How To Love escrita por Nath_Coollike


Capítulo 16
Remains of The Day


Notas iniciais do capítulo

CARALHOOOO!
Foi mal pelo palavrão logo nas notas do capítulo, mas caralho!
Tipo assim, doze reviews no capítulo anterior! ~dança loucamente~
Já disse que amo vocês? Pois é, eu amo.
Enjoy (:



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Justin PDV

Caminhei calmamente até Hannah, reprimindo a vontade louca de correr até ela e avisá-la de que está tudo bem. Assim que cheguei nela, ela nem sequer olhou pra mim, como se eu nem estivesse ali.

- Hannah? – Chamei.

A médica que estava tentando dar comida para ela saiu de perto, indo para perto de Stephen e o resto. Sentei na cadeira ao lado de Hannah.

- Hannah... – Falei e peguei sua mão.

A mão de Hannah estava gelada. Olhei sua outra mão, a que estava no colo dela, e lá estava uma queimadura enorme. Senti um bolo se formar na minha garganta.

- Eu estou bem aqui... Tipo, eu não morri nem nada. – Falei. Hannah continuou olhando para o chão. – Hannah?

Hannah me olhou e depois voltou a olhar para o chão, como se nem tivesse me visto. Qual é? Não posso ter mudado tanto em três meses. Isso me faz lembrar que agora eu tenho oficialmente dezoito anos e Hannah ainda tinha dezesseis. Opa.

- Scooter. – Chamei. Scooter balançou a cabeça como quem pergunta “o que?”. – Que dia é hoje?

Scooter pegou o celular e depois guardou.

- Dia vinte de março. – Scooter falou.

- Faltam duas semanas pro seu aniversário. – Falei perto do ouvido de Hannah. – Está animada?

Me senti estúpido por estar praticamente falando sozinho, mas fazer o que? Hannah continuou em silêncio.

Fiquei por mais uma hora apenas falando com uma Hannah que não me respondia, mas valeu a pena cada segundo. Depois Hannah começou a chorar e me empurrou da cadeira. Alguns médicos vieram e deram uma injeção na perna dela, o que fez Hannah apagar logo em seguida.

- O que fizeram com ela? – Perguntei.

Kenny e Scooter já estavam me ajudando a levantar. Por causa do maldito pulmão eu não podia fazer muito esforço sozinho e, sim, me levantar do chão era considerado “esforço” no mundo de Kenny.

- Ela vai dormir um pouco agora. – Stephen falou.

Os médicos pegaram Hannah no colo e saíram do refeitório.

- Tá, então... Nós voltamos amanhã. – Falei para Stephen e passei a mão no cabelo.

- Acho melhor não. – Stephen falou e anotou algumas coisas na prancheta.

- Acontece que eu não estava pedindo a sua permissão. – Falei.

- JB, chega por hoje. – Scooter falou e começou a tentar me puxar dali.

- Hannah é minha namorada e não é um médico idiota que acha que sabe alguma coisa que vai me impedir de vê-la. – Falei.

- Justin, cala a boca agora. – Kenny falou entredentes.

- Namorada? – Stephen falou meio cínico. – Sabe, não posso negar que você gosta muito dela, afinal a garota tentou te matar e mesmo assim você continua gostando dela.

- Ela não tentou me matar. – Falei.

- Justin. – Scooter me repreendeu. – Chega. Vamos embora agora.

- Ela jogou fogo em você. – Stephen falou. – Tentou de matar sim. Por sua causa ela está aqui.

Não sei como aconteceu, mas eu soquei Stephen no rosto. Depois disso eu senti uma picada filha da mãe no ombro e meus sentidos começaram a ficar meio lentos. Segundos depois eu apaguei.

Hannah PDV

As mesmas imagens rodavam na minha cabeça, todos os dias, toda hora. Vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana pensando na mesma cena.

Sonhava com o incêndio todos os dias, e quando acordava só conseguia pensar naquela cena. A última cena que eu vi naquele dia, a que rodava na minha mente igual um CD quebrado que não saía da mesma música, era a de Justin sendo colocado numa maca e um médico dizendo que ele estava sem pulso. O breve segundo que eu fiquei consciente naquele maldito dia foi para ver isso.

