How To Love escrita por Nath_Coollike


Capítulo 8
It's Complicated


Notas iniciais do capítulo

Enjoy (:



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Hannah PDV

Eu estava animada. Hoje eu sairia do hospital e tudo voltaria ao que era antes, na medida do possível. Não teria mais Justin e eu sabia que os dias da minha vida estavam contados. Era apenas uma questão de tempo até eu sofrer outro “Acidente”.

- Hannah, já está pronta? – Minha mãe perguntou enquanto entrava no quarto.

Eu já estava bem melhor e quase não sentia dor. A não ser pela dor insuportável de perda, mas essa eu posso fingir que não existe. Ou não.

- Já. – Respondi e puxei um sorriso.

Minha mãe sorriu de volta e me abraçou. Assim que me soltou, começou a me puxar para fora do quarto do hospital. Eu amo a minha mãe, demais mesmo, mas ela não consegue perceber quando alguma coisa está me atingido e isso me incomoda um pouco. Na verdade, acho que ninguém nunca percebe e é isso que me faz uma “menina rica e feliz”.

Chegamos na garagem do subsolo e Arnold – meu motorista – abriu a porta pra mim.

- Bom te ver de novo, senhorita Miller – Arnold falou e sorriu.

Arnold tinha no mínimo setenta anos e me tratava como uma neta, já que a mulher dele não pôde ter filhos quando era mais nova. Os cabelos grisalhos e ralos dele debaixo do típico chapéu de motorista o deixavam mais velho do que era.

- Sem formalidades Arnold. – Falei e o abracei. – É bom te ver de novo. Senti sua falta.

Arnold retribuiu o abraço.

- Eu senti mais, pequena. – Arnold falou e me soltou.

Assim que entrei no carro com a minha mãe, Arnold arrancou com ele pelo estacionamento. Passamos pela barreira de fotógrafos e fãs na entrada e na rua do hospital e, de um modo, me senti segura. Meus fãs me passavam segurança, o mesmo tipo de segurança que tinha quando estava com Justin. Quando estava com Justin e com os meus fãs... Deus, eu me sentia a garota mais especial do mundo.

Fomos para casa, direto. Me senti tão idiota por ir para casa pelo simples fato de ser o primeiro lugar que vão procurar. Respirei fundo ao ver os portões da minha casa abrirem.

- Tudo bem filha? – Mamãe perguntou.

- Tudo sim. – Falei e puxei o sorriso.

Quando desci do carro, Greta – a governanta – veio me dar um abraço de urso que me tirou do chão. Greta trabalhava como cozinheira para marinha dos Estados Unidos antes de começar a trabalhar para mim. Ela é um doce quando quer, mas quando quer ser malvada...

- Nunca mais me assuste desse jeito. Você está proibida de andar de carro, senhorita. Proibida. – Ela falou e me colocou no chão.

Acho que ela quebrou algumas costelas minhas.

- Greta, foi um acidente. – Repeti a mesma mentira que conto desde que acordei.

- Mesmo assim, está de castigo para o resto da sua vida. – Greta falou.

- Ok, você é quem manda. – Falei e Greta sorriu.

- A propósito, tem uma surpresa para você no seu quarto. – Ela falou.

- O que é?

- Se é uma surpresa então não vou te contar, né senhorita.

Sorri com Greta e subi em disparada para meu quarto. Esperava que fosse um banho de banheira quentinho para aliviar meu frio ou então uma sopa vegetariana que só Greta sabe fazer, mas me surpreendi ao abrir a porta.

Justin estava ali, sentado na minha cama, olhando uma velha fotografia nossa e com cara de quem não dormiu a noite.

- O que foi? – Perguntei.

Ele ainda usava a faixa na cabeça. Reprimi a minha vontade de chorar. Estava acontecendo, assim como prometeram que aconteceria.

Justin pareceu tomar um susto e depois voltou ao normal. Ele largou a fotografia e passou a mão no cabelo, exatamente como ele fazia quando estava nervoso.

- Desculpa ter invadido sua casa e eu sei que você quer descansar, mas eu precisava ver você. – Justin falou e levantou da cama. – Que bom que está melhor Hannah. Fico feliz por ter saído do hospital.

Eu não conseguia formular uma frase. Por que ele tinha que ser tão... Amável? Ele tinha que querer meu coração numa bandeja, como todo namorado normal faria se fosse chutado no meio de uma premiação.

- Tá. Obrigada, eu acho. – Falei depois de muito custo para bolar uma frase.

Justin esboçou um sorriso triste e respirou fundo.

- Eu já vou indo. – Ele falou.

