Seikatsu No Kao escrita por Lucas_Lymas


Capítulo 1
Capitulo 01 - Amanhecer de um Novo Dia


Notas iniciais do capítulo

Prólogo:
Ola ! Antes Bom Dia ou Boa Tarde, quero informar a todos que nessa historia vocês não iram encontrar nenhuma grande heroína ou nenhuma defensora dos pobres e oprimidos, porém conheceram a verdadeira historia da vida, pelo menos de minha vida.

Chamo-me Matsushita Mitsue e sou uma estudante de colegial, tenho apenas 13 anos e vivo numa cidade Satélite chamada Hayura que fica aproximadamente 300 km da grande Cidade Principal que é Engels.
Convivo com vários mil habitantes na cidade de Hayura, é tanta gente que até eu mesmo fico confusa com a quantidade de pessoas e adversidades que nós encontramos. Prefiro pensar que toda essa multidão é apenas um grande numero em meio ao local que eu moro, mas já na minha casa só mora Eu e meu Pai (Matsushita Kisute).
Não vá pensar que só porque são duas pessoas morando juntas que as coisas são simples, aqui em casa as coisas são bem diferentes ambos temos nossas obrigações e deveres para cumprir com o lar.
Desde a morte do meu irmão (Matsushita Daisuke) as coisas não têm sido tão instáveis aqui em casa, meu pai nem sequer tem tempo para mim e quando tem é apenas para me criticar por não ser parecida com o Daisuke.
Talvez eu tenha que entender meu Pai já que não faz tanto tempo que nosso irmão fora assassinado brutalmente pelo um homem de capa negra, até hoje a policia não tem pista sobre o assassino ou sobre o ocorrido antes da morte do meu irmão.
— Mas entretanto, vamos iniciar nosso primeiro capitulo.



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Hoje é sexta-feira dia 16 de Setembro, um dia incomum para mim e meu pai. Nesta data algo muito terrível aconteceu em nossa família que foi a morte do meu irmão.

Lembro-me que Daisuke fora encontrado numa escadaria não tão longe de nossa casa e que seu corpo estava completamente deformado de tantos tiros e facadas que o mesmo levou. Esta data poderia assim dizer que marcou a minha vida, para sempre.

Agora estou em frente ao tumulo de Daisuke e toda vez que venho me pergunto “O que ele estaria pensando agora se me visse?".

Talvez papai soubesse a resposta, mas ele nunca me contaria. Nesse um ano após a morte do Daisuke nem sequer vi Papai derramar lagrima por ele, talvez o sofrimento seja tão grande que o mesmo ainda não acredite na morte do próprio filho.

E o mais engraçado é que toda vez que venho ao cemitério vejo como um dia ensolarado pode se transformar em um dia chuvoso, às vezes imagino que é Papai do Céu que chora juntamente com a família pela perca de um ente querido.

Essa chuva permaneceu sobre nossas cabeças até a saída do cemitério, ficamos lá quase amanha toda e quando sairmos já era bem tarde quase no horário de ir para o Colégio.

Chegando já em casa meu Pai não perdeu tempo e logo tratou de comprar um Ramen enquanto me vestia para o Colégio, almoçamos como de costume sem falarmos nada um para o outro e cada dia que se passava imaginava ele mais distante de mim.

Às vezes parecia que a minha presença na casa não existia, mas talvez eu só estivesse pensando um monte de bobagens “é claro que um pai se importa com a sua filha?”. Cada dia mais questionamentos surgiam em minha cabeça “Como meu Pai poderia ser tão indiferente comigo?”, mas simplesmente ignorar esses questionamentos era o melhor que eu fazia.

Toda vez que saia de casa para ir pro Colégio me deparava sempre com as minhas duas melhores amigas que são Asami e Chie.

Asami era uma garota que tinha um metro 1,54 usava uns óculos muito engraçado e colorido, sempre estava de bom humor, adorava falar sobre invenções e tecnologias, suas vestias eram sempre bem despojadas como blusas longas e calças com bolsos bem fundos, e seu cabelo nunca estava penteado nem mesmo para ir para escola.

