiram explodir.

_____________________________________________________

Gabriele Pônada

Eu estava divagando como sempre faço nas manhãs de quinta-feira quando as janelas da sala quebraram. Quando todos se recuperaram do susto, me virei para trás e vi como todos estavam em estado de choque vidrados em alguma coisa ali na frente. Lentamente, já com medo do que eu ia ver, me virei e me engasguei com a imagem que estava parada ali na minha frente, com uma pose estilo Zeus. Era um pônei branco com uma coroa implantada no meio da sua cabeça entre as suas orelhas, e ao seu redor, estavam pôneis-alados coloridos. Antes que eu podesse dizer alguma coisa, a professora começou a puxar o rabo de um dos pônei e murmurou:

- O que exatamente são vocês?

Eu dei um tapa na minha cara por frustração. Pô, será que ela ainda não notou que eles eram pôneis? Tá legal, eu vou deixar passar desta vez, já que não é muito comum PÔNEIS-ALADOS INVADIREM A SUA SALA DE AULA! 

Depois que a professora falou aquilo, um pônei veio e bateu com uma frigideira (que eu realmente não sei de onde saiu e prefiro continuar não sabendo) na cabeça dela, fazendo-a desmaiar.

O pônei branco que tinha uma coroa na cabela resolveu enfim falar:

- Meu nome é Pafúncio e eu sou o Mestre dos Pôneis Aurados. Estou aqui porque preciso da ajuda de alguns jovens para salvar o meu reino das mãos do poderoso Pônei-Maldito. - Quando todo mundo ficou em silêncio, ele continuou - Ele invadiu a nossa ilha junto com os seus subordinados pôneis-negros, e agora está planejando dominar toda a Terra. Com a musiquinha irritante e pegajosa do pônei maldito, ele planeja controlar a mente de todos os terráqueos! Precisamos detê-lo, antes que seja tarde demais! - Com isso ele fez uma pausa e tomou fôlego, antes de prosseguir - Com isso, quem de vocês gostaria de ajudar na batalha contra os pôneis malditos? 

Eu notei como ele olhou esperançoso para nós, como se fossemos a única chance de salvar o seu reino. Eu não sei o que me deu, mas o meu lado obsessivo por pôneis gritava dentro de mim. Lentamente eu levantei minha mão. Notei que meus amigos "pônadas" haviam levantado as mãos. Vi como o Pônei-Mestre-Pafúncio sorriu, era como um sorriso de satisfação. Logo após isso, ele nos disse que iriamos até a praia para pegar um navio, já que o único jeito de chegar até a ilha Pafunciolândia (nome dado ao reino deles), onde atualmente se localizava no Triângulo das Bermudas, era pelo mar. Eu fiquei meio ansiosa por navegar, já que eu era totalmente fascinada por piratas. Ainda antes de sair da sala de aula, meu colega Weslem havia 'implorado' ao Mestre-Pafúncio para que o transformasse em pônei, para que podesse 'domar' os mais selvagens deles. Eu me senti horrorizada no inicio, mas com a sensação de voar nas costas de um pônei, sentindo o vento bater no meu rosto, logo isso tudo passou.