Justin começou a caminhar para porta. Eu queria pará-lo, mas meu corpo não estava reagindo. Por mais que eu tentasse me mexer, eu ficava parada. Justin saiu do quarto, me deixando sozinha.

A fotografia que ele estava olhando era uma que estava na minha penteadeira, da primeira vez que fui em um show da turnê dele. Estávamos em Nova Iorque e ele me convidou para jantar no topo de um dos prédios da Times Square. Eu fui e tiramos essa foto de nós dois olhando para baixo.

- Justin. – O chamei. Ele não respondeu. – Jus!

Saí correndo para fora do quarto, dando tempo de ouvir a porta da frente fechar.

- Espera! Volta aqui! – Gritei e comecei a descer as escadas correndo.

Abri a porta com força e lá estava ele, quase entrando em um carro que eu tenho certeza que não é dele.

- Justin! – Gritei.

Ele se virou para me encarar.

- O que foi? – Ele perguntou.

Não foi um “O que foi?” cheio de raiva e nem maldade, foi um “O que foi?” cheio de carinho. Esse menino quer me matar.

- Eu... Eu... – Tentei falar. Fala alguma coisa Hannah, já!

- Você? – Ele me incentivou a continuar.

Senti meu coração apertar. Eu não podia voltar com ele, não podia o fazer me odiar e não podia pedir desculpas pelo meu comportamento repulsivo.

- Eu... Eu espero que encontre tudo o que procura. – Falei.

Como. Eu. Sou. Idiota.

- Obrigada Hannah. O mesmo pra você. – Justin falou e entrou no carro.

Justin entrou no carro e logo deu partida. Eu fiquei ali, olhando enquanto ele ia embora. Quem sabe para sempre.

Justin PDV

É estranho o quanto Hannah é imprevisível. Ela corre até aqui fora para falar algo nada a ver quando eu acho que ela quer dizer algo importante. Suspirei. Me lembrei da mensagem que recebi de madrugada, que não me deixou dormir. Tudo ficou tão estranho de uma hora para outra que agora eu já não sei mais em quem acreditar.

Meu celular tocou. Callie.

- Pode falar. – Falei.

Minha orelha acabou sendo enfaixado junto com minha cabeça, então o som do celular saía abafado.

- Justin! Er... Olha, eu estou muito sem graça por causa de ontem. Muito mesmo. E eu sinto muito pela sua cabeça. – Callie falou.

Ótimo, já sabiam que eu tinha rasgado minha cabeça.

- Não, tudo bem. Eu que deveria pedir desculpas. – Falei.

- Olha... Nossa, isso é mais embaraçoso do que eu imaginava... Eu realmente quero que de certo com você. – Callie falou e eu dei uma freada brusca no carro. – Eu gosto de você Justin, de verdade. Sinto muito pela Hannah, mas... Foi ela quem não te quis. Eu quero que de certo entre a gente, Jus.

Respirei fundo. Eu também queria fazer dar certo com Callie, mas com Hannah já tinha dado certo. É confuso, mas é como se eu tivesse amarrado a ela e nunca mais fosse me soltar porque, bom, eu gostava de ficar com Hannah.

- Er... Eu também quero que dê certo Callie. Quero muito. – Falei quase que instantaneamente.

Callie é legal e me faz ficar menos tempo pensando em Hannah. Isso é bom, certo?

- Nossa. Eu... Uau. Eu posso ir na sua casa te ver?

- Pode sim. Eu te vejo daqui a pouco.

Desliguei o telefone. Minha mente estava a mil. Eu gostava de Callie e ela era divertida, mas Hannah... Bom, Hannah era perfeitamente perfeita para mim.

(...)

Cheguei em casa e fui tomar banho antes de Callie chegar.

Eu espero que encontre tudo o que procura

Eu estava procurando respostas e a única que podia me dar era ela. Deixei a água escorrer nos machucados da minha cabeça, tentando esquecer a ardência que dava quando a água quente batia contra os cortes.

Respirei fundo.

Ouvi meu celular anunciar uma mensagem do lado de fora do box. Abri a porta e estiquei minha mão até alcançá-lo. O peguei e abri a mensagem. Hannah.

Justin, eu acho que eu queria ouvir a sua voz, mas você não atende. Eu sei que deve estar ocupado e coisa e tal, mas eu queria falar com você. Por favor, me liga.
            Hannah
”.

Está para nascer alguém mais confusa do que Hannah Miller. Sorri e desliguei o chuveiro. Peguei a primeira toalha que consegui alcançar sem sair no frio e a enrolei na cintura.