E a Chie era uma garotinha que tinha um metro 1,50, era a mais baixinha da classe e também a única gordinha, vivia sempre tímida, às vezes ela ficava um pouco depressiva quando se olha muito para o seu corpo, ela adora um bom aperitivo e sempre esta bem arrumada e elegante.

Passávamos horas as três juntas conversando tanto na sala de aula como no pátio ou no refeitório, nunca nós incomodávamos com nada que as outras meninas diziam, quando estávamos juntas tudo era muito mágico parecia que nada poderia nos atingir. È claro que não éramos especiais e nem nada, éramos apenas três garotas juntas querendo aproveitar o Maximo da nossa amizade.

Chie era mais dócil e gentil amiga que eu já tive, ela sempre me mandava mensagens no celular ou me ligava para me consolar, nossa ter-la como amiga era indescritível. Já Asami era o tipo de amiga que nunca te deixava triste e sempre tinha curiosidades sobre o mundo para te contar, era extrovertida e sincera, e acima de tudo fiel.

Éramos tão unidas que se fechássemos os olhos poderíamos claramente dizer o que uma estaria pensando sobre a outra, mas também sabíamos quando uma ou a outra estava mal e isso quase sempre acontecia no nosso mundinho.

Mas naquele dia em especial na volta da escola para casa nós fomos cercadas pelo um grupo de garotos que não pareciam nada amistosos, eles começaram a fazes piadinhas com Chie e a brincar com os óculos de Asami, quanto a mim eles simplesmente me colocaram contra a parede aonde eu podia assistir a todo aquele sofrimento psicológico de minhas amigas.

Chie já não agüentava, porém as piadinhas eram tão ofensivas que logo a mesma começava a chorar enquanto que Asami sem os óculos entrava em um pânico total. Algo dentro de mim apertava fortemente vendo aquela cena, era como se visse o sofrimento em mim e simplesmente com a força do impulso minha mão vôo contra face de um dos moleques que ali me seguravam.

A tapa me custou muito caro, pois ao acerta um dos meninos eles simplesmente pararam de brincar para começar agredir, e em seguida fui golpeada com um murro na barriga que me fez vomitar o lanche da escola e sem assim se contentar um ainda me deu um chute na cabeça aonde temporariamente apaguei.

Quando me dei por mim estava deitada numa sala não muito familiar logo em seguida Asami e Chie apareciam me abraçando e me dizendo como havia sido muito corajosa. Nessa hora passavas se por mim a idéia de que se coragem é apanhar para cinco meninos eu com certeza havia ganhado esse titulo.

Uma coisa me passava pela minha cabeça que era como ela doía naquele momento;

Mas é claro que a vontade de chorar era tamanha que nem conseguia conter as lagrimas derramada no chão do estabelecimento que me encontrava no momento, Asami e Chie me levaram para uma loja de Doces do Sr (a) Magume, mas é claro que era para esse lugar que nós iríamos desde o começo antes de voltar para casa.

A cidade de Hayura como havia dito no começo era um lugar um tanto pouco cheio demais principalmente quando as novas formas de Tecnologias começaram a ficar presente em nosso mundo e a mão de obra se tornou uma forma um tanto primitiva naqueles tempos.

Assim os adultos ou jovens que desejavam trabalhar não tinham oportunidades e quando havia alguma formar de trabalho manual eles eram submissos a quase trabalhos escravos. È claro que o Governo não dava a mínima para aquela massa que sofria já que eles tinham os deles garantidos, e às vezes aqueles que tentavam ir contra eram subjugados como Resistência ou Imune, algo que ainda para mim não fazia muito sentindo e é claro que mente desocupada é Oficina para o Diabo.

A criminalidade em Hayura não era um grande problema naqueles tempos ainda já que nossa cidade era cercada de estudiosos e cientista que procuravam formas alternativas para conter o avanço da Resistência e dos Imunes, o Governo sempre tinha campanhas de Vacinação contra doenças que ao certo não eram explicadas, aos quatro anos tomei muitas dessas vacinas, pois para ficar na cidade éramos obrigados tomar.

Como os pais não tinham muitas condições para dá aos filhos já que o Governo não oferecia condição alguma para eles, as crianças meio que subjugavam também o Estado e o Governo assim fazendo seus próprios atos de Vandalismo para sobreviver, já que a pobreza e a miséria sempre estavam na porta de nossas casas.

