Alleine Zu Zweit escrita por Usagi


Capítulo 1
Oneshot - Comatose


Notas iniciais do capítulo

Certo, eu estou me sentindo uma total filha-da-puta postando minha primeira fanfic de GazettE, sendo ela Death Fic. Eu tenho uma caralhada de lemons e fanfics menos emo e complicadas que essa, e com certeza seria muito melhor ''estrear'' com elas. Mas eu gosto dessa oneshot e ;-;
Na verdade eu deveria era estar atualizando minhas outras fanfics, ao invés de inventar de postar uma outra. Mas tudo bem, eu sou suicida mesmo.
Vai ficar um pouco confuso, mas eu prometo que explico no final.
Enjoy ~



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Eu nunca fui muito bom com despedidas, sabe? Na verdade eu nunca tive que passar por uma. Nunca lidei bem com separações, mudanças, situações novas, perdas. Até por isso sou um assíduo freqüentador de psicólogos e psiquiatras, - que me receitam uma tonelada de remédios.

Eles diziam que meu caso não podia ser curado, mas sim controlado. O que significava que eu teria surtos o resto da minha maldita vida, mas nada que uma boa dose de remédios tarja preta não pudesse controlar. Nada que um sedativo não acalmasse por algumas horas, caso fosse necessário.

E aí você apareceu. Naquela tarde, quando você apareceu do meu lado debaixo daquela árvore, eu devia ter desprezado você, seu filho da puta. Eu devia tê-lo afastado, devia ter ignorado sua existência ou ido embora.

Mas não. Eu não consegui. Meu ‘’probleminha’’ também não conseguiu. Eu não consegui te afastar ou te querer longe, nem consciente ou inconscientemente, eu simplesmente não entendia.

Aí, seu filho da puta, você sorriu pra mim.

Em uma situação normal eu teria te mostrado o dedo, dito algo rude, começado a chorar ou até mesmo gritado. Mas não. Você se lembra do quê eu fiz? Você lembra o quão esquisito eu fui?

Eu sorri de volta. Eu sorri de volta e não fiz nada quando você sentou ao meu lado. Debaixo da minha árvore.

Minha árvore. Minha. Eu estava de certo modo compartilhando algo com alguém, mesmo que indiretamente. Eu.

Você consegue entender isso?

Quando você começou a puxar assunto eu não te mandei calar a boca, não te mandei pro inferno, não te mandei me deixar em paz, como sempre fiz com todo mundo. Eu também não te acertei um único soco, - ao menos não naquele dia.

Aquilo era novo pra mim, e todos nós sabemos que eu nunca lidei de forma agradável com situações novas, que eu nunca soube o que fazer perante o desconhecido. Eu tinha medo das coisas novas, das pessoas novas. Eu não sabia o que aquilo poderia acarretar em um futuro próximo, eu não sabia o quanto aquilo poderia interferir na minha vida.

Eu tinha medo. E estava certo em tê-lo.

Deixe-me explicar uma coisa, sim? Eu nunca fui ao colégio, se fui, foi por pouquíssimo tempo. E foi lá que eu conheci a única pessoa que tinha conseguido entrar na minha vida, até você aparecer. Eu também não repudiava o Akira. Certo, ele levou quase meia vida me desvendando, mas duvido que exista pessoa no mundo que me conheça tão bem quanto ele. Você levou menos de um ano pra entrar na minha vida e fazer tudo virar um caos.

Mas tudo bem, o assunto não é este.

Sabe por que eu não ia para a escola normalmente? Sabe por que eu tinha que estudar em casa? Sabe?

Porque eu não conseguia conviver em sociedade. Porque eu era física e mentalmente incapaz de socializar normalmente, como qualquer outra pessoa. Não era timidez. Eu tinha fobia das pessoas. Eu ainda tenho medo delas.

E mesmo assim, quando eu te vi pela primeira vez, eu consegui socializar, como se fosse algo super comum. Coisa que na verdade é, mas não pra mim. Eu sou incapaz disso.

Ou era. Sei lá. As coisas mudaram muito de uns tempos pra cá.

Aquele dia, meu psiquiatra teve de me aturar perguntando milhões de vezes o que tinha acontecido, eu queria saber o porquê de ter me relacionado ‘’normalmente’’ com você. Eu queria entender o que estava acontecendo comigo. Ele até pensou que meu caso pudesse ter melhorado um pouco, mas quando ele trouxe aquele garoto, acho que se chamava Ruki, pra testar, e aqueles dedos pequenos dele tocaram meu ombro, eu surtei. E quebrei a mão dele.

Sabe quanto tempo eu passei me perguntando o que era aquela sensação semelhante a náuseas que eu tinha toda vez que te via, ou toda vez que ouvia a sua voz? Sabe quanto tempo eu pensei que tinha enlouquecido ainda mais só porque me acalmava quando te via sorrindo? Você ao menos imagina a proporção do surto que tive quando o Akira me disse que eu gostava de você, que eu amava você? Que aquela sensação era uma coisa boa, que aquilo era amor?

