In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 27
Capítulo 27: Take back the city


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta! Sorry a demora!
Boa leitura!



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“It's a mess, it's a start

It's a full work of art

You're a save, you're a call

Every crack, every wall

Make a sign, make a fight”

 

(Trechos da música, Take back the city, Snow Patrol)

 

Ele estava em frente de uma construção em ruínas, parado encostado no Mustang preto enquanto fumava um cigarro e esperava impacientemente seu contato chegar, ou melhor, o seu chefe chegar.

 Aquela era a visão de Julio Porte, um jovem de dezoito anos completos, ele estava vestido por completo de preto, um belo terno com uma gravata cinza. Julio jogou os restos do cigarro no chão, e pisoteou quando viu uma Mercedes preta se aproximar a toda velocidade dele. A Mercedes parou exatamente na frente dele, e a porta do motorista se abriu revelando um homem de uns trinta anos, vestindo um terno de giz. O homem era loiro, tinha os olhos claros e era muito bonito por sinal, mas tinha uma cicatriz no rosto que ia desde a testa até o final da bochecha esquerda. O carro que ele viera, era o mesmo que no dia anterior estivera perseguindo uma BMW prateada. O homem era Daniel Newlon, o mandante da máfia americana.

Ele saiu do carro e apertou a mão de Julio.

- Como foi na mansão? – ele perguntou num inglês perfeito.

- Está tudo instalado, foi meio difícil nos andares superiores, mas consegui colocar todas as escutas. – Julio respondeu em inglês.

- Ótimo, bom garoto. E a pulseira? Deu a ela?

- Sim, agora é só ela colocar.

- Muito bom. Agora eu só preciso que você faça mais uma coisinha para mim... – ele começou, mas Julio não o deixou terminar.

- Daniel, eu já me arrisquei demais. Não irei me arriscar novamente.

Daniel se aproximou mais de Julio, e o ergueu pela gola da camisa.

- Ou você faz, ou a sua namoradinha já era, o que prefere? – ele perguntou.

- O que você quer que eu faça?

- Bom garoto. Quero que faça a garota sair da mansão sozinha. – ele falou se afastando de Julio.

- Impossível! Ela só sai acompanhada, não a deixaram sair sozinha.

- Invente algo. Sei que é um garoto inteligente. Mas eu quero aquela garota! – Daniel proferiu alisando a Mercedes sem olhar para o Julio.

- Não te entendo. O problema é com o pai dela, por que quer tanto a Manuela? – Julio perguntou dando a volta no Mustang.

- Você não é tão inteligente como eu imaginava, mas lhe direi. Ela é a ‘erfahrung’. Traga-a até mim e eu não machuco a sua namoradinha. – Daniel afirmou abrindo a porta da Mercedes.

- Se você fizer algum mal a ela, eu te mato. – Julio ameaçou-o.

- Eu também te amo garoto. – ele respondeu-o sarcástico – Você sabe que por enquanto eu não posso fazer nada contra a sua namoradinha, mas assim que ela sair da mansão... – Daniel falou pegando uma arma do meio das vestes e apontando para o Julio – Bang! – e depois deu uma sonora gargalhada.

- Te ligo assim que eu conseguir algo.

- Ótimo, ótimo. – Daniel falou guardando a arma – Bom garoto. – e entrou no carro, ligando-o e saindo a toda velocidade com ele.

- Um dia eu ainda te mato. – Julio afirmou para o nada entrando no Mustang.

Ele tinha que pensar, tinha que dar um jeito de tirar Manuela da mansão.

 

-----------

 

Quando chegamos à porta do estúdio, ele cobriu meus olhos com uma mão e a outra deu dois toques na porta. A porta fez o barulho de quando é aperta e ele pediu que eu entrasse para dentro, foi o que eu fiz. Por fim, ele tirou a mão dos meus olhos e eu pude ver o estúdio que estava todo escuro, mas logo ascenderam a luz e gritaram:

- SURPRESA!

Estavam todos reunidos ali, meus pais, meu avô, Babis, Tom, Georg e Gustav, até mesmo a Buffy! Minha mãe segurava um bolo decorado com umas raspas de chocolate preto e branco, com duas velinhas formando o número 17.

Eu sorri para todos ali, realmente aquilo foi uma grande surpresa! Minha mãe se aproximou de mim com o bolo, e todos começaram a cantar parabéns a você e eu apaguei as velinhas, desejando que aquele momento se repetisse várias e várias vezes. Minha mãe pediu que eu cortasse a primeira fatia do bolo, eu cortei uma fatia bem generosa, peguei-a para mim e fui me sentar numa das poltronas do estúdio.

Um tempinho depois, Bill veio sentar-se ao meu lado com um pedaço do bolo.

