Aira Snape - A Comensal escrita por Ma Argilero


Capítulo 22
Intercâmbio


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores. Então, esqueci de atualizar isso por questões de estar muito ocupada. Eu aparecia aqui só para visitas.
Espero que gostem desse capítulo.



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A história do bazar não foi pra frente, pois estava atolada com os treinos de Quadribol e as lições de magia. Na mais interessante do que se enfiar dentro da biblioteca e ficar atrás de uma pilha gigantesca de livros e pergaminhos.

Draco estava na mesma. Eu o ajudava com o Armário Sumidouro. Ele havia descoberto uma maneira de conseguir trazer os Comensais pra dentro, só faltava consertar. O que era algo muito complexo, pois só existiam dois deles e não daria pra ir perguntando como consertá-lo.

Eu ficava mais na parte de pesquisa e ele tentava consertar com ou sem magia. Meu cérebro não estava trabalhando em seu nível normal. Eu havia percebido que meu raciocínio estava mais demorado, mas nada que comprometesse a mim.

Todo minuto fora de uma sala de aula, ou de qualquer tarefa que pedisse muito esforço, eu aproveitava para cochilar. E era isso que eu estava fazendo antes do jantar. Aproveitei o tempo que ainda restava e cochilei ali. Não me importava. Meu sono era mais importante.

Mas sempre tem uma alma para me importunar. E essa bendita alma era Pansy Parkinson. Não bastava ela apenas tirar uma foto e espalhar pela escola? Eu não me importaria. Ela só existia para me deixar irritadiça.

Virei meu rosto e olhei pra ela. Ainda estava cansada e com sono, por isso face não era uma das melhores. Ela riu e sorriu.

- O que anda fazendo a noite pra ter de dormir na mesa?

Sai de minha posição e espreguicei-me, batendo meu braço nela. Foi de propósito. Deliciei-me por dentro ao vê-la de cara feia por esse meu movimento.

- Cala a boca, Parkinson! Não devo satisfação pra ninguém! – peguei minha mochila e a coloquei atravessada ao meu corpo.

Sem lugar para ir, fui pra fora. Estava escurecendo. Sempre gostei da noite. Joguei minha bolsa no chão. Eu queria entrar no lago. E era isso que faria. Retirei meu uniforme, ficando somente com a camisa e um short que usava por baixo da saia.

Fui até o cais e deixei minha varinha ali. Então mergulhei de uma vez na água congelante. Eu sabia muito bem que poderia pegar uma hipotermia ou pneumonia, mas eu queria mais era não ter de fazer nada.

Fiquei mergulhada por um bom tempo até submergir e me sentar e, consequentemente, deitar-me ali. Peguei minha varinha e após pronunciar Lumus fiquei desenhando no ar com ela.

Sentia frio, mas continuava ali. Em breve alguém sentiria minha falta, assim poderia voltar como se nada tivesse acontecido. Estava mais acordada e pretendia ficar assim por um bom tempo.

Passavam-se pela minha cabeça pensamentos dos quais nunca dei muita importância. Como o fato de agora ter uma mãe – que vive me enviando presentes por correio coruja -, que era rebatedora do time da Sonserina. Ainda não havíamos jogado com tudo, mas não fazia muita diferença eu estar ali.

O risco de ficar doente era alto. Mas era exatamente esse risco que queria correr. Não me importava mais com meu corpo ou bem estar dele, queria apenas sentir “dor” para se sobressair sobre a outra.

Os minutos que fiquei ali foram longos. Quando não conseguia mais aguentar o frio, levantei-me e recolhi minhas vestes e mochila. Eu pisava na neve funda, afundando até o tornozelo. Começava a nevar. Eu andava tremendo, mas lutava para conseguir controlar isso. Eu sabia que o tremor era um mecanismo para não deixar o calor sair de seu corpo, mas não queria ser tão fraca.

Subi as escadas da entrada e peguei os professores fechando as portas. Meu pai estava entre eles. Foi ai que cai no chão, desmaiada.

Minha imprudência foi demais. Snape levou-me para a enfermaria e Madame Prowfe conseguiu me curar e dentro de uma semana pude voltar às aulas. Infelizmente pude voltar a elas. Dumbledore era bonzinho e sempre me dava mais tempo para entregar os relatórios, trabalhos e atividades.

Somente duas pessoas quase morrerão do coração quando apareci na enfermaria com princípio de pneumonia: Snape e Hayley. Ele tinha o dever de informá-la. E mesmo se não fizesse isso, a diretoria a contataria. Ela veio imediatamente, trazendo junto de si Ketlen, pois Mikles estava no exterior para uma convenção de autores.

Hayley queria me paparicar, mas a enfermeira proibiu isso. Ainda bem. Mal tinha acabado de sair dos paparicos dela. Entrar m outro não era um dos meus anseios. A única que estava neutra era Ketlen. Talvez ela sentisse que soubesse por que fiz aquilo. Depois de eu ter explodido com ela, tentando fazê-la enxergar a verdade, ela bem poderia imaginar o que se passa comigo.