Não, você não sabe. Se por acaso sabe, fingiu muito bem não saber. E se você sabe, o Reita contou. E se o Reita contou, eu vou arrancar as bolas daquele infeliz.

Mas tudo bem. Não obstante em entrar em minha vida e me forçar a te amar, você tinha que me amar também. Você tinha que ser diferente de todo mundo e não ter medo de mim, tinha que ser diferente de todo mundo e não dar  a mínima e fingir que esse meu ‘’problema’’ não existia, que era algo insignificante.

Você tinha que me tratar normalmente, aceitar muito bem todas aquelas manias e estar sempre ali, não importava o tamanho e o quão bizarra fosse a minha crise.

Você tinha que me fazer te amar ainda mais, seu babaca. Você tinha que fazer eu me sentir especial.

Falando nas minhas crises, elas diminuíram de forma bem significativa depois que eu te conheci. Falando do meu ‘’pequeno problema’’, ele se tornou muito mais fácil de aceitar e conviver quando você estava por perto. Por quê?

Por que as coisas sempre se tornavam melhores, mais fáceis, só pelo simples fato de ter você por perto? Por que quando eu estava do seu lado eu sentia que existia um ‘’pote de ouro no final do arco-íris’’ pra mim também? Por que saber que você estava envolvido me acalmava tanto, me fazia sentir tão bem?

Por que, hein Yuu?

E por que está sendo diferente desta vez? Você está aqui na minha frente, não está? Eu estou segurando a sua mão, não estou? As coisas deviam estar mais fáceis, não deviam? Deviam estar melhores, não é?

Eu não devia estar chorando, não é mesmo?

Por que ter seu nome envolvido dessa vez dói tanto? Por que meu peito está apertando tanto? As coisas nunca funcionaram assim antes!

Por que você não me responde quando eu te chamo? Por que sua pele está tão fria? Sua pele sempre foi tão quente, Yuu...

Por que você está tão pálido, por que seus lábios estão arroxeados? Por que você não abre os olhos? Por que não sorri pra mim?

Não vai me dizer que você...

Abra os olhos, Shiroyama Yuu! Acorde neste exato momento! Abra esses seus olhos pretos e me faça sorrir! Vamos!

Você não pode fazer isso comigo, não pode...

Eu não estou pronto para uma mudança tão drástica! Eu não vou conseguir me adaptar à um mundo sem você, seu desgraçado!

Eu não consigo aceitar um mundo sem você, droga!

- Kou, não adianta... O Aoi não... Ele... Kou, o Aoi...

Cale a boca! Cale a boca, Reita! Não quero saber, não quero ouvir! O meu Yuu vai acordar, ele não vai fazer isso comigo, ele não pode...

Seu infeliz, você acha que pode entrar na minha vida, bagunçar os últimos três anos dela e ir embora assim? Você não pode virar tudo de ponta cabeça e me deixar sozinho!

Me diz, o que é que eu vou fazer sem os seu lábios nos meus? Quem é que vai me abraçar nos dias de temporal e me fazer esquecer o medo dos trovões? Quem é que vai me acalmar quando aquelas sombras esquisitas aparecerem no meu quarto durante a noite?

Quem é que vai me fazer acreditar que eu não sou tão louco assim? Quem é que vai me dizer o que fazer quando eu estiver perdido?

Eu sou dependente de você, seu idiota! Minha vida toda gira em torno de você! Não ouse morrer, não ouse me abandonar!

Vamos, abra os olhos, por favor. Por favor. Eu preciso de você.

Você sabe que eu não sei lidar com perdas, droga! Eu não posso te perder! Eu não posso te perder pra sempre!

Eu estou perdendo a minha única razão de viver. Eu estou perdendo a pessoa que eu mais amo no mundo, talvez a única que eu ame!

Porcaria, Yuu. Você sempre me ajudou quando eu me perdia. Sempre me dava a direção certa. Então me diga, agora.

Como é que eu vou viver sem você? Como é que eu vou fazer parar de doer tanto? Como é que eu vou acordar todo dia sabendo que não vou ver o seu sorriso?

Droga, Yuu. Eu te amo tanto.

Como é que eu vou lidar com isso?


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Notas finais do capítulo

1- Sim, o Aoi morreu. Eu não sabia muito bem como colocar isso na fanfic, mas deixem-me explicar. Ele sofreu um acidente de carro, foi encaminhado para o hospital e é lá que o Uruha está, passando seus últimos momentos com ele.
2- O Kouyou tem uma espécie Transtorno do pânico, por isso os surtos, o psiquiatra e os remédios. E bem, eu adicionei mais alguns problemas psicológicos porque eu sou uma grande filha da mãe.
3- Eu meio que encarnei demais nesse Takashima, fiquei choramingando uns 40 minutos depois de terminar de escrever a one, porque eu sou uma fresca depressiva. e-é
4- E essa foi a minha não-fabulosa e muito fail estréia no universo de postagem de fanfics de GazettE, oh! Ignorem minha péssima escrita, hm. ;-;
Errrr... Reviews? :3
Bregad por ler, see ya! :3



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