- Espertinha você, hein. – ele falou enquanto sentava-se ao meu lado.

- Claro, tenho que aproveitar as coisas boas da vida. – afirmei piscando para ele e levando o garfo a boca.

- Quer o chocolate? – ele me perguntou indicando o prato dele.

Bill tinha separado o chocolate no canto do prato.

- Seu azedo! – Tom exclamou para ele sentando-se numa das poltronas à nossa frente.

- Não diga isso Tomzinho! Ele é um bem feitor da humanidade. – Babis afirmou passando por ele e sentando-se ao seu lado – Por isso que esses dois combinam. Manuzika nunca sentira falta de chocolate!

- Isso eu concordo. – exclamei alegremente pegando os chocolates do Bill.

- Cada louco que me aparece. – Tom afirmou balançando a cabeça – Ainda bem que aquele chato foi embora. – ele falou se referindo ao Julio.

- Nisso, eu sou completamente de acordo. Chato-rei. – Babis concordou com ele, o provocando.

- Chato-rei? Eu? – Tom perguntou olhando indignado para ela.

- Exatamente. Você é o rei da chatice, ou melhor dizendo, o deus da chatice! – ela exclamou alegremente apontando o garfo para ele.

Tom se afastou um pouco com medo que ela o acertasse com o garfo.

- Querida, acho que você está enganada. – ele começou se aproximando mais dela quando ela levou o garfo ao pedaço de bolo – Eu sou conhecido por aqui como o SexGott. – Tom afirmou.

- Ah sim, se você é o SexGott, eu sou a Afrodite. Sabe, o Gabriel ia se interessar por você. Não é mesmo Manu? – ela perguntou se virando para mim.

Gabriel, era o nosso amigo estilista, ele é a minha mãe eram super amigos. E a Babis adorava ele, pois ele e ela viviam na minha casa.

- Hum, talvez. – respondi rindo.

- Olha só, o Tomzim arranjou um pretendente do Brasil... Cara, você está podendo! – Georg exclamou rindo.

- Olha sua coisa vermelha, está duvidando da minha sexualidade? – ele perguntou bravo, se aproximando mais da minha amiga ameaçadoramente, enquanto eu e o Bill nos matávamos de rir.

- Estou. – ela afirmou se inclinando para frente.

Eles começaram a discutir mais e mais. Mas eu não prestei mais atenção na discussão deles, eu comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte. Levei rapidamente a minha mão a testa e fechei os olhos rapidamente tentando amenizar a dor. Quando os abri, e olhei na direção do palco, eu pude ver uma luzinha vermelha piscando e piscando. Eu tornei a fechar os olhos com força, a dor estava ficando insuportável. O estúdio parecia ter ficado em silêncio e eu senti uma mão grande tocar a minha testa, era o meu pai.

- Manuela, você está se sentindo bem? – ele perguntou num tom preocupado.

- Só estou com dor de cabeça. – respondi abrindo os olhos.

Meu pai estava no lugar da Babis, e me olhava atentamente.

- O que foi? – perguntei a ele, pois ele estava me olhando um tanto espantado.

Eu olhei de novo para o palco, e a luzinha continuava piscando e piscando. Depois olhei para o Bill que estava ainda sentado do meu lado. Os olhos dele ao encararem os meus, mostraram o mesmo espanto que os do meu pai.

- Seus olhos... – ele começou me olhando – eles estão mais azuis. – Bill afirmou me olhando.

Espantei-me com a afirmação dele, eu sabia que os meus olhos nunca mudavam de cor. Mas de início não dei muita atenção para ele, meu olhar se voltou para aquela luzinha que estava me incomodando.

- Pai, o que é aquilo? – perguntei indicando com a mão a parede onde estava a luzinha vermelha.

Meu pai seguiu até a parede que eu havia indicado e arrancou de lá um aparelho preto do tamanho de uma caneta.

- Escutas. – ele respondeu num tom raivoso – Consegue achar mais alguma aqui? – ele perguntou se virando para me olhar.

Os outros olharam atentamente cada espaço do estúdio, mas eu encontrei uma outra luzinha vermelha piscando próxima a porta de entrada do estúdio e indiquei-a para o meu pai. Ele foi até lá e arrancou a outra escura, que era do mesmo formato que a anterior.

- Devem ter mais, vou pedir para o pessoal procurar-las. – ele afirmou saindo pela porta.

- Eu posso ajudar. – afirmei me levantando, no que eu me levantei, eu senti uma forte tontura e devo ter desmaiado.

 

“Tell me you never wanted more than this

And I will stop talking now”


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Notas finais do capítulo

Prontinho, mais um capitulo postado!
Espero que estejam gostando da fic!
Mandem reviews!
Beijux, ;** Inté!!