A Nova Filha De Nyx escrita por Bia Lorenzinny


Capítulo 1
Descobertas




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A chuva chicoteava meus cabelos, e eu tentava de todo jeito tira-los de meu rosto.

Meus sentidos estavam entorpecidos pela bebida que eu havia enjerido a noite toda.

Peguei a chave com dificuldade e abri meu carro, me esgueirando para dentro.

Encostei minhas costas no banco aconchegante , e tirei meu casaco, ficando apenas com uma blusa pesada de mangas cumpridas.

Abri o compartimento de meu carro, em busca de um CD de música boa, uma música que não fosse nada daquela cidadezinha insignificante da qual eu tive que vir.

Peguei meu CD, AC/DC, o bom e velho AC/DC. Pus o CD no som, e liguei em Highway To Hell.

Vasculhei minha bolça em busca de meu cigarro e o isqueiro, que merda! Não encontro em lugar nenhum.

Dirigi entre a chuva até a minha casa, tudo que eu precisava : Banho quente, cama, comer , assistir TV e nenhum chamado de emergência de meus amigos, nenhuma morte nova na cidade, isso já estava me enchendo.

Meu celular começou a apitar, mas eu fingi não ouvir, podia ouvir a voz de Lunie gritando : ‘’ Diabos! Por que Angelline não atende o celular? ‘’ , ou melhor, eu podia imaginar.

Dirigi entre a cidade, sem me importar com o tempo, só escutando o farfalhar da chuva.

Passei entre o centro, dirigindo rápido, para entre a 17 e 18 a esquerda.

Estacionei meu carro na minha parte do meio-fio, não estava nem um pouco afim de fazer a ‘’ trabalheira ‘’ toda para estacionar na garagem.

Corri para a sacada de minha casa, abri a porta com a minha chave, me esgueirando rapidamente para dentro e fechando e trancando a mesma.

Pendurei meu casaco , e segui para a sala, pus as minhas chaves na mesinha, junto com a minha bolça, dei meia-volta em direção a cozinha, abrindo a geladeira.

Peguei leite, umas latinhas de refrigerante. Fui até o armário, ficando na ponta dos pés para alcançar a  parte de cima, peguei chocolate em pó, leite condessado e marshmelow.

Pus uma panela pequena no fogo, joguei o leite, chocolate, leite condessado e pedaços de marshmelow.

Mexi a mistura, e esperei a mistura ficar pronta. E subi para meu quarto aos trôpegos, para me trocar.

Entrei no banheiro, lavei o rosto com água morna, retirei toda a maquiagem.

Fiz um rabo de cavalo alto com o meu cabelo preto, deixando apenas a franja de lado solta.

Como estava bem frio, pus uma meia até os joelhos, uma calça de moletom, blusa de mangas cumpridas preta e pus meu hobby branco, calçando as pantufas desci as escadas, de volta para a cozinha.

Mexi a mistura com a colher, vi que estava boa, então deixei no fogo baixo, só para aquecer.

Peguei o pote de bolachas no armário, peguei um prato e derramei o pacote toda ali, peguei a panela com o chocolate, pus uma colher dentro, peguei as latas de refrigerante e pus em uma bandeja tudo, e levei para o sofá.

Fiz o sofá virar cama,  puxei o cobertor e pus três travesseiro no encosto do sofá, me deitei e encostei ali, puxando o cobertor para cima de mim e deixando a bandeja de lado.

Peguei o controle e fui zapeando os canais de TV, esperando que tivesse algo de bom.

Meus olhos se prenderam na horrível imagem do noticiário.

Um homem havia sido encontrado na floresta, sem uma gota sequer de sangue em seu corpo.

E ele tinha um enorme sinal na testa, na verdade uma meia lua cintilante roxa , era como uma tapa na cara para mim.

Uma mulher chorava, abraçada do que eu julgava, sua filha, devia ter minha idade mais ou menos...17 ou 18 anos.

- Angelline, você deveria atender o celular quando Lunie te ligou! – Falou Scott, chegando do nada e se sentando na poltrona.

- Scott, já disse para você não chegar sem bater! – Falei, nervosa.

- Está frio demais lá fora ... – Falou, se dirigindo a cozinha.

- E oque eu tenho com isso ? – Perguntei

Continuei olhando fixamente para o televisor e com uma enorme vontade de desviar os olhos para Scott.

- Você não precisa me tratar assim também Angellinne, irei em bora. Apenas esteja pronta amanhã para ir para nosso novo lar. – Falou.

- Some – Falei, pondo as coisas no chão , deligando a TV e me deitando, cobrindo até a cabeça.

Fez-se silencio e depois a janela começou a bater. Fui fechar e voltei a me deitar no sofá.

Teria um longo dia amanhã.


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