Abri a porta do banheiro e lá estava Callie, sentada na minha cama com uma foto minha e de Hannah no colo.

- Ah, você está ai. – Falei para ela perceber minha presença.

Callie largou a foto.

- Ah, oi. – Callie falou e sorriu. Sorri de volta.

Pude perceber Callie traçando um caminho com os olhos até a minha toalha. Eu sou homem, não odiei isso.

- O que estava fazendo? – Falei depois de alguns segundos.

Callie era gostosa, mas transar com ela enquanto minha mãe escutava tudo do andar de baixo não estava nos meus planos. Fui até o armário e comecei a procurar uma roupa.

- Estava vendo uma foto. – Callie falou.

- Er... Eu sinto muito. Eu não parei em casa desde que eu e ela terminamos e não deu tempo de tirar as fotos da prateleira.

Callie deu um risinho baixo.

- Eu entendo, Bieber. – Ela falou.

Coloquei uma camiseta e peguei uma calça e uma cueca na gaveta. Fui até o banheiro e coloquei as últimas peças de roupas. Saí e Callie estava digitando alguma coisa no celular.

- Nós podíamos ir ao cinema. – Falei, tentando parecer casual.

- É, podíamos. – Callie falou e colocou o celular no bolso da calça.

Ela sorriu pra mim e se aproximou.

- Vamos? – Perguntei.

Callie me beijou e eu correspondi. Ficamos nos beijando até ficarmos sem ar. Assim que nos separamos, peguei a mão dela e a puxei para fora do quarto. Descemos para sala e Scotter olhou surpreso para Callie e depois pra mim.

- Ok, eu não quero nem saber sobre isso. Senhor Bieber, vai colocar a faixa na cabeça. – Scotter falou.

Bufei e subi de novo, penteei o cabelo, coloquei a faixa e desci.

Acabamos indo ao cinema assistir um filme sobre amor meloso. E nós assistimos mesmo, não nos beijamos uma só vez. Callie parecia tão entretida no romance das personagens que esqueceu que eu estava ali. Sorri pra mim mesmo.

- Para onde vamos agora? – Callie perguntou e jogou o saco de pipoca no lixo.

Estávamos saindo da sala, jogando os lixos fora. Peguei a mão de Callie e senti um arrepio percorrer o corpo dela.

Vamos Justin, sinta o mesmo” meu subconsciente me alertou.

Mordi os lábios com força e fiquei tentando sentir alguma reação diferente, mas não havia nada para sentir. Suspirei.

- Que tal irmos ao Le France? – Perguntei enquanto tentava achar uma posição confortável para aquela faixa usada como tortura pelo demônio.

- Vamos! – Callie gritou e saiu me puxando pelo shopping.

Le France era um restaurante francês caro que ficava bem no centro de Los Angeles, em uma rua que só tinha restaurantes caros e de outros países. Eu odeio a comida de lá, mas Hannah adorava então íamos quase todo final de semana porque ela me arrastava para lá. E agora eu estou indo com Callie.

Assim que chegamos, conseguimos uma mesa. Geralmente a espera por uma reserva vai de um mês a quatro meses, mas “deram um jeito” para Justin Bieber. Sentamos e Callie começou a folhear o cardápio. Fingi estar lendo aquilo, porque eu não estava. Callie iria pedir e eu diria “o mesmo”, como sempre.

- Que tal esse aqui? – Callie apontou para um prato do cardápio.

“Pede o que você quiser, garota” pensei.

- Pode ser. – Falei.

Callie fechou o cardápio e começou a falar. Eu juro que tentei prestar atenção, mas algo para fora do restaurante me chamou atenção. Na grande janela que havia na parede atrás de Callie, tinha uma menina muito parecida com a Hannah conversando com... Clay.

Tentei não esticar muito o pescoço para não dar na cara que eu não estava dando a mínima para o que Callie estava falando. A garota era muito parecida com Hannah, tinha até a mania de ficar trocando o peso do corpo de pé.

Clay deu um riso cheio de maldade para a garota parecida com Hannah. A garota parecia realmente irritada com alguma coisa e parecia estar bem desesperada. Clay sorriu maldosamente e colocou o cabelo da garota para trás da orelha, a garota deu um tapa na mão dele.

Clay começou a rir e parou os olhos em mim, seu sorriso se intensificou. Clay falou alguma coisa para a garota e apontou para mim. A garota olhou e... Espera! Era Hannah! Desviei os olhos.

- Não acha? – Callie perguntou animada.

- Acho. – Falei e assenti quase mecanicamente. – Acho sim.

Callie começou a rir.

- Jb, eu perguntei se você percebeu que estava distraído demais. – Callie falou e deu um risinho.

