Não Pode Ficar Pior escrita por Thalia Grace
Estava tomando meu baho relaxante na minha banheira quando meu telefone começa a tocar. Sai toda pingando e me enrolei em uma toalha. Atendi o telefone. De acordo que a pessoa falava o que havia acontecido, minha feição mudava tambem. Eu estava chocada, perplexa. A única coisa que me fez sair de casa foi Sophie, a filhinha da Annie e do Percy de um ano, que estava no hospital tambe, ela havia sido a unica pessoa no carro que não sofreu nenhum machucado. Talvez alguns aranhoes, mas nada grave.
Coloquei a primeira roupa que eu vi pela frente e fui em direção ao hospital.Quando cheguei lá, perguntei pra enfermeira:
-Onde está o casal Jackson? E sua filhinha?
-Queira acompanhar aquela emfermeira por favor.
Cheguei perto dela quando eu sinto alguem me abraçando pelas costas. Me virei, Nico.
-Nico...
Ele não queria me soltar, sei que tentava segurar as lágrimas, mas era dificil. Coloquei minha cabeça no seu ombro e chorei, agora era eu que não queria solta-lo. Eu queria pensar que tudo não tinha passado de uma brincadeira de mal gosto e que tudo iria acabar bem, queria pensar que era apenas um pesadelo, mas não era!
-Nico...
Bem, talvez essa tenha sido a primeira vez na minha vida que vi o Nico chorar. E eu vi que Percy era pra ele a mesma coisa que Annie era pra mim.
-Nico, a Sophie.
Ele deu um sorriso timido, como se fosse pra eu esquecer que ele tinha chorado, como se isso fosse uma vergonha.
-Vamos. -disse me soltando.
Seguimos a enfermeira, até que ela entrou em uma sala e falou:
-Já volto.
Esperei, esperei e nada! Até que ela chegou com uma bebê linda no colo. A sophie. Loira, olhos verdes...
-Sophie! - falei e corri pra segura-la - Meu amor! Você não está sozinha, não está.
Sentei no chão do hospital e abraçei-a mais forte. Chorei de novo, isso não pode estar acontecendo.
-Vamos Thalia, nós vamos pra casa deles, só por hoje.
Deixei Nico me guiar até meu carro, que já era um maior, e levar a gente pra casa da Annie e do Percy.
Chegando na casa fui direto pra quarto deles me deitar com a Sophie. Quando vi que Nico ia se deitar na cama tambem, falei:
-Você, no sofá!
-Ei, mas isso não é justo.
-A vida não é justa Nico. Se fosse justa, não teria levado a Annie e o Percy.
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Thalia estava sofendo e muito. Dava pra ver pelos seus olhos, se eu fizesse eu falasse qualquer coisa sobre eles agora, ela poderia desabar. Então a única coisa que fiz foi dar um beijo na Sophie e dizer:
-Boa Noite.
Fui pro escritório de Percy e abri a primeira garrafa de Vodka que eu vi pela frente.
-A vida não é justa. -falei - A vida não é justa. A vida não é justa! Droga!
Peguei um copo e joguei na parede.
-Porque a vida não podia ser justa?
Peguei outro e joguei na parede som mais força.
-A vida não é justa Percy. Cara, se lembra que você prometeu ser meu amigo para sempre. Se lembra lá no acampamento de verão?
Tomei outro gole de Vodka, senti o fogo descendo pela minha garganta.
-A vida não é justa Percy! - gritei. Joguei outro copo e entendi tudo. A vida é como uma piramide de cartas de baralho, com qualquer ventinho desaba.
-Nico! - Thalia gritou.
-Uma piramide de cartas de baralho. Isso!
-Nico, olhe pra mim - mandou segurando meu rosto - Olhe pra mim.
Eu olhei, olhei nos seus olhos azuis e sorri.
-A vida é como uma piramide de cartas de baralho,com qualquer ventinho desaba.
-Mas você Nico não pode desabar, esta entendendo? - perguntou - A gente ainda tem a Sophie. Você Nico, não pode desabar! Você não pode deixar Sophie sozinha. Não se deixe abalar, você é forte. E é bem mais do que eu.
Abraçei-a bem forte, depois falei:
-Não vou. Boa Noite.
Ela me soltou e eu me joguei no sofá.
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Soltei ele e fui pra cama novamente. Abraçei o travesseiro e chorei, chorei até finalmente conseguir dormir.
Acordei com o cheirinho de bacon e ovo frito. Eu não sabia que eles tinham empregada. Eu precisava avisar pra ela o que havia acontecido. Me virei a pra ajeitar Sophie e não a vi.
-Sophie?
Nada.
-Sophie?
Nada.
Desci as escadas desesperada.
-Nico! - gritei - Você viu a Sophie?
Fui pra cozinha e quando olho, lá está ele dando papinha pra ela.
-Você seria um ótimo pai.
-E você não seria uma ótima mãe.
-Aff! Porque?
-Perdeu a afilhada em um dia. Imagine em uma vida?
-Haha! Di Angelo. Muito engraçado, estou morrendo de rir.
-Não era pra rir.
-Ah! Esquece. Você viu a empregada?
-Eles tinham empregada?
-Bem...hoje eu acordei sentindo cheiro de bacon e ovo frito.
-É tão dificil acreditar que eu sei cozinhar?
-Hum...é!
-Então olhe com seus proprios olhos.
Olhei pro fogão e vi um banquete completo.
-Acho que estou subestimando você.
-Vem, vamos comer logo.
Peguei meu prato e tentei colocar pouca coisa, mas eu estava com muita fome e não ia conseguir me aguentar, por isso coloquei tudo que eu tinha vontade.
-Só pra avisar em geral eu não como tanto assim.
-Tudo bem. Você deve comer bem mais, né? Pra ser tão gorda assim.
-Ohh! Seu idiota. - falei e joguei suco na sua blusa.
-Ah! Cara, essa blusa era nova.
Ele tirou ela e ficou só com a sua bermuda. Confesso que quase babei em cima dele quando vi aqueles musculos.
-Está vendo o que perdeu naquele dia?
-O que? - me fingi de desentendida.
-Ah! Não me venha com esse "o que"?
-Nico, eu não sei mesmo do que você está falando.
-Ok. -disse ele - Você fala e eu finjo que acredito em você.
-Então tá.
Comemos calados enquanto Sophie bagunçava a mesa toda. Quando deu umas nove horas a campainha tocou.
-Quem será?
-Sei lá. - falou Nico - Vai atender.
Me levantei e abri a porta.
-Bom dia! Você deve ser Thalia Grace. Eu sou Steve, e vou te mostrar o testamento do Sr. e da Sra. Jackson.
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