Nessas últimas semanas, a relação de YeonAh e GongChan ainda era bem forte. Ele melhorou bastante no sentido de comportamento, não estava fazendo muita birra como antigamente. Ele ficava sempre dizendo ‘Eu te amo’ e ‘Senti sua falta’ quando a via.

Era um sábado e a mãe de YeonAh havia novamente viajado para Busan por causa dos negócios da empresa em que trabalhava. MinEun tinha ido visitá-la como sempre. Ela estava sentada na cama de YeonAh com ela.

“MinEun, reparou que GongChan está agindo de forma estranha e diferente?”

MinEun evitou o encontro de olhos com ela, mas quando YeonAh perguntou estava concentrada olhando pro chão, abraçando seu travesseiro. “O-Oh, Keurae? (Sério?)”

YeonAh concordou com a cabeça e continuou a apertar mais forte seu travesseiro contra o peito. Quando de repente KiKwang bateu na porta e entrou.

“Olá MinEun e YeonAh.” Disse todo sorridente.

“Você vai dormir na casa do Junhyung Oppa, não é? A Omma já me contou.” Ela deu um leve sorriso para ele.

MinEun lançou um certo olhar desconfiado. “Você é gay?”

KiKwang jogou a almofada que estava perto de si em MinEun. “Yah! É claro que não sou.” E saiu todo irritado.

MinEun e YeonAh riam do acontecimento de agora. Elas continuaram a conversar por mais um tempo. Até que YeonAh voltou a se prender em seus pensamentos. Como seria difícil para si mesma ter que dar aquele desafio. E que a qualquer instante ela poderia... Morrer. Ela não tinha outro jeito a não ser o desafio, para não machucar GongChan. Porque sabe que não deve deixá-lo, já que prometeu a ele que nunca iria embora.

“MinEun, eu acho que está na hora... Para dar-lhe o desafio.” Ela deu um longo suspiro, com a cabeça cabisbaixa.

“Já? Mas seu relacionamento está tão firme. Por que agora?”

YeonAh ainda mais cabisbaixa respondeu. “Eu não tenho muito tempo à mais. E você sabe disso...”

MinEun olhou para ela, querendo ouvir que tudo aquilo era somente um brincadeira. “Y-Yah. O que você está dizendo? Não é essa YeonAh que conheço. Minha YeonAh agora estaria feliz e curtindo a vida até seu último segundo. Você não vai deixar sua melhor amiga, né?”

YeonAh olhou para aquele rosto esperançoso. *MinEun, mianhae...* Ela balançou a cabeça negando e sorriu. Então MinEun toda feliz, se levantou e agarrou a mão da outra. “Vamos para minha casa comer ddukbokki! (Spicy Rice Cake!)” Começou a arrastá-la para fora do quarto. YeonAh riu e continuou a segui-la. *MinEun, como vou sentir sua falta...*

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GongChan foi correndo para o Rio Han, (o segundo maior rio da Coréia) para poder encontrar com YeonAh. Já que ela havia mandando uma mensagem a ele, para encontrá-la lá.

Caminhando para o encontro, YeonAh o viu acenando e chamando pelo seu nome. Ela sorriu e acenou de volta. Logo ele veio correndo em sua direção e lhe deu um grande abraço apertado. Ela deu-lhe um beijo e se afastou.

“O que você quer me dizer?” GongChan perguntou.

Ela sorriu e caminhou até uma árvore, onde havia uma toalha e uma cesta de comidas. Os dois se sentaram e permaneceram ali conversando sobre coisas banais, comendo e se divertiam como se não houvesse amanhã.

Suas mãos já estavam entrelaçadas e a cabeça de YeonAh já apoiada no ombro de GongChan, enquanto admiravam o lindo pôr-do-sol.

“Channie Oppa.” Ela o chamou.

“Humm?” Ele não tirava os olhos do céu.

“Há quanto tempo estamos juntos?”

“Mmm, 3 anos.”

