Revenge escrita por minabeloved


Capítulo 4
A Doce Vingança - Epílogo




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Nunca subestime os sentimentos de uma bruxa...

Havia algo essa noite, que não estava previsto. Talvez o que estava por vir, pudesse explicar um antigo ditado trouxa que diz que há males que vem para o bem.

Narcissa atravessou o salão sorridente, enquanto seus convidados a observavam passar. Snape estava em seu encalço; deveria impedir que ela chegasse à maldita biblioteca e caso isso acontecesse, ele previa uma desgraça sem precedentes na história da sociedade bruxa.

—Narcissa! Por favor, pare, preciso lhe falar sobre Draco! —disse Severus

Ela não olhou para trás; estava decidida a ver onde Lucius estava e nada poderia detê-la. Passou por mais um grupo grande de pessoas e seguiu em direção ao corredor. Snape foi interrompido várias vezes; não conseguiu mais impedi-la de ver o que ela nunca poderia imaginar.

Ela girou a maçaneta e sentiu que a porta da biblioteca estava trancada com chave; isso era muito suspeito. Sacou a varinha, que mantinha escondida na manga do vestido e lançou o feitiço:

—Alohomora! —disse com precisão fazendo a porta destrancar silenciosamente. Então, ela entrou.

A cena que assistiu foi suficiente para habitar sua mente para sempre e naquele terrível instante, seu coração pareceu queimar, até que a última gota de seu puro sangue tivesse fervido pelo ódio. Em menos de um minuto, um amor verdadeiro cultivado por mais de quinze anos, foi transformado em cinzas...

Narcissa ficou parada em silêncio, por tempo suficiente, para ver a traição ser cometida debaixo de seu próprio teto. A sala repleta de livros caros e raros estava meio escura. A única luz vinha das chamas da lareira, e era exatamente em frente à luz, que os traidores estavam. Malfoy estava sentado no braço de uma poltrona, descabelado, arfante e sem seu paletó. Em pé diante dele, estava sua sobrinha, inteiramente nua e com o vestido caído aos seus pés. Com o rosto afundado nos seios da jovem, Lucius Malfoy se deliciava , enquanto a mocinha gemia.

Narcissa nada disse; deu passos para trás, recuando, enquanto seus olhos captavam com dor, a imagem mais chocante, que já havia visto na vida. Mesmo despedaçada por dentro, ela manteve-se firme como todas as mulheres da família Black, mas... sua dor só poderia ser curada com um veneno pior: a vingança.

Saiu da sala e então trancou a porta novamente, como se nada ou ninguém houvesse entrado lá depois de Lucius. Quando se preparava para retornar ao salão, viu de relance um vulto negro parado. Severus estava lá, no centro do corredor esperando por ela. Então, juntando toda a força e o poder, que só as mulheres têm em situações de dor, Cissy sorriu para ele e disse calmamente:

—Desculpe ter corrido e deixado você para trás, Severus! Eu já vi o que precisava ver e garanto-lhe, que não há nada que me interesse mais nesse momento, do que estar com você!

—Você me admira, Severus? Você me dá valor, não é? —ela perguntou olhando profundamente os dois poços negros de paixão diante dela.

—Imensamente! —Severus respondeu.

Sem se importar com mais nada, ela segurou a mão dele e o conduziu até uma varanda no segundo andar. De lá, podia-se ver toda a vista do jardim e o longo caminho até a entrada principal da mansão. Tudo estava iluminado pela lua, exatamente como ele havia visto ao chegar.

—Venha comigo, quero mostrar-lhe um lugar especial! — disse ela.

—Mas e a festa? Não podemos sair assim, podemos? —ele perguntou surpreso.

—Você sabe o que eu vi naquela biblioteca, não é? Eu sei que sim! Então, eu digo: — Agora, nós dois podemos fazer tudo o que quisermos, e teremos aquela lua cheia de halo brilhante como testemunha! —disse Cissy.

Ambos ficaram em silêncio com seus dedos entrelaçados docemente. Então, em segundos eles desaparataram deixando tudo para trás. Já era meia-noite e depois do impacto da chegada, Snape se deu conta de para onde Narcissa o havia levado, afinal.

O plano de Narcissa para livra-se de sua decepção, seria irresistível para Severus. As conseqüências não importavam, nada mais importava, só aquele momento...

—Bem, meu querido acho que agora podemos continuar nossa dança e o que mais quisermos fazer, não é? Estamos no lugar ideal para uma vingança de amor! —disse Cissy com um tom sensual na voz.

—Por toda a minha vida, até essa noite, eu vivi dentro de limites, de regras e com bom comportamento. De quê isso me serviu? Estou pronta para ser e fazer o que quiser, sem receio, sem vergonha, sem limites, aqui e agora!

—Por favor, tire sua capa e a estenda sobre o chão! —ela pediu e ele assim o fez.

Os cabelos dos dois balançavam com a brisa nas alturas da torre. Seus olhos brilhavam mais do que a lua e seus lábios ansiavam por provar o gosto de um secreto desejo contido por muitos anos. A paixão era tanta, que eles não sentiram o frio que os rodeava...

Atônito e com o coração descompassado, ele exclamou:

—Mas, nós estamos no topo da torre Eiffel! Estamos em Paris! — disse ele ao ver a Cidade Luz inteiramente aos seus pés, enquanto sua musa tocava seus cabelos negros.

—E existe algum lugar mais perfeito para fazer amor? —ela perguntou.

Abraçando-a com força antes de seu primeiro beijo, Snape respondeu:

—Com você, qualquer lugar no mundo será perfeito!

                                                                                                   Fim


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