Eu já havia saído da enfermaria, mas minha mãe ainda queria ficar comigo. Hayley até queria pedir autorização para ficar em Hogwarts, mas isso seria impossível. Meu pai sem ver saída, ofereceu sua casa pra ela durante alguns dias. Mas minha mãe foi mais esperta. Conseguiu algumas documentações da Lefoise, assim assegurando que Ketlen Luise Mikles era uma estudante de intercâmbio em Hogwarts. Isso significava que Ketlen seria uma estudante do quinto ano.

Ela não escondeu o entusiasmo. Hayley a queria ali para ficar de olho em mim. O que eu achava totalmente possível. Tratei como se fosse algo relativamente normal, ter sua irmã estudando com você. Só torcia para que não fosse pra Sonserina.

Snape entregou todos os materiais que ela precisava e meu uniforme antigo, que alguns feitiços caseiros da Hayley, ficaram novos em folha. Só faltava a seleção que ocorreria antes do jantar e depois ela se viraria na casa dela.

Eu estava sentada a minha mesa, degustando alguma coisa – que eu não fazia idéia do que era -, enquanto olhava para a mesa dos professores. A seleção estava demorando muito. Ninguém sabia da novidade. Bem, a não ser Draco. Isso aconteceu quando ele estava me visitando no quarto e minha mãe quis saber quem ele era. Ela tinha certeza que Draco era meu namorado. Eu não consegui desmentir. Draco estava adorando isso, pelo que notei nas feições dele.

Dumbledore levantou-se. Arrumei minha postura e deixei - seja lá o que for que eu estava comendo – no prato e olhei bem para ele.

- Hoje temos uma novidade – todos ficaram em silêncio. Todo mundo adorava uma novidade. E adorariam essa. – Teremos uma aluna de intercâmbio conosco pelo resto do ano letivo.

Todos começaram a fofocar, mas Dumbledore continuou:

- Ela é aluna de Lefoise, uma Instituição Bruxa somente para garotas nos Estados Unidos.

Dessa vez os garotos começaram a falar. Até ouvi Zambine comentando de como seria a garota. Geovanna somente ouvia tudo, com os olhos pregados no professor.

- Hoje faremos a seleção da senhorita Ketlen Mikles – vi alguns alunos olhando para os lados a procurando. – Espero que ela seja bem vinda por todos vocês, pois ela é irmã de uma de nossas estudantes: Aira Snape.

Vi Pansy cuspir todo seu suco de abóbora e olhar pra mim. Eu ri da cara dela. Mais tarde ela me pediria explicações, assim como a escola toda.

Snape entrou no salão, escoltando uma garota loira, de olhos azuis e exuberantes até onde Dumbledore estava. Enquanto Ketlen passava, percebi vários garotos querendo ver mais do que devia.

- Ai, seus pervertidos! – todos olharam pra mim. – Não é porque ela é minha irmã que deixarei verem tudo.

Vi Dumbledore sorrir de leve.

McGonagall explicou o que faria e colocou o chapéu seletor sobre a cabeça dela. Fiquei tentada a testar minha legimicência e foquei na mente dela.

“Hmm. Não é difícil, porém você não possui sangue sonserino como de sua irmã Aira Snape. Ainda lembro-me de quando a selecionei. Estava no sangue dela”.

- Ah... Senhor chapéu. Onde exatamente ficarei?

“Suas qualidades são inversas da casa onde deseja estar. Você é astuta, leal, amizade acima de tudo... Creio que não me arrependerei de colocar-te na Sonserina. Sonserina”.

Voltei a minha cabeça e vi a mesa da Sonserina aplaudindo.

Beleza. Agora tinha ela mais perto do que queria.

Ela veio correndo até mim e pediu espaço. Tive que ceder um minúsculo espaço pra ela.

- Estamos na mesma casa.

Era evidente que Ketlen estava animada.

- Infelizmente pra você, maninha.

Sorri com o canto do lábio.

Ela ficou séria.

- Veremos – ela olhou para Geovanna, que mexia o garfo. – Não sou igual ninguém da nossa família – ela olhou pra mim. – Diferente de você – e sorriu pra mim.

Não gostei daquele sorriso. Que Merlin me salve se ela estiver tramando algo.

Eu era a babá dela. Tive que explicar sobre Hogwarts superficialmente e depois a enfiei no dormitório do Quinto Ano e fui para o meu.

- Snape – vi a víbora jorrar seu veneno.

- Antes que me pergunte. Ketlen é irmã por parte de mãe. E se você tentar algo com ela. Pode ter certeza que não desfiguro somente seu corte de cabelo.

Ela ficou pálida e depois se virou.

Meus dias de tormenta estavam só começando.


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Notas finais do capítulo

Gente, a fic tá na metade e já passei de 20 capítulos. Eu não pretendia tanto. Não dividirei a fic novamente.
Mereço reviews por ainda insistir em escrever Aira Snape, não?
Minhas prezadas leitoras. Mesmo que vocês leem e não comentem, digam olá e que amam. Gosto de qualquer comentário, sem exceção.



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