Isso me corroía por dentro. Saber que, mesmo que indiretamente, eu o matei. Eu sabia que ele estava morto, sonhava com ele na casa em chamas me culpando por isso todos os dias, e mesmo assim conseguia vê-lo em cada canto que eu olhava.

As alucinações que eu tinha de Justin eram bem reais. Geralmente ele só ficava lá dizendo que ele está morto por minha causa, mas eu não podia ter qualquer tipo de reação a esses “Justins”. Se reagisse gritando com eles ou simplesmente os mandando parar de falar, os médicos iam perceber que eu estava piorando e talvez eu nunca saísse daqui. Era melhor ignorar tudo o que eu via ou ouvia.

Mas hoje no refeitório foi diferente. A alucinação não ficou dizendo que eu o matei, simplesmente começou a conversar comigo. Também falou que ele estava bem, que eu não precisava ficar mal.

Ouvir a alucinação falar me fez lembrar de muitas coisas boas de um passado nem tão distante assim quando Justin me deu um computador novo porque o meu estava com um espião instalado, quando ele me chamou para ir no baile da CBS, a caixinha de veludo dentro do carro.

As lembranças passavam rápido demais na minha cabeça, mas todas elas levaram ao mesmo destino cruel: O incêndio. Não importava que eram lembranças boas de tempos nem tão ruins, todas elas iam levar ao incêndio de um jeito ou de outro.

Comecei a chorar compulsivamente e empurrei o Justin-Alucinação da cadeira. Os médicos vieram e me apagaram como sempre acontecia quando eu tinha uma “reação exagerada” às alucinações.

A casa estava em chamas e eu estava dentro dela, vendo tudo virar cinzas. Havia gritos, mas eu não conseguia enxergar quem era.

- Quem está ai?! – Gritei.

- Isso tudo é culpa sua! – Ouvi a voz de Justin.

- E-Eu... – Comecei.

- Por sua causa eu vou morrer! – A voz de Justin parecia estar mais próxima agora. – Você me matou!

- N-Não foi minha intenção. – Falei enquanto olhava em todas as direções tentando encontrá-lo.

- A culpa é sua! – Justin falou.

Justin entrou no meu campo de visão. Apesar de estar me olhando com ódio ele continuava lindo.

- Me desculpa. – Falei já começando a chorar. – Eu não queria... Eu nunca quis que...

- “Eu não queria”, “Eu nunca quis”... – Justin imitou minha voz. – Você me envolveu nessa história! Eu não tinha nada a ver com o seu problema com Clay e Robert! Mas não, você é egoísta demais para se foder sozinha!

- Justin... Para com isso. – Falei enquanto sentia as lágrimas do meu rosto aumentarem.

- Eu devia ter deixado Clay te matar. Pelo menos eu estaria vivo. – Justin falou e então o fogo o consumiu.

Comecei a gritar desesperadamente e a casa e o fogo foram embora. Eu estava de novo dentro da clínica, como sempre. Comecei a chorar por cima dos gritos e um médico pediu para trazerem os calmantes.

- Hannah? – O médico falou e sentou do meu lado. – Estão trazendo os seus remédios. Pare de gritar.

Olhei para a porta e lá estava o Justin do meu sonho, ainda me olhando com ódio.

- Conte para ele como você me matou. – A alucinação falou.

Gritei mais alto. Não queria ouvir o que ele tinha para me falar, porque eu sabia que tinha o fundo da verdade.

- Não acredito que vou fazer isso. – O médico falou e me abraçou. Justin ainda me olhava com raiva. – Não precisa ficar assim. Não era real.

De um jeito estranho aquilo me acalmou. Parei de gritar, mas continuei chorando. O médico me soltou.

- Filha? – Ouvi a voz da minha mãe e ela apareceu na porta que Justin estava parado, fazendo o Justin-Alucinação partir.

Ela correu e me abraçou. Minhas lágrimas molharam a blusa que ela usava.

- Como você está? – Me perguntou assim que me soltou.

“Eu matei meu namorado, como você acha que eu estou?” pensei. De repente era como se eu estivesse dentro da casa de novo, quando Justin repetia que não ia me deixar morrer.

- Eu te jurei que não ia deixar nada acontecer com você, e você me deixou morrer. – A alucinação voltou.

Meu problema era sério porque eu sabia que não era o Justin de verdade ali, mas o que ele dizia me perturbava e muito.