- Ah. Desculpa. Eu acho que vai começar a nevar. – Falei e apontei para rua.

Hannah e Clay já tinham sumido. Callie se virou e soltou um risinho.

- Acho que sim. Mas voltando para o assunto. Do que eu estava falando mesmo? – Callie perguntou para si mesma e voltou a falar demais.

Eu precisava sair e ligar para Hannah, agora. Levantei da mesa e Callie me encarou brava por estar interrompendo a tagarelice dela.

- Eu preciso ligar para minha mãe. – Falei e sai rápido para não ter que dar explicações.

Fui para o banheiro e tranquei a porta para ninguém entrar. Saquei o celular no bolso da calça e digitei a discagem rápida para o celular de Hannah. Ela atendeu no quarto toque.

- O que você quer? – Falou brava.

- Hannah! Você me pediu para ligar para você. – A lembrei da mensagem de hoje mais cedo.

- Olha, agora não é uma boa hora. – Hannah falou. – Eu dou um jeito de falar com você depois, Brandom.

Brandom?

- O que? Hannah, é o Justin. – Falei.

- Bran, eu te ligo mais tarde. Agora eu vou ter que desligar.

- Não! Nada disso! O que estava fazendo com Clay do lado de fora do Le France?

- Brandom, eu juro que te ligo mais tarde. Agora não é uma boa hora para falar sobre CD’s.

Ela estava drogada?

- Não. Você me escuta, agora! Pelo amor de Deus, por que está me chamando de Brandom? – Perguntei.

- Ah, que fofo da sua parte Bran. – Hannah falou. – Que bom que posso te ligar mais tarde. Tchau.

Hannah desligou na minha cara. Olhei para o telefone, ainda incrédulo.

(...)

O resto da janta foi uma merda. Callie não calava a boca e eu estava desesperado para ir embora daquele lugar. No fim, o que Callie pediu foi umas lesmas nojentas que eu tive que engolir com a maior quantidade de Coca-Cola permitida pela minha boca.

Cheguei em casa e coloquei as chaves no pote da mesinha.

- Justin Drew Bieber. – Fodeu. Minha mãe me chamou pelo nome inteiro. – Por que não atende o celular?

Tateei meu bolso, a procura do celular, e não encontrei nada. Ótimo, na pressa de sair daquele lugar eu esqueci meu telefone. Maravilha.

- Foi mal, mamãe. – Apelo sentimental sempre ajuda nessas horas. – Eu esqueci o celular no restaurante.

Minha mãe estava na cozinha, mas quase pude ouvir ela se arrependendo de me dar uma bronca.

- Ok, meu bebê. – Fala sério. – Suba e vá dormir. Só quero te lembrar que amanhã você tem aula.

Obrigada por estragar minha noite mais ainda, mãe. Subi para o meu quarto e fechei a porta. Sem celular eu me sentia fora do mundo. Peguei a extensão do telefone de casa, dentei na cama e liguei para meu próprio celular, ninguém atendeu. Celular de Justin Bieber perdido por ai, que coisa maravilhosa.

Fechei os olhos com força, desejando que meu celular estivesse comigo. O telefone de casa tocou. Atendi pela extensão.

- Alô? – Falei.

- Justin. É Hannah. – Hannah parecia estar sussurrando. – Desculpa por ter desligado na sua cara, mas é que eu não podia falar aquela hora.

Olhei no relógio digital do quarto. Meia-noite e meia.

- Hun... Tá. – Falei e sentei na cama. – Por que estava me chamando de Brandom?

- Isso não é importante. – Hannah falou e respirou fundo. Ela continuava falando baixo.

- Sua mãe está dormindo? Posso ligar amanhã. – Ofereci.

- O que? Quem disse que a minha mãe está dormindo?

- Você está cochichando.

Hannah tossiu e respirou fundo mais uma vez.

- Não tem importância. Ela só está dormindo e eu não quero acordá-la. – Falou.

- Tá. – Falei confuso. – Sobre o que queria conversar?

- Eu sei que vai soar idiota, mas eu realmente preciso. – Hannah falou. – Você pode me dar algo de natal adiantado?

Hãn?

- Desculpa? – Eu estava ouvindo bem? Ela queria um presente?

- Ai... Nossa, esquece, eu não devia ter pedido isso para você. – Hannah falou. – Esquece isso, tá.

- Por que você quer um presente adiantado? – Perguntei.

- Não é importante. Era só porque eu estava precisando. – Falou.

- Então por que não compra? – Perguntei.

- É complicado. – Respondeu.

- O que era o que você queria?