O sorriso de YeonAh se enfraquecia. “Você está planejando se casar comigo?”

Ela sentiu GongChan balançar a cabeça, afirmando. Porém, não podia ver os olhos dele que começaram a brotar lágrimas. *Por favor, não me diga que vai. Eu ainda nem te fiz minha esposa*

“Por que você está me perguntando isso?” GongChan disse, lutando contra as lágrimas.

Seu sorriso desapareceu. “Molla (Eu não sei.) Você me promete uma coisa?”

GongChan se afastou e olhou em seus olhos. “O que?”

“Prometa-me que você vai tentar viver sem mim. Nenhuma mensagem, nenhuma chamada, sem nos encontrarmos. E certamente nenhuma visita, por um mês. Então... Eu me caso com você.” Ela olhou fixamente em seus olhos.

O coração de GongChan acelerava mais rápido do que o habitual. “W-Wae?” Ele gaguejava incrédulo do que havia escutado enquanto as lágrimas escorriam sem controle. “Aconteceu alguma coisa?” *Obviamente...*

“Ani. (Não.) Eu só quero me preparar para o nosso casamento.” Ela sorriu e colocou uma das mãos em seu ombro.

GongChan olhava para cima tentando parar as lágrimas. Enquanto ela, cabisbaixa, chorava em silêncio. *Mianhae GongChan* Ela secou suas lágrimas, levantou e controlava a tristeza vendo Channie chorando.

“Você me promete, ChanShik?” Ela perguntou com um lindo sorriso angelical.

Um silêncio se instalou naquele momento, até que... “Espera...” GongChan se inclinou para perto dela.

A distância de seus rostos diminuía a cada segundo. Enquanto os olhos dela se fechavam lentamente. Ele se inclinou e apertou os lábios contra os dela. Ele podia sentir suas lágrimas escorrendo em suas bochechas. Ele se afastou e disse. “Eu prometo...” *E espero que esse mês passe o mais rápido o possível, mesmo que seja bem difícil, já que estarei longe de você. Mas depois farei com que se case comigo e te farei a mulher mais feliz do mundo. Eu prometo. Então por favor, não me deixe.*

Ao se afastar YeonAh não conseguiu controlar e as lágrimas que escorriam sem controle, colocou a mão sobre sua boca e saiu correndo, para bem longe. *Gong ChanShik, por favor perdoe sua namorada tola*

GongChan só via ela se afastando cada vez mais, mas sabia que não poderia fazer mais nada, já que havia prometido. Principalmente porque estava muito chocado, confuso e decepcionado consigo mesmo e com ela. *E este foi nosso último beijo?* Abaixou sua cabeça novamente.

Ela continuou a correr sem rumo aos choros, mesmo debaixo daquela chuva. Sentia que não conseguia mais se agüentar em pé. Até que tropeçou em uma pedra e felizmente caiu em um par de braços. Era Sandeul.

“Você está bem?” Perguntou ele todo preocupado, vendo seu estado.

YeonAh olhou para Sandeul com os olhos inchados. “Sandeul Oppa, mianhae. Eu sou a pior pessoa desse universo. Menti para minha melhor amiga, dizendo que não iria deixá-la e prometi ao me namorado que não vou deixá-lo. Eu não sei mais se conseguirei enfrentar MinEun e muito menos GongChan.”

Sandeul vendo-a com os olhos vermelhos e inchados e seu nariz vermelho como um tomate de tanto chorar, no mesmo instante a abraçou. Logo Sandeul a levou para dentro do café de sua família, para os dois se secarem.

Após se secarem, Sandeul levou uma caneca de chocolate quente para ela, sentou ao seu lado e deu-lhe um abraço amigável para acalmá-la.

Enquanto isso lá fora naquela chuva, GongChan observava como seu melhor amigo abraçava sua própria namorada pela janela. *YeonAh... Você realmente não precisa mais de mim, não é?* E então ele continuou seu longo caminho para casa com seu coração totalmente pesado e quebrado em pequenos pedaços.