A Grande Caçada Ao Rato escrita por Jereffer


Capítulo 1
A odisseia do Rato


Notas iniciais do capítulo

Um triste e real história.



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Os heróis...

O vizinho bêbado: Seu Zé

O nerd: Eu

A mãe e irmã apavoradas em cima da cadeira: Jéssica e Vilma

...E o vilão:

O Grande Rato (uns 6cm)

Narro esta história sob meu ponto de vista, sem alterações, do terror ao humor.

Estava eu cumprindo meu dever de nerd,jogar MMORPG sobre senhor dos anéis na sexta-feita a noite, quando ouço um terrível grito de mal agouro vindo da sala.

- UM RATO!!!!!!

Não me deixando perder a prudência, obstrui a passagem de todas as portas, e encontrei a sala um caos: Minha mãe olhando fixamente embaixo da mesa e minha irmã em cima do sofá.

- VÁ BUSCAR ALGUMA COISA! – minha sempre adorável mãe grita, e corro até os fundos da casa, e busco para ela uma vassoura e um rodo para mim.

- Não deixe ele passar para o resto da casa – pediu minha mãe, então eu tomei posição na entrada do corredor, tentando não tremer.mas fala sério, eu esperei a vida toda por um momento "You shall not pass", mas nunca achei que seria contra um rato

Um golpe desferido contra as caixas embaixo da mesa, um rato correndo para baixo da estante e eu tentando impedir a teve de ir ao chão.

- LIGUE PARA ALGUEM! – essa e minha amável irmã, fazendo eu deixar minha posição e usar meu celular. Ninguém disponível para ajuda, celular sem crédito.Típico.

- Não deixe ele correr, vou chamar o vizinho – minha mãe(de pijama)saí para a rua, escuto minha vizinha berrando com o filho covarde, minha vigília para não ter fim.

Soando frio e segurando o rodo que nem fosse uma lança(o espírito nerd a flor da pele) fico de olho no rato, que tem apenas o seu rabo visível.

Chega o vizinho, vindo do bar do outro lado da rua, quase é morto pelo meu cachorro.

Seu Zé(que acabou por virar o meu herói) entra falando aramaico na sala, e não parece compreender a expressão.

- O R-a-t-o  e-s-t-a  e-m-b-a-i-x-o  d-a  e-s-t-a-n-t-e.

Ele compreende a frase, e recusa a vassoura, dizendo que vai matá-lo a chineladas, ele e minha mãe movem a estante, o rato corre para baixo do sofá.

Minha irmã (também de pijama) pula de um sofá para o outro, liga para meu pai e começa a berrar, o bêbado, repetindo “CALMA” em seu tom grogue, tomba os sofás.

O rato sumiu. Tensão no ar. O bêbado está confuso. Resolve puxar a capa de pano do sofá.

Ele não contava que o rato estaria pendurado na capa, minha família grita em coro:

- NA CAPA!

O bêbado enrola o bicho no pano, e levantando o pano no alto, disse em triunfo:

- Peguei ele Dona Vilma – e dizendo essa frase, derruba o bicho.

O rato avançou contra mim e minha mãe na passagem do corredor, defendemos o lugar, o rato leva um golpe, não sei de quem.

O rato recua, dribla o Seu Zé, corre pela porta.

Minha vizinha fica berrando “ELE SAIU” a rua inteira se reúne para assistir, o bêbado o segue com a capa de pano na mão, meu cão quase o morde pela segunda vez.

Duelo épico, enxada versos fuga, o rato se enrosca no pano caído no chão.

O Seu Zé pega o pano em trinfo, esmaga o bicho que três golpes de seu pé rachado, a capa foi perdida.

- Meede um Joornaal – pede ele com seu sotaque aramaico, lhe jogo um que havia sido usado na busca de vagas de empresa. Seu Zé pega o rato com a MÃO e enrola no jornal.

Leva para perto de mim para que eu possa ver, joga o bicho na rua. Vizinhos se dispersam, fim do espetáculo.

Eu e minha histérica irmã verificamos o resto da casa. Nada.

Acabou a caçada.


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