O que retratava bem o fato de mim e minhas amigas serem atacadas por aqueles moleques, enquanto permanecia sentada aos prantos a Sr (a). Hanatarou tratou de cuidar dos meus machucados e de me oferecer uma boa xícara de Chocolate quente para mim e minhas amigas para ficarmos calmas.

Sr (a). Hanatarou sempre vestia um bom kimono de cores bem vivas e claras, ela cheirava a flores e sempre parecia muito otimista com relação à situação em que todos nós vivíamos. Hanatarou se mudou para cá não está com muito tempo talvez só fizesse um ano da sua vinda para nossa cidade, lembro-me que foi bem no mesmo mês em que meu irmão morreu assim como sua tia-avó Sr (a). Megumi, a dona da loja.

Ela era meio que uma válvula de escape para meus problemas, pois toda vez que tinha alguma aflição ou algo ruim me incomodando eu fugia para sua loja para conversar com ela. Conheci Hanatarou quase da mesma maneira que aconteceu hoje, mas daquela vez eu simplesmente fugia.

Chie e Asami ainda assim pareciam um pouco nervosas a me ver com algumas faixas na cabeça, porém a minha dor e o meu temor sumia toda vez que via Hanatarou. Passamos algum tempo falando bobagens e rindo com Hanatarou, mas o que realmente mexeu comigo foi o fato que Hanatarou falou “Que meninas não devem brigar com meninos não importa a situação“, essa frase realmente ficou em minha cabeça.

Naquela noite ao entrar em casa pensei que meus problemas teriam acabado, porém eles só haviam começado, encontrei meu pai caído no chão da sala com uma garrafa de Saker. Ao me aproximar notei que o mesmo parecia adormecido e em seguida tratei de limpar o ambiente da sala que parecia uma zona, e quando eu ia retirando a garrafa de Saker de perto dele o mesmo despertou como um Zumbir e logo puxou minha perna assim me derrubando no chão.

Nossa gritei de medo e sem mais ou menos ele puxou-me pelos cabelos repetindo diversas vezes “Que eu não valia nada, que em vez de Daisuke deveria ter sido Eu”. Quando finalmente me soltou ele apenas riu e derramou todo o Saker em mim, foi ai que ele notou o ferimento no meu rosto e começou a balbuciar diversas vezes “Que mulher não apanha na rua e se apanhar é por que é Vagabunda” acredite, ele me chamou de “Vagabunda” e em seguida me esmurrou até eu não conseguir o ver-lo direito e me deixou no chão.

– Se fosse você o que Faria? Será que Amor tem limite ou Sou apenas uma Vagabunda que realmente não presta para nada?

– Quando finalmente acordei pensei “Por que ele fizera aquilo comigo” talvez tivesse sido só por conta da bebedeira, mas acho que não, era por que existia algo pessoal entre mim e ele.

Juro por deus que enquanto fiquei deitada no chão da sala vendo meu sangue escorrer pelo meu rosto e a luz da sala piscar assim antes mesmo que fosse queimar, eu disse para mim mesma “Que jamais deixaria alguém me bater de novo”.

Quando consegue um pouco de coragem suficiente para me levantar e ainda assim meio debilitada tentei me apoiar nas paredes ao lado, comecei a andar devagar até a sacada da nossa casa enquanto mesmo caminhava ia me machucando nós vidros quebrados nó chão.

Essa dor que sentia já era até um pouco suportável comparado com a dor que doía em meu peito, ao chegar finalmente na sacada de minha casa, eu apenas parava e sentia o ar, o vento bater nós meus cabelos e a leve brisa ao tocar meu rosto manchado de sangue.

Agora eu sei que nesse exato momento meu irmão me diria uma única coisa que é se “Liberte”.

Nesse exato momento um lindo amanhecer enobrecia a sacada de minha casa e meu pequeno corpo frágil se regozijava ao sentir os raios magníficos daquela grande estrela da vida. Não sei por que, mas no fundo eu era apenas uma garotinha triste chorando pela morte do seu irmão sem capacidade nenhuma de mudar as coisas a minha volta.


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