- Um computador novo. Sem nenhum tipo de programa.

Ela estava no crack.

- Você ganhou um MacBook novinho no seu aniversário. – Comentei.

- Aquele... Não serve mais. Olha, eu não sou mimada. Eu só quero um computador novo. – Hannah falou. – Esquece isso, Bieber.

Pensei um pouco. Um computador novo iria travar a minha conta pelo resto da semana – minha mãe ainda tinha o poder sobre o quanto eu posso gastar – e eu não teria dinheiro nem para tomar sorvete.

- Escuta, não precisa me dar o computador. Esquece isso. – Hannah falou. – Sério.

Respirei fundo. Essa garota ia me deixar maluco.

- Posso fazer uma pergunta? Sem você desligar na minha cara? – Perguntei.

- Pode. – Hannah falou tranquila.

- Sobre o que estava conversando com Clay hoje na frente do Le France? – Perguntei.

Hannah demorou pouco mais de cinco segundos para responder.

- Ele queria falar sobre algo, mas você estava nos espionando. Acho que era uma entrevista. – Hannah respondeu.

- Ah, claro. O cara que publicou que você estava morta quer se redimir com uma possível exclusiva que você vai ter de dar a ele? – Perguntei irônico. – Não seja idiota.

- Falou o garoto que fotografa o sutiã da minha melhor amiga para me zoar e, para se redimir, me diz que sou idiota. – Hannah falou brava.

Eu comecei a rir. Rir demais. Hannah bufou.

- Já que você está rindo, vou desligar. – Hannah falou.

- Não! Espera. – Falei e tentei parar os risos. – É porque você com ciúme é extremamente engraçado.

Hannah bufou de novo. Ri tudo de novo.

- Ok, então. Boa noite, Justin Drew Bieber. – Hannah falou, ainda brava. – E só para constar, eu não estou com ciúme.

- Ah, claro que não está. – Falei irônico, ainda rindo.

- Não estou mesmo! E fala para sua namoradinha que eu mandei lembranças do inferno! – Hannah começou a berrar do nada.

- Ok, shawty. – Falei, segurando o riso. – E só para constar, não era o sutiã da Callie na foto. Era um sutiã seu, mas eu entendo que você estava cega de ciúme. Boa noite, lindinha.

Coloquei o telefone no gancho, ainda rindo demais de Hannah. Era impossível o quanto ela era cega para algumas coisas.

Hannah PDV

Eu estava a ponto de esmurrar aquele garoto. Ai ele me aparece com essa:

“Era um sutiã seu, mas eu entendo que você estava cega de ciúme”.

Como eu vou o esmurrar depois dessa? Justin já havia desligado há um bom tempo e eu continuava com o telefone na orelha, apenas digerindo, como uma idiota.

Deitei e fiquei refletindo sobre a conversa com Clay e o quanto eu iria fazer de tudo para proteger Justin daquele porco nojento. Respirei fundo. Acabei adormecendo.

Acordei no outro dia com o toque alto do meu celular. Era Justin. Atendi.

- Pois não. – Falei.

- Já está acordada? – Perguntou.

- Agora estou. – Falei de mal grado. Justin riu.

- Desculpa. Posso ir na sua casa? Tipo, agora?

- O que você quer aqui?

- Conversar e fazer boas ações.

Ele está aprontando alguma. Então eu tive uma luz.

- De onde está me ligando? – Perguntei.

- De casa. Deixei meu celular no Le France ontem. Por quê? – Respondeu.

- Nenhum eletricista ou alguém que arruma telefone foi na sua casa recentemente? – Perguntei e comecei a roer a unha do indicador.

- Não. Por que a pergunta? – Justin perguntou.

- Ótimo. Apenas para saber. Hun... Que horas você vai vir? – Perguntei.

- Já estou indo. Só vou pegar meu celular na casa da Callie e vou para ai o mais rápido possível. – Justin falou.

Respirei fundo. Callie é uma puta.

- Tá. Sugiro que traga o Kenny com você. Vou te esgoelar quando chegar aqui. – Falei e desliguei.

No Próximo capitulo:

- Uma surpresa desagradável (Agora é sério);

- “Você quer realmente saber?”;

- Algumas manias estranhas são apenas prevenção.


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Notas finais do capítulo

1- Foi muito mal pela Biblia que acabaram de ler
2- Eu sei que esse ficou uma porcaria, mas o próximo está bem melhor
3- Eu postei esse capítulo na pressa, então vou responder aos Reviews assim que chegar da escola, meus amores.
4- Sim! Eu estou escrevendo o capítulo que a Hannah conta tudo pro Jus
5- Reviews?