Minha mãe começou a falar algumas coisas que eu não conseguia prestar atenção. De novo a cena de Justin morto praticamente do meu lado voltava à vida.

(...)

Justin PDV

Me deram um calmante e me fizeram dormir, é. Eu dormi na clínica, Kenny ficou lá comigo.

Logo quando acordei Kenny começou a dar à louca, dizendo que eu não posso sair por ai falando que Hannah não tentou me matar senão eu vou ser taxado de louco também. Faça-me o favor...

Fui embora tomar banho e depois voltei. Stephen disse que queria conversar comigo. Sei bem a conversa que ele quer ter, mas eu tive que ir de qualquer jeito.

- Sente-se. – Stephen falou e apontou para cadeira na frente da mesa dele.

Sentei e o olhei. Stephen estava com o olho roxo. Reprimi a vontade de rir.

- O que foi? – Perguntei.

Stephen se sentou na cadeira dele e me olhou com desgosto.

- Não pude deixar de notar que você falou que Hannah não tinha tentado de matar. – Stephen falou.

Lembrei da conversa com Kenny.

- Todos acreditam no que dói menos acreditar. – Falei me sentindo um idiota. – Eu prefiro achar que Hannah não fez de propósito. Você me tirou do sério falando a verdade que eu não quero lembrar.

Eu me sentia sujo de estar mentindo sobre isso, Hannah nunca tentou me matar. Stephen me olhou por alguns segundos e depois desviou o olhar.

- Ok. – Stephen falou. – Sabe, você me socou ontem.

- Eu sei. – Falei e, de novo, reprimi a vontade de rir.

- Por causa disso eu tenho raiva de admitir, mas... Sua técnica funcionou. Hannah parou de gritar hoje de manhã sem remédios.

- Eu te falei. Eu conheço bem ela.

- Que seja. – Stephen me cortou. – O que eu quero dizer é... Talvez Hannah se recupere se você a ajudar do seu jeito. Sabe como é... Se ficar do lado dela nessas crises e usar sua inteligência de “não é real” ela melhore. Você sabe, se você puder ao menos descobrir o que a aflige tanto já iria ajudar.

Sorri.

- Eu já ia ficar do lado dela você pedindo ou não, médico. – Falei e levantei da cadeira. – Terminou?

Stephen assentiu e depois me expulsou do escritório dele. Assim que sai, dei de cara com Celeste.

- Celeste! – Falei e a abracei. Celeste hesitou mais me abraçou no final das contas.

- Como está Bieber? – Celeste perguntou assim que nos soltamos.

Celeste estava igualzinha a minha mãe. Com olheiras, destruída.

- Estou bem. – Falei. – Falou com Hannah hoje?

Celeste sorriu triste e assentiu.

- Ela... Bom, eu tenho fé de que ela vai melhorar. – Celeste falou.

- Eu também. – Falei.

Depois disso o silêncio ficou constrangedor.

- Então... Muita gente tem vindo visitá-la? – Perguntei para quebrar o silêncio.

- Não muito. – Celeste falou. – Só amigos e família. Callie está com ela no refeitório agora.

Callie está com ela no refeitório agora.

Callie está com ela no maldito refeitório.

Corri para o refeitório, sem falar mais nada com Celeste.

No próximo Capítulo:

- O perigo ainda é eminente;

- Hannah volta a realidade;

- Caitlin sabe.


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Notas finais do capítulo

Ignorem se o capítulo estiver uma merda, eu tive um bloqueio criativo :B
Eu sei que a narração Hannah está meio confusa (pelo menos eu achei), mas vamos lembrar que ela está meio louca pessoal. Como já teve mal entendidos uma vez, só vou deixar explicado aqui que a parte do sonho da Hannah que ela acorda gritando e tal é só um sonho, não aconteceu de verdade.
Gente, o Nyah! marca que eu tenho 24 leitoras. Por que infernos só recebo, em média, sete reviews por capítulo? Vocês leitoras fantasmas me odeiam, é isso? ):
As leitoras tchutchucas e não fantasmas que me deixaram doze reviews do capítulo passado... Vocês são fodas ♥!
Beijos, suas lindas :3
(quem quiser ler minha fic nova, aqui está o link: https://www.fanfiction.com.br/historia/178735/She_Will